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Caldeirão da Bolsa

Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por Dr Tretas » 23/9/2016 10:36

Vá, para desanuviar o ambiente, deixo aqui um gráfico tirado do último relatório do FMI:
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 23/9/2016 9:37

JoaquimDias Escreveu:
JohnyRobaz Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:joaquimdias, muitos dos teus posts ultrapassam o limite de agressividade aceite no Caldeirão. O final deste teu post é bem o espelho disso. Peço-te que moderes essa agressividade pois, caso contrário, teremos que apagar o que escreves.

Abraço,
Ulisses


Finalmente... :pray:


muito bem jogado. se todos estiverem silenciados, podes continuar a tua propaganda socialista mais à vontade. :clap:


Uma coisa é silenciar, outra é advertir para a diferença entre argumentar ou ofender/difamar/falsear factos. Coisa que tu ainda não entendeste. Se te quisessem silenciar já não dizias uma palavra mais sequer. Portanto ganha tino de uma vez por todas.
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 23/9/2016 7:27

JohnyRobaz Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:joaquimdias, muitos dos teus posts ultrapassam o limite de agressividade aceite no Caldeirão. O final deste teu post é bem o espelho disso. Peço-te que moderes essa agressividade pois, caso contrário, teremos que apagar o que escreves.

Abraço,
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 22/9/2016 23:41

Ulisses Pereira Escreveu:joaquimdias, muitos dos teus posts ultrapassam o limite de agressividade aceite no Caldeirão. O final deste teu post é bem o espelho disso. Peço-te que moderes essa agressividade pois, caso contrário, teremos que apagar o que escreves.

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Re: Políticas para Portugal

por Ulisses Pereira » 22/9/2016 23:19

parece que alguém recebeu uma chamadita do largo do rato para silenciar as vozes incómodas


Joaquim, eu sou tudo menos de esquerda. Dito isto, em vez de te apressares a responder, apressa-te a ouvir ou ler o que escrevi para que depois não voltes a falar de moderação excessiva. O Caldeirão e as suas regras já existem há demasiado tempo para que isso tenha alguma coisa a ver com um Governo do PS, PSD ou de uma geringonça qualquer. Por isso, respeita-as se queres continuar neste espaço.

Abraço,
Ulisses
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Re: Políticas para Portugal

por PedroGg » 22/9/2016 22:23

JoaquimDias Escreveu:Se distorces o mercado não tens eficiência. Se não tens eficiência para quê ter mercado sequer?

Toda a ideia dos mercados é que diversos concorrentes consigam baixar o preço ao mínimo possível.

O que deverias fazer pelo contrário era limitar as ajudas à cgd. Eu lembro-me bem que a cgd durante muitos anos foi o banco mais favorecido em Portugal e mesmo assim parece que irá dar mais prejuízo que o bes. O que é notável.

O que deves é favorecer a concorrência criando mais meios para fazer chegar o capital dos investidores às empresas. sobretudo a PME. Nesse sentido aquelas plataformas tipo raize ou seedrs deveriam ser fortemente incentivadas. Hoje é com agrado que vejo PME em Portugal a pedir créditos através da raize com taxas de 5 e 6% a 24 meses para capital de 20 mil euros que saem num instante da plataforma. Isto é incentivar ao capitalismo neo liberal, ao negócio,... se houvesse mais plataformas destas mais apoio haveria.

Se houvesse plataformas que desse para entrar no capital de uma empresa apoiando-a, também não acho mal. É arriscado claro, mas secalhar alguns de nós até metiam uns trocos ali no Sr. José da padaria ou na nova app desenvolvida por engenheiros portugueses que precisam de algum dinheiro.

Isto sem estado, sem socialismo, sem ps, sem essa canzoada que só atrapalha.


Concordo perfeitamente que o ideal é termos uma situação de concorrência perfeita, agora isso é utopia e em Portugal ainda mais difícil. Não conhecia a plataforma e acho que faz todo o sentido. É o mercado a encontrar o seu rumo. No mercado livre acho que pressupõe que os agentes tenham acesso livre à informação. Será que todas as empresas sabem desta solução? será que todas as pessoas que estão insatisfeitas com a rentabilidade dos seus investimentos sabem desta solução?

