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Caldeirão da Bolsa

E depois do adeus ao CoronaVirus

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por artista_ » 5/4/2020 22:50

Valete Escreveu:Ainda não vi uma referência a isto, mas julgo que uma das coisas que vai mudar depois desta pandemia, é o investimento na saúde. Nomeadamente, na capacidade hospitalar instalada.
A opinião pública dos diferentes países, em particular dos mais avançados, fará pressão nesse sentido.
Aliás, os próprios Estados, como fica agora provado, irão considerar a capacidade hospitalar instalada, como um dos principais elementos da segurança interna, externa, social e, como agora se vê, económica.


Desde o dia em que escrevi convictamente que, depois da falência do BES, nada mais seria como antes na bolsa portuguesa e, menos de um ano depois, já tinha percebido que me tinha enganado, não voltei a fazer previsões deste género... e, por causa disso, digo apenas que as pessoas esquecem-se muito depressa do passado... e se se confirmar que não teremos uma situação muito dramática em termos de mortes e falta de equipamento hospitalar, o que as pessoas mais se lembrarão será da quarentena, dos tempos que não podiam sair de casa!
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por Valete » 5/4/2020 22:07

Ainda não vi uma referência a isto, mas julgo que uma das coisas que vai mudar depois desta pandemia, é o investimento na saúde. Nomeadamente, na capacidade hospitalar instalada.
A opinião pública dos diferentes países, em particular dos mais avançados, fará pressão nesse sentido.
Aliás, os próprios Estados, como fica agora provado, irão considerar a capacidade hospitalar instalada, como um dos principais elementos da segurança interna, externa, social e, como agora se vê, económica.
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por Opcard » 3/4/2020 16:39

« A UE é uma das poucas coisas que resta do mundo tal como ele era há vinte anos. Poupem-nos por isso aos anúncios do seu fim que deram cinco minutos de fama a dois políticos de países pequenos.

No mundo de agora, há uma coisa de que podemos ter a certeza: todas as crises, sejam elas quais forem, serão sempre crises da União Europeia. Foi assim com a guerra do Iraque em 2003, em que Tony Blair e a “nova Europa” se separaram da “velha Europa”; foi assim com a crise das dívidas soberanas em 2011; foi assim com o afluxo de migrantes em 2015; e, agora, com a epidemia do coronavírus. Seja qual for o motivo da crise, é certo e seguro que uma parte da UE não concordará com a outra parte, e que toda a gente, muito exaltada, começará a falar do fim da UE.

Nada disto é verdadeiramente surpreendente. A UE não compreende apenas Estados com níveis de desenvolvimento desiguais, mas com economias e modelos sociais diferentes. As taxas de inflação registadas antes do Euro, como uma vez explicou Vítor Bento, desenham a fronteira entre duas culturas, uma de moeda forte, a norte, e outra de moeda fraca, a sul. Julgou-se, em tempos, que a integração europeia poderia, contra a história, fazer do continente um bloco homogéneo. Não fez. Serviu apenas para sentar à volta da mesa países com pontos de vista e interesses contraditórios.

Em 2012, pedia-se muito que nos deixássemos de moralismos ao discutir a crise das dívidas soberanas. Sim, deixemo-nos de moralismos. Não falemos do parasitismo do sul, mas não falemos também da mesquinhez do norte. Admitamos apenas que todos os Estados têm o direito de defender os seus interesses. A Itália tem o direito de exigir transferências de dinheiro da Alemanha, e a Alemanha de exigir que a Itália equilibre as suas contas. As “crises” podem limitar a margem de manobra de um ou de outro para impor as suas preferências, mas nunca eliminarão as diferenças de perspectiva.

Invocar a “solidariedade”, no meio das “crises”, para ignorar os interesses dos outros não é sério. Os políticos e os eleitorados do norte já são suficientemente solidários, ao prestarem-se a ser contribuintes líquidos da UE. Dir-me–ão: porque a UE é um bom negócio para eles. Esperemos que sim, que seja, porque só assim a UE pode durar. Mas também não é um bom negócio para o sul? Por alguma razão, os políticos e os eleitorados do sul aguentaram as condições da assistência financeira em 2011. Se fosse melhor estar fora do euro, teriam naturalmente saído. Não saíram. Cortaram salários e pensões para lá ficar, e o que recuperaram entretanto, recuperaram-no por esse esforço, mas também pelo enquadramento europeu, a começar pelas políticas do BCE.

A UE é um bom negócio para todos, porque a circulação de mercadorias, capitais e pessoas, que a UE viabiliza e regula, é o único meio conhecido de assegurar a prosperidade do maior número de países – na Europa, como no resto do mundo. Estados diferentes, com interesses diferentes, têm este interesse em comum: mercados abertos. Para manter as instituições que, no continente, zelam por essa abertura, o norte da Europa tem tolerado as liberalidades do BCE, e o sul tem tentado equilibrar os orçamentos.

