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Caldeirão da Bolsa

Atualidade Internacional

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Atualidade Internacional

por BearManBull » 10/10/2019 13:06

Ontem saiu o prémio Nobel da química, atribuído aos inventores da bateria de lítio.

Parece-me um prémio altamente enviesado por uma agenda politica. Altamente lamentável usar o mais nobre dos galardoes para marcar passo a defender interesses políticos, como se não houvesse descobrimentos mais actuais e mais impactantes para o futuro próximo da humanidade.

Nobel da Química distingue cientistas que "criaram mundo recarregável"

O prémio Nobel da física também deixa muito a desejar, o desgraçado do Hubble, provavelmente o maior astrónomo de todos os tempos, deve-se estar a revolver na cova.

Edwin Hubble descobriu outras galáxias numa altura em que se acreditava que só existia a Vai Láctea e nada mais, quanto aos planetas sempre se assumiu que existiam planetas a orbitar outras estrelas. Foi responsável por criar uma lei da física que descreve outra das maiores descobertas da física, que as galáxias se afastam umas das outras e que permitiu desenvolver a teoria do big bang. No entanto só foi laureado com um nome de um telescópio e ficou-se por aí.

Por outro lado tínhamos George Hale que foi o responsável pela criação do primeiro telescópio de espelho com diâmetro de 5m que metros que permaneceu o maior do mundo até aos 90!!!

Estes dois homens mereciam facilmente mais do que um premio Nobel cada um.

Por fim dificilmente se pode considerar a astronomia como uma modalidade da física, é mais uma disciplina que usa regularmente a física e matemática como ferramentas.

Não sei o que se passa com o comité do Nobel mas chega a ser insultuoso a forma como entregam os prémios.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Atualidade Internacional

por Ativo » 30/9/2019 22:44

In jornal I, hoje:

«Arábia Saudita. Guerra levaria a subida “inimaginável” do preço do petróleo.

O aviso foi referente a um ataque aéreo a instalações petrolíferas, que os EUA e os sauditas apelidaram de “ato de guerra” do Irão. Entretanto, a Fitch já baixou a classificação da Arábia Saudita.

Uma guerra entre a Arábia Saudita e o Irão levaria a um “colapso total da economia global”, assegurou o príncipe herdeiro saudita, Mohammad Bin Salman, em entrevista ao 60 Minutos, da CBS. O alerta surge após os ataques aéreos de 14 de setembro contra as principais instalações da Aramco - a empresa petrolífera saudita - que afetaram quase 5% da produção global de petróleo. Tanto o reino saudita como os seus aliados norte-americanos culparam o Irão pelo ataque, que qualificaram como um “ato de guerra”
.

“Este ataque não atingiu o coração da indústria energética saudita, mas sim o coração da industria energética global”, salientou o príncipe. Apesar do ataque ter sido reivindicado pelos houthis - um grupo rebelde iémenita apoiado pelo Irão - o reino de Bin Salman garante que os mísseis e drones que devastaram as instalações da Aramco não partiram do sul, do Iémen, mas sim no nordeste, do território iraniano.

Caso a crescente tensão entre Riade e Teerão degenere em guerra, “a produção petrolífera será afetada e os preços do petróleo subirão para valores inimagináveis, que não vimos no nosso tempo de vida”, notou Bin Salman. Mas os efeitos económicos não se limitariam ao setor energético, sobretudo dada a importância do Golfo Pérsico, uma das principais rotas marítimas globais - localizada entre as duas potências regionais. “Imaginem que tudo isto pára. Significa o colapso total da economia global, não só da Arábia Saudita ou dos países do Médio Oriente”, notou Bin Salman.

Ratings Entretanto, segundo o Finantial Times, a agência de classificação de risco Fitch já baixou a costumeira classificação de A+ do reino saudita para um A - citando os riscos geopolíticos e tensão militar no Golfo. “Acreditamos que há o risco de mais ataques na Arábia Saudita”, declarou a Fitch em comunicado. O Ministério da Economia saudita acusou a avaliação de ser “algo especulativa”, mas esta terá sido alicerçada na vulnerabilidade geopolítica do reino, pelo seu “alinhamento com a política dos EUA quanto ao Irão e o seu envolvimento continuado na guerra do Iémen”, segundo a Fitch.

