CALDEIRÃO DE BOLSA

É passar para cá a massa do dividendo e quem vier que feche a porta . O ideal era contrair dívida de modo a distribuir em dividendo. Isso é que era.

Semapa assim o exige.

Candeia que vai à frente alumia duas vezes!
Quando uma árvore dá frutos ,eles têm que ser apanhados e comidos, não se deixam na árvore!

@bigest e @jopsilveira

mas vocês acham que é uma coisa assim tão positiva (no contexto actual) haver o pagamento de dividendos !?
vocês não aprenderam nada com a PT, os CTT e similares ?

E venham os dividendos até ao final do ano :
https://www.jornaldenegocios.pt/empresa ... s-este-ano

Pela conversa do CEO, quase de certeza que haverá prenda de Natal (dividendos).
Amanhã vai haver pessoal a chegar-se à frente!

Acaso faz sentido pagar dividendos num ano de quebra brutal de resultados e depois de receber apoios do estado? Não faz sentido do ponto de vista de gestão de caixa nem imagem pública. Deviam fazer reservas e/ou investir noutra área que aumente os resultados além do papel escritório.

Laribau Escreveu:

AlfaTrader Escreveu:....
Se esta mesmo empresa tiver uma valorização em bolsa de 6% e venderes as ações, irás "apenas" ser tributado em 10%, retirando aqui também o efeito de englobamento.
......
BN
AlfaTrader

Em 10% ? Em que país? É que se for perto, sempre posso mudar a minha residência Fiscal...!

Tens razão Laribau, as mais valias são também a 28%, não sei onde fui buscar os 10%.. as minhas desculpas...

BN
Alfatrader

Em Espanha taxam os dividendos a 15%. Mas depois surge a questão da dupla tributação. Por isso, mesmo por 10%, não vale a pena mudar.

Sobre os dividendos e tendo em conta o aspeto fiscal, lembro que quem faz o englobamento apenas regista 50% do valor bruto pelo que tenha os restantes rendimentos o valor que tiverem e mesmo atingindo o escalão mais elevado, o contribuinte recuperará sempre a maior parte do irs retido, pois este entra nas contas a 100%.

AlfaTrader Escreveu:....
Se esta mesmo empresa tiver uma valorização em bolsa de 6% e venderes as ações, irás "apenas" ser tributado em 10%, retirando aqui também o efeito de englobamento.
......
BN
AlfaTrader

Em 10% ? Em que país? É que se for perto, sempre posso mudar a minha residência Fiscal...!

Boas,
Uma questão sobre os dividendos no caso da Navigator no ano 2020, tendo recorrido ao lay-off no âmbito da pandemia a empresa não está desde logo inibida de distribuir dividendos?

Flav Escreveu:Ulisses não concordo com a tua opinião, embora o exemplo da Apple seja sistemáticamente apresentado. Uma empresa que distribui dividendos de forma sustentável, com o necessário equilibrio das suas contas e sem por em causa o seu futuro é sempre a meu ver uma empresa apetecível para os seus atuais e futuros acionistas.

Flav,

Penso que o Ulisses, e se não foi as minhas desculpas, está a ver a questão dos dividendos do lado fiscal.

Se uma empresa distribui dividendos com um yield de 6%, o que é excelente nos dias de hoje, irão ser tributados a uma taxa de 28%, retirando daqui o efeito do englobamento.
Se esta mesmo empresa tiver uma valorização em bolsa de 6% e venderes as ações, irás "apenas" ser tributado em 10%, retirando aqui também o efeito de englobamento.
Ou seja é mais vantajoso, em termos fiscais a valorização da empresa do que a distribuição de dividendos, mas isto é se a empresa se valorizar e se o mercado ajudar, são muitos "ses".

Por isso eu defendo o equilíbrio, ou seja não distribuir mais do que 50% dos lucros, para continuar a inovar e a crescer e vão também mantendo os acionistas contentes.

Mas tudo depende, das empresas e do setor em que estão inseridas pois podem não ter margem para crescer e aí faz sentido a distribuição de dividendos mesmo sento taxados, por cá.. , a 28%.

