Re: Políticas para Portugal
Enviado: 5/9/2016 19:54
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JohnyRobaz Escreveu:Reparei que querias números da medida, mas depois nem os comentaste. Mas vá, eu não penso que foi só para chatear. De qualquer forma, já aqui disse que antes de cortar na saúde e educação, tens muito por onde pegar.
JohnyRobaz Escreveu:Não defendo um governo aliado à esquerda, o governo é do PS e vai ser o PS a ser responsabilizado por aquilo que faz. Tem apoio parlamentar da esquerda porque eles não podem com o Passos. Isso está mais que visto. E o Passos não muda o discurso e então a geringonça vai andando, seja a fazer as coisas bem ou mal, mas anda.
JohnyRobaz Escreveu:Uma coisa é certa, se vier um novo resgate duvido muito que o PS volte ao poder nos próximos anos e anos.
JohnyRobaz Escreveu:Que tem o imposto sucessório?
JohnyRobaz Escreveu:(...)
Dizes que os liberais/democratas são socialistas. Bom, ok, chama-lhes o que quiseres. É a política que defendo e que tem dado resultados por lá [EUA]. O que é certo é que as políticas deles diferem tanto do PS como do PSD, por isso, não percebo as tuas analogias.
Worf Escreveu:Qual despesa?
A despesa Pública, já que pelas tuas palavras a medida de que falas é financeiramente resistente e como sabes tens compromissos relativamente ao défice.
Ah e caro Robaz,
Não existe uma senhora social democrata que diz basicamente a mesma coisa (M. Ferreira Leite)?, disse que,” a certa altura é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então, venha a democracia” , portanto mais uma prova de que ele (Hayek) era social democrata.
Bom falando a sério, é preciso contextualizar o que ele disse. E diz que é totalmente contra os ditadores, mas que prefere um ditador liberal a um governo democrático sem liberalismo algum. Se o homem era liberal, querias o quê? Queres fazer filmes…
Já agora li algures que o nazismo era socialista.
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=98
Já sabia que eras um liberal à moda dos EUA, o que quer dizer o mesmo que SO-CIA-LIS-TA .
Os americanos ficam com urticária quando lhes falam em socialismo logo os democratas autoproclamam-se de liberais.
Mas tu Robaz, tu és um Socialista à moda alentejana. Um homem que defende o imposto sucessório?! Que defende um governo aliado à extrema-esquerda?
Que saudades tenho do Goodmoney, para lhe perguntar se é verdade que os seus funcionários pagam "dízima" ao partido? Isto é que é socialismo! Robaz, se vcs fizessem o mesmo, o vosso partido não estava nestas condições
PS em falência pede dinheiro a dirigentes
http://www.jn.pt/nacional/interior/ps-e ... 68227.html
• O Governo anunciou querer triplicar a produção de pescado em aquacultura • o Governo vai reforçar uma proposta para alargar a plataforma continental para lá das 200 milhas náuticas • o Governo instou os senhorios a diminuírem os seus rendimentos, fazendo rendas sociais • até Setembro, todos os ex-ocupantes de cargos políticos vão ver repostas, com retroactivos, as subvenções vitalícias • a Polícia Marítima apreendeu e destruiu 210 bolas de Berlim a um vendedor na Costa da Caparica, numa acção, segundo o comunicado oficial, que envolveu uma viatura todo o terreno da respectiva força policial, assim como dois agentes • Catarina Martins anunciou que o Bloco de Esquerda recusa "passos atrás" e cedências a chantagens no Orçamento de 2017 • um estudo divulgado esta semana indica que, em 2050, Portugal deverá ter menos 1,2 milhões de habitantes • além dos partidos e das confissões religiosas, há mais cerca de duas dezenas de entidades que não pagam IMI • o Bloco de Esquerda quer alterar a regra do IMI sobre os partidos políticos e o PCP é contra • o Estado injectou 417 milhões de euros na CP desde o início do ano • segundo o oráculo Marques Mendes, uma eventual candidata do PSD à Câmara de Lisboa pode ser Maria Luís Albuquerque • há mais de 28 mil professores sem colocação nas escolas • os pagamentos em atraso aumentaram na área da saúde: com 324 polícias que estão em licença sem vencimento, o Estado vai contratar 300 novos agentes • todos os dias, são presos 56 condutores com álcool em excesso.
Worf Escreveu:Li Robaz, querias castigar o demérito para premiar o mérito, com o intuito de que com isso resultasse um efeito positivo nos alunos mais fracos e assim diminuíres a despesa do estado.