Aliás até acho que mais me ajudas, se existe um agente económico que consegue oferecer esta solução porque não ser uma diretiva da CGD? Sendo que todos sabemos que a maior parte das nossas empresas são PMEs e todos sabemos das dificuldades que muitas vezes elas t~em para obter financiamento.

A ideia da caixa, assim como EDP's, PT's é que foram empresas sempre protegidas pelo Estado num mercado sem concorrência.

Concordo perfeitamente com o que dizes:

JoaquimDias Escreveu:O que deverias fazer pelo contrário era limitar as ajudas à cgd. Eu lembro-me bem que a cgd durante muitos anos foi o banco mais favorecido em Portugal e mesmo assim parece que irá dar mais prejuízo que o bes. O que é notável.


E mais, acho que deveriam ser averiguadas as razões desta ingerência, a direção chamada à assembleia e estabelecer-se objetivos para a CGD. Só que depois vinham despedimentos, vinham os arautas criticar tudo e todos. Isto não à ponta por onde se lhe peque. Por isso emigrei. Só lá vai com uma Sociedade Civil forte.

Olha vê lá que em Portugal ganhar mais de 20.000/ano é ser rico.
https://oinsurgente.org/2015/01/19/quem-paga-impostos-em-portugal/
 
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Re: Políticas para Portugal

por goodmoney » 22/9/2016 22:10

JoaquimDias Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:joaquimdias, muitos dos teus posts ultrapassam o limite de agressividade aceite no Caldeirão. O final deste teu post é bem o espelho disso. Peço-te que moderes essa agressividade pois, caso contrário, teremos que apagar o que escreves.

Abraço,
Ulisses

parece que alguém recebeu uma chamadita do largo do rato para silenciar as vozes incómodas :wink:


:shock: :shock:

O Ulisses agora é de esquerda.

Ou então não, quer apenas um clima ordeiro no fórum. :-"
 
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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 22/9/2016 18:52

Ulisses Pereira Escreveu:joaquimdias, muitos dos teus posts ultrapassam o limite de agressividade aceite no Caldeirão. O final deste teu post é bem o espelho disso. Peço-te que moderes essa agressividade pois, caso contrário, teremos que apagar o que escreves.

Abraço,
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Re: Políticas para Portugal

por Ulisses Pereira » 22/9/2016 18:50

joaquimdias, muitos dos teus posts ultrapassam o limite de agressividade aceite no Caldeirão. O final deste teu post é bem o espelho disso. Peço-te que moderes essa agressividade pois, caso contrário, teremos que apagar o que escreves.

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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 22/9/2016 18:35

Se distorces o mercado não tens eficiência. Se não tens eficiência para quê ter mercado sequer?

Toda a ideia dos mercados é que diversos concorrentes consigam baixar o preço ao mínimo possível.

O que deverias fazer pelo contrário era limitar as ajudas à cgd. Eu lembro-me bem que a cgd durante muitos anos foi o banco mais favorecido em Portugal e mesmo assim parece que irá dar mais prejuízo que o bes. O que é notável.

O que deves é favorecer a concorrência criando mais meios para fazer chegar o capital dos investidores às empresas. sobretudo a PME. Nesse sentido aquelas plataformas tipo raize ou seedrs deveriam ser fortemente incentivadas. Hoje é com agrado que vejo PME em Portugal a pedir créditos através da raize com taxas de 5 e 6% a 24 meses para capital de 20 mil euros que saem num instante da plataforma. Isto é incentivar ao capitalismo neo liberal, ao negócio,... se houvesse mais plataformas destas mais apoio haveria.

Se houvesse plataformas que desse para entrar no capital de uma empresa apoiando-a, também não acho mal. É arriscado claro, mas secalhar alguns de nós até metiam uns trocos ali no Sr. José da padaria ou na nova app desenvolvida por engenheiros portugueses que precisam de algum dinheiro.

