- Nunca ninguém às portas da morte confessou que desejaria ter trabalhado mais.jpg (50.15 KiB) Visualizado 10016 vezes
O Direito à reforma é um direito constitucional e irrevogável.
Fatores em ascensão como a esperança de vida, outros em declínio como a taxa de natalidade, ratio população ativa/população total, fazem com que o Orçamento geral do Estado terá de
cobrir apartir de 2026 um diferencial cada vez maior face às receitas deficitárias da Segurança Social.Carreiras em escadaria "stairway's to heaven" ou em montanha russa com interrupçõesUma agravante que muitos desconhecem - mesmo aqueles que trabalham ou têm um progenitor FP (para além de os anos de ultramar terem valido por 2 para polícias, professores, militares, enfermeiros,etc) são as
reformas do funcionalismo público (empresas, institutos, autoridades e estado)» 2,3X superiores em média aos dos privados. Contemplando desde pedreiros, contínuos, secretárias, auxiliares, motoristas, juízes, presidentes de junta e carpinteiros, conseguem capitações médias comparativamente "fantásticas" - são
carreiras sempre a progredir/subir, ganhando-se sempre mais até à reforma...e não há despedimentos (99% das vezes assinados por "mútuo acordo").
Nos privados, pode-se ser despedido, voltar a carreira a uma fase não diretiva, passar por um emprego no estrangeiro (sem descontos), mudar de emprego e ganhar menos, aceitar ganhar menos para não ser corrido, cortar no próprio salário (e cortar no carro, seguros e PPR e dos outros administradores) para que a empresa sobreviva.
Um exemplo próximo (o "sonho" realizado - ser pensionista) - Um casal. Uma professora de liceu perfez 36 anos de carreira, no último escalão e teve uma reforma de 2160€ brutos * 13 (dantes era 14), um administrador de uma sociedade financeira internacional, com 2 interrupções de 4 anos nos descontos, uma por desemprego e a outra para trabalhar no Canadá (contudo descontou 35 anos), que chegou a ganhar 18x mais que a professora noutro estágio da carreira (mas grande componente eram prémios de desempenho e ações), mas que terminou a carreira com um PHD Americano (UCLA), como consultor avençado numa empresa de consultoria internacional (a descontar muito pouco), reformou-se com 1600 e tal€.
A antítese "trabalhar até ao fim...com prazer" - Numa multinacional financeira norte-americana, nos arredores de Nova York, como head de um projeto Mundial estava um luso de 29 anos e na sua equipa estava uma "incontornável glória" americana de 73 anos, com uma sagacidade, com um up-to-date tecnológico, com uma mundividência, um savoir faire e um pragmatismo que afirmava que trabalharia até que a mente não desse mais. Ele precisava? Não. Apesar de nunca ter sido sequer VP regional, deveria ter milhões no broker (o Buffett e o Munger já nonagenários continuam a laborar e tinham dinheiro para comprar todos os pastéis de nata produzidos no Mundo durante 100 anos).
Nos USA mais de 10% dos seniores acima dos 66 anos continuam a trabalhar (sobretudo por necessidade mas muitos por prazer). Em Portugal, mais de 20% dos seniores, para lá da pensão mensal, continuam a trabalhar depois dos 66, mas não declaram a maioria dos rendimentos do trabalho ou declaram em nome de outrem (sociedades, filhos, empregados, desde
advogados que já não assinam nem descontam para a Ordem, a consultores estratégicos (por detrás de projetos de centenas de milhões),
cirurgiões a
empregado de bar, camareira, de mercieira,
cabeleireira, barbeiro,
agricultor, uberista, chef. Mais, a jubilação de um
professor catedrático é desde a Idade Média numa idade super avançada. Hoje em dia ronda os 70/72 anos mas nos States, as jubilações podem ser...dos 50 até nunca.
Se formos úteis e se tivermos prazer, devemos trabalhar até poder. Como quarentão, pretendo ainda fazer 60% de atividade profissional até pelo menos aos 72 (se tiver trabalho, saúde e disposição).
E a ADSE, que tantos FP's dizem mal, para as pessoas acima dos 65 anos cobrem muito mas muito mais do que os seguros de saúde dos privados. Pela minha familiar direta, em situações de cancro, intervenções a la longue (DOENÇAS CRÓNICAS), problemas motores e cognitivos, a ADSE é muito, mas MUITO melhor do que, por ex. Multicare.
Conclusáo - Mesmo que o país volte a falir, mesmo que o Euro se extinga algures nos anos 40, vão sempre existir reformas (mesmo daqui a 400 anos). Apenas o
percentual de cobertura diminuirá na maioria dos períodos e o valor facial também - vulgo inflação (no pós-25 de Abril, quem se reformava em 1990, na mesma função e nível de descontos, ganhava mais do dobro de quem o fez em 1979).
nota - Para a esmagora maioria de lusos apologistas do "conceito reforma" » A
Real forma de a gozar é, lapalissianamente, com SAÚDE - sem saúde, com um AVC não há bilião que compense (se adicionarmos praia, amigos, família, Glorioso e comida então tem-se tudo o que é preciso). Secundariamente, pode-se ter algum cash poupado (para só olhar 1Xpor mês, umas "ações de viúvas e orfãos" do tipo Google, Enbridge e EDP), meia dúzia de cryptos, umas notas de dollar, não vender o Cargaleiro da avó e duas barritas de ouro), e se possível duas casitas para rendimento (para relembrar que o paraíso existirá sempre » ida a Castaway island 1x por ano).