A UE não pode ser mais do que é, mas também não pode ser menos. Não é o melhor dos mundos, mas há mundos piores. Neste momento, é uma das poucas coisas que resta do mundo tal como ele era há vinte anos. Só porque não tem alternativa, não quer dizer que dure. Por essa razão, talvez não seja demais pedir que nos poupem aos anúncios do seu fim. Bem sei que, a semana passada, esse niilismo apocalíptico deu cinco minutos de fama a dois políticos de países pequenos. Mas já vivemos com demasiadas dúvidas e incógnitas. Não brinquem connosco. Não agora.
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por mais_um » 2/4/2020 19:31

mais_um Escreveu:Não tenho conhecimentos para avaliar se o que ele escreve é verdade mas dou-lhe o beneficio da duvida, o importante ´e o dinheiro chegar na realidade onde é necessário, sem se perder em burocracias. A sugestão de a Itália deixar de ser um contribuinte liquido da UE durante os próximos anos parece-me mais do que justo.


Klaus Regling

O tempo para a solidariedade europeia é agora: Uma resposta financeira europeia concertada para a crise do coronavírus

A pandemia do coronavírus é um choque global que atinge todas as economias europeias. A Europa enfrenta a pior crise sanitária desde a gripe espanhola há um século. Como resultado, as economias europeias vão sofrer muito mais danos do que o inicialmente esperado. Isto requer um esforço concertado e uma resposta política bem coordenada, tanto a nível nacional como a nível europeu, para limitar os danos económicos, preservar a estabilidade financeira e preparar a recuperação económica quando a crise sanitária estiver controlada. A gravidade da situação médica, bem como a dimensão expectável dos danos sociais e económicos requer, urgentemente, uma solidariedade europeia já. (...)

https://expresso.pt/opiniao/2020-04-02- ... oronavirus

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por mais_um » 2/4/2020 19:30

Não tenho conhecimentos para avaliar se o que ele escreve é verdade mas dou-lhe o beneficio da duvida, o importante ´e o dinheiro chegar na realidade onde é necessário, sem se perder em burocracias. A sugestão de a Itália deixar de ser um contribuinte liquido da UE parece-me mais do que justo.


Klaus Regling

O tempo para a solidariedade europeia é agora: Uma resposta financeira europeia concertada para a crise do coronavírus

A pandemia do coronavírus é um choque global que atinge todas as economias europeias. A Europa enfrenta a pior crise sanitária desde a gripe espanhola há um século. Como resultado, as economias europeias vão sofrer muito mais danos do que o inicialmente esperado. Isto requer um esforço concertado e uma resposta política bem coordenada, tanto a nível nacional como a nível europeu, para limitar os danos económicos, preservar a estabilidade financeira e preparar a recuperação económica quando a crise sanitária estiver controlada. A gravidade da situação médica, bem como a dimensão expectável dos danos sociais e económicos requer, urgentemente, uma solidariedade europeia já. (...)

https://expresso.pt/opiniao/2020-04-02- ... oronavirus

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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por Opcard » 2/4/2020 18:24

mais_um Escreveu:Vamos ver se isto passa dos títulos dos jornais para a realidade...

Covid-19. Berlim apoia ajudas europeias de 200 mil milhões de euros a países mais vulneráveis

https://expresso.pt/coronavirus/2020-04 ... ulneraveis


Sim não estão a brincar é a sério mas como a afirmo a mais de uma semana o instrumento a mão é o Mecanismo Europeu de Estabilidade que serviu para salvar a Grécia .

Mas o políticos do sul preferiam dinheiro sem supervisão ,certos hábitos muito do desagrado dos países que se revêm nos valores de Juan Calvino .
 
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por mais_um » 2/4/2020 18:02

Vamos ver se isto passa dos títulos dos jornais para a realidade...

Covid-19. Berlim apoia ajudas europeias de 200 mil milhões de euros a países mais vulneráveis

https://expresso.pt/coronavirus/2020-04 ... ulneraveis
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por artista_ » 2/4/2020 1:54

PXYC Escreveu:Ou seja se nasces rico nunca vais ser pobre, se nasces pobre nunca vais ser rico, e a mobilidade ascendente acontece mas é preciso que faças tudo bem em todos os momentos da tua vida...
Eu não gosto muito deste modelo porque em Portugal estaria precisamente do lado errado, mas vindo de um país que me deu a melhor educação de graça e aterrando aqui do lado certo a verdade nua e crua é que não tenho motivos para ir embora porque a vida é muito facilitada no lado certo.