Isto sem estado, sem socialismo, sem ps, sem essa canzoada que só atrapalha.
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Re: Políticas para Portugal

por PedroGg » 22/9/2016 18:24

JoaquimDias Escreveu:
A diferença é que o bpn tu podes deixar falir (não nacionalizar como fez o 44), limitando ao máximo o impacto no contribuinte - por exemplo levando a zero todos os credores, accionistas e depósitos acima dos 100k. Isso seria benéfico porque o contribuinte seria mais protegido, e os gestores dos outros bancos ficariam mais avisados para uma gestão mais prudente séria e não corrupta;


O que não aconteceu, porque (e agora é minha convicção, pesquisei um bocado para colocar aqui mais dados, mas não consegui encontrar evidências fortes para apoiar a minha convicção) houve interesses para além do contribuinte a serem defendidos neste processo, como aliás referiste nos teus exemplos.

Não achei satisfatórias as justificações do Teixeira dos Santos sobre a não privatização da SLN nesta notícia.

http://sol.sapo.pt/artigo/14951/teriamos-problema-bem-maior-ao-nacionalizar-sociedade-lusa-de-negocios-teixeira-dos-santos

JoaquimDias Escreveu:
Na cgd comes com tudo e sem transparência;

A caixa nunca será uma boa ferramenta, precisamente porque como outras empresas públicas, tem sempre uma tendência para decisões sem racional económico-financeiro. É essencialmente um braço político com imenso dinheiro. Como é evidente dará sempre asneira de certeza absoluta.

O que dizes é distorcer o mercado. Faz parte do mercado atrair os depositantes pagando o mínimo possível, para depois tentar "vender" empréstimos ao maior valor possível sem que os empresários vão para o vizinho. Se distorces isto, acabas com o mercado, acabas com a eficiência e -> ciclo vicioso.


Ok, é distorcer o mercado. É assim tão grave? Já agora porque é que os bancos pagam menos impostos que as outras empresas? (Se não estou em erro)

Existem um "sem número" de situações que distorcem os mercados. Portugal é um mercado muito pequeno para sequer pensar que existe livre mercado. Aceitava a 100% o que disseste se qualquer pessoa em Portugal pudesse, por exemplo, ir a Espanha e abrir uma conta (não sei quanto é que lá pagam de juros) ou então que as empresas Portuguesas pudessem pedir empréstimos na Alemanha. Para algumas coisas estamos numa concorrência global para outras é apenas no nosso quintal.

Se quiseres em conclusão, concordo completamente nos receios de "Na cgd comes com tudo e sem transparência;" e "É essencialmente um braço político com imenso dinheiro." não vejo mal ao mundo com "pequenas" distorções no mercado em detrimento do contribuinte.

Agora acho assustador a promiscuidade que existe entre o poder privado o político e a quantidade de tachos e tachinhos para os boys. Se calhar o menos mal era simplesmente, como tu dizes, privatizar tudo!
 
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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 22/9/2016 17:24

PedroGg Escreveu:Percebo a posição, sobretudo pelo que custa aos contribuintes (tenho ideia de ter visto algures que ao longo dos anos o que a CGD consumiu mais recursos do estado do que retribuiu). E o problema destas coisas todas é que o Estado é maus gestor dos recursos que tem (porque será?). Também podemos relembrar o que aconteceu com o BPN, e era privado!!! O problema vai muito para além da política.

Acho que a caixa pode ser uma excelente ferramenta, desde que bem gerida, para auxiliar algumas estratégias do Governo, como por exemplo o Banco de fomento.

Não sabendo quando é que custa ás empresas financiarem-se, imagino que seja bem mais do que o que atualmente se oferece pelos depósitos a prazo (1%). A Ponte seria, captar e oferecer uma rentabilidade maior a quem tem pouca capacidade de procurar outras formas de investimento, disponibilizando ás empresas.


