CALDEIRÃO DE BOLSA

RenatormbCarvalho e estava-me a esquecer de outra coisa. Para quem conhece os Açores, sabe que tem condições invejáveis para a produção leiteira. Ora tens no supermercado manteiga Kerrygold ou seja irlandesa, que é publicitada como de vacas que comem erva ou seja biológica. Ora nos Açores sempre houveram vacas a comer erva, os Açores são cobertos de erva, e só agora em 2015 penso que a Nova açores se lembrou de rolutar os próprios produtos de biológicos. 2015!!
Se te meteres em produtos biológicos há toda uma ciência por trás, mas é possivel e valoriza a produção

xzx Escreveu:A ignorância, confirma-se, é de facto muito atrevida....
Raposo Tavares, continue a tentar pôr juízo neste pessoal.
Pensava eu, velho agrónomo, agricultor e alentejano, que aquela ideia da "inteligentsia" da capital e nem só, de que só ia para agricultor quem não sabia fazer mais nada estava ultrapassada...
Falem com o P. Portas, o homem da lavoura que agora terá mais tempo livre.

Qual é o sentido da sua participação, onde quer chegar com o comentário?

Nunca ouvi falar em lavoura em part-time.
Talvez até seja o trabalho mais escravo de todos.
Cumpts.

A ignorância, confirma-se, é de facto muito atrevida....
Raposo Tavares, continue a tentar pôr juízo neste pessoal.
Pensava eu, velho agrónomo, agricultor e alentejano, que aquela ideia da "inteligentsia" da capital e nem só, de que só ia para agricultor quem não sabia fazer mais nada estava ultrapassada...
Falem com o P. Portas, o homem da lavoura que agora terá mais tempo livre.

O que está a crescer é a produção de figo da índia e eucaliptos para as lareiras

Raposo Tavares Escreveu:Lamento ter de perguntar: alguém por aqui já tentou exportar uma alface? Um melão? Sabem o que fazer se vos disserem que a vossa mercadoria chegou 'com baixas'? O que dirão se vos impuserem uma quota de fornecimento? Um pagamento por conta?
Pés na terra. Em todas as acepções da expressão (literal, figurada, metafórica...).

A ideia não é exportar por iniciativa, antes associar-me a uma OP. Quando falo em investimento agrícola podemos apenas considerar alfaces, tomastes entre outros. Eu aponto para frutos muito, mas mesmo muito menos perecíveis e com um elevado valor comercial e que não exigem acompanhamento intensivo.

Tenho tentado encontrar investidores que me acompanhem, mas o resultado é muito próximo do que se vê por aqui, as pessoas simplesmente não acreditam ou simplesmente não se estão para chatear, o que dificulta em muito o início de alguns projetos.

Lamento ter de perguntar: alguém por aqui já tentou exportar uma alface? Um melão? Sabem o que fazer se vos disserem que a vossa mercadoria chegou 'com baixas'? O que dirão se vos impuserem uma quota de fornecimento? Um pagamento por conta?
Pés na terra. Em todas as acepções da expressão (literal, figurada, metafórica...).

eu continuo com esta ideia. não há muitas empresas a cultivar frutos vermelhos. Physalis também está a ficar na moda, e as margens são boas já que à muita procura fora de portugal

A produção de cogumelos. Exportável , produto na moda .

RenatormbCarvalho Escreveu:Não pretendo que seja algo a tempo inteiro, antes que me permita ocupar algum tempo livre e que traga uma rentabilidade razoável.

