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Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 5/9/2016 13:40
por JohnyRobaz
Worf Escreveu:Qual despesa?

A despesa Pública, já que pelas tuas palavras a medida de que falas é financeiramente resistente e como sabes tens compromissos relativamente ao défice.


Reparei que querias números da medida, mas depois nem os comentaste. Mas vá, eu não penso que foi só para chatear. De qualquer forma, já aqui disse que antes de cortar na saúde e educação, tens muito por onde pegar.

Ah e caro Robaz,

Não existe uma senhora social democrata que diz basicamente a mesma coisa (M. Ferreira Leite)?, disse que,” a certa altura é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então, venha a democracia” , portanto mais uma prova de que ele (Hayek) era social democrata. :mrgreen: :mrgreen:


Eu diria a essa senhora que ela também não é muito democrata, deixa lá.

Bom falando a sério, é preciso contextualizar o que ele disse. E diz que é totalmente contra os ditadores, mas que prefere um ditador liberal a um governo democrático sem liberalismo algum. Se o homem era liberal, querias o quê? Queres fazer filmes…

Já agora li algures que o nazismo era socialista.
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=98

Já sabia que eras um liberal à moda dos EUA, o que quer dizer o mesmo que SO-CIA-LIS-TA .
Os americanos ficam com urticária :mrgreen: :mrgreen: quando lhes falam em socialismo logo os democratas autoproclamam-se de liberais.

Mas tu Robaz, tu és um Socialista à moda alentejana. Um homem que defende o imposto sucessório?! Que defende um governo aliado à extrema-esquerda?


Eu sei o que ele disse, e sei o que se passou no Chile. Mas vá, nem entremos por aí. Sou contra essas mini-ditaduras para aplicar o que se acha correcto. Se tu és a favor, estamos esclarecidos, passamos à frente.

Dizes que os liberais/democratas são socialistas. Bom, ok, chama-lhes o que quiseres. É a política que defendo e que tem dado resultados por lá. O que é certo é que as políticas deles diferem tanto do PS como do PSD, por isso, não percebo as tuas analogias.

Socialista à moda alentejana? E tu és o que? Um laranjinha à moda do Algarve? Epa já chega desses disparates. Não defendo um governo aliado à esquerda, o governo é do PS e vai ser o PS a ser responsabilizado por aquilo que faz. Tem apoio parlamentar da esquerda porque eles não podem com o Passos. Isso está mais que visto. E o Passos não muda o discurso e então a geringonça vai andando, seja a fazer as coisas bem ou mal, mas anda. Eu não defendo o PS nem a geringonça, mas defendo uma mudança nas políticas que o antigo governo levava, principalmente na educação, nos estágios IEFP, na forma como cortava sem critério e como baixava as calças a Bruxelas. A questão aqui é que o PS ainda estava na primeira semana de Governo e já era o descalabro! Vamos ver como corre, a verdade é que não tem corrido bem, mas vamos ver no que isto dá. Uma coisa é certa, se vier um novo resgate duvido muito que o PS volte ao poder nos próximos anos e anos. Mas até lá, isso pode nem acontecer. Agora não tentem andar aqui com batalhas partidárias comigo porque eu não estou ligado a nenhum partido nem quero. Eu tenho as minhas ideias e defendo quem mais se aproxima delas. Nada mais. Se for preciso até o CDS defendo, que fora populismos como a coisa foi dita, também defendo o fim das isenções de IMI para tudo (excepto monumentos claro, ou outras coisas que admito que possa não me estar a lembrar).

Que tem o imposto sucessório? Já viste bem que ele existe em bastantes países, julgo que até nos USA e no Canadá (se não for o mesmo é parecido). Lê um pouco sobre o assunto, de quem argumenta a favor. Não leias só coisas que defendem o teu lado, tira as palas dos olhos, e ouve os dois lados da barricada. Não existe só Mises, Hayek e Friedman, convém perceber isso.

Que saudades tenho do Goodmoney, para lhe perguntar se é verdade que os seus funcionários pagam "dízima" ao partido? Isto é que é socialismo! Robaz, se vcs fizessem o mesmo, o vosso partido não estava nestas condições 8-)

PS em falência pede dinheiro a dirigentes
http://www.jn.pt/nacional/interior/ps-e ... 68227.html


"nosso" partido... :lol: Quero cá saber do PS, até deviam era pagar o IMI como toda a gente.

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 5/9/2016 11:15
por Texano Bill
Nobel da Economia Joseph Stiglitz defende saída de Portugal do euro

O Nobel da Economia Joseph Stiglitz defendeu, em entrevista à Antena 1, que o melhor caminho para Portugal será sair do euro, já que se permanecer na moeda única irá ter dificuldades no futuro.

"Acho que a Europa, como um todo, devia começar a pensar num divórcio amigável com alguns países, para estes pensarem em formas para lidar com a saída. Não será um processo imune a dificuldades (...). Custa mais a Portugal ficar do que sair do euro", disse o economista à rádio Antena 1 numa entrevista a divulgar esta segunda-feira.

Segundo Joseph Stiglitz, caso Portugal permaneça na moeda única "está condenado", salientando que a Europa "não tem, nem vai ter condições políticas para fazer as mudanças necessárias" e, como tal, aconselha os portugueses a sair do euro.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... _euro.html

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 5/9/2016 10:40
por JoaquimDias
Nem o partido sabem gerir...trafulhas. :lol:

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 4/9/2016 23:43
por Worf
Qual despesa?

A despesa Pública, já que pelas tuas palavras a medida de que falas é financeiramente resistente e como sabes tens compromissos relativamente ao défice.

Ah e caro Robaz,

Não existe uma senhora social democrata que diz basicamente a mesma coisa (M. Ferreira Leite)?, disse que,” a certa altura é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então, venha a democracia” , portanto mais uma prova de que ele (Hayek) era social democrata. :mrgreen: :mrgreen:

Bom falando a sério, é preciso contextualizar o que ele disse. E diz que é totalmente contra os ditadores, mas que prefere um ditador liberal a um governo democrático sem liberalismo algum. Se o homem era liberal, querias o quê? Queres fazer filmes…

Já agora li algures que o nazismo era socialista.
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=98

Já sabia que eras um liberal à moda dos EUA, o que quer dizer o mesmo que SO-CIA-LIS-TA .
Os americanos ficam com urticária :mrgreen: :mrgreen: quando lhes falam em socialismo logo os democratas autoproclamam-se de liberais.

Mas tu Robaz, tu és um Socialista à moda alentejana. Um homem que defende o imposto sucessório?! Que defende um governo aliado à extrema-esquerda?

