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Pois...

MensagemEnviado: 14/4/2003 14:37
por Serrano
Parece que a iniciativa de investidores privados é indispensável, e, para isso...
Obrigado e um abraço.

MensagemEnviado: 14/4/2003 14:16
por djovarius
Já agora, abertura de hoje: USD compra 3,19 reais, ou seja pode seguir a festa do Real, até ver.

MensagemEnviado: 14/4/2003 14:11
por djovarius
Olá Serrano, só agora vi as msgs. Desculpa lá.

Não há jogo nenhum, lol.
Em relação ao assunto "sector energético" nem há dúvidas. Há a intenção de libertar verbas federais para reestruturar tudo no sector. Desde a produção hidríca à distribuição (redes inter-estaduais), tudo precisa de revisão, desde que haja verbas. Essa será a intervanção estatal em contraste com o proteccionismo por via das compensações cambiais.

É que não se admite que o mesmo país que tem 20% da água potável do mundo, não consiga reter essa água para fins hidrícos e sobretudo passar o excesso de produção nalguns Estados para outros Estados deficitários.
Só um exemplo dos tempos do "apagão". A Argentina, em crise, tinha possibilidade de exportar energia e assim ganhar umas divisas bem necessárias. Acontece que não havia linhas internacionais para passar os tão desejados Gigawatts... é a falta de estruturas !!! Houve quem falasse em inverter o processo de privatização, mas a maioria acha que a confusão seria brutal, sem resolver nenhum problema, claro !!
Uma nota ainda para a marca Vivo de telefones celulares. O lançamento oficial foi ontem com uma grande festa: Ivete Sangalo, Luciano Melo, etc... e intervenções em directo num canal de TV. Pois é, telemóveis ibéricos à conquista da América Latina.

Um abraço
dj

Mostrar o jogo

MensagemEnviado: 14/4/2003 13:20
por Serrano
Então Dj, não queres, mesmo, abrir um bocadinho o jogo?
Um abraço.

Brasil às escuras?

MensagemEnviado: 13/4/2003 17:44
por Serrano
Na Electropaulo os gringos já deram o fora. Se as condições de regulação não permitirem a remuneração de capitais, não haverá investimento em infra-estruturas eléctricas, outros darão o fora e o sistema, que já não é famoso, entra em ruptura...
Caro DJ, o forró sem amplificação electrónica, com som natural, até seria romantico, mas não acredito. Depois, contraria o pragmatismo com que nos tem surpreendido Lula.
Um abraço.

AmLat - resumo da semana

MensagemEnviado: 12/4/2003 23:15
por djovarius
Olá, tudo bem? Vamos ao que realmente importa. Problemas de manutenção na central telefónica, impediram-me de vir cá ontem à tarde :evil: para mais um resumo da semana, mas hoje é sábado, dia de alegria e descanso, bom para reflectir sobre a incógnita dos mercados, agora que estamos a abandonar a fase quente da guerra, pelo menos assim parece.

À margem disso tudo, tivemos aqui em Interlagos uma das corridas mais loucas dos últimos tempos na Fórmula 1. Há quem adore vê-los transformados em carrinhos de choque. Mas também depois do temporal que caiu... para o ano há mais ! :lol:

Onde o temporal passou, por enquanto, foi nos mercados da região. Os indicadores não enganam. Se o mundo não cair numa forte recessão, se conseguir escapar à crise, a América Latina deverá navegar à frente nos mares da recuperação. Por via disso, o Real brasileiro começou e acabou bem a semana. Esperemos para ver se teremos a repetição do que aconteceu no final de 2001 com o Real a subir 11 semanas consecutivas após fortes quedas. Para já, após queda de 35% em 2002, já vai com uma valorização de 10% no ano corrente. Essa valorização é desejada pelas empresas estrangeiras que actuam no Brasil, que assim podem obter resultados melhores nas suas moedas, quando apresentarem os resultados de exploração. A indústria automóvel, essa viveu o pior mês de Março dos últimos dez anos no Brasil. Quem vai rir é o consumidor que poderá adquirir automóveis novos a preços antigos. Já imaginaram aí na nossa terrinha comprar um Corsa por cinco ou seis mil euros??

O Brasil quer mesmo é que o preço do petróleo caia para ajudar à queda da inflação, tornando mais fácil a futura baixa das taxas de juro, indispensáveis para o relançamento económico. A intenção do Governo, à medida que os investidores sinalizam a outorga de melhores condições de rolagem da dívida interna e externa, é a de diminuir gradualmente o esforço anual para a liquidação da mesma, o que permitiria o relançamento dos investimentos públicos. Por agora, tudo está bem encaminhado. O ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central estiveram nos EUA, onde foram recebidos pelos seus homólogos locais que teceram rasgados elogios à política do Governo Lula. Alan Greenspan disse mesmo que a disciplina fiscal, apesar de impopular, vai trazer bons frutos à Economia brasileira. Esperemos que Greenspan não seja irónico, aliás, se há alguém fleumático neste mundo, é ele, ou não fosse o homem que um dia falou de uma certa “exuberância irracional”.

