lfhm83 Escreveu:JohnyRobaz Escreveu:2º, eu não sou comunista, defendo o capitalismo. Há é várias formas de este existir, com mais ou menos Estado Social.
Qual estado social? Onde é que isso existe? O SNS a morrer e pensões de 500 euros para quem descontou mais de 40 anos? Idade de reforma a prestes subir para os 67?
Infelizmente o estado social não é mais do que uma farsa para alimentar um exército de burocratas, estadistas e sócios do sistema.
Na França as consequências estão à vista. O estado social acaba quando acaba o dinheiro. Não conheço bem o partido da Le Pen para saber se realmente é extrema-direita ou anti sistema, mas se é realmente o primeiro cuidado com o resultado da fantochada do estado social que consome mais 50% da riqueza produzida num país. Na união soviética comunista o estado devia controlar uns 70%-80% da economia, qual é diferença de uma união soviética ou de uma França que o estado continue a crescer para controlar 70% da economia?
O que é o liberalismo? É liberdade individual consagrada acima de todas as coisas numa constituição. Seria a liberdade de impostos e de todas as obrigações que não prejudiquem os demais.
lfhm83, primeiro que tudo, o artigo é abstracto, não fala em nenhum Estado Social em específico, mas sim no conceito de libertarianismo. Se és libertário, argumenta sff porque é que achas que essa ideologia é melhor e não pior para a população em geral.
O Estado Social é o que tens nos países nórdicos! Sim, aqueles países com economias fortes, liberais, e com qualidade de vida excecional excepto o facto de não terem tanto sol como nós e ser um bocado frio de mais para o meu gosto. E mesmo o nosso SNS, falam muito e há muitos problemas, sem dúvida, mas comparem o nosso SNS com outros serviços nacionais de saúde por esse mundo fora, em países supostamente mais desenvolvidos que o nosso, e vão ficar surpreendidos. E se é um problema ter o SNS a morrer é porque valorizam o Estado Social. Em França o pessoal pode reformar-se aos 62 anos ou antes, muito mais cedo que cá, não é propriamente um Estado Social a falhar. E por cá, obviamente o Sistema de Reformas tem que ser revisto de forma a evitar casos chocantes de burocratas a ganhar reformas absurdas sem merecerem, e que tenha em conta a evolução demográfica e os descontos reais das pessoas.
Para deixar claro, não considero o sistema de pensões propriamente algo estruturante no Estado Social, apesar de achar que deve sempre haver uma contribuição mínima para uma segurança social de forma a apoiar aqueles que por desgraças da vida não possam trabalhar como os demais.
O Estado Social é basicamente, para além desse fundo de apoio social, um sistema público forte de educação e de saúde pública. Isto é aquilo que eu acho essencial que o Estado provenha para que o mérito possa ser uma realidade. E atenção, não é estritamente necessário que sejam fornecidos com gestão pública, podem ser concessões a privados, pelo menos na saúde, onde já vimos que pode resultar bem. Nas escolas tenho mais dúvidas, principalmente se for a gestão a decidir quem pode ou não aprender nessa escola. O essencial é que independentemente das condições sócio-económicas das pessoas, estas tenham direito a um mínimo de condições de vida e de ferramentas para poder construir a sua vida com dignidade.
Portanto, para além do que chamo Estado Social, penso que é unanime da esquerda à direita que o Estado seja responsável por outras coisas essenciais como a segurança pública, o exército. Eu incluiria também as infraestruturas, mesmo que possam ter gestão pública ou privada por concessão (estradas, caminhos de ferro, aeroportos, portos, postes de electricidade, redes de águas e saneamento, etc.).
Uma pessoa que se vá inclinando mais para a esquerda pode achar necessárias outras coisas como parte do Estado, tal como transportes públicos, banco público, rede de rádio e televisão públicas, correios públicos, companhia aérea pública, produtora de energia pública, etc. até chegarmos à ideologia comunista em que toda a economia deve ser do Estado ou estar sob a sua alçada. Mas isto não é o Estado Social.
Estado Social são aquelas coisas essenciais que referi no início e que quanto a mim marcam a diferença entre um liberal e um libertário.