Que saudades tenho do Goodmoney, para lhe perguntar se é verdade que os seus funcionários pagam "dízima" ao partido? Isto é que é socialismo! Robaz, se vcs fizessem o mesmo, o vosso partido não estava nestas condições 8-)

PS em falência pede dinheiro a dirigentes
http://www.jn.pt/nacional/interior/ps-e ... 68227.html

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 4/9/2016 13:13
por BearManBull
Semanada de políticas para a ruína de Portugal

• O Governo anunciou querer triplicar a produção de pescado em aquacultura • o Governo vai reforçar uma proposta para alargar a plataforma continental para lá das 200 milhas náuticas • o Governo instou os senhorios a diminuírem os seus rendimentos, fazendo rendas sociais • até Setembro, todos os ex-ocupantes de cargos políticos vão ver repostas, com retroactivos, as subvenções vitalícias • a Polícia Marítima apreendeu e destruiu 210 bolas de Berlim a um vendedor na Costa da Caparica, numa acção, segundo o comunicado oficial, que envolveu uma viatura todo o terreno da respectiva força policial, assim como dois agentes • Catarina Martins anunciou que o Bloco de Esquerda recusa "passos atrás" e cedências a chantagens no Orçamento de 2017 • um estudo divulgado esta semana indica que, em 2050, Portugal deverá ter menos 1,2 milhões de habitantes • além dos partidos e das confissões religiosas, há mais cerca de duas dezenas de entidades que não pagam IMI • o Bloco de Esquerda quer alterar a regra do IMI sobre os partidos políticos e o PCP é contra • o Estado injectou 417 milhões de euros na CP desde o início do ano • segundo o oráculo Marques Mendes, uma eventual candidata do PSD à Câmara de Lisboa pode ser Maria Luís Albuquerque • há mais de 28 mil professores sem colocação nas escolas • os pagamentos em atraso aumentaram na área da saúde: com 324 polícias que estão em licença sem vencimento, o Estado vai contratar 300 novos agentes • todos os dias, são presos 56 condutores com álcool em excesso.


http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/manuel_falcao/detalhe/20160902_1043_a_esquina_do_rio.html?utm_campaign=Echobox&utm_medium=Social&utm_source=Facebook#link_time=1472819775

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 3/9/2016 3:19
por JohnyRobaz
Ah, e caro Worf,

"Well, I would say that, as long-term institutions, I am totally against dictatorships. But a dictatorship may be a necessary system for a transitional period. At times it is necessary for a country to have, for a time, some form or other of dictatorial power. As you will understand, it is possible for a dictator to govern in a liberal way. And it is also possible for a democracy to govern with a total lack of liberalism. Personally I prefer a liberal dictator to democratic government lacking liberalism."

Hayek, 1979.

Não concordo com isto, nem isto é social democracia nenhuma. :mrgreen:

E também vi isto:

Liberalism (from the Latin liberalis) is a political philosophy or worldview founded on the idea of liberty and equality. Liberals espouse a wide array of views depending on their understanding of these principles, but generally they support ideas such as free and fair elections, civil rights, freedom of the press, freedom of religion, free trade, and a right to life, liberty, and property.

Libertarianism is the group of political philosophies which advocate minimizing coercion and emphasize freedom, liberty, and voluntary association. Libertarians generally advocate a society with significantly less government compared to most present day societies.

Temos também:

http://www.economist.com/blogs/johnson/2010/10/ism_week

Portanto epa, vocês são liberais à europeia/australiana e eu sou um liberal à americana. :mrgreen:

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 3/9/2016 2:58
por JohnyRobaz
Worf Escreveu:Li Robaz, querias castigar o demérito para premiar o mérito, com o intuito de que com isso resultasse um efeito positivo nos alunos mais fracos e assim diminuíres a despesa do estado.


O meu objectivo não era redução da despesa do Estado, mas sim uma optimização de recursos que poderia levar a uma poupança.

Corta na despesa


Qual despesa?


Serviria para aumentar a receita das universidades, porque as propinas julgo que fazem parte das receitas das universidades. Mas isso julgo que não seria importante, mais importante é focalizar o estado na redução da despesa até défice zero, com medidas objectivas e não com medidas teóricas, até porque não existe estudo que eu tenha visto sobre quanto o estado gasta com esses alunos (falando de ensino universitário), logo não sabemos que valor é que efectivamente iria ser poupado no OE.

Perguntei-te um pouco sobre o teu curso? e sobre ele nada respondeste. Volto a perguntar, que cadeiras gostaste mais e quais gostaste menos?
Gostaste de Investigação operacional? (pergunto concretamente esta disciplina pq está de alguma maneira relacionada com a conversa)


Fazem parte das receitas das universidades mas têm um bolo específico e no que toca a ele não seria mexido, pois o extra que se conseguia com os "maus alunos" é que se beneficiava os melhores, e não o inverso. Se não fosse possível, digamos que não beneficiavas ninguém. A medida seria financeiramente resistente.

Escapou-me essa do meu curso. Eu sou projectista de estruturas, segui esse ramo porque foi a parte que achei mais interessante e que gostei mais durante o curso, portanto foram cadeiras como Dimensionamento de Estruturas, Estruturas Especiais, etc que gostei mais, mas também achei, por exemplo, Transportes interessante, talvez pelo professor Viegas que a meu ver dava aulas interessantes. Nas aulas de IO em que demos metodologias de optimização de processos mais ou menos complexos, lembro-me que usávamos um software qualquer para aquilo, já não me lembro do nome. Mas admito que não liguei muito à cadeira na altura, se fosse agora talvez tivesse dado mais, tal como a GTD, sempre eram cadeiras em que desenvolvia aptidões que poderia usar caso agora decidisse entrar noutro ramo como por exemplo consultoria estratégica.
Como curiosidade, também és Eng. Civil é? Ou Outro tipo de Engenharia?

De qualquer forma apresentei como uma ideia, mas podemos pensar mais ou menos com números arredondados:

Propinas actuais = 1000€

Não encontrei artigos sobre o tempo que os alunos demoram a acabar o curso, o único artigo que encontrei já era muito antigo, falava numa média de 7 anos no curso de civil.
Admitindo um cenário inventado mais optimista do género:

Curso de civil, 200 alunos por ano entram por geração. Desses 200, 20 desistem do curso. Sobram 180, admitimos que 30% acaba a tempo, que 30% acaba em 6 anos, que 30% acaba em 7 anos, e que 5% acaba em 8 anos e outros 5% acaba em 9 anos. (Cenário ultra optimista a meu ver). Ou seja, num certo ano lectivo temos 180 alunos num dos seus 5 primeiros anos de faculdade, no seu sexto ano há 72 alunos, no seu 7º ano há 36 alunos e a fazer o seu 8º ano há 18 alunos.

