"Nenhuma promessa do programa da AD deixará de ser cumprida", garante Miranda Sarmento

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As bolsas europeias perfuram importantes níveis de resistência
Desde os mínimos do início de Agosto, as bolsas europeias valorizaram perto de 6%, em média. No muito curto prazo, começam a observar-se ligeiros sinais de debilidade que em condições normais nos fariam ponderar como cenário mais provável o início de uma pequena correcção de níveis ou "ajuste proporcional" às subidas prévias. De facto, e do ponto de vista técnico, temos potenciais figuras de volta em "cabeça e ombros" invertida confirmadas depois de saltar os preços acima dos máximos da primeira sessão de Agosto. Por outro lado, os futuros do Dax cotam claramente acima dos máximos da sessão pré-Brexit e inclusive durante a sessão desta segunda-feira chegou a ficar positivo no ano, o que é um interessante sinal de força a ter em conta dado que 2016 começou com fortíssimas quedas (no caso de Wall Street foi o pior início de ano da história dos mercados). Portanto, e resumindo, poderá dizer-se que, correcções à parte, e estas poderão acontecer no curto prazo, as bolsas europeias estão a superar importantes níveis de resistência que poderão ser o início de uma clara reestruturação em alta nas bolsas no último trimestre do ano. Este movimento de recuperação nos preços está a ter lugar também de uma subida nos preços do petróleo desde importantes níveis de suporte. Mais uma vez, ficou demonstrado, se é que restava alguma dúvida disso ainda, que as bolsas se comportam muito melhor quando assistimos a subidas nos preços do petróleo que quando estes corrigem.

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Um pouco atrasado

As bolsas europeias parecem estar a construir um fundo de mercado:

Mesmo que fechemos a semana em terreno negativo, pois as quedas até aos mínimos desta quarta-feira foram importantes (5% em média), o realmente importante é que não se perfurem os mínimos da sessão do Brexit. Porquê? Muito simples, porque como temos vindo a comentar em várias das análises nos últimos dias há a possibilidade de que esses novos mínimos decrescentes que vimos em alguns índices como o Ibex 35, o FTSE MIB e a bolsa portuguesa (PSI-20) possam servir para construir "divergências altistas" semanais. As divergências semanais, quando se confirmam, e para isso apenas faria falta que as bolsas subissem algo mais face aos actuais níveis de preço, costumam ser a "ante-sala" de importantes movimentos de recuperação nos preços que possam perfeitamente durar várias semanas (com as suas lógicas correcções intermédias). Se a isto juntarmos o facto de que o Euro Stoxx 50 Total Return (mais conhecido como SX5E) travou as quedas, ao “tick”, às portas dos mínimos de Fevereiro nos 2.673 pontos. Com isto quero dar a entender que, do ponto de vista da análise técnica, e sempre que não se perfurem os mínimos do “tsunami” de vendas depois do Brexit, há a possibilidade de que as bolsas europeias estejam a tentar construir um fundo de mercado a partir do qual, pelo menos, tentar retomar de forma consistente. E quem sabe se, talvez, possa acabar por ser algo mais do que uma retoma. Ao fim e ao cabo, sabemos como começam as coisas mas não como terminam.

NB: Tento apenas, citar as análises de mercado que recebo e que no meu entender, possam trazer informação útil.

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Muito interessante o movimento dos índices do outro lado do Atlântico depois de terem sido conhecidas as Minutas da Fed. De facto, todos eles encerraram nos máximos da sessão e em números verdes depois de chegar a cair durante grande parte do dia. Foi uma sessão de mais a menos e de menos a mais para encerrar em máximos. Do ponto de vista técnico, não observamos o menor sinal de debilidade dentro da actual estrutura de preços e isto apesar de que ainda não tinha recuperado (mas estaria perto de o fazer) os níveis pré-Brexit. E temos o principal índice do mundo a apenas 1,63% dos seus máximos históricos enquanto o Dow Jones está a 2,47% dos níveis homólogos. Muito ruído sobre as consequências do Brexit, sobre as possíveis subidas de juros, sobre a debilidade da economia da China que não parece arrancar e sobre a crise dos bancos italianos mas, no final, Wall Street está nos mesmos níveis de preço que há um mês e há um ano. Tecnicamente, Wall Street está a mover-se lateralmente desde há dois anos e simplesmente voltamos a aproximar-nos da parte alta do dito movimento, nada mais.