Corta na despesa
Serviria para aumentar a receita das universidades, porque as propinas julgo que fazem parte das receitas das universidades. Mas isso julgo que não seria importante, mais importante é focalizar o estado na redução da despesa até défice zero, com medidas objectivas e não com medidas teóricas, até porque não existe estudo que eu tenha visto sobre quanto o estado gasta com esses alunos (falando de ensino universitário), logo não sabemos que valor é que efectivamente iria ser poupado no OE.
Perguntei-te um pouco sobre o teu curso? e sobre ele nada respondeste. Volto a perguntar, que cadeiras gostaste mais e quais gostaste menos?
Gostaste de Investigação operacional? (pergunto concretamente esta disciplina pq está de alguma maneira relacionada com a conversa)
lfhm83 Escreveu:JohnyRobaz Escreveu:Deixo uma possível política para Portugal:
Porque é que no ensino superior público não se aumentam as propinas, por exemplo de forma exponencial, e a partir do ano a mais que se está na faculdade após o tempo normal de término do curso? Por exemplo, o MI em Eng. Civil é 5 anos. Davam um ano de tolerância mas a partir da 7ªa matrícula porque não se introduz uma espécie de aumento progressivo das propinas? Isto não só iria motivar os alunos a terminarem o curso mais rápido em vez de andarem a pastar e sempre na bebedeira (há tempo para tudo), e ao mesmo tempo o Estado tinha dinheiro para gastar mais em bolsas de mérito ou mesmo para não ter que cortar tanto nos orçamentos das universidades, de forma a que a qualidade do ensino não diminua e até aumente.
Neste ponto (finalmente) estou contigo, em Espanha há um sistema deste tipo mas è consoante os crèditos ECTS, mas quem tem pior aproveitamento paga mais.
Acrescento que embora liberal, sou a favor de alguns componentes sociais e como o OE para a educaçao e saúde é apenas 20% do total, nao interfere muito com a minha ideologia. Claro que em regime universal, independente da condiçao econòmica.
A ideia era ter ensino totalmente gràtis atè aos 21 anos, ou seja secundàrio, mais 3 anos de universidade que em regime de Bolonha colocava a pessoa com 21 anos pronta a entrar no mercado de trabalho, com algum conhecimento numa àrea profissional especifica. Os benìcios no longo prazo ìam cubrir qualquer os encargos adicionais no presente, ser taxado para investir na educaçao de jovens nao tenho qualquer problema.
Daqui surge uma segunda medida, que era o direito ao voto estava cirscunscrito a quem tivesse terminado este ciclo de ensino. Em paralelo deveriam ser introduzidas disciplinas de economia, finanças e polìtica em que os alunos seriam preparados para ter capacidade de entender como funciona o estado, para em sua liberdade saberem votar.
PS: JohnyRobaz, como està o avante?
lfhm83 Escreveu:
Caro Worf completamente de acordo, o restultado era irrisòrio em custos directos, mas è uma questao de principios e cada ano que um gaijo passa na faculdade a mais è menos um que està a produzir. Eu demorei 7 anos a tirar o curso com uma medida dessas provalmente era capaz de demorar menos 1 ano. Ah e ainda me lembro quando entrei para a faculdade que pagava 300 euritos lol bons tempos hem e os impostos eram mais baixos com o dèfice em linha com o crescimento do PIB, Portugal atè entrar no Euro atè era um paìs relativamente bem governado.
lfhm83 Escreveu:Eu ainda fiz pior as medidas que dizia deviam ter um impacto de mais 3% a 5%, mas a questao è que acredito que eram medidas agregadoras de valor, ao contràrio dos monumentos de betao erguidos pelo Socrates e companhia.
Se queres cortar a sèrio è olhar para os gràficos do Ocioso duas pàginas atràs, Transportes 5% era concessionar tudo e nem mais um tusto do contribuinte. transferencias sociais 40% era reduzir a 20% e gastos de de dìvida era menos uns 5%, sò possìveis com perdao de dìvida.
lfhm83 Escreveu:Tem, porque quanto mais aumentas a componente social do estado menos liberdade tens na tua individualidade, nao sei se jà leste Hayke ele explica bem o assunuto. O Caminho da Serviencia è uma das obras mais elegantes que jà li, humilde e concisa descreve as duas grandes opçoes que existem, ter liberdade para escolher o teu caminho ou estar sob a benece do estado numa economia centralizada. Da minha perspectiva atè à maioridade o individuo deve ser completamente protegido e ajudado pela sociedade, a partir daì nao sinto obrigaçao de ajudar ninguèm a nao ser no caso de pessoas impossibilitadas fisica ou mentalmente.