Se colocares um aumento de 10% sobre o valor base da propina por cada ano a mais que demoras a terminar o curso, excluindo o 6º ano (daria um ano de tolerância) irias ter uma entrada no bolo das propinas extra de:

- 100€ x 36 = 3600€
- (100€ + 200€) x 9 = 2700€
- (100€ + 200€ + 300€) x 9 = 5400€

Que resulta num saldo extra de 11700€ num certo ano lectivo. Com este dinheiro, seria possível aplicar em bolsas de mérito para alunos da geração seguinte. Por exemplo, oferta das propinas ao melhor aluno de cada ano (5000€), de metade das propinas aos 2 melhores seguintes de cada ano (5000€), e ainda sobrava 1700€, que poderia ser retornado ao Estado como poupança ou qualquer outra optimização mais específica para que o dinheiro ficasse todo num circuito fechado. Por exemplo, poderia ser estudado um esquema de prémios fixo tendo em conta um valor esperado de ganhos com os maus alunos e depois os excedentes de uns anos cobririam as faltas de outros anos)

Esta seria uma hipótese de esquema, mas obviamente muito simplificada. Mas seria impossível de concretizar algo do género?

O objectivo da medida seria motivacional, e não de redução do défice, obviamente. No entanto, poderia também ser uma alternativa a cortes nos orçamentos das universidades. Acho mal esses cortes pois significam obviamente uma redução na qualidade do ensino. Desta forma apenas se colocariam os alunos a contribuir mais que o Estado, mas de uma forma mais meritocrática e não tão uniforme.

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 3/9/2016 1:41
por JohnyRobaz
lfhm83 Escreveu:
JohnyRobaz Escreveu:Deixo uma possível política para Portugal:

Porque é que no ensino superior público não se aumentam as propinas, por exemplo de forma exponencial, e a partir do ano a mais que se está na faculdade após o tempo normal de término do curso? Por exemplo, o MI em Eng. Civil é 5 anos. Davam um ano de tolerância mas a partir da 7ªa matrícula porque não se introduz uma espécie de aumento progressivo das propinas? Isto não só iria motivar os alunos a terminarem o curso mais rápido em vez de andarem a pastar e sempre na bebedeira (há tempo para tudo), e ao mesmo tempo o Estado tinha dinheiro para gastar mais em bolsas de mérito ou mesmo para não ter que cortar tanto nos orçamentos das universidades, de forma a que a qualidade do ensino não diminua e até aumente.



Neste ponto (finalmente) estou contigo, em Espanha há um sistema deste tipo mas è consoante os crèditos ECTS, mas quem tem pior aproveitamento paga mais.

Acrescento que embora liberal, sou a favor de alguns componentes sociais e como o OE para a educaçao e saúde é apenas 20% do total, nao interfere muito com a minha ideologia. Claro que em regime universal, independente da condiçao econòmica.

A ideia era ter ensino totalmente gràtis atè aos 21 anos, ou seja secundàrio, mais 3 anos de universidade que em regime de Bolonha colocava a pessoa com 21 anos pronta a entrar no mercado de trabalho, com algum conhecimento numa àrea profissional especifica. Os benìcios no longo prazo ìam cubrir qualquer os encargos adicionais no presente, ser taxado para investir na educaçao de jovens nao tenho qualquer problema.

Daqui surge uma segunda medida, que era o direito ao voto estava cirscunscrito a quem tivesse terminado este ciclo de ensino. Em paralelo deveriam ser introduzidas disciplinas de economia, finanças e polìtica em que os alunos seriam preparados para ter capacidade de entender como funciona o estado, para em sua liberdade saberem votar.

PS: JohnyRobaz, como està o avante? :mrgreen:


Quanto ao Avante não faço ideia porque nunca fui, não simpatizo propriamente com partidos conservadores como o PCP, e eles são bem mais à esquerda. Sempre fui mais virado para outro tipo de festivais.

Quanto à tua solução, diverge um pouco da minha, pois não tem a componente de benefício ao mérito. Mas parece-me bem essa componente social.

Vou dizer isto pela última vez, não há um partido em Portugal com o qual me identifique, pois não há um partido como o partido liberal do Canadá ou Democrata dos EUA em Portugal. E sim, são de centro-esquerda e liberais, como eu me considero.

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 3/9/2016 0:36
por Worf
lfhm83 Escreveu:
Caro Worf completamente de acordo, o restultado era irrisòrio em custos directos, mas è uma questao de principios e cada ano que um gaijo passa na faculdade a mais è menos um que està a produzir. Eu demorei 7 anos a tirar o curso com uma medida dessas provalmente era capaz de demorar menos 1 ano. Ah e ainda me lembro quando entrei para a faculdade que pagava 300 euritos lol bons tempos hem e os impostos eram mais baixos com o dèfice em linha com o crescimento do PIB, Portugal atè entrar no Euro atè era um paìs relativamente bem governado.


Bem podes estar de acordo com a medida, eu continuo na minha. Medidas para encher pneu, que se fossem tomadas por um governo de direita verias o burburinho que era! Tal como quando Cavaco aumentou as propinas, até o rabo lhe mostraram :mrgreen: . Pois tb eu Se se essa lei falada aqui, estivesse em vigor talvez tivesse acabado em 5 anos. Bom estamos a falar no campo hipotético, talvez. Já agora quando entrei na faculdade ainda foi antes da introdução da lei das propinas por cavaco.

lfhm83 Escreveu:Eu ainda fiz pior as medidas que dizia deviam ter um impacto de mais 3% a 5%, mas a questao è que acredito que eram medidas agregadoras de valor, ao contràrio dos monumentos de betao erguidos pelo Socrates e companhia.

Se queres cortar a sèrio è olhar para os gràficos do Ocioso duas pàginas atràs, Transportes 5% era concessionar tudo e nem mais um tusto do contribuinte. transferencias sociais 40% era reduzir a 20% e gastos de de dìvida era menos uns 5%, sò possìveis com perdao de dìvida.