Grande contributo PXTC, as pessoas quando têm as coisas, dão-nas por adquiridas, mas esquecem-se que para eles as terem, muitos no passado lutaram muito para isso fosse possível. Mas dar uma coisa por adquirida é a melhor forma de a perder.
Esta pandemia é um sinal claro que não podemos em caso algum prescindir de ter um sistema de saúde público eficiente, nunca deixando de incentivar a iniciativa privada. A educação tem levados cortes significativos, e ai é muito mais difícil percebermos se já cortamos de mais ou não, se estamos a comprometer mais ou menos as futuras gerações... eu diria que na última década, talvez um pouco mais até, se tem descurado propositadamente a educação pública de forma a estimular a passagem para o privado de quem pode. Na minha opinião podem fazer isto porque as pessoas não dão valor à educação que tiveram, dão-na por adquirida, por isso não exigem muito aos governos nessa área, a não ser que gaste o mínimo possível. Se este caminho continuar nesse sentido, temo que cada vez mais em Portugal haja uma escola pública para os pobres e uma privada para os ricos!

Em percentagem do PIB, o estado investe cada vez menos em saúde e educação, apesar destas serem as duas áreas que os portugueses identificaram como as que deviam ser mais poupadas nos cortes, efetuados no tempo da troika.

https://www.pordata.pt/Portugal/Despesa ... %B5es-2778
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por PXYC » 2/4/2020 0:52

lfhm83 Escreveu:
artista_ Escreveu:De qualquer forma fiquei curioso em relação ao que pensas sobre a forma como deve ou não o estado apoiar a saúde e educação dos portugueses?


São os sectores que me menos me preocupam. Neste momento se não estou em erro não chegam a ocupar 25% do orçamento de estado.

O que me faz doer a alma é que o sobra quando retiras, saúde, educação, defesa e justiça. Pensões de reforma é algo que é completamente fora das competências do estado e que é um campo que só traz dores de cabeça. Para mim era tudo privado, devidamente regulado claro.

Mesmo assim o que mudaria:

Na saúde deixaria apenas 1 hospital publico por capital de distrito talvez 2 em Lisboa/Porto, que seriam do estado.
De resto tentaria adoptar o [url=https://en.wikipedia.org/wiki/Healthcare_in_Switzerland]modelo suíço de saúde/url], tem provas dadas, é mais barato, mais justo, mais ético. Os médicos e restante staff ganham mais, os utentes são melhor atendidos.
Pelo menos em Portugal acho que se devia generalizar o uso de PPP e não acabar com elas como fizeram neste mandato.

Na educação, aumentava as despesas dedutíveis em IRS para quem vai para o privado. 30% ou 800 euros é muito pouco, provavelmente estaria mais correcto 70% e um máximo de 70% do custo médio por aluno. Honestamente os alunos no privado aprendem mais, os professores ganham mais e sentem-se melhor. O público ficaria para quem não tem condições de pagar privado. E talvez arranjar alguma forma de promover rotatividade de professores entre público e privado para não se deturpar por completo a qualidade.
Não se pode é ter todos os anos um lobby dos professores preocupados em ter um salário melhor a compreender a qualidade do ensino (e entendo a insatisfação mas prejudica o sistema educativo).


Eu vivo num país que implementou todas essas políticas:
    - saúde privada obrigatoria (para quem ganha mais do que X$) - por acaso funciona bastante bem para quem tem seguro, mas quem não ganha o suficiente está lixado porque a saúde pública está totalmente descapitalizada;
    - educação privada - não é obrigatória mas nenhuma grande empresa contrata alguém saído de universidade pública porque simplesmente não são tão boas, e outra vez porque o estado não investe muito na educação pública, por outro lado para estudar no privado é preciso muito cash e se bem é fácil ter aprovação de credito com garantias do estado se fores pobre, é preciso primeiro que a universidade privada te aceite, o que se estudaste numa escola pública é algo dificil..;
    - sistema de reforma privado - funciona bem para quem pode descontar muito (do meu fundo despareceram 20% este mês com as quedas nas bolsas, mas pronto, tenho tempo para recuperar), agora para quem ganha/desconta pouco é igual porque mesmo uma rentabilidade de 200% para quem apenas consegue descontar 500$ por ano vai ser sempre insuficiente

Ou seja se nasces rico nunca vais ser pobre, se nasces pobre nunca vais ser rico, e a mobilidade ascendente acontece mas é preciso que faças tudo bem em quase todos os momentos da tua vida...
Eu não gosto muito deste modelo porque em Portugal estaria precisamente do lado errado, mas vindo de um país que me deu a melhor educação de graça e aterrando aqui do lado certo a verdade nua e crua é que não tenho motivos para ir embora porque a vida é muito facilitada no lado certo. E se é verdade que este modelo potencia muito a iniciativa pessoal e praí 60% da população trabalha em pequenas pymes de até 15 pessoas, do outro lado as grande industrias são essencialmente extractivas que dependem de licenças do estado, ou seja, a famosa iniciativa fica-se essencialmente para o mercado interno porque para desafiar os grandes players mundiais os quase inexistentes impostos pelos vistos afinal não são o segredo.
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por Opcard » 31/3/2020 11:15

Sempre disse que bastava saber o mínimo da Europa para saber que não era solução para está crise .
Espantosamente comentadores e é 90% dos portugueses acreditaram , Costa sabia bem só que queria desculpas para o que aí vem .

