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[Sol Dado]

Oficiais entregam-se voluntariamente
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Dois generais iraquianos rendem-se às forças americanas em Bagdad

Dois generais das forças de Saddam Hussein, entre eles um conselheiro do Presidente, entregaram-se esta tarde voluntariamente às forças norte-americanas em Bagdad, avança a Fox News e a televisão alemã ZDF.

De acordo com a Fox News, os mesmos oficiais estiveram reunidos com as tropas norte-americanas para discutir formas de policiamento e segurança para a capital iraquiana.

A ZDF diz em comunicado ter filmado a rendição do conselheiro presidencial, o general Amer Hammoudi al-Saadi, após o mesmo ter concordado ser acompanhado na sua entrega às forças ocupantes pela televisão alemã.

Em declarações à ZDF, al-Saadi disse não ter qualquer informação sobre o paredeiro de Saddam Hussein e desmentiu que o Iraque tivesse na sua posse armas biológicas ou químicas.

O general rendeu-se argumentando que não se sentia de "forma alguma culpado" das acusações atribuídas ao regime de Saddam.

Al-Saadi, um dos interlocutores dos inspectores ao desarmamento da ONU no Iraque, era um dos 55 líderes iraquianos procurados pelas forças norte-americanas.

Oficial iraquiano diz que plano de Saddam para defender Bagdad "não foi bom"

O plano de Saddam Hussein para defender Bagdad "não foi bom", afirmou um oficial da Guarda Republicana iraquiana à BBC, revelando que o Presidente aconselhou os seus homens a "ficarem em casa" em caso de ataque à capital iraquiana.

"Ninguém nos disse: façam isto, façam aquilo, ou qual o plano para nos debatermos" pela cidade, continuou, revelando que apenas foi dito aos soldados iraquianos "fiquem nas vossas casas e evitem as bombas".
Para sustentar que o plano de Saddam para Bagdad não foi eficaz, o oficial lembrou que o regime deixou intacto o aeroporto internacional, deixando as forças norte-americanas ocuparem o espaço. Como consequência da falta de uma estratégia militar os aviões, tanques e equipamento militares iraquianos foram destruídos.

"Todos os dias, um, dois, três soldados abandonavam as suas armas", afirmou o oficial, indicando que não foi recebida qualquer ordem de combate.

"Como viram na televisão, Saddam esteve reunido com a maioria dos seus oficiais antes do início da guerra. Se algum deles lhe dissesse 'não somos fortes o suficiente para enfrentar o exército anglo-americano, esta não é uma boa guerra', seria provavelmente morto", explicou.

Grupo de polícias iraquianos oferece-se para tentar impor ordem em Bagdad AFP, PUBLICO.PT

Um grupo de sete polícias iraquianos, comandados por um coronel, reuniu-se hoje com militares americanos no Hotel Palestina em Bagdad. O objectivo é tentar impor a ordem na capital depois do caos instalado com o fim do regime de Saddam Hussein.

O resultado deste encontro ainda não é conhecido.
"Viemos oferecer os nosso serviços para pôr o país em ordem", disse aos jornalistas o coronel Ahmad Abdelrazzak Said, que chegou vestido com um uniforme da polícia iraquiana. O militar estava acompanhado por mais seis polícias e um civil.

Peter Zarcone, coronel dos Fuzileiros, responsável pela manutenção da ordem na cidade, disse ontem à BBC que o Exército americano pediu à polícia de Bagdad que retomasse o seu trabalho.
Os polícias iraquianos, com uma presença assídua nas ruas de Bagdad até à queda do regime de Saddam, desapareceram com a chegada das tropas da coligação e quase todas as esquadras foram pilhadas pela população.
Ao mesmo tempo que se tenta estabelecer alguma ordem na capital, centenas de iraquianos de civis iraquianos responderam ao apelo dos Estados Unidos para se juntarem em frente ao hotel que alberga os jornalistas.

O apelo dos EUA feito nas rádios estrangeiras que difundem em árabe, pedia a pessoas competentes para participarem na recuperação de todos os serviços públicos, nomeadamente nas instalações que fornecem água e luz, seriamente danificadas com os bombardeamentos. A maior parte das linhas telefónicas também estão cortadas.

Esta mobilização provocou o primeiro engarrafamento na principal praça de Bagdad depois da queda do regime, dando à cidade um ar de alguma normalidade, depois do caos generalizado se ter instalado nas ruas com a chegada, na quarta-feira, das tropas da coligação.