Artista Romeno Escreveu:
E o premio do mexia será que nao engordou? Ups a edp teve mais lucro...ai e que a tua teoria cai meu caro
Caro Artista Romeno
CAES versus CMECSA EDP beneficiava em 2005 dum regime que, segundo a Comissão Europeia, era um obstáculo à concorrência no mercado de electricidade em Portugal. Portanto, um regime altamente favorável e protetor.
Se Tu beneficias dum regime destes, se estás legalmente protegido por um contrato, e te pedem para mudar, o que é que fazes? Pedes contrapartidas. Ninguém dá nada a ninguém sem receber outra coisa em troca.
Mas o que é certo é que ainda está por demonstrar que o regime dos CMECS é mais vantajoso do que o regime anterior. E há pelo menos um estudo feito a dizer que é menos vantajoso.
Em conversas de café, ouve-se este argumento: então por que razão não se acabou com o regime dos CAES, pura e simplesmente, e mandavam a EDP dar banho aos cães?
Num Estado de Direito as coisas não se passam assim. Os contratos são para ser respeitados. Pacta Sunt Servanda.
A provar que o regime dos CMECS não era mais favorável do que o regime anterior o facto de haver uma empresa que beneficiava igualmente dum CAE e se recusou a mudar.
Outro argumento a demonstrar isso é o facto da Comissão Europeia não ter feito qualquer observação, quanto à manutenção dos CMECS, alegando haver uma Ajuda do Estado, desvirtuadora da concorrência. E ninguém imagina o quanto a Comissão Europeia está atenta a tudo o que são Ajudas do Estado às empresas nacionais.
Barragens A Comissão Europeia já se pronunciou sobre isto. E disse preto no branco que não tinha havido uma Ajuda do Estado. Entendeu que os valores e as contrapartidas eram razoáveis. Ponto. Final.
O negócio da EDP em Portugal anda pelas ruas da amargura. Se não dá prejuízo, os lucros são frustrantes. Mais um argumento a deitar por terra os argumentos de todos os que afirmam que a EDP está a ser altamente beneficiada e ajudada pelo Estado.
Prémios do Mexia Os vencimentos e prémios do Mexia são do tempo em que o Estado era Rei e Senhor da EDP. Não mudaram depois disso.
Alguma vez o Estado se insurgiu contra os prémios do A. Mexia? Que eu me recorde nunca. E não se coibiu de o fazer na TAP.
A EDP é grande e será cada vez maior porque um homem, um GESTOR com letras maiúsculas, decidiu apostar estrategicamente nas Energias Renováveis. Em 2007. Não em 2020 como fez a GALP.
A diferença entre um gestor e um contabilista é essa: visão estratégica do negócio. Ou a falta dela.
A EDP sem as renováveis, com CMECS ou sem CMECS, era uma empresa irrelevante.
Se a EDP é o que é hoje, a um homem o deve. Esse homem tem nome. E o nome tem letras: António Mexia. Tenho dito.
By Nirvana