"Coronabonds levariam até três anos quem o diz é Klaus Regling, presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade.


https://www.ft.com/content/865ced7d-1e3 ... e7fd21cda7
 
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por Opcard » 30/3/2020 16:01

lfhm83 Escreveu:
mais_um Escreveu:Guntram Wolff: “Vamos acabar por ter uma mutualização da dívida, à medida que a crise se agrava”

https://www.publico.pt/2020/03/28/econo ... va-1909931


E como é que se pagariam os juros?
Quem iria pagar os juros seriam todos os contribuintes da zona euro. Não pode ser uma situação em só alguns países paguem juros por essa dívida. E para que isto possa ser feito, precisamos de ter uma agência de gestão da dívida europeia e uma regra clara sobre como é que o custo desta nova dívida vai ser distribuído através da zona euro. Uma solução óbvia é distribuir os custos do pagamento de juros por todos os países da zona euro.


Ora pois claro, os escravos do sistema...

opcard o que é MES?


Acordo de 27 de setembro de 2012 ente países da Europa. entrou em vigor em 8 de outubro de 2012
Dependente UE é um organismo para gestão de crises.
Tem Sede no Luxemburgo. O seu director um tipo cara simpática Klaus Regling

“Mecanismo europeu de estabilização financeira
 
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por artista_ » 30/3/2020 15:58

Como da saúde percebo muito menos, vou mandar algumas bujardas em relação à educação.

lfhm83 Escreveu:Na educação... Honestamente os alunos no privado aprendem mais, os professores ganham mais e sentem-se melhor.


Presumo que tires estas conclusões dos rankings?! Que toda a gente sabe que são inviesados por vários aspetos, sendo que o mais importante é o facto de os alunos do privado serem de classe social/económica mais elevada. A OCDE tem estudos claros que apontam claramente para a importância deste dado na taxa/grau de sucesso dos alunos.

lfhm83 Escreveu:O público ficaria para quem não tem condições de pagar privado. E talvez arranjar alguma forma de promover rotatividade de professores entre público e privado para não se deturpar por completo a qualidade.


A grande vantagem do privado é a gestão, sobretudo porque podem escolher os professores que quiserem e não os que lhes vão lá parar por processo centralizado, não sei se compreendes isto, mas é uma vantagem enorme. Há muito que defendo que, em teoria, as escolas deviam ter autonomia total para escolher os professores que querem, mas na prática sabemos o que, infelizmente, isso daria. De resto, pelo menos até há 10 anos atrás, hoje já não sei, o público paga melhor, por isso, em teoria, terá os melhores professores.

lfhm83 Escreveu:Não se pode é ter todos os anos um lobby dos professores preocupados em ter um salário melhor a compreender a qualidade do ensino (e entendo a insatisfação mas prejudica o sistema educativo).


Toda a gente quer um salário melhor... queres concretizar melhor? É que os professores não têm atualização salarial, nem progressões nas carreiras, de há 10 anos para cá. Não estou a dizer que ganham muito ou pouco, estou a dizer que esse loby de que estás a falar não vale um carapau, não consegue nada! :D
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por BearManBull » 30/3/2020 15:36

mais_um Escreveu:Guntram Wolff: “Vamos acabar por ter uma mutualização da dívida, à medida que a crise se agrava”

https://www.publico.pt/2020/03/28/econo ... va-1909931


E como é que se pagariam os juros?
Quem iria pagar os juros seriam todos os contribuintes da zona euro. Não pode ser uma situação em só alguns países paguem juros por essa dívida. E para que isto possa ser feito, precisamos de ter uma agência de gestão da dívida europeia e uma regra clara sobre como é que o custo desta nova dívida vai ser distribuído através da zona euro. Uma solução óbvia é distribuir os custos do pagamento de juros por todos os países da zona euro.


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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por Opcard » 30/3/2020 12:58

Em França ha uma frase que se repete e diz quando nao aceitam reformar a sua economia “os alemães acabarão por pagar

Eu fiz muito jantar em grupo com conta a dividir , Havia um que pedia uma garrafa de centenas de euros , muitos não bebiam mas pagavam .

Esse é o pânico deles não havera mais limites para ofertas eleitorais, porque os nossos défices seriam pagos por outros .

Sobre nao mutualizaçao da dívida existe um consenso na Alemanha , só os verdes poderiam aceitar .
“Mesmo dentro do país, entre os dezesseis Länder, não compartilhamos.
Por que os alemães abririam uma exceção para a Europa quando não aplicam a regra a si mesmos? “

Preferem pagar mais ( o custo seria de 30 000 milhões de euros ) para não ficar amarrados e abrem as mãos para MES que foi o modelo que salvou a Grécia .
 
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por BearManBull » 30/3/2020 11:38

artista_ Escreveu:De qualquer forma fiquei curioso em relação ao que pensas sobre a forma como deve ou não o estado apoiar a saúde e educação dos portugueses?


São os sectores que me menos me preocupam. Neste momento se não estou em erro não chegam a ocupar 25% do orçamento de estado.