BN
AlfaTrader

Ulisses não concordo com a tua opinião, embora o exemplo da Apple seja sistemáticamente apresentado. Uma empresa que distribui dividendos de forma sustentável, com o necessário equilibrio das suas contas e sem por em causa o seu futuro é sempre a meu ver uma empresa apetecível para os seus atuais e futuros acionistas.

Bom dia,
Ulisses eu estou a seguir a velha lógica de que um pai deve ajudar os filhos enquanto vida (se tiver condicoes para isso, claro) e não quando morrer ou os filhos já não necessitarem!

Cumpts.

bigest, qual é a lógica de se pagarem dividendos que são tributados brutalmente para depois se ir contrair dívida, pagando juros por isso? Os accionistas da Apple, por exemplo, ficaram muito tristes por durante mais de uma década não terem recebido um cêntimo de dividendos e terem visto o valor da sua carteira multiplicar por várias vezes?

Se achas que a Navigator devia distribuir 5% de dividendos, vende a percentagem da tua posição que te garanta isso.

Abraço,
Ulisses

Os dividendos emanam do resultado liquido anual ! Portanto é uma operação justíssima.
Para investimentos utiliza-se emissão de dívida que deve ser gerida de acordo com o balanço da empresa.
Para operações especiais de valorização da empresa temos os aumentos de capital que os acionistas suportarao, portanto o acionista serve para ajudar as empresas em momentos difíceis, também deve ser remunerado anualmente se a empresa tiver lucro. Por outro lado, também é raro distribuir a totalidade do lucro, o que deixa margem para gerir os compromissos da empresa. É este o manual sério duma empresa!

Spiff69 Escreveu:Os dividendos servem mais os interesses da Semapa do que propriamente o dos restantes accionistas da Navigator, até à bem pouco tempo a própria administração frisou bem isso...

Bem que poderiam investir mais em novos negócios para contrabalançar a queda natural do consumo de papel ao longo dos próximos anos.

Já foi uma empresa modelo em todos os aspectos, mas acho que os próximos anos não serão tão fáceis, talvez por isso a Semapa tente sugar tudo via dividendos e reservas.

Claro, dividendos, dividendos pagava a PT e paga os CTT, derreter o papel dos acionistas, e eles todos contentes com os dividendos

Os dividendos servem mais os interesses da Semapa do que propriamente o dos restantes accionistas da Navigator, até à bem pouco tempo a própria administração frisou bem isso...

Bem que poderiam investir mais em novos negócios para contrabalançar a queda natural do consumo de papel ao longo dos próximos anos.

Já foi uma empresa modelo em todos os aspectos, mas acho que os próximos anos não serão tão fáceis, talvez por isso a Semapa tente sugar tudo via dividendos e reservas.

Os resultados estão de acordo e dão sustentabilidade à opinião da administração que ia ponderar pagar dividendos!
Eu espero esse comunicado!

A cereja no topo do bolo seria a Navigator pagar o dividendo até final deste ano

Lucro de 31 mn vs 21 mn esperados, estimativa de um analista apenas.

Navigator com lucros de 75 milhões até setembro

O volume de negócios da produtora de pasta e papel cresceu 20% do segundo para o terceiro trimestre e o EBITDA recuperou 36%. O resultado líquido até setembro revela um recuo, em termos homólogos, de 49%.

A The Navigator Company registou nos primeiros nove meses deste ano um resultado líquido de 75,2 milhões de euros, o que revela uma quebra de 49% face aos 147,5 milhões apresentados no mesmo período de 2019.


No comunicado de apresentação dos resultados, a produtora de pasta e papel salienta que o volume de negócios até setembro apresentou um recuo de 18,1% para 1.044 milhões de euros, tendo as vendas de papel representado cerca de 68% do volume de negócios, as de pasta 11%, as de tissue 10% e as de energia também 10%.

