previsor Escreveu:Ontem ouvi uma pessoa na televisão a dizer que Portugal tem mais de 28 mil bombeiros, mas que apenas cerca de 5 000 estão a combater os incêndios.
Tentei confirmar e vi que no ano passado Portugal tinha 29 mil bombeiros ativos e que 5 000 estiveram mobilizados para apagar fogos.
Então, o comentário faz sentido.
Talvez devesse haver mais bombeiros a combater os incêndios. Sei que um deles decidiu participar no Big Brother, mas não sei o que acontece com os restantes
Pois claro, boa ideia.
E depois ocorre um incêndio em Mafra, Setubal ou Odemira e não há bombeiros. Estão todos a combater as asneiras que o regime tem feito na protecção civil.
Quem está a combater os incêndios rurais no interior norte e centro são, em grande parte, os corpos de bombeiros da área de Lisboa e da área do Porto e mais algumas áreas do litoral. Deus queira que, por agora, não aconteça nada em Sintra, na arrábida ou a norte do Porto.
Meu caro: tem que se manter o minimo de protecção em todos os cantinhos do país e, tanto mais, que os bombeiros portugueses não apagam só fogos rurais, há os rurais noutros locais, há os urbanos e industriais, há a emergência médica INEM, há o transporte de doentes, há o buscar o gatinho da senhora que fugiu para cima da árvore e não sai de lá e... e... e quem faz isso tudo? não serão os outros 23 mil?
Um ponto muito importante que importa esclarecer:
- o
combate e comando é da responsabilidade - única - dos orgãos da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil que, operacionalmente, se socorrem de vários agentes de protecção civil: GNR ( GIPS e unidades territoriais ), outras forças policiais ou militares, bombeiros, meios aéreos, INEM e outros.
Mas que fique bem claro que o comando, a organização ( ou desorganização ) é da protecção civil e todos os operacionais tem que cumprir as ordens dali emanadas.
Quem manda no combate e nos postos de comando não são os bombeiros, é a ANPC e os seus comandantes.
O que há a fazer é louvar o enorme esforço e abenegação de milhares de mulheres e homens, boa parte voluntários, que vestem a farda de bombeiro em Portugal. Por mim, a todos eles, e não é só de hoje o meu muito obrigado.
O que está a acontecer só não viu ou vê quem não quer e, se nada de sério não se fizer ( o que é o mais natural que aconteça porque quando chegar o inverno a crise já passou ), muito pior aí virá. Mas bem pior, mesmo.
Cumprimentos,