O que me faz doer a alma é que o sobra quando retiras, saúde, educação, defesa e justiça. Pensões de reforma é algo que é completamente fora das competências do estado e que é um campo que só traz dores de cabeça. Para mim era tudo privado, devidamente regulado claro.

Mesmo assim o que mudaria:

Na saúde deixaria apenas 1 hospital publico por capital de distrito talvez 2 em Lisboa/Porto, que seriam do estado.
De resto tentaria adoptar o [url=https://en.wikipedia.org/wiki/Healthcare_in_Switzerland]modelo suíço de saúde/url], tem provas dadas, é mais barato, mais justo, mais ético. Os médicos e restante staff ganham mais, os utentes são melhor atendidos.
Pelo menos em Portugal acho que se devia generalizar o uso de PPP e não acabar com elas como fizeram neste mandato.

Na educação, aumentava as despesas dedutíveis em IRS para quem vai para o privado. 30% ou 800 euros é muito pouco, provavelmente estaria mais correcto 70% e um máximo de 70% do custo médio por aluno. Honestamente os alunos no privado aprendem mais, os professores ganham mais e sentem-se melhor. O público ficaria para quem não tem condições de pagar privado. E talvez arranjar alguma forma de promover rotatividade de professores entre público e privado para não se deturpar por completo a qualidade.
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por Opcard » 30/3/2020 10:40

[b]Quanto tempo aguentamos mais fechados em casa? Quanto tempo aguenta mais a economia "congelada"? Quanto tempo temos ainda de esperar pelas soluções terapêuticas? Um ensaio [/b
 
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por artista_ » 30/3/2020 2:35

Ifhm83, eu só fiz uma critica a uma justificação que deste para achares que o estado não devia apoiar a cultura e deporto, não tenho uma opinião muito formada sobre isso, embora ache que deva apoiar, mas não sei em quanto e em que condições, tudo o que conseguiria aqui escrever seriam coisas soltas, pouco objetivas.

De qualquer forma fiquei curioso em relação ao que pensas sobre a forma como deve ou não o estado apoiar a saúde e educação dos portugueses?

Em relação ao Dali, achei piada porque sendo eu alguém ligado às artes nunca gostei muito da pintura do Dali, mas sempre disse que gosto mais da personalidade que ele foi do que da sua obra. Ainda assim, muitos dos grandes pintores da história tiveram uma vida de miséria, mas até és capaz de ter razão em relação à maioria deles.

lfhm83 Escreveu::arrow: Admiro muito o Salvador Dali, para além de ser um ultra génio na técnica, temática, sentimento, execução e inovação, era um gaijo que dizia sem qualquer pudor o quanto valorizava o dinheiro. Os grandes pintores sempre tiveram noção da importância do mercado e de ter obras com valor monetário e de vender peças por boas maquias.
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por BearManBull » 30/3/2020 2:07

Bogos obrigado pela referência não conhecia a senhora.

Bom post opcard, alguns pontos interessantes que abordas e no geral parece-me bem visto.

Concordo Joao.D.

Deixo mais umas notas para resposta johny e artista.

:arrow: IIMHO, o financiamento da cultura não é uma competência do estado. O estado deve assegurar que qualquer indivíduo tem o direito a expressar-se da forma que bem entender(dentro de uma forma que não revogue liberdades e direitos de terceiros), se fizer isso já não está nada mal.

:arrow: O imposto que mencionei foi só uma sátira. Porque tenho de ser eu solidário para um artefacto cultural que nem faço ideia que existe e não a própria comunidade das artes&cultura. Que formem uma cooperativa das culturas, sei lá mas que não me retirem rendimentos que são necessários para mim e para a minha familia. PS:Para mim 80% dos impostos actuais são dinheiro atirado ao lixo, sem grande retorno.

:arrow: Varrer a rua e tratamento de resíduos urbanos é uma competência local não estatal e que é na actualidade geralmente sempre realizado por empresas privadas num sector altamente competitivo.

:arrow: O exemplo do cirque du solei é um exemplo do triunfo do capitalismo, um sector da arte e cultura que ninguém dava um chavo que se tornou voga graças a corporativação do circo. Deixou de ser cultura e arte? Não. Vivem os artistas melhor e são mais reconhecidos? Sim. Win win.

:arrow: Estão a deturpar conceito de solidariedade, para mim solidariedade é ajudar alguém a ultrapassar um momento difícil não é para ser um conceito de ajuda permanente, isso é imoral para outras pessoas que tem vidas muito difíceis e que pouca ou nenhuma ajuda têm. Era esse o sentido do outro post.

:arrow: Admiro muito o Salvador Dali, para além de ser um ultra génio na técnica, temática, sentimento, execução e inovação, era um gaijo que dizia sem qualquer pudor o quanto valorizava o dinheiro. Os grandes pintores sempre tiveram noção da importância do mercado e de ter obras com valor monetário e de vender peças por boas maquias.