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A importante retoma em Wall Street nas últimas sessões fez com que os principais índices bolsistas norte-americanos começassem a distanciar-se da zona de perigo. De facto, se observarmos o principal índice do mundo, o S&P 500, vemos que as quedas, depois do Brexit, o levaram a corrigir 38,2% de toda a subida acumulada desde os mínimos de Fevereiro. Se observarmos o índice avançado de Wall Street, o Nasdaq 100, a correcção foi ainda de maior envergadura, tendo ajustado entre 50% e 61,8% em baixa. O que quero com isto dizer é que as últimas quedas encaixam nos parâmetros normais, depois das significativas subidas que tinham sido acumuladas desde os mínimos de Fevereiro. De qualquer das formas, enquanto o Nasdaq 100 não conseguir fechar o ‘gap’ descendente dos 4.540 pontos, e sobretudo o dos 4.593 pontos, não podemos dizer que o movimento lateral-descendente dos últimos meses ficou para trás. Ao fim e ao cabo, Wall Street está a negociar lateralmente desde há pouco mais de dois anos e recentemente o que fez foi aproximar-se da parte superior do movimento, que coincidiu com o Brexit.

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Há dois detalhes que começam a apontar para mais optimismo depois da queda dos mercados na sequência da confirmação da saída do Reino Unido da União Europeia. Por um lado, o índice europeu por excelência (ajustado por dividendos) e mais conhecido como Euro Stoxx 50 Total Return (SX5E) conseguiu respeitar o importante suporte que apresentava nos mínimos anuais(2.672,73 pontos).
Por outro lado, olhando para o índice alemão (Dax 30) em período semanal, vemos que apesar de estar – tal como o conjunto dos índices europeus – a construir máximos e mínimos decrescentes desde inícios de 2015, tem agora estado claramente acima do suporte que apresentava nos mínimos anuais (8.699 pontos). Num gráfico semanal de longo prazo podemos ver que desde 2009 até agora o índice alemão tem negociado dentro de um impecável canal ascendente, retomando a partir da sua base e corrigindo quando toca na sua parte superior. E o que aconteceu, tecnicamente falando, foi que a origem do último impulso correctivo (Abril de 2015) corresponde, ao ‘tick’, à parte superior do canal ascendente – por definição, zona de resistência. E acontece que os mínimos desta semana e da semana passada coincidiram com a base, por definição suporte, desse canal. Por isso, desde que os dois grandes índices europeus que referimos não perfurem os mínimos de inícios desta semana, não descartamos a possibilidade de tentarem, pouco a pouco, reestruturar-se em alta com vista ao médio prazo. No que diz respeito ao curto prazo, continuaremos a assistir a oscilações altistas e baixistas sem uma direcção clara.

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A partir de hoje tomo a liberdade de partilhar a informação ( resumida) que recebo de um banco Europeu ,com sede na Alemanha, com o qual tenho contatos telefônicos regulares.

Não está tudo perdido na Europa

Mesmo nos piores momentos da passada sexta-feira negra, com os mercados a reagirem negativamente ao Brexit, sempre dissemos que restava uma pequena esperança, tendo em conta que o conjunto dos índices europeus estava a conseguir respeitar a zona de suporte que apresentava nos mínimos anuais, estabelecidos em Fevereiro. Pois bem, esta terça-feira voltámos a ter alguns índices mais fortes do que outros, depois da queda de sexta-feira passada e desta segunda-feira. Dentro dos índices bolsistas de maior peso, os mais débeis são os da bolsa madrilena e da bolsa milanesa, pois marcaram novos mínimos anuais, ao passo que os futuros do Dax, Cac 40 e Euro Stoxx 50 estarão a negociar acima dos suportes que lhes são conferidos por esses mínimos de Fevereiro.