Quem não está a gostar da perspectiva de preços de banana para o petróleo, é o líder da “revolução” bolivarista Venezuelana. Para ele, a guerra do Iraque, sobretudo o período pré-guerra, estava a ser o máximo, com o crude de Nova York acima dos 30 dólares / barril. Era tudo o que ele precisava para recuperar o tempo perdido (barris não vendidos) na greve do sector. Agora, ele vai insistir para que a OPEP corte a produção para manter os preços altos, evitando um excesso de oferta.
O que Hugo Chávez ainda não viu, foi a armadilha em que caiu. Se ele liderar o lobby da Organização que tudo fará para aumentar os preços, vai provocar a ira dos americanos, os mesmos que estão cheios de moral por estes dias e querem mesmo é petróleo barato para diminuir o défice comercial. Irritando os americanos, estes vão fazer-lhe a vida negra quando o país for apelar ao FMI, em breve. Com problemas junto do FMI, a Venezuela não terá outra solução que não seja a de exportar mais e mais barris, rompendo a unanimidade dos produtores. E se até Lula deseja um petróleo baratinho para poder compor o ramalhete das contas públicas... aproximam-se dias divertidos...

E agora uma palavra para as pseudo-análises, upgrades e downgrades feitas com base em notícias velhas. Novamente se levanta o problema da má informação com prejuízos para tantos e tantos pequenos investidores. Primeiro, saiu uma recomendação de compra para a EDP porque as subsidiárias no Brasil podem e vão beneficiar do aumento dos preços da electricidade ao consumidor, na ordem dos 30%. Quem acompanha a nossa humilde crónica, já sabia disso há semanas ou meses atrás.
Depois, um downgrade qualquer de outro Banco ou analista, porque o sector energético no Brasil tem graves problemas estruturais. Bom, isso já se sabe desde o famoso “apagão” de 2001 e quem nos acompanha sabe que uma empresa americana, a AES, já disse “adeus à vida” aqui nos trópicos, mesmo tendo a maioria do capital da Elecropaulo, a maior distribuidora da AmLat. É sintomático ou é preciso fazer um desenho?
Então é melhor deixar uma notícia nova, e que cada um tire as suas conclusões: o Governo brasileiro vai mesmo procurar uma maneira legal de ultrapassar as barreiras jurídicas que impedem a desindexação dos aumentos dos preços das “utilities” ao consumidor. Se hoje é possível aumentar a energia em 30%, isso deve-se ao factor de desvalorização cambial e aos respectivos mecanismos de compensação. O Governo quer acabar com isso rapidamente, pois esse tipo de aumentos afecta directamente a taxa de inflação, uma vez que ninguém vai ficar sem água, luz, telefone, etc...
Sem essa desindexação, não adianta querer baixar a inflação através de aumentos de juros. Seria mesmo contraproducente. Portanto, lá para a frente, as empresas terão que saber produzir lucros sem a mão protectora do Estado. Agora, os analistas de serviço que façam as contas...

Quem está a combater bem em tempos dífíceis é a BrasilCel, que como sabemos resulta da junção dos negócios dos telemóveis da PTC e Telefónica. A partir de hoje, em quase todo o Brasil, vale a marca “VIVO”, que estará em 17 Estados, ou seja num território que representa 80% do PIB, com 17 milhões de clientes e muito mercado para trabalhar ainda. Por outro lado, confirmando-se a entrada da Tele Centro Oeste no sistema, será melhor ainda. Uma nota para a tecnologia a utilizar em todo o sistema: será o CDMA, uma das mais representativas da 3G – a tão esperada terceira geração.

Então, tivemos uma semana com optimismo, como disse. As perspectivas de recuperação animaram as moedas e as Bolsas do México e do Brasil, sobretudo porque os investimentos estão a voltar e o dinheiro vivo também, através de emissões obrigacionistas de várias empresas, sobretudo do sector financeiro, com a vantagem de juros mais baixos e melhores condições contratuais. Por exemplo, o Banco do Brasil, já capta recursos a menos de 7% ao ano. Para quem investe, parece bom negócio. É assim, estamos no continente dos negócios de A a Z...


Ficam os câmbios médios indicativos do Real – hoje, sexta-feira e do BOVESPA (números finais)

IBOVESPA – 11.720 pts – o índice desceu 0,2 % na semana
US$ 1 = R$ 3,20 – o dólar desceu 0,6 % na semana
€ 1 = R$ 3,43 – o Euro desceu 0,4 % na semana

Obs.) Para quem está a chegar ao Brasil, de férias ou negócios, o câmbio turismo aponta para um valor de R$ 3,32 aprox. (já rendeu mais, vir aqui de férias)

Um grande abraço, bom resto de fds

Djovarius

P.S. – o próximo “resumo” deverá ser na quinta-feira, devido aos festejos Pascais, que todos nós merecemos para recarregar baterias... :P