:arrow: As assimetrias são causadas acima de tudo pelo estado, eu lutaria com as assimetrias com as empresas a distribuir parte dos lucros pela base da empresa na lógica do Pareto -> 20% dos lucros para os 80% da base por decreto
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por Àlvaro » 29/3/2020 22:51

optimiza, enquanto cheirar a medo o mercado explora até onde puder. Nestas situações de pânico o fundo é sempre mais fundo, mas pode ser que já esteja tudo descontado,não me parece, sinto muito o cheiro a napalm.
 
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por Optimiza » 29/3/2020 18:26

Bezos surfing.jpg
Bezos surfing.jpg (76.11 KiB) Visualizado 9338 vezes
Nestas últimas 2 semanas, todos já teremos pensado (e em alguns casos especulado), quais os setores a apostar no depois do Adeus ao CoronaVirus (antecipando a recuperação económica do 2º semestre).

Sugeri neste tópico e noutros, o aproveitamento dos setores mais massacrados pela paragem quase completa da economia (B.E.A.C.H+Oil) e também das oportunidades criadas pelas alterações sócio-económicas deste crise, fruto do CoronaLockdown, causador do flash CoronaCrash, causador do Fast CoronaBear Market, causador da Mega CoronaRecession.

Mas para depois do adeus ao CoronaVirus existe um "Otopatamar", mais adequado a "viúvas e órfãos dos novos roaring twenties" e que tb deveria estar um bocado na carteira do investidor/especulador, com menos risco/e pouco menos retorno/mas com um "certificado de garantia de sobrevivência" e na (re)valorização (vis a vis activos que fui indicando previamente, que terão riscos adicionais para um maior retorno absoluto).

Condições sine qua non para investir » 1) LT Trade (não é para daytraders ou position traders, e portanto não é dinheiro necessário para pagar o empréstimo da casa do próximo mês);
2) Esperar (e torcer) pelo MÁXIMO DE QUEDAS AGORA dessas empresas, porque na média, "desavergonhadas", só estão a cair 22% (face à média de 59% nas ações BEACH+oil);
3) Reactualizar gráficos, dados económicos, velhos SF's e RF's porque não somos acionistas desta maralha desde 2015/17, desde que subiram tanto que não podiam subir mais, e as (fdpalavrão) continuaram a subir...

Do que é que falamos ? Do novo "setor defensivo", das Tech+BioTech stocks a) inundadas de cash, de excesso de cash, b) líderes/vice-líderes de mercados que perduram, c) com barreiras à entrada para que muitos concorrentes cheguem à sua dimensão (e de 1 excepção chamada Berkshire que é o maior acionista de 2 delas).

Ordem que coloco dá primazia (por ordem decrescente) ao Upside potential da ação a 3 anos / market Upside/defense potential a 3 anos / Cash in Hands AGORA - 1º ponto para cada ação / *A brincar » Possibilidade de existência da companhia daqui a 100 anos (em que a economia espacial superou a terrestre). Como introdução vejam isto: https://www.visualcapitalist.com/bigges ... -23-years/

1 - Alphabet, com o petit nom Google (Googl 1110usd/stock) trillion dólar baby antes do CoronaCrash, 125 biliões em cash / líder online absoluto do mercado de pesquisa, em uso record mesmo com a população Mundial fechada em casa / 26 empresas subsidiárias e participadas, das quais destaco apenas porque adoro a Youtube / queda "tímida" de 30% face a máximos 39B de receitas /margem Bruta 45% / 9B RL
*Vai perdurar na era espacial. Daqui a 100 anos, se não fôr desmembrada nesta década pela Anti-trust Laws do SubComité Judicial do Senado (o que também não era mau para a capitalização das novas sociedades que daí adviriam).

2 - Amazon (amzn 1900usd/stock) trillion dólar baby antes do CoronaCrash / "apenas 45B em cash"
líder online absoluto na distribuição, com armazéns que são uma maravilha tecnológica e com um negócio melhor do que vender droga » líder de armazenamento cloud computing / atuam como venture capitalists em mais de 200 empresas / o crescimento é o seu objetivo, o Lucro é secundarizado / problema especulativo maior - só caiu 12% de máximos e está em positivos YTD, "devia cair muito mais".
*Vai perdurar na era espacial com entregas de Marte à galáxia de Andrómeda. Daqui a 100 anos, se não fôr desmembrada nesta década pela Anti-trust Laws do SubComité Judicial do Senado (o que também não era mau para a capitalização das novas sociedades que daí adviriam).