Para se ter uma boa noção de onde seria melhor cortar, um gráfico circular seria ideal com as rubricas todas discriminadas, mas isso era assunto que dava pano para mangas.

lfhm83 Escreveu:Tem, porque quanto mais aumentas a componente social do estado menos liberdade tens na tua individualidade, nao sei se jà leste Hayke ele explica bem o assunuto. O Caminho da Serviencia è uma das obras mais elegantes que jà li, humilde e concisa descreve as duas grandes opçoes que existem, ter liberdade para escolher o teu caminho ou estar sob a benece do estado numa economia centralizada. Da minha perspectiva atè à maioridade o individuo deve ser completamente protegido e ajudado pela sociedade, a partir daì nao sinto obrigaçao de ajudar ninguèm a nao ser no caso de pessoas impossibilitadas fisica ou mentalmente.


É um livro que já li há alguns anos e que guardo religiosamente debaixo da minha almofada :mrgreen: . Acontece que para mim, basicamente o objectivo de cada política honesta é o mesmo, o bem estar dos cidadãos. Acontece que para atingir os objectivos cada um propõe caminhos diferentes. Os países que temos visto e comentado aqui no forum que são mais liberais, são países onde a responsabilidade social é maior. Agora se queres um país onde não haja diferenças sociais aí escolhe um país socialista, são todos pobres.
Julgo que tu não deves ser liberal, deves ser mais libertário. Mas aí é outro assunto. existe até quem pense que Hayek seja um social democrata!

Minha tese é essencialmente a mesma que também foi desenvolvida pelo meu amigo Ralph Raico: Hayek não é de forma alguma um liberal clássico, ou um "Radikalliberaler", como o jornal suíço NZZ, ignorante como de costume, recentemente se referiu a ele. Hayek é na realidade um social-democrata moderado; e, dado que vivemos na era da social-democracia, isso faz dele um intelectual "respeitado" e "responsável"


http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1124

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 2/9/2016 22:59
por BearManBull
Worf Escreveu:lfhm83,

Eu não estou concretamente contra a medida. O que penso é que medidas destas são irrelevantes para a diminuição da despesa e do défice. O efeito que o Robaz pretende nem sequer é directo, para se obter algum feedback da medida terias que esperar para ver o efeito nos alunos de pior nota. Até poderia ter o efeito contrário!
E vai daí aumentares logo o valor da propina exponencialmente!!
Já viste quanto é que hipoteticamente o estado poderia poupar? Não consegues fazer uma estimativa sequer e além do mais seria irrisória.


Caro Worf completamente de acordo, o restultado era irrisòrio em custos directos, mas è uma questao de principios e cada ano que um gaijo passa na faculdade a mais è menos um que està a produzir. Eu demorei 7 anos a tirar o curso com uma medida dessas provalmente era capaz de demorar menos 1 ano. Ah e ainda me lembro quando entrei para a faculdade que pagava 300 euritos lol bons tempos hem e os impostos eram mais baixos com o dèfice em linha com o crescimento do PIB, Portugal atè entrar no Euro atè era um paìs relativamente bem governado.

Eu ainda fiz pior as medidas que dizia deviam ter um impacto de mais 3% a 5%, mas a questao è que acredito que eram medidas agregadoras de valor, ao contràrio dos monumentos de betao erguidos pelo Socrates e companhia.

Se queres cortar a sèrio è olhar para os gràficos do Ocioso duas pàginas atràs, Transportes 5% era concessionar tudo e nem mais um tusto do contribuinte. transferencias sociais 40% era reduzir a 20% e gastos de de dìvida era menos uns 5%, sò possìveis com perdao de dìvida.

Worf Escreveu:Mais uma nota, quando dizes "acrescento que embora liberal, sou a favor de alguns componentes sociais". O ser liberal nada têm a haver com maior ou menor responsabilidade social.


Tem, porque quanto mais aumentas a componente social do estado menos liberdade tens na tua individualidade, nao sei se jà leste Hayke ele explica bem o assunuto. O Caminho da Serviencia è uma das obras mais elegantes que jà li, humilde e concisa descreve as duas grandes opçoes que existem, ter liberdade para escolher o teu caminho ou estar sob a benece do estado numa economia centralizada. Da minha perspectiva atè à maioridade o individuo deve ser completamente protegido e ajudado pela sociedade, a partir daì nao sinto obrigaçao de ajudar ninguèm a nao ser no caso de pessoas impossibilitadas fisica ou mentalmente.

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 2/9/2016 22:12
por Worf
lfhm83,

Eu não estou concretamente contra a medida. O que penso é que medidas destas são irrelevantes para a diminuição da despesa e do défice. O efeito que o Robaz pretende nem sequer é directo, para se obter algum feedback da medida terias que esperar para ver o efeito nos alunos de pior nota. Até poderia ter o efeito contrário!
E vai daí aumentares logo o valor da propina exponencialmente!!
Já viste quanto é que hipoteticamente o estado poderia poupar? Não consegues fazer uma estimativa sequer e além do mais seria irrisória.

Mais uma nota, quando dizes "acrescento que embora liberal, sou a favor de alguns componentes sociais". O ser liberal nada têm a haver com maior ou menor responsabilidade social.

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 2/9/2016 21:44
por BearManBull
JohnyRobaz Escreveu:Deixo uma possível política para Portugal:

Porque é que no ensino superior público não se aumentam as propinas, por exemplo de forma exponencial, e a partir do ano a mais que se está na faculdade após o tempo normal de término do curso? Por exemplo, o MI em Eng. Civil é 5 anos. Davam um ano de tolerância mas a partir da 7ªa matrícula porque não se introduz uma espécie de aumento progressivo das propinas? Isto não só iria motivar os alunos a terminarem o curso mais rápido em vez de andarem a pastar e sempre na bebedeira (há tempo para tudo), e ao mesmo tempo o Estado tinha dinheiro para gastar mais em bolsas de mérito ou mesmo para não ter que cortar tanto nos orçamentos das universidades, de forma a que a qualidade do ensino não diminua e até aumente.



Neste ponto (finalmente) estou contigo, em Espanha há um sistema deste tipo mas è consoante os crèditos ECTS, mas quem tem pior aproveitamento paga mais.

Acrescento que embora liberal, sou a favor de alguns componentes sociais e como o OE para a educaçao e saúde é apenas 20% do total, nao interfere muito com a minha ideologia. Claro que em regime universal, independente da condiçao econòmica.

A ideia era ter ensino totalmente gràtis atè aos 21 anos, ou seja secundàrio, mais 3 anos de universidade que em regime de Bolonha colocava a pessoa com 21 anos pronta a entrar no mercado de trabalho, com algum conhecimento numa àrea profissional especifica. Os benìcios no longo prazo ìam cubrir qualquer os encargos adicionais no presente, ser taxado para investir na educaçao de jovens nao tenho qualquer problema.

