MarcoAntonio Escreveu:A peça inclui alguns pontos relevantes mas ignora imensa informação.
Em países como Holanda, Espanha, Reino Unido, o Estado de New York, etc os óbitos diários duplicaram à escala nacional/estadual, já se consegue detectar. E em determinadas regiões chegam a triplicar, quadriplicar, quintoplicar (dados que já vão estando disponíveis para Itália, por exemplo, por região). Em vários países, mesmo com medidas de mitigação, já foram batidos recordes de óbitos com bastantes anos.
Sem dúvida, reflete os riscos da letalidade desta Pandemia e "não só"....
MarcoAntonio Escreveu:Mais, o impacto da pandemina não se fica pelos óbitos mas também pelas hospitalizações e internamentos em cuidados intensivos, muito acima do normal para a gripe sazonal. Os óbitos são, argumentavelmente, a parte mais visível ao público da pandemia, mas não é de longe nem de perto onde termina o impacto.
E falta saber no caso dos recuperados, por internamento ou internados em UCI (síndrome respiratória), quais as sequelas (fibrose pulmonar, etc), as implicações a longo prazo, mesmo em pessoas com faixas etárias mais baixas.
https://www.rtp.pt/noticias/covid-19/co ... o_n1220029Como ficam os pulmões depois da infeção?
Nas infeções provocadas por outros coronavírus, como a que a SARS, cerca de um terço dos pacientes recuperados apresentavam comprometimento pulmonar após três anos. Já dos pacientes infetados pela MERS, um terço ficava com cicatrizes nos pulmões - a chamada fibrose pulmonar.
A verdade é que as consequências da Covid-19 para o sistema respiratório são as mais relatadas, até agora. Nos casos mais graves da infeção provocada pelo novo coronavírus, é relatado que o sistema imunológico, ao tentar combater o vírus, destrói algumas regiões dos pulmões.
Na recuperação, o organismo tenta reconstruir os pulmões, acabando por criar zonas de cicatrização, nas regiões lesadas. O problema é que estas cicatrizes, a fibroses, podem comprometer a capacidade respiratória dos pacientes a longo prazo.
Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Hong Kong, revelou que alguns pacientes "podem ter uma perda de 20 a 30 por cento na função pulmonar" após a recuperação da Covid-19.
Mas o diretor do serviço de pneumologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) e professor na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, em conversa com o Observador, assegurou que nem todos os doentes de Covid-19 vão ficar com sequelas.
"Entre as pessoas que são internadas, a probabilidade de ficarem com lesões significativas e persistentes que perturbe o dia-a-dia é baixa", afirmou Joaão Cardoso em entrevista.
No entanto, "nas pessoas que estiverem ventiladas, a probabilidade de ficarem com essas lesões já é maior", sublinha.
Ainda pouco se sabe sobre os danos que a Covid-19 deixa no organismo de quem infeta, mas uma coisa é certa para os especialistas: os pacientes com distúrbios pré-existentes que no coração, fígado, sangue e pulmões correm um risco maior de adoecer devido à infeção do novo coronavírus.
De acordo com os investigadores, quando os pacientes de Covid-19 apresentam sintomas de infeção, a função de alguns órgãos é interrompida. E, quando um órgão começa a falhar, geralmente, outros falham também.
Mesmo sem saber o efeito exato do coronavírus em cada órgão, sabe-se que a falência de órgão pode causar danos e lesões no corpo todo.
MarcoAntonio Escreveu:Sim, existem incertezas, sem dúvida. E interessa estudar essas incertezas, inquestionavelmente. Mas a minimização da pandemia e comparação à gripe sazonal é um exercício de voluntária ignorância. Porque não há gripe sazonal típica que cause os impactos a que estamos a assistir nos países mais afectados.
Inquestionável
Infelizmente...