Além disso, a empresa prevê que as reservas financeiras sauditas desçam para 64% do PIB em 2021 - um valor sólido, mas inferior aos 87% de 2017. O aumento da dívida do reino também é uma preocupação para a Fitch, que notou a dependência do país no petróleo, bem como as suas “falhas de governação”.

Mediação Face ao risco de conflito, vários países próximos do Irão e da Arábia Saudita prontificaram-se a mediar negociações entre ambos. “Ninguém possui as armas necessárias para dar um golpe fatal ao seu adversário. Caos e destruição irão atingir a totalidade da região”, alertou o primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdul Mahdi, em entrevista à Al Jazira.

As declarações do primeiro-ministro iraquiano foram feitas ontem, dias após a sua visita ao reino saudita, tendo já sido anunciado pelos media iraquianos que planeia visitar brevemente Teerão, para discutir uma solução diplomática para o conflito
. Contudo, Mahdi também salientou que para conseguir uma paz regional é imperativo resolver primeiro o conflito no Iémen. A guerra já dura há mais de quatro anos e causou a morte a dezenas de milhares de pessoas - deixando o país à beira de uma crise alimentar que as Nações Unidas considerou “a pior do mundo”.».

Não se pense que os sauditas se vão esquecer do ataque de que foram alvo as suas instalações petrolíferas ...
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Re: Atualidade Internacional

por Ativo » 20/9/2019 13:13

ativo Escreveu:Após o ataque a instalações petrolíferas sauditas rapidamente se percebeu que tal iria ter consequências.
Depois de Trump ter dito que tinha sido o Irão o responsável por tal ataque percebeu-se sobre quem cairiam as consequências.
Agora, a Casa Branca classificou tal ataque como um ato de guerra.
Está tudo dito! As consequências consistirão numa ação militar sobre o Irão. Falta saber como vai ser realizada tal ação militar.

O ataque ocorrido a instalações petrolíferas sauditas vai forçosamente ter consequências (não pode deixar de ter). Irá, suponho, haver uma ação militar retaliatória sobre o Irão. Essa ação militar terá caráter limitado, Trump já declarou que não quer guerra com o Irão (Trump tudo faz para que as Bolsas americanas não descarrilem). Nada obriga a que essa ação militar seja imediata. Está-se a jogar xadrez na região do Golfo Pérsico: o adversário está a pensar como retaliará e quando.
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Re: Atualidade Internacional

por richardj » 20/9/2019 1:24

Por acaso acho que não vai dar em nada no imediato. Essas coisas fazem-se primeiro dizem-se depois.

Estamos já demasiado próximos das eleições americanas, o Trump não vai quer ir para a guerra agora. Para perceber Trump deve-se ver o que faz e não o que diz.

Dito isso, interessa muito mais o que vai fazer a FED, isso sim um fenómeno estupendo, reparei nesta lógica:

O mercado quer taxas da FED mais baixas;

A FED diz que o clima económico está a deteriorar, que há mais riscos e incertezas, que os dados económicos estão a piorar, e então baixa a taxa;

A bolsa sobe porque a FED baixou a taxa, ou seja, a bolsa sobe quando a economia está a piorar e o clima económico está a deteriorar. É um contra senso.

Cooper: CASE, get ready to match our spin with the retro thrusters.

CASE: It's not possible.

Cooper: No, it's necessary!

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Re: Atualidade Internacional

por LoneWolf » 19/9/2019 13:50

USA, a fazer inside jobs desde a 1a guerra mundial.


(desculpem, nao resisti)
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Atualidade Internacional

por Ativo » 19/9/2019 13:34

Após o ataque a instalações petrolíferas sauditas rapidamente se percebeu que tal iria ter consequências.
Depois de Trump ter dito que tinha sido o Irão o responsável por tal ataque percebeu-se sobre quem cairiam as consequências.
Agora, a Casa Branca classificou tal ataque como um ato de guerra.
Está tudo dito! As consequências consistirão numa ação militar sobre o Irão. Falta saber como vai ser realizada tal ação militar.
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