Daqui surge uma segunda medida, que era o direito ao voto estava cirscunscrito a quem tivesse terminado este ciclo de ensino. Em paralelo deveriam ser introduzidas disciplinas de economia, finanças e polìtica em que os alunos seriam preparados para ter capacidade de entender como funciona o estado, para em sua liberdade saberem votar.

PS: JohnyRobaz, como està o avante? :mrgreen:

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 2/9/2016 20:12
por Worf
JohnyRobaz Escreveu:

Leste o que eu escrevi? --> "E volto a frisar que isto não seria uma taxa nem taxinha, se quiseres até proponho que se baixasse as propinas em geral, compensando a redução das propinas para os anos normais com o agravamento das propinas nos anos extra. Preferes assim? Eu prefiro que mesmo assim, se valorize mais o mérito, transformando o dinheiro em bolsas de mérito, não é para pagar dívida pública nem criar tachos nenhuns. "


Li Robaz, querias castigar o demérito para premiar o mérito, com o intuito de que com isso resultasse um efeito positivo nos alunos mais fracos e assim diminuíres a despesa do estado.

JohnyRobaz Escreveu:
Ok, tens razão que é mais importante valorizar o mérito, mas o dinheiro vem de onde?

Corta na despesa

JohnyRobaz Escreveu:
Eu aqui estou a pensar no controlo da despesa! Eu aqui sou quem não quer engordar mais o Estado. Faço a coisa como sendo um circuito fechado idealmente. Digamos que o dinheiro não sai do "bolo de propinas". O que se cobrava a mais aos alunos piores era descontado aos alunos melhores. Directo! Atenção, estamos a discutir uma ideia abstrata, tornar isto realidade admito que possa ter dificuldades que eu não esteja a ver, mas é por isso que eu disse que era apenas uma ideia! Concluindo, para não aumentar despesa, a minha ideia era castigar o demérito para poder premiar o mérito, sem custos extra. Atenção que esta é apenas uma ideia motivacional, e no entanto, tendo em conta que o aluno tem um custo anual que é superior às propinas e que o Estado sustenta (não alterada a nível financeiro pela estratégia, pois o dinheiro das propinas, como disse, ficaria no total igual), e admitindo que esta ideia motivacional levaria a uma redução da média de anos que um aluno demora a concluir o curso, isto levaria a uma poupança do Estado. Será que é uma ideia assim tão ridícula? :-k


Serviria para aumentar a receita das universidades, porque as propinas julgo que fazem parte das receitas das universidades. Mas isso julgo que não seria importante, mais importante é focalizar o estado na redução da despesa até défice zero, com medidas objectivas e não com medidas teóricas, até porque não existe estudo que eu tenha visto sobre quanto o estado gasta com esses alunos (falando de ensino universitário), logo não sabemos que valor é que efectivamente iria ser poupado no OE.

Perguntei-te um pouco sobre o teu curso? e sobre ele nada respondeste. Volto a perguntar, que cadeiras gostaste mais e quais gostaste menos?
Gostaste de Investigação operacional? (pergunto concretamente esta disciplina pq está de alguma maneira relacionada com a conversa)

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 2/9/2016 18:59
por JohnyRobaz
Ocioso Escreveu:


Os teus vídeos é que são sempre impecáveis! :clap:

Já leste algum dos dois? Riqueza das Nações ou Capital?

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 2/9/2016 18:24
por JohnyRobaz
Ocioso Escreveu:Qual a explicação, no teu entender, para os velhotes, em geral, elogiarem o Salazar e tu defenderes o actual regime?

Quem pensas que vota no PCP?


Há aí uma contradição a meu ver, visto que os votos do PCP, pelo que sei, vêm essencialmente dos... velhotes! Portanto, essa generalização de que os velhotes, em geral, elogiam o Salazar, não a partilho. Até pela minha vivência, não acho que os velhotes tenham assim tantas saudades do Salazar. Normalmente quando vejo isso é mais numa de visão conservadora da sociedade e também de crítica a esta vergonha de classe política que temos, porque de facto o homem era ditador mas era sério, segundo dizem. No entanto, num nível geral não acho que alguém prefira viver numa ditadura salazarista que no regime que vivemos agora, a não ser que fosse da PIDE ou do Estado na altura... :twisted:

A mim disseram que era espanhol….


Pois a mim disseram que era português e que o rei não tinha acreditado nele e portanto ele tinha ido com apoio de Castela. No entanto, pelo que já li sobre o assunto, parece que era italiano... Enfim.

Não compro um livro por ter ganho um prémio. O que pensas do Nobel de Economia? Já ouviste falar do Long-Term Capital Management?

Normalmente são os autores os premiados e não livros em concreto, penso eu. Também não o faço por isso, aliás, o meu ícone é do meu escritor favorito que não tem prémio nobel nenhum. O nobel da economia que tem de mal? Acho bem, é uma ciência humana e tem gente com mérito a estudá-la. O Friedman é um bom exemplo. Já, mas nunca estudei muito esse assunto, porquê? Tem-me parecido no livro que estou a ler "Trading Risk" que o LTCM caiu em desuso há uns anos mas posso ter entendido mal.

Quanto entrega o Estado por ano a Serralves? Esse dinheiro entra no bolso de quem? Os nomes na lista dizem-te alguma coisa?
[/quote]

Epa, grande interrogatório. Pois, não sei. Mas defendo que se preservem as fundações que contribuem para a cultura nacional. Agora se a gestão é bem feita, é outra história. Não faço ideia, muito provavelmente nuns casos sim, noutros não. Acho, por exemplo, isto inadmissível:

http://expresso.sapo.pt/cultura/2016-09 ... rte-Antiga

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 2/9/2016 18:03
por JoaquimDias
13 mil milhões. E se fosse consigo?

Paulo FerreiraSeguir

2/9/2016, 12:21377
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Vamos supor que um governo português recebia o “bónus” fiscal de 13 mil milhões que Bruxelas quer obrigar a Apple a dar à Irlanda. Recusava, preocupado com a imagem no país? Ou gastava à tripa forra?

O mundo, por vezes, aparece-nos ao contrário, de cabeça virada para baixo. Pelo menos em relação aquilo a que nos acostumámos, ao “nosso mundo”. É o que está a acontecer na Europa por estes dias. Onde é que já se viu que um governo, qualquer governo, rejeite receber 13 mil milhões de euros de impostos de uma empresa, mesmo quando há outras autoridades a sentenciarem que aqueles tributos têm que ser pagos?