No entanto, do segundo para o terceiro trimestre, o grupo registou uma recuperação da atividade, com crescimentos de 20% do volume de negócios para 348 milhões de euros, e de 36% do EBITDA para 70 milhões. Também o resultado líquido entre julho e setembro atingiu os 31 milhões de euros, aumentando 133% em relação ao trimestre anterior (quando foi de 13,4 milhões). Este valor supera largamente as estimativas do CaixaBank BPI, que apontavam para lucros de 21 milhões de euros no terceiro trimestre.


"Com a reabertura das economias e a recuperação progressiva da procura de papel, a Navigator verificou uma melhoria significativa na sua atividade durante o terceiro trimestre. A rápida adaptação às alterações de mercado e o consequente esforço comercial, o bom desempenho operacional do negócio de pasta e de tissue, assim como uma rigorosa atuação ao nível dos custos, permitiram registar uma forte geração de cash flow livre e incrementar de forma significativa os resultados face ao trimestre anterior", salienta a empresa agora liderada por António Redondo.

No conjunto dos primeiros nove meses do ano, o grupo reconhece que o negócio de papel UWF foi diretamente impactado pelo confinamento e resultou num volume de vendas de 934 mil toneladas, inferior em 14% ao período homólogo. No entanto "as vendas de pasta e de tissue compensaram parcialmente, tendo as primeiras crescido 39% para 297 mil toneladas e as de tissue 7% para 79 mil toneladas".

O EBITDA registou até setembro um recuo de 29,9%, em termos homólogos, para 210,5 milhões de euros, frisando a Navigator que "a redução expressiva dos custos de produção variáveis e a forte contenção de custos fixos – em 30 milhões - permitiu atenuar a quebra dos preços de venda e a obtenção de uma margem EBITDA/vendas acima de 20%".

Até setembro os custos financeiros situaram-se em 9,1 milhões, uma melhoria de 2,3 milhões em termos homólogos.

A geração de cash flow livre atingiu, por seu lado, os 170,4 milhões, com o investimento a somar 69,7 milhões, menos 49,2% do que no mesmo período de 2019. Já o endividamento líquido reduziu-se em 132 milhões para 644 milhões de euros, mantendo-se o rácio de dívida líquida/ EBITDA em 2,28 X. O grupo refere ainda ter reforçado a liquidez em caixa e equivalentes para 345 milhões de euros.


Procura de papel recupera

No negócio do papel, a Navigator assinala que depois dos "adversos" meses de abril e maio " verificou-se uma recuperação gradual da procura a partir do mês de junho, uma tendência que, com a reabertura das economias, se veio a confirmar ao longo do terceiro trimestre". A empresa, que chegou a parar as máquinas e recorrer ao lay off, voltou assim a incrementar a sua produção de papel a partir de julho, estando todas as suas máquinas a laborar desde então.

Segundo refere, no final de setembro a taxa de utilização de capacidade da Navigator situava-se em cerca de 90%, os seus níveis de stocks mantinham-se alinhados com os do ano anterior (em 17 dias) e a sua carteira de encomendas situava-se num nível de 26 dias.

Já na pasta, um mercado que se mostrou "bastante resiliente ao contexto adverso da redução de atividade decorrente da pandemia", a Navigator sublinha que conseguiu registar um volume de vendas para mercado significativamente superior ao ano anterior (cerca de mais 39% em toneladas).

No entanto, acrescenta que o forte aumento das quantidades vendidas "não foi suficiente para mitigar o impacto da redução do preço médio de venda de pasta no período", tendo o valor destas vendas registado um recuo de 3% para 118 milhões.

O negócio de tissue, por seu lado, "evoluiu favoravelmente ao longo dos primeiros nove meses, com as vendas em volume a atingir 79 mil toneladas, o que representa um incremento de 7% em relação a igual período de 2019", com um crescimento do volume de negócios de tissue de cerca de 5%, para 106,7 milhões.

A venda de energia elétrica nestes nove meses totalizou 106,8 milhões, o que representa uma redução de 12,9% face ao período homólogo do ano anterior.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresa ... e-setembro

Bons resultados . Mesmo com pandemia superou as estimativas.
A cotação mais cedo ou mais tarde terá que refletir está situação!