Ulisses Pereira Escreveu:De que pico é que ela falava?! Esta gente fala no abstrato e não se percebe nada do que dizem, pior que isso, ficamos todos com a ideia que eles também não sabem o que dizem, o que é mau sendo ela umas das pessoas que está ao leme disto..
Artista, ela explicou claramente de que pico falava e não é correcto estares a criticá-la sem sequer ouvires o que ela disse. Aconselho-te a veres o programa e ouvirás a explicação dela. Algo que já se sabia, mas que ela explicou detalhadamente.
Abraço,
Ulisses
Ulisses, penso que toda a gente tenderá a entender o pico, como a altura em que estarão mais casos ativos, que mais coisa menos coisa, será o mesmo do pico de mortes diárias e internados nos UCI. E eu referi logo que não tinha visto a entrevista e que o que escrevi foi mais uma desabafo.
Estive a ver a entrevista, que me pareceu bastante interessante. E o pico de que ela fala é realmente esse, a altura em que teremos mais casos. Explicou que o pico a 14 de abril foi calculado antes de se tomarem as medidas de contingência, como por exemplo o fecho das escolas (o que me faz pensar porque é que continuaram a falar em meados de abril como pico) e que previa uma curva brutal com um pico de casos muito elevado. Disse que nessa curva, no pico teríamos 4x mais casos, do que na curva que estão a projetar, em meados de maio... ou seja, teremos uma curva mais longa mas mais achatada... custa-me a acreditar que haja uma diferença tão grande, mas não ponho em causa o estudo, obviamente, veremos até que ponto ele funcionará, sendo certo que ela disse que não podiamos olhar para esses estudos como um dia certo para a inversão.
Algo que retive na entrevista foi o facto de ela ter referido que o aspeto que mais contribui para a evolução favorável da curva é o isolamento social, e que achava que se podia fazer mais neste capítulo, não especificando, falou de que há pessoas que não estão a cumprir rigorosamente as determinações do Estado de emergência... acho que isto vem de encontro ao que alguns aqui defendem, eu incluído, que as medidas de contingência deviam ser mais apertadas e fiscalizadas!
Algo que não me pareceu correto foi ela ter referido que começam a haver evidências de que Itália está a chegar ao pico, o que me parece que é factualmente errado! Em relação a Espanha disse que não há evidências disso usando até o termo «assustador»... falou ainda que nós tomámos medidas mais cedo que Itália e Espanha, o que é verdade, eu acrescentaria, que tivémos a sorte de o surto ter-se espalhado de uma forma mais lenta cá, porque tomámos as medidas na mesma altura, só que num estado de propagação menor que eles.