3 - Microsoft (msft 150usd/stock) trillion dollar baby agora / 140B em cash Um mamute com a agilidade de um Kanguro
Durante décadas falava-se muito dos open softwares, em java e Linux, mas cada vez mais users dos pacotes MSFT e sobretudo cada vez menos piratas na China fruto das chaves digitais das licenças. Máquina de fazer dinheiro, pagam como ninguém, com poucas ameaças e com enormes barreiras á entrada no CoreBusiness. Dão-se ao luxo de ter umas dezenas de subsidiárias como a Linkedin que não passam de atividades decorativas (excepção ao negócio do gaming e da Cloud). Deverão agora entrar no negócio dos streaming/media online e mobilidade elétrica, e podem comprar qualquer empresa do planeta que não conste desta lista.
*Vai perdurar na era espacial. Daqui a 100 anos, se não fôr desmembrada, como têm tentado desde há décadas via Anti-trust Laws do SubComité Judicial do Senado (o que também não era mau para a capitalização das novas sociedades que daí adviriam).

Berkshire hathaway (mestre WB) 130B em cash (para comprar empresas em épocas de crise aguda) Uma empresa que é sobretudo um Fundo de Investimento gigante e diversificado, atualmente, com enormes perdas contabilísticas nos seus ativos (-35% face a máximos) desenvolvo mais tarde

5ª Facebook 55B em cash desenvolvo mais tarde

6 º Apple 110B em cash desenvolvo mais tarde

7º Cisco 34B em cash desenvolvo mais tarde

8ª Gilead 30B em cash desenvolvo mais tarde

9º Oracle 38B em cash desenvolvo mais tarde

10º Alibaba 86B em cash desenvolvo mais tarde

10 Secundárias na equação: Equinix (5B), Ford (40 B em cash mas este ano vão queimar 8B devido ao lockdown), Digital realty trust, Bristol Myers (34B), Broadcom, Medtronic (28B), Intel (45B), NVidia, Disney (38B), At&T (48B).

Ideias a reter: Como nem na 2ª guerra Mundial/depressão de 29 a 33, a maioria dos setores económicos pararam por completo (ainda por cima por imposição de todos os Governos), "depois do Adeus ao CoronaVirus" existirão mais oportunidades do que após a crise financeira de 2008 e muito mais oportunidades do que antes do CoronaCrash! Haja mais quedas vigorosas agora para se poder optimizar a relação risco/retorno.
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por mais_um » 29/3/2020 15:36

Opcard Escreveu:O que é possível é isto , acreditar que se pode passar por cima dos tratados e no Pai Natal é igual ,


« All we ever hear, is "where is the EU?"




Como boa pratica devias criar o hábito de quando colocas neste fórum (ou noutro qualquer) algo que não seja escrito por ti, coloques a fonte da informação de forma a ser escrutinado pelos restantes ....
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por Opcard » 29/3/2020 15:24

O que é possível é isto , acreditar que se pode passar por cima dos tratados e no Pai Natal é igual ,


« All we ever hear, is "where is the EU?"

We never read that:

- The ECB does all it takes to support the financial system to cope .
- 4 million masks have been sent to Italy from Germany, France and Austria. France has sent 20.000 protective suits.
- Germany is taking in patients from Italy and France.
-The Chinese help comes after the EU sent 56 tons of emergency goods to China in January.
-Some of the Chinese help (2 mio masks and 50.000 tests) was allocated to the EU Emergency Response Coordination Centre. EU Commissioner Lenarčič promptly sent it ALL to Italy.
- The EU has set aside 400 million euro to aid in a coordinated global WHO response.
-Many of the poorer member states have hospitals that were built and/or modernized with EU funds.
-Billions of euros have been allocated to the member states to aid them in fighting the virus. Most to the poorer countries and to Italy and Spain.
-Since 2014 the EU has a programme worth 24 million that aids hospitals in dealing with crisis response.
-2.300 EU citizens were repatriated by the EU Civil Protection Mechanism.
-The European Virus Archive, started in 2009, is now proving its worth as a valuable resource to researchers.
-The EU is coordinating a common purchase of ventilators, masks and other protective gear.
-On top of that, they are buying equipment worth 50 million to act as an emergency stockpile for member states.
-Commission President von der Leyen prevented the closure of internal borders for vital medical supplies, even threatening Germany with infringement procedures after they did so.
-An extra 100 million of EU funds has been poured into research.

ALL this information is available. But all most people keep repeating: where is the EU?
 
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por mais_um » 29/3/2020 15:19

Guntram Wolff: “Vamos acabar por ter uma mutualização da dívida, à medida que a crise se agrava”

https://www.publico.pt/2020/03/28/econo ... va-1909931
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por Opcard » 29/3/2020 12:49

A falta de fé ou saber tem o mesmo efeito ,há casamentos onde não há amor mas o divórcio é impossível estou a falar da Europa quase 50% do PIB alemão está no seu Banco central são números de dívida de países do Sul nunca será paga mas enquanto continuar assim É activo .

Li,hoje um artigo de alguém que trabalhou e conhece tratados e corredores de Bruxelles , repete a argumentação que há muito tenho , há muito que a Alemanha será disponível para pagar , em troca há um ministro das finanças europeu com plenos poderes e será alguém que dará garantias aos alemães .

Eu escrevi no meu primeiro comentário quando criei este novo Tópico Para dar dinheiro antes temos de mandar na carteira de quem recebe ( direito de veto nos orçamentos ) a solução rápida é o BCE , repito que é e vai ser .