O caso Apple-Dublin-Bruxelas não surpreende pelo desfecho da decisão da Comissão Europeia. As matérias de concorrência — fiscal ou nos mercados de produtos e serviços — são aquelas em que Bruxelas mais investe e onde coloca a mão mais dura. Aquilo que nos surpreende, porque é o oposto do nosso lusitano dia-a-dia, é a frieza estratégica do governo irlandês perante uma receita que é ligeiramente superior a todo o IRS cobrado este ano em Portugal e está próxima do IVA que o fisco também cobra por cá. Para se ter uma ideia, os 13 mil milhões que Bruxelas quer obrigar a Apple a entregar ao fisco irlandês são quase 7,5% do PIB português e resolviam-nos o problema do défice durante três ou quatro anos. Fantástico, não era?

Esta posição do governo irlandês é absolutamente estratégica. Está totalmente focada no futuro do país e alinhada com o modelo de desenvolvimento e de competitividade que as autoridades de Dublin escolheram há três décadas e mantêm com estabilidade, governo após governo. A mensagem que o governo irlandês quer passar às empresas é clara: só por cima do nosso cadáver é que se alteram as regras fiscais que se aplicam às empresas e estas podem contar connosco na primeira linha da defesa das suas expectativas. Podem investir na Irlanda porque o enquadramento fiscal é estável.

Sim, é uma diferença do dia para a noite em relação ao que se passa em Portugal. Por cá, como sabemos, as alterações fiscais são quase diárias e acontecem dentro do mesmo governo. Pergunte-se a um qualquer empresário português, grande ou pequeno, se ele tem alguma segurança que lhe permita planear e fazer contas aos impostos que vai pagar no próximo ano ou daqui a dois anos e ouça-se a resposta. Só um louco aposta um prego no pão sobre a taxa de IRC que vai estar em vigor daqui a dois anos, por exemplo. Para não falar das mil e uma taxas e taxinhas que todos os dias são criadas e alteradas por governos, municípios e qualquer “guichet” com capacidade legal para isso.

O mais grave e recente foi o facto de o PS ter rasgado o acordo feito com o anterior governo que previa a descida gradual no IRC ao longo da década e dava às empresas uma expectativa fiscal pelo menos para meia dúzia de anos. Se a nossa palavra fiscal enquanto país não dura mais de meia dúzia de meses podemos ficar admirados que o investimento não chegue ou que aquele que pode ir embora vá mesmo? Aliás, é sintomático que a carga fiscal sobre os imóveis seja cada vez mais pesada. Só as casas é que não podem sair para outros países à procura de locais onde sejam mais bem tratadas pelo Estado.

Vamos supor então que um qualquer governo português recebia este bónus fiscal de 13 mil milhões de imposto por Bruxelas. Recusava-o, preocupado com a imagem no país perante os investidores e a pensar sobretudo nas próximas gerações? Ou aproveitava para aumentar ainda mais a despesa pública e gastar à tripa forra porque há clientelas para alimentar e eleições para ganhar? Sim, as questões estão já feitas de forma a induzir uma resposta porque, até pelo acima exposto, sabemos qual é o padrão a que os sucessivos governos sempre nos habituaram. Num país que adoptou o regime económico da ditadura fiscal, como o nosso, nenhum governo abriria mão de um cêntimo que fosse para alimentar o “monstro” e para os foguetórios habituais.

O nosso Estado não só tributa cada vez mais tudo o que mexe — agora vem aí o acesso automático às contas bancárias com saldos a partir de 50 mil euros — como tem um comportamento absolutamente canalha: persegue o mais pobre cidadão que deva um cêntimo mas demora anos a pagar aos seus fornecedores sem que alguém, alguma vez, seja penalizado ou pague sequer juros pelo atraso. Se isto não é uma ditadura, é o quê?

Aliás, não foi por acaso que as Finanças foram a correr verificar se também podiam ir cobrar alguma coisinha à Apple depois da decisão de Bruxelas. Então Dublin não quer receber e a nós não nos calha nada?

A competitividade dos países não acontece por acaso e a sua maior ou menor prosperidade também não. Além de um rigor estratégico que sobrevive às mudanças de governo, a Irlanda criou condições para poder recusar o jackpot fiscal em nome da sua reputação.

Vamos comparar só alguns números (todos citados da Ameco, a base de dados económicos da União Europeia. A escolha de 1995 como comparação é porque é aí que começa a generalidade das séries para o nosso país).

Em 1995, a receita (fiscal e contribuições sociais) cobrada pelo Estado português era de 36,2% do PIB. Este ano está estimada em 43% do PIB. Na Irlanda, no mesmo período, caiu de 36,0% para 31,1%. A despesa total do Estado português em 1995 era de 42,6%. Este ano prevê-se 46,6%. Os números comparáveis para a Irlanda são 40,8% e 32,4%. E a dívida pública? Em Portugal, era de 58,3% em 1995 — que saudades… — e agora está nos 126%. Na Irlanda também subiu, de 78,5% para 89,1%. Nós tivemos a troika. Eles também e já estão a baixar fortemente a dívida desde o máximo de 120% há quatro anos.

Ou seja, de pontos de partida relativamente semelhantes há 30 anos, os dois países seguiram direcções opostas. Sim, o modelo irlandês não pode ser replicado directamente em Portugal nem é isso que está em causa. A diferença é que a Irlanda definiu um caminho há várias décadas e aplica-o com estabilidade, transmitindo confiança aos agentes económicos. Reduziu o peso do Estado e compara muito melhor do que Portugal na generalidade dos indicadores sociais e de bem estar. Por isso, pode ter uma carga fiscal baixa, atrair empresas, criar emprego e gerar riqueza. Por isso, pode prescindir de 13 mil milhões de receita fiscal porque sabe que a sua reputação de estabilidade vai trazer-lhe no futuro benefícios muito superiores a essa soma. Mas isto não é, de facto, para todos.

http://observador.pt/opiniao/13-mil-mil ... e-consigo/

Como é MUITO MELHOR o capitalismo neo liberal.

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 2/9/2016 17:50
por JohnyRobaz
Worf Escreveu:
E como iria funcionar essa tal exponencialidade de que falavas? Quantos anos seriam necessários para o aluno deixar de ser um custo para ser uma receita?
Onde irias utilizar canalizar o dinheiro fruto desse aumento de propina?
O problema é que quando alimentas o monstro ele vai ficar mais gordo, e não tardaria muito tempo e necessitarias de aumentar ou criar mais uma taxa.