Worf Escreveu:lfhm83,
Eu não estou concretamente contra a medida. O que penso é que medidas destas são irrelevantes para a diminuição da despesa e do défice. O efeito que o Robaz pretende nem sequer é directo, para se obter algum feedback da medida terias que esperar para ver o efeito nos alunos de pior nota. Até poderia ter o efeito contrário!
E vai daí aumentares logo o valor da propina exponencialmente!!
Já viste quanto é que hipoteticamente o estado poderia poupar? Não consegues fazer uma estimativa sequer e além do mais seria irrisória.
Worf Escreveu:Mais uma nota, quando dizes "acrescento que embora liberal, sou a favor de alguns componentes sociais". O ser liberal nada têm a haver com maior ou menor responsabilidade social.
JohnyRobaz Escreveu:Deixo uma possível política para Portugal:
Porque é que no ensino superior público não se aumentam as propinas, por exemplo de forma exponencial, e a partir do ano a mais que se está na faculdade após o tempo normal de término do curso? Por exemplo, o MI em Eng. Civil é 5 anos. Davam um ano de tolerância mas a partir da 7ªa matrícula porque não se introduz uma espécie de aumento progressivo das propinas? Isto não só iria motivar os alunos a terminarem o curso mais rápido em vez de andarem a pastar e sempre na bebedeira (há tempo para tudo), e ao mesmo tempo o Estado tinha dinheiro para gastar mais em bolsas de mérito ou mesmo para não ter que cortar tanto nos orçamentos das universidades, de forma a que a qualidade do ensino não diminua e até aumente.
JohnyRobaz Escreveu:
Leste o que eu escrevi? --> "E volto a frisar que isto não seria uma taxa nem taxinha, se quiseres até proponho que se baixasse as propinas em geral, compensando a redução das propinas para os anos normais com o agravamento das propinas nos anos extra. Preferes assim? Eu prefiro que mesmo assim, se valorize mais o mérito, transformando o dinheiro em bolsas de mérito, não é para pagar dívida pública nem criar tachos nenhuns. "
JohnyRobaz Escreveu:
Ok, tens razão que é mais importante valorizar o mérito, mas o dinheiro vem de onde?
JohnyRobaz Escreveu:
Eu aqui estou a pensar no controlo da despesa! Eu aqui sou quem não quer engordar mais o Estado. Faço a coisa como sendo um circuito fechado idealmente. Digamos que o dinheiro não sai do "bolo de propinas". O que se cobrava a mais aos alunos piores era descontado aos alunos melhores. Directo! Atenção, estamos a discutir uma ideia abstrata, tornar isto realidade admito que possa ter dificuldades que eu não esteja a ver, mas é por isso que eu disse que era apenas uma ideia! Concluindo, para não aumentar despesa, a minha ideia era castigar o demérito para poder premiar o mérito, sem custos extra. Atenção que esta é apenas uma ideia motivacional, e no entanto, tendo em conta que o aluno tem um custo anual que é superior às propinas e que o Estado sustenta (não alterada a nível financeiro pela estratégia, pois o dinheiro das propinas, como disse, ficaria no total igual), e admitindo que esta ideia motivacional levaria a uma redução da média de anos que um aluno demora a concluir o curso, isto levaria a uma poupança do Estado. Será que é uma ideia assim tão ridícula?
Ocioso Escreveu:
Ocioso Escreveu:Qual a explicação, no teu entender, para os velhotes, em geral, elogiarem o Salazar e tu defenderes o actual regime?
Quem pensas que vota no PCP?
A mim disseram que era espanhol….
Não compro um livro por ter ganho um prémio. O que pensas do Nobel de Economia? Já ouviste falar do Long-Term Capital Management?
[/quote]Quanto entrega o Estado por ano a Serralves? Esse dinheiro entra no bolso de quem? Os nomes na lista dizem-te alguma coisa?
13 mil milhões. E se fosse consigo?
Paulo FerreiraSeguir
2/9/2016, 12:21377
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Vamos supor que um governo português recebia o “bónus” fiscal de 13 mil milhões que Bruxelas quer obrigar a Apple a dar à Irlanda. Recusava, preocupado com a imagem no país? Ou gastava à tripa forra?
O mundo, por vezes, aparece-nos ao contrário, de cabeça virada para baixo. Pelo menos em relação aquilo a que nos acostumámos, ao “nosso mundo”. É o que está a acontecer na Europa por estes dias. Onde é que já se viu que um governo, qualquer governo, rejeite receber 13 mil milhões de euros de impostos de uma empresa, mesmo quando há outras autoridades a sentenciarem que aqueles tributos têm que ser pagos?