A diferença é que o bpn tu podes deixar falir (não nacionalizar como fez o 44), limitando ao máximo o impacto no contribuinte - por exemplo levando a zero todos os credores, accionistas e depósitos acima dos 100k. Isso seria benéfico porque o contribuinte seria mais protegido, e os gestores dos outros bancos ficariam mais avisados para uma gestão mais prudente séria e não corrupta;
Na cgd comes com tudo e sem transparência;

A caixa nunca será uma boa ferramenta, precisamente porque como outras empresas públicas, tem sempre uma tendência para decisões sem racional económico-financeiro. É essencialmente um braço político com imenso dinheiro. Como é evidente dará sempre asneira de certeza absoluta.

O que dizes é distorcer o mercado. Faz parte do mercado atrair os depositantes pagando o mínimo possível, para depois tentar "vender" empréstimos ao maior valor possível sem que os empresários vão para o vizinho. Se distorces isto, acabas com o mercado, acabas com a eficiência e -> ciclo vicioso.
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Re: Políticas para Portugal

por PedroGg » 22/9/2016 16:51

JoaquimDias Escreveu:
PedroGg Escreveu:
Uma das razões porque acho que a CGD não deve ser privatizada pois podia fazer a ponte entre a população que não tem grande capacidade de procurar formas de investir e as empresas e, desta forma, fazer pressão no sistema bancário. Por exemplo (e agora vou inventar) criar um fundo de investimento para satart-ups com vista a exportação/inovação?


como é que a cgd faz essa ponte?

as únicas pontes que vejo a cgd fazer é entre o vara e o vale do lobo.

para mim devia ser privatizada.


Percebo a posição, sobretudo pelo que custa aos contribuintes (tenho ideia de ter visto algures que ao longo dos anos o que a CGD consumiu mais recursos do estado do que retribuiu). E o problema destas coisas todas é que o Estado é maus gestor dos recursos que tem (porque será?). Também podemos relembrar o que aconteceu com o BPN, e era privado!!! O problema vai muito para além da política.

Acho que a caixa pode ser uma excelente ferramenta, desde que bem gerida, para auxiliar algumas estratégias do Governo, como por exemplo o Banco de fomento.

Não sabendo quando é que custa ás empresas financiarem-se, imagino que seja bem mais do que o que atualmente se oferece pelos depósitos a prazo (1%). A Ponte seria, captar e oferecer uma rentabilidade maior a quem tem pouca capacidade de procurar outras formas de investimento, disponibilizando ás empresas.

Deixa cá inventar mais um bocado, apoiar financeiramente os proprietários dos tais imóveis degradados em Lisboa. Isto claro teria de ser uma coisa bem feita, sei lá, por exemplo, um programa orientado pela CML, em que se identificava os prédios com potencial de valorização, fazer uma proposta aos proprietários de valorização do imóvel, depois financiamento seria suportado pelos ganhos futuros e a CML ficava responsável por gerir o processo até se pagar tudo o que era devido. O proprietário no final ganhava um prédio reabilitado.


Podemos sempre ser pessimistas e pensar que isto não funcionava. Se for mal feito, claro que sim.
 
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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 22/9/2016 13:31

PedroGg Escreveu:
Uma das razões porque acho que a CGD não deve ser privatizada pois podia fazer a ponte entre a população que não tem grande capacidade de procurar formas de investir e as empresas e, desta forma, fazer pressão no sistema bancário. Por exemplo (e agora vou inventar) criar um fundo de investimento para satart-ups com vista a exportação/inovação?


como é que a cgd faz essa ponte?

as únicas pontes que vejo a cgd fazer é entre o vara e o vale do lobo.

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Re: Políticas para Portugal

por PedroGg » 22/9/2016 13:21

JohnyRobaz Escreveu:Caro PedroGg,

Tenho um post na página 14 deste tópico com o "tax on property" de vários países.
Podes consultar aqui, se quiseres, as várias taxas cobradas pelos vários países da OCDE:

https://data.oecd.org/tax/tax-on-property.htm

A questão do imposto sobre o capital é sem dúvida isso, mas é por isso que só deve incidir numa classe socio-económica mais abastada. É uma simples forma de, a meu ver, poder reduzir os impostos sobre o trabalho, que também afectam essas pessoas que têm esse capital, mas também aquelas que não o conseguem ter por não ganharem o suficiente, mantendo os compromissos orçamentais.