Leste o que eu escrevi? --> "E volto a frisar que isto não seria uma taxa nem taxinha, se quiseres até proponho que se baixasse as propinas em geral, compensando a redução das propinas para os anos normais com o agravamento das propinas nos anos extra. Preferes assim? Eu prefiro que mesmo assim, se valorize mais o mérito, transformando o dinheiro em bolsas de mérito, não é para pagar dívida pública nem criar tachos nenhuns. "

Passas-te. a sério?!! Então qual foi a disciplina pertencente ao tronco comum das engenharias que mais gostaste? e porquê?
E das disciplinas pertencentes ao teu departamento, qual foi a disciplina que mais gostaste e que mais odiaste e porquê?

Mas na minha opinião não é necessário frequentar ou ter uma licenciatura para saber do que falas. Estás a ser ligeiramente presunçoso. Títulos não se discutem na política, mas sim ideias e rumos a seguir. Admito porém que uma pessoa que tenha estudos possa em certos momento demonstrar algo mais. Mas isso depende, já encontrei gente sem canudo com capacidade idêntica ou superior a muitos com canudos.


Eheh epa interpretaste-me mal, calma, eu não sou como certas pessoas que argumenta com esse tipo de coisas nem chamo ignorante a ninguém, quando referi isso referi a nível de espaço temporal, o "há pouco tempo" é que era a parte importante, não tem nada a ver com o facto de ter tirado o curso ou não. Ou seja, neste aspecto alguém que tenha desistido do curso tem o mesmo "conhecimento da matéria" que eu, por exemplo. Não quis atacar ninguém, nem quero!

Também acho que o mérito deve ser premiado e não castigar o demérito. Acho esse um melhor princípio. mas melhor que tudo isso seria, volto a insistir, cuidar da redução da despesa, do "gordo" seria a melhor opção que poderias tomar. mas atenção sem truque, sem esconder despesa debaixo do "tapete".


Ok, tens razão que é mais importante valorizar o mérito, mas o dinheiro vem de onde? Eu aqui estou a pensar no controlo da despesa! Eu aqui sou quem não quer engordar mais o Estado. Faço a coisa como sendo um circuito fechado idealmente. Digamos que o dinheiro não sai do "bolo de propinas". O que se cobrava a mais aos alunos piores era descontado aos alunos melhores. Directo! Atenção, estamos a discutir uma ideia abstrata, tornar isto realidade admito que possa ter dificuldades que eu não esteja a ver, mas é por isso que eu disse que era apenas uma ideia! Concluindo, para não aumentar despesa, a minha ideia era castigar o demérito para poder premiar o mérito, sem custos extra. Atenção que esta é apenas uma ideia motivacional, e no entanto, tendo em conta que o aluno tem um custo anual que é superior às propinas e que o Estado sustenta (não alterada a nível financeiro pela estratégia, pois o dinheiro das propinas, como disse, ficaria no total igual), e admitindo que esta ideia motivacional levaria a uma redução da média de anos que um aluno demora a concluir o curso, isto levaria a uma poupança do Estado. Será que é uma ideia assim tão ridícula? :-k

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 2/9/2016 17:50
por Ocioso


Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 2/9/2016 17:44
por Ocioso
Epa admiti que esse era o caso mas um bias a favor de um regime democrático em vez de um regime dictatorial, não é por aí que te moldam politicamente

Qual a explicação, no teu entender, para os velhotes, em geral, elogiarem o Salazar e tu defenderes o actual regime?

Agora, sem dúvida que se ainda existe PCP é porque eles tiveram um papel importante no 25 de Abril.

Quem pensas que vota no PCP?

Que Colombo era português.

A mim disseram que era espanhol…

Os prémios nobel da literatura não fazem sentido?

Não compro um livro por ter ganho um prémio. O que pensas do Nobel de Economia? Já ouviste falar do Long-Term Capital Management?

Câmaras municipais e privados.

Quanto entrega o Estado por ano a Serralves? Esse dinheiro entra no bolso de quem? Os nomes na lista dizem-te alguma coisa?

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 2/9/2016 17:39
por JoaquimDias
um estado com 80 mil MILHOES de euros de despesa pública, e ainda vem alucinados sugerir um aumento de propinas. ridículo. :wall:

podíamos bem melhor: fechar politécnicos, universidade, despedir professores de cursos sem empregabilidade, fechar cursos com baixa empregabilidade, privatizar algumas escolas, investigar a sério qualquer sinal de riqueza de um bolseiro dos serviços de apoio social, etc.

mas falar sobre isto? naaaaaaaa :lol:

tá quieto boy.

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 2/9/2016 17:33
por Worf
JohnyRobaz Escreveu:Não faço a mínima ideia visto que a ideia é exclusivamente minha e nem é algo totalmente definido e concreto, apenas uma ideia de compensar os melhores alunos em detrimento do pessoal que leva a faculdade como um passatempo e não como um meio de aprender qualquer coisa.


E como iria funcionar essa tal exponencialidade de que falavas? Quantos anos seriam necessários para o aluno deixar de ser um custo para ser uma receita?
Onde irias utilizar canalizar o dinheiro fruto desse aumento de propina?
O problema é que quando alimentas o monstro ele vai ficar mais gordo, e não tardaria muito tempo e necessitarias de aumentar ou criar mais uma taxa.


JohnyRobaz Escreveu: Eu passei pela faculdade há pouco tempo, sei do que falo, se tu não sabes do que estou a falar não tenho culpa.


Passaste. a sério?!! Então qual foi a disciplina pertencente ao tronco comum das engenharias que mais gostaste? e porquê?
E das disciplinas pertencentes ao teu departamento, qual foi a disciplina que mais gostaste e que mais odiaste e porquê?

Mas na minha opinião não é necessário frequentar ou ter uma licenciatura para saber do que falas. Estás a ser ligeiramente presunçoso. Títulos não se discutem na política, mas sim ideias e rumos a seguir. Admito porém que uma pessoa que tenha estudos possa em certos momento demonstrar algo mais. Mas isso depende, já encontrei gente sem canudo com capacidade idêntica ou superior a muitos com canudos.

JohnyRobaz Escreveu:Ok, mas a bolsa não é apenas andar a provocar neste tipo de tópicos quem pensa de forma diferente da vossa. Há por aqui muito boa gente que pensa diferente de mim mas ou não diz nada ou fala com argumentos como numa conversa normal educada. Já não tenho paciência para as vossas provocaçõezitas, desculpa lá.
E volto a frisar que isto não seria uma taxa nem taxinha, se quiseres até proponho que se baixasse as propinas em geral, compensando a redução das propinas para os anos normais com o agravamento das propinas nos anos extra. Preferes assim? Eu prefiro que mesmo assim, se valorize mais o mérito, transformando o dinheiro em bolsas de mérito, não é para pagar dívida pública nem criar tachos nenhuns. Ao menos se vens com comparações, arranja alguma de jeito, porque essa que arranjaste, desculpa que te diga, não fez sentido nenhum nem teve piada nenhuma.


