Petróleo / Crude Oil WTI
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Diagnóstico: Neutral
O ataque deste fim de semana doeu nao só aos sauditas mas também aos que “shortavam” o Petróleo, como era o meu caso.
Ganhos razoáveis passaram de repente para perdas de alguns milhares de Euros na commodity, paciência, quem anda à chuva molha-se e neste caso fui impactado por um verdadeiro tornado!
E daqui para a frente?
Pois parece haver correntes a favor e contra em ambos os sentidos, vejamos o essencial numa ótica de cenários que podem agradar ou não aos que desejam uma verdadeira guerra mais alargada na zona:
- Dos que desejam vingar-se contra o Irão, sim, isto é muito sério porque ninguém acredita que foram os pobres diabos do Iémen que manobraram uns sofisticados drones comprados na Worten com uma bombinha colada na parte de baixo.
Israel sempre desejou aniquilar a crescente força nuclear dos persas, já tinha convencido Trump a colocar o Irão na lista dos “bad guys” e agora terá ganho em definitivo o apoio dos sunitas muçulmanos liderados pelos sauditas, inimigos fidagais dos shiitas liderados pelos ayatohlas.
Dificilmente haverá cenário mais favorável à coligação US / Israel para querer dar uma lição aos iranianos, o problema será a oposição da Rússia e a tecnologia de guerra dos próprios iranianos que não são propriamente uns nabuchos em matéria militar, certamente nada comparáveis aos iraquianos... mas isso é outra política bem mais complexa. O certo é que nos próximos dias poderemos ser testemunhas de uma escalada muito perigosa naquela região do globo!
Preços poderão ultrapassar os 100 dólares o barril em caso de conflito? É mais que provável!
Esperemos que num cenário bélico, a acontecer, a Europa e particularmente Portugal possam passar mais ou menos ao lado das desgraças de milhares de baixas, de novas ondas de refugiados e de nova crise financeira mundial provocada pelo conflito.
- No outro lado da balança, dos que querem evitar um aumento de tensão na zona: as instalações atacadas na Arábia Saudita pelos ataques originaram uma perda de produção de cerca de 40% a 45% da produção saudita, entre 5,5 a 6 milhões de barris diários, equivalentes a pouco mais de 5% da atual produção mundial de Petróleo.
Sendo certo que vários países europeus e asiáticos, que dependiam de importações sauditas, terão de recorrer a partir de agora a outras alternativas complementares, como a excedentes dos países do Golfo Pérsico (exceto o Irão e a Venezuela sujeitos a embargo internacional) e a reservas próprias que podem cobrir entre 2 a 5 meses de importações totais, é crível que os danos nas instalações sauditas afetadas poderão ser repostos num período que poderá medear entre um mês a meio ano.
Quanto mais tarde a reposição da produção normal mais tempo levarão os preços internacionais do crude a voltar aos níveis dos cinquenta e poucos dólares o barril da semana passada.
O certo é que a aposta certa, em caso de não conflito com o Irão, é simplesmente vender futuros sobre o crude para baixar os preços atuais e ganhar cerca de 8 dólares por barril.
Em resumo, onde está a verdade ou o cenário mais provável? Será que outros cenários para além dos indicados, guerra ou não guerra, poderão influenciar os preços do Petróleo nas próximas semanas?
Perante tanta indefinição e aumento previsível da volatilidade nos preços será que a melhor opção será para já aguardar para deixar assentar a poeira sobre os principais cenários em que estamos confrontados?
No meu caso a opção é simples: tomar uma posição de compra ou de venda logo que haja um sinal claro da Análise Técnica.
Uma novela interessante a acompanhar!
- Petróleo WTI: Sistema de trading New SAR 3 / Gráfico Diário