O caso Apple-Dublin-Bruxelas não surpreende pelo desfecho da decisão da Comissão Europeia. As matérias de concorrência — fiscal ou nos mercados de produtos e serviços — são aquelas em que Bruxelas mais investe e onde coloca a mão mais dura. Aquilo que nos surpreende, porque é o oposto do nosso lusitano dia-a-dia, é a frieza estratégica do governo irlandês perante uma receita que é ligeiramente superior a todo o IRS cobrado este ano em Portugal e está próxima do IVA que o fisco também cobra por cá. Para se ter uma ideia, os 13 mil milhões que Bruxelas quer obrigar a Apple a entregar ao fisco irlandês são quase 7,5% do PIB português e resolviam-nos o problema do défice durante três ou quatro anos. Fantástico, não era?
Esta posição do governo irlandês é absolutamente estratégica. Está totalmente focada no futuro do país e alinhada com o modelo de desenvolvimento e de competitividade que as autoridades de Dublin escolheram há três décadas e mantêm com estabilidade, governo após governo. A mensagem que o governo irlandês quer passar às empresas é clara: só por cima do nosso cadáver é que se alteram as regras fiscais que se aplicam às empresas e estas podem contar connosco na primeira linha da defesa das suas expectativas. Podem investir na Irlanda porque o enquadramento fiscal é estável.
Sim, é uma diferença do dia para a noite em relação ao que se passa em Portugal. Por cá, como sabemos, as alterações fiscais são quase diárias e acontecem dentro do mesmo governo. Pergunte-se a um qualquer empresário português, grande ou pequeno, se ele tem alguma segurança que lhe permita planear e fazer contas aos impostos que vai pagar no próximo ano ou daqui a dois anos e ouça-se a resposta. Só um louco aposta um prego no pão sobre a taxa de IRC que vai estar em vigor daqui a dois anos, por exemplo. Para não falar das mil e uma taxas e taxinhas que todos os dias são criadas e alteradas por governos, municípios e qualquer “guichet” com capacidade legal para isso.
O mais grave e recente foi o facto de o PS ter rasgado o acordo feito com o anterior governo que previa a descida gradual no IRC ao longo da década e dava às empresas uma expectativa fiscal pelo menos para meia dúzia de anos. Se a nossa palavra fiscal enquanto país não dura mais de meia dúzia de meses podemos ficar admirados que o investimento não chegue ou que aquele que pode ir embora vá mesmo? Aliás, é sintomático que a carga fiscal sobre os imóveis seja cada vez mais pesada. Só as casas é que não podem sair para outros países à procura de locais onde sejam mais bem tratadas pelo Estado.
Vamos supor então que um qualquer governo português recebia este bónus fiscal de 13 mil milhões de imposto por Bruxelas. Recusava-o, preocupado com a imagem no país perante os investidores e a pensar sobretudo nas próximas gerações? Ou aproveitava para aumentar ainda mais a despesa pública e gastar à tripa forra porque há clientelas para alimentar e eleições para ganhar? Sim, as questões estão já feitas de forma a induzir uma resposta porque, até pelo acima exposto, sabemos qual é o padrão a que os sucessivos governos sempre nos habituaram. Num país que adoptou o regime económico da ditadura fiscal, como o nosso, nenhum governo abriria mão de um cêntimo que fosse para alimentar o “monstro” e para os foguetórios habituais.
O nosso Estado não só tributa cada vez mais tudo o que mexe — agora vem aí o acesso automático às contas bancárias com saldos a partir de 50 mil euros — como tem um comportamento absolutamente canalha: persegue o mais pobre cidadão que deva um cêntimo mas demora anos a pagar aos seus fornecedores sem que alguém, alguma vez, seja penalizado ou pague sequer juros pelo atraso. Se isto não é uma ditadura, é o quê?
Aliás, não foi por acaso que as Finanças foram a correr verificar se também podiam ir cobrar alguma coisinha à Apple depois da decisão de Bruxelas. Então Dublin não quer receber e a nós não nos calha nada?
A competitividade dos países não acontece por acaso e a sua maior ou menor prosperidade também não. Além de um rigor estratégico que sobrevive às mudanças de governo, a Irlanda criou condições para poder recusar o jackpot fiscal em nome da sua reputação.
Vamos comparar só alguns números (todos citados da Ameco, a base de dados económicos da União Europeia. A escolha de 1995 como comparação é porque é aí que começa a generalidade das séries para o nosso país).
