LeonardoL Escreveu:Limonov Escreveu:Os crescimentos anémicos e as crises da tugolândia não tem fim à vista nos moldes atuais.
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Eu estou preparado para o estoiro e procuro adaptar-me a todas as hipóteses, tu andas a empurrar com a barriga ou, como um verdadeiro liberal, procuras soluções e encaras os problemas de frente?
A questão não é eu querer sair do Euro, porque querer não quero, mas até que me apresentem outra solução que não seja protelar e ir definhando lentamente, mantenho a hipótese como uma luz ao fundo do túnel.
Caro Limonov, pelas suas palavras deduzo entao que esta preparado e seria um dos portugueses que aceitaria as consequencias dos passos 1) a 6) que descrevi infra e ficaria em Portugal em caso de saida do Euro. Bravo! Desde ja lhe tiro o chapeu, nem todos teriamos tamanho capacidade de adaptacao e/ou patriotismo.
No entanto, e por muito que me custe em concordar parcialmente consigo, devo confessar que tambem nao sou apreciador dos nossos crescimentos anemicos (proprios de paises desenvolvidos que Portugal ainda nao o e').Porem dizer que encara a saida do euro "como uma luz ao fundo do túnel" e' totalmente descabido e irresponsavel. Volto a repetir: "A saida unilateral de Portugal do Euro seria uma catastrofe". Deste modo, assim que oico frases como esta na TV provenientes de deputados (supostamente pessoas com o minimo de formacao) tenho calafrios!
MAS! Se me propor algo menos utopico e desastroso como seria a criacao de um "Eurozito" dos paises sul (ja que as suas economias rolam a velocidades diferentes dos paises do norte), ate me vejo a alinhar consigo... Agora, pense-se primeiro e depois sim, execute-se. Nao e' pelo sistema actual estar a definhar que se deve dar um pontape na pedra e vira-la completamente do avesso. Voltarmos ao Escudo e' regredir, e' totalmente irresponsavel, nao! E' simplesmente estupido
Olá Leonardo,
Saída unilateral, sem qualquer negociação ou preparação, seria saída em desespero, e todos os pontos que refere seriam elevados ao expoente máximo.
Gostava, caso venhamos a encarar esse cenário, que Portugal já tivesse um plano de contingência preparado e que os países da UEM tivessem a maturidade de deixar para segundo lugar as represálias, mas isso não passa de um desejo sem fundamento. A minha definição de saída é a mesma que o Miguel Cadilhe e o Ferreira do Amaral tem defendido na imprensa.
Quando o ministro das finanças finlandês veio sugerir há uns tempos que talvez fosse bom Portugal abandonar o Euro, eu encarei, primeiramente, essas declarações como uma ofensa, no entanto, depois de ler as as razões de tal sugestão, que o Sr. admitia vir a colocar em discussão na própria Finlândia (e ao que parece está na agenda politica de 2017), comecei a pensar que talvez não fosse um simples ódio ao sol e ao sul, o Sr. estava a ser honesto e realista, na minha opinião claro está.
Se o Leonardo vê alguma mudança no modo de funcionamento da UE (inclusive um eurozito) que permita encontrar outras luzes noutros túneis, eu elimino este discurso anti euro imediatamente.
Voltar ao escudo (e mudava-se o nome para espada, isto de andar sempre na defensiva já cansa
) não é um objetivo, é o que resta se nada se fizer de diferente do que foi feito até agora a nível europeu.
Se o Leonardo percebeu a minha intervenção como um desejo ideológico está enganado.
Quando digo que estou preparado, não quer dizer que tenha uma reserva de dólares em cash (ou numa conta no exterior) ou barras de ouro debaixo da cama, quer simplesmente dizer que essa hipótese não me é totalmente descabida. Se emigraria ou ficaria? depende da evolução das coisas, estou disposto para martírios de curto prazo, de longo nem pensar, daí eu dizer insistentemente que encaro a saída do euro como menos perniciosa do que aquilo que estamos a viver há 15 anos e sem esperanças de melhoras.
Basicamente é isto, a forma que o meu discurso assume altera-se conforme o modo como sou interpelado, mas isso é uma
lapalissada .
Abraço,
Limonov