“ De repente, instalou-se a ideia que os Eurobonds são a solução imediata para a crise económica. Como a União Europeia não se prepara para adoptar os Eurobonds nas próximas semanas, já há muita gente a anunciar a “morte da Europa.” De certo modo, não há aqui nada de novo. A história da União Europeia também é a história dos seus óbitos. Mas a União Europeia é mais resistente do que se julga. No entanto, o súbito entusiasmo com os Eurobonds mostra um problema com a discussão sobre a natureza da União Europeia.

Há muita gente que mostra um entendimento curioso e errado sobre a natureza da União Europeia. Passam o ano a dizer que não são federalistas, que não querem dar mais poderes a Bruxelas e, sobretudo, que não gostam da intromissão de Bruxelas na vida económica nacional. Mas, quando chega uma crise, exigem que a União Europeia se comporte como se fosse um Estado federal e tivesse respostas rápidas, próprias de um poder soberano. Não é possível desejar soberania nacional quando tudo corre bem, e pedir federalismo europeu quando chegam as dificuldades.


Apesar de uma partilha significativa de soberania, a União Europeia é, no essencial, uma união de Estados nacionais e soberanos. A Comissão Europeia não é o governo europeu, e o Presidente, ou a Presidente como agora, não é o PM europeu. E é muito fácil entender por que é assim: os países europeus querem manter o poder nacional. Nenhum governo, repito nenhum, quer uma federação em Bruxelas. Dou um exemplo, dado que estamos a viver uma crise sanitária muito grave na Europa. Até hoje, todos os países europeus quiserem que a política de saúde fosse uma competência nacional. Nunca deram qualquer poder a Bruxelas na saúde. Não podem, agora, pedir grandes respostas à União Europeia.

A União Europeia funciona quando há uma vontade colectiva suficientemente forte entre os 27 Estados membros. Quando não há essa vontade de todos, não funciona. Além disso, os chefes dos governos europeus, aquelas senhoras e aqueles senhores que se sentam no Conselho Europeu, devem a sua legitimidade e o seu poder às suas democracias, aos seus eleitorados. São chefes de governo porque foram eleitos nos seus países. Não foi a Europa que lhes deu o poder. Enquanto for assim, os interesses nacionais prevalecem sobre a solidariedade europeia. As pessoas podem queixar-se, chorar, podem rezar ao santo Delors, podem chamar tudo e mais alguma coisa aos alemães e aos holandeses. Mas nada disso muda a realidade. Não peçam a Bruxelas o que ela não pode dar.

Apesar de tudo, Bruxelas e Frankfurt já tomaram decisões muito importantes. A Comissão Europeia suspendeu o Pacto de Estabilidade e permite as ajudas de Estado aos sectores económicos mais afetados. Num momento de urgência, Bruxelas tomou rapidamente medidas extraordinárias e suspendeu duas das regras fundamentais da União Europeia. Nada mau para quem não tem poder soberano.

O BCE adoptou uma política monetária sem precedentes, passando a comprar as dívidas nacionais sem quaisquer limites. A política monetária do BCE impede, pelo menos por enquanto, uma crise financeira soberana na Europa.

A adopção dos Eurobonds a curto prazo será necessária se o BCE não for capaz de impedir uma crise financeira das obrigações italianas durante os próximos meses. Mas se houver uma crise financeira séria em Itália, então a Alemanha terá que escolher entre Eurobonds e a manutenção dos italianos no Euro; aí escolhe os Eurobonds.

Mas a introdução dos Eurobonds implicará transferência de poderes para Bruxelas. Ninguém tenha qualquer dúvida sobre isso. O governo e os partidos portugueses devem pensar muito bem sobre isso. Se querem Eurobonds, vão perder poder fiscal e orçamental. Haverá mais poder europeu e menos soberania nacional. Convém pensar nisso enquanto é tempo. Vão perceber o que isto significa quando a Alemanha, um dia, apresentar as contrapartidas à introdução dos Eurobonds.

Na minha opinião, a prazo, os Eurobonds serão introduzidos para garantir a sobrevivência da zona Euro. Mas convém que os partidos portugueses tenham consciência sobre o significado político dos Eurobonds. Depois não se queixem. Sobretudo os partidos de esquerda. Com Eurobonds, não será possível aprovar orçamentos com os votos do Bloco e do PCP, a não ser que esses partidos mudem, e muito.
 
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Re: E depois do adeus ao CoronaVirus

por JohnyRobaz » 29/3/2020 1:13

artista_ Escreveu:
ricardmag Escreveu:
Depois do adeus a federação europeia pode estar mais perto. Ou será mais a desintegração?


Pelo rumo que isto tá a levar iria claramente para a segunda... eu já estava mais inclinado para ai antes deste episódio do Holandês!


Também vejo mais isto a ir no caminho de um retorno à CEE, ou menos ainda que isso...
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