Caro Renato, desculpa ser desmancha prazeres. Não há investimentos na agricultura para ocupação de tempos livres com uma rentabilidade razoável... Vou ser completamente franco: não te metas nisso.
Um abraço,
Raposo Tavares

RenatormbCarvalho Escreveu:Pretendo evoluir, criar o que não existe em Portugal, algo que tenha um desenvolvimento lento

Desenvolvimento lento? Sobreiros.
Uma questao que ja estudei foi a producao vinicula em que ao contrário de outras culturas, o facto de haver uma tempestade nao significa necessariamente uma producao pior, pq se metade da producao for estragada a videira concentra mais recursos nas uvas restantes o que pode até dar numa producao vinicula de melhor qualidade.
Depois temos a questao da producao por exemplo de cogumelos.
Eu pessoalmente se me quisesse dedicar à producao plantava arvores daquelas em vias de extinção com madeiras como pau ferro que demoram 100 anos a crescer, n ha coisa melhor para nao fazer nada e ver o lucro crescer

Não pretendo emitar, porque isso seria entrar num mercado que já está dominado por essas grandes empresas. Pretendo evoluir, criar o que não existe em Portugal, algo que tenha um desenvolvimento lento para não ser ultrapassado de um dia para o outro por alguém com mania de querer dominar o mercado.
Quanto a terrenos de grandes dimensões, isso não falta, basta saber o que se quer fazer e procurar conforme a finalidade.
Margens e alterações climáticas estão muito mais relacionadas com produtos horticulas e fruticulas comuns, no meu ver entrar na horticultura é um suicidio para quem não tem um vasto conhecimento e os terrenos certos, que neste caso em particular são bem mais dispendiosos.
Existem outros mercados para além do dos frutos vermelhos já que este tem sido muito explorado e poderá começar a ficar saturado brevemente, para além de envolver custos de produção bastante mais elevados.

Tenho uma ideia que pretendo aplicar e no prazo de 5-10 anos estar com um rendimento anual sustentado e um negócio em crescimento. Requer um investimento inicial não muito elevado e um retorno razoavelmente rápido.
Estou neste momento a aguardar por financiamento para iniciar o projeto.

acho que o melhor produto a cultivar será o de valor acrescentado como os frutos vermelhos. ha varias exploraçoes de framboesas e outros que exportam praticamente tudo para paises do norte da europa. procura conhecer estas empresas, o que produzem, e para onde vendem. imita-os

richardj Escreveu:Pessoalmente não sou grande fan, requer um grande investimento inicial, os retornos não são assim tão grandes e as margens são muito esmagadas.

Apesar de ser verdade, existem atualmente bastantes apoios à instalação que reduzem um pouco esse esforço inicial. Penso que as dificuldades devem-se muitas vezes à grande maioria das pessoas ligadas ao sector serem pessoas com baixa formação. De outra forma o sector primário teria outro valor, mas isso já seria outra conversa.

Pessoalmente não sou grande fan, requer um grande investimento inicial, os retornos não são assim tão grandes e as margens são muito esmagadas.

Eu próprio já tive um terreno onde tinha todo o tipo de árvores, laranjeiras, macieiras e limoeiros sobretudo, mas cheguei à conclusão que era mais um hobby do que outra coisa.

Alem disso tens um problema, para fazer dinheiro a serio precisas de ter bastante terreno e precisas de vender a grandes vendedores. Esses vendedores vão esmagar-te as margens completamente e não vais ter alternativa a eles. E esse é um dos maiores entraves ao crescimento no sector. Não ouves os produtores de leite permanentemente a queixarem-se?

Outro problema cada vez mais importante é o clima. Cada vez mais é imprevisível e pode conduzir a perdas significativas. E existem todo um conjunto de problemas relacionado com agua, doenças das árvores etc. A menos que tenhas um bom conhecimento da área, não entraria por ai. Para quem gosta da natureza pode ser um hobby, mas os retornos a médio prazo são mesmo muito baixos.

De há algum tempo a esta parte tenho vindo a estudar a possibilidade de fazer um investimento neste sector.
As principais razões passam pelo fato dos apoios concedidos serem francamente bons e a rentabilidade de certas culturas enorme, quando comparadas com muitas das aplicações financeiras, associado à liberdade e ao prazer de ter e gerir uma “quinta”.
Não pretendo que seja algo a tempo inteiro, antes que me permita ocupar algum tempo livre e que traga uma rentabilidade razoável.

Pergunto agora se já alguém pensou está a pensar ou tem em prática algum projeto agrícola, e ainda quais as opiniões sobre esta alternativa de investimento…