Também acho que o mérito deve ser premiado, mas não ás custas de castigar o demérito. Acho esse um melhor princípio. mas melhor que tudo isso seria, volto a insistir, cuidar da redução da despesa, do "gordo" seria a melhor opção que poderias tomar. mas atenção sem truque, sem esconder despesa debaixo do "tapete".

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 2/9/2016 16:55
por JohnyRobaz
Worf Escreveu:
Quantos países da ocde utilizam essa taxa? essa taxa está em linha com os governos que tentam taxas de reprovação de zero?


Não faço a mínima ideia visto que a ideia é exclusivamente minha e nem é algo totalmente definido e concreto, apenas uma ideia de compensar os melhores alunos em detrimento do pessoal que leva a faculdade como um passatempo e não como um meio de aprender qualquer coisa. Eu passei pela faculdade há pouco tempo, sei do que falo, se tu não sabes do que estou a falar não tenho culpa.

Worf Escreveu:Robaz, o desempenho económico de um país é algo que deve interessar a qualquer pessoa e como bem sabes o desempenho económico do país está directamente ligado ao desempenho das empresas (bolsa). Portanto não sejas desagradável porque afinal de contas estava apenas a tentar, através de um exemplo, dar conta de que não acho essa ideia nada boa, com algum sentido de humor. Aliás, foi nesse sentido que interpretei a intervenção do Dias.

Se colocares uma ideia de redução da despesa vais ver que o mais certo é eu estar de acordo....agora da tua cabecinha só saem taxas e taxinhas.


Ok, mas a bolsa não é apenas andar a provocar neste tipo de tópicos quem pensa de forma diferente da vossa. Há por aqui muito boa gente que pensa diferente de mim mas ou não diz nada ou fala com argumentos como numa conversa normal educada. Já não tenho paciência para as vossas provocaçõezitas, desculpa lá.
E volto a frisar que isto não seria uma taxa nem taxinha, se quiseres até proponho que se baixasse as propinas em geral, compensando a redução das propinas para os anos normais com o agravamento das propinas nos anos extra. Preferes assim? Eu prefiro que mesmo assim, se valorize mais o mérito, transformando o dinheiro em bolsas de mérito, não é para pagar dívida pública nem criar tachos nenhuns. Ao menos se vens com comparações, arranja alguma de jeito, porque essa que arranjaste, desculpa que te diga, não fez sentido nenhum nem teve piada nenhuma.

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 2/9/2016 16:21
por JoaquimDias
Worf Escreveu:Se colocares uma ideia de redução da despesa vais ver que o mais certo é eu estar de acordo....agora da tua cabecinha só saem taxas e taxinhas.


mas como é que ele paga o seu ordenado com redução de despesa? :?

:lol: :lol:

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 2/9/2016 16:09
por Worf
JohnyRobaz Escreveu:
Worf Escreveu:
Porque achei que seria um imposto à semelhança daquele que colocaste no post anterior onde sugerias que a partir da 7 matrícula se aumentassem as propinas. Andariam lado a lado no concurso para as ideias mais absurdas para o país. Mas pior que estas duas seria o imposto sucessório (defendido aqui por sua esxcelñcia o Robaz). 8-)


Mas então diz-me lá que é que uma tem a ver com a outra? De facto não vos chega o outro tópico para disparatar?

Mas eu volto a arranjar um bocadinho de paciência para argumentar: Um aluno em média custa ao estado mais do que o aluno paga em propinas, ou seja, o aluno recebe o restante como a forma de um apoio estatal para estudar, pagando apenas uma parte. O que recomendei foi que se reduzisse o apoio do Estado aos alunos que não cumprem com a sua obrigação: Estudar, e encaminhar o que o Estado poupa com isso para melhorias das condições de ensino ou para bolsas de mérito. Há alguma comparação aqui com portagens ridículas? Só se for nessa tua cabecinha.


Quantos países da ocde utilizam essa taxa? essa taxa está em linha com os governos que tentam taxas de reprovação de zero?

JohnyRobaz Escreveu:Volto a repetir para ti e para o outro atrasado que anda por aqui a poluir os tópicos onde eu escrevo com baboseiras: este fórum é de bolsa, falem de bolsa. Os únicos comentários que se vê da tua parte é neste tipo de tópicos, propaganda pura. "E o boy sou eu?!" Haja paciência.


Robaz, o desempenho económico de um país é algo que deve interessar a qualquer pessoa e como bem sabes o desempenho económico do país está directamente ligado ao desempenho das empresas (bolsa). Portanto não sejas desagradável porque afinal de contas estava apenas a tentar, através de um exemplo, dar conta de que não acho essa ideia nada boa, com algum sentido de humor. Aliás, foi nesse sentido que interpretei a intervenção do Dias.

Se colocares uma ideia de redução da despesa vais ver que o mais certo é eu estar de acordo....agora da tua cabecinha só saem taxas e taxinhas.

Re: Políticas para Portugal

MensagemEnviado: 2/9/2016 15:23
por JohnyRobaz
Worf Escreveu:
Porque achei que seria um imposto à semelhança daquele que colocaste no post anterior onde sugerias que a partir da 7 matrícula se aumentassem as propinas. Andariam lado a lado no concurso para as ideias mais absurdas para o país. Mas pior que estas duas seria o imposto sucessório (defendido aqui por sua esxcelñcia o Robaz). 8-)


Mas então diz-me lá que é que uma tem a ver com a outra? De facto não vos chega o outro tópico para disparatar?

Mas eu volto a arranjar um bocadinho de paciência para argumentar: Um aluno em média custa ao estado mais do que o aluno paga em propinas, ou seja, o aluno recebe o restante como a forma de um apoio estatal para estudar, pagando apenas uma parte. O que recomendei foi que se reduzisse o apoio do Estado aos alunos que não cumprem com a sua obrigação: Estudar, e encaminhar o que o Estado poupa com isso para melhorias das condições de ensino ou para bolsas de mérito. Há alguma comparação aqui com portagens ridículas? Só se for nessa tua cabecinha.

Volto a repetir para ti e para o outro atrasado que anda por aqui a poluir os tópicos onde eu escrevo com baboseiras: este fórum é de bolsa, falem de bolsa. Os únicos comentários que se vê da tua parte é neste tipo de tópicos, propaganda pura. "E o boy sou eu?!" Haja paciência.