«Logo em Novembro, Michael Jordan avisou que não tinha intenções de voltar para uma terceira época com os Wizards e deixou claro que não queria que fossem feitas quaisquer celebrações na última vez que jogasse em cada pavilhão. Quase todas as equipas cumpriram esse desejo, limitando-se praticamente a exibir alguns minutos de imagens de vídeo com as inesquecíveis jogadas de Jordan. O público, esse, brindou-o com largas ovações de pé que muitas vezes o deixaram sem saber como agradecer. Cada um dos seus cestos era celebrado como se fosse da casa e até os adversários se queixavam. «Foi bizarro. Até parecia que estávamos a jogar fora. Mas afinal... ele é o Michael», disse Allan Houston face à forma efusiva como os espectadores do Madison Square Garden, de onde se despediu com 39 pontos, tinham recebido aquele que tantas vezes impedira os Knicks de chegar ao título.
Apesar da guerra pessoal com a direcção dos Bulls, na última visita ao United Center havia honras preparadas para Jordan, mas acabaram por ser canceladas a pedido do base. Sem saberem disso os fãs locais apuparam, uma vez mais, a direcção, após terem sido interrompidos cerca de cinco minutos de palmas e cânticos para dar início ao jogo. No entanto, Pat Riley não ligou ao pedido expresso de MJ e, na passada sexta-feira, na última visita à American Airlines Arena, em Miami, preparou-lhe uma surpresa., O primeiro número que os Heat retiravam após 15 anos na NBA era o de alguém que nem sequer ali jogou. Nunca tal acontecera na NBA. Pendurado no tecto do pavilhão passou a estar a camisola n.º 23: metade encarnada dos Bulls e a outra metade azul, representando os Wizards. E mesmo no desporto profissional norte-americano, apenas a NHL (hóquei no gelo) decidiu que o 99 de Wayne Gretzky não poderia ser utilizado por mais ninguém na Liga. Algo que a NBA já fez constar que não acontecerá. «Foi o melhor presente que jamais poderia ter recebido. Ter a nossa camisola retirada num pavilhão de outra equipa é algo que diz muito. Definitivamente, é algo muito especial», comentou Jordan. Pouco antes, Riley, treinador/presidente e sócio minoritário dos Heat, justificou o acto: «Em honra da tua grandeza e por tudo o que fizeste pelo basquetebol, não apenas na NBA, mas por todos os fãs à volta do mundo, queremos homenagear-te e pendurar a tua camisola n.º 23 no tecto. Ninguém mais irá vestir o n.º 23 nos Miami Heat. Tu és o melhor.» Ironicamente, e apesar de terem ganho, nessa noite os Wizards viriam a ficar eliminados do play-off.»
Em Jornal A BOLA
Para mim ele é a minha maior referência, o expoente maximo do verdadeiro e puro profissionalismo que eu testemunhei até hoje!!!
Sinto tristeza por ser o ultimo jogo de M. Air Jordan!!!