Em 1995, a receita (fiscal e contribuições sociais) cobrada pelo Estado português era de 36,2% do PIB. Este ano está estimada em 43% do PIB. Na Irlanda, no mesmo período, caiu de 36,0% para 31,1%. A despesa total do Estado português em 1995 era de 42,6%. Este ano prevê-se 46,6%. Os números comparáveis para a Irlanda são 40,8% e 32,4%. E a dívida pública? Em Portugal, era de 58,3% em 1995 — que saudades… — e agora está nos 126%. Na Irlanda também subiu, de 78,5% para 89,1%. Nós tivemos a troika. Eles também e já estão a baixar fortemente a dívida desde o máximo de 120% há quatro anos.
Ou seja, de pontos de partida relativamente semelhantes há 30 anos, os dois países seguiram direcções opostas. Sim, o modelo irlandês não pode ser replicado directamente em Portugal nem é isso que está em causa. A diferença é que a Irlanda definiu um caminho há várias décadas e aplica-o com estabilidade, transmitindo confiança aos agentes económicos. Reduziu o peso do Estado e compara muito melhor do que Portugal na generalidade dos indicadores sociais e de bem estar. Por isso, pode ter uma carga fiscal baixa, atrair empresas, criar emprego e gerar riqueza. Por isso, pode prescindir de 13 mil milhões de receita fiscal porque sabe que a sua reputação de estabilidade vai trazer-lhe no futuro benefícios muito superiores a essa soma. Mas isto não é, de facto, para todos.
Worf Escreveu:
E como iria funcionar essa tal exponencialidade de que falavas? Quantos anos seriam necessários para o aluno deixar de ser um custo para ser uma receita?
Onde irias utilizar canalizar o dinheiro fruto desse aumento de propina?
O problema é que quando alimentas o monstro ele vai ficar mais gordo, e não tardaria muito tempo e necessitarias de aumentar ou criar mais uma taxa.
Passas-te. a sério?!! Então qual foi a disciplina pertencente ao tronco comum das engenharias que mais gostaste? e porquê?
E das disciplinas pertencentes ao teu departamento, qual foi a disciplina que mais gostaste e que mais odiaste e porquê?
Mas na minha opinião não é necessário frequentar ou ter uma licenciatura para saber do que falas. Estás a ser ligeiramente presunçoso. Títulos não se discutem na política, mas sim ideias e rumos a seguir. Admito porém que uma pessoa que tenha estudos possa em certos momento demonstrar algo mais. Mas isso depende, já encontrei gente sem canudo com capacidade idêntica ou superior a muitos com canudos.
Também acho que o mérito deve ser premiado e não castigar o demérito. Acho esse um melhor princípio. mas melhor que tudo isso seria, volto a insistir, cuidar da redução da despesa, do "gordo" seria a melhor opção que poderias tomar. mas atenção sem truque, sem esconder despesa debaixo do "tapete".
Epa admiti que esse era o caso mas um bias a favor de um regime democrático em vez de um regime dictatorial, não é por aí que te moldam politicamente
Agora, sem dúvida que se ainda existe PCP é porque eles tiveram um papel importante no 25 de Abril.
Que Colombo era português.
Os prémios nobel da literatura não fazem sentido?
Câmaras municipais e privados.
JohnyRobaz Escreveu:Não faço a mínima ideia visto que a ideia é exclusivamente minha e nem é algo totalmente definido e concreto, apenas uma ideia de compensar os melhores alunos em detrimento do pessoal que leva a faculdade como um passatempo e não como um meio de aprender qualquer coisa.
JohnyRobaz Escreveu: Eu passei pela faculdade há pouco tempo, sei do que falo, se tu não sabes do que estou a falar não tenho culpa.
JohnyRobaz Escreveu:Ok, mas a bolsa não é apenas andar a provocar neste tipo de tópicos quem pensa de forma diferente da vossa. Há por aqui muito boa gente que pensa diferente de mim mas ou não diz nada ou fala com argumentos como numa conversa normal educada. Já não tenho paciência para as vossas provocaçõezitas, desculpa lá.
E volto a frisar que isto não seria uma taxa nem taxinha, se quiseres até proponho que se baixasse as propinas em geral, compensando a redução das propinas para os anos normais com o agravamento das propinas nos anos extra. Preferes assim? Eu prefiro que mesmo assim, se valorize mais o mérito, transformando o dinheiro em bolsas de mérito, não é para pagar dívida pública nem criar tachos nenhuns. Ao menos se vens com comparações, arranja alguma de jeito, porque essa que arranjaste, desculpa que te diga, não fez sentido nenhum nem teve piada nenhuma.