Quanto às obras públicas que falas, acho que Portugal não está, infelizmente para mim, em condições de as fazer. Não há dinheiro. Só se fossem usados fundos europeus. Destaco a importância do porto de sines, acho que era mesmo importante como porto de redistribuição (chegariam barcos gigantes do canal do Panamá, e aqui redistribuíam para os portos do norte da Europa e para os mediterrânicos). Singapura é, nesse aspecto da gestão dos portos, um exemplo a seguir, penso eu.

Quanto ao financiamento, não tenho conhecimento de como funciona sinceramente. Alguém saberá melhor que eu.

EDIT: Recomendo a leitura desta notícia, para perceber melhor o meu ponto de vista:

https://www.dinheirovivo.pt/economia/cr ... 7P6L1.dpuf



Quanto à taxação do património, faz sentido se se conseguir focar nessa classe socioeconómica mais abastada.
Contudo é uma situação delicada, sobretudo na definição de “ser rico”, porque, na prática, quem se apanha nestas coisas é a classe média alta que não tem as mesmas ferramentas dos “verdadeiramente” ricos, para contornar o sistema. E no caso Português quase parece que os pobres de hoje vão ser os ricos de amanha.

Também sou defensor que uma Sociedade deve providenciar as ferramentas para que qualquer cidadão, que se esforce e aceite as oportunidades dadas, tenha possibilidade de ter uma vida condigna.


Quanto à questão que colocaste sobre a crise ter transferido riqueza do fator capital para o fator financeiro. Bom … acho que estas coisas não são assim tão fáceis de analisar e confesso que me acho inseguro para tentar cavar a verdade dos números, mas de qualquer forma aqui fica o meu exercício. Existem duas coisas a ter em conta:

Desemprego, este é para mim um grave problema que normalmente faz, através da competição, diminuir os salários pagos (e atenção que é minha convicção que os dados de desemprego estão bem “trabalhados, sobretudo pelo anterior governo, este deve sere mais do mesmo).
Escassez de capital, havendo pouco capital é normal que a “competição” por ele seja mais feroz fazendo subir as suas margens.

Podia ainda acrescentar uma outra. O que é que toda a gente está sempre a dizer que falta a Portugal? … Capital estrangeiro, será expectável que tenham sido criadas formas de o atrair.

Para concluir que com o cenário atual foi uma consequência normal isso ter acontecido e não a impressão que temos quando vemos os dados, de que: era estratégia do Governo. Se calhar até era, não sei.

Sempre aprendi em Economia que os impostos são uma forma de distorcer a economia e afetam-na de uma forma negativa. Combater este fenómeno através do aumento/diminuição da taxação pode não ser a melhor das ideias. Atacar as duas primeiras causas poderia ser uma boa ideia. Que houve e há esforços nesse sentido, através dos estágios do IEFP por exemplo, é justo dizer, mas como tudo é muito mal controlado pelo estado. Os abusos das empresas sobre os trabalhadores são, simplesmente, inacreditáveis.
Uma das razões que se devia batalhar na Europa para que as nossas empresas tenham as mesmas condições de financiamento que as empresas das grandes economias.

Já agora é curioso que o Capital é tão “bem remunerado” mas quanto é que é a rentabilidade de um depósito? Ou fundos sem grande risco?

Uma das razões porque acho que a CGD não deve ser privatizada pois podia fazer a ponte entre a população que não tem grande capacidade de procurar formas de investir e as empresas e, desta forma, fazer pressão no sistema bancário. Por exemplo (e agora vou inventar) criar um fundo de investimento para satart-ups com vista a exportação/inovação?

É impressionante, devemos ter a geração mais qualificada de sempre, algumas economias tem problemas de mão de obra e não crescem tanto por causa disso…
Dá que pensar, não dá?
 
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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 22/9/2016 7:48

um post gigante e não diz nada de nada. pelo meio ainda faz publicidade a uma coisa que não se viu rigorosamente nada. boys boys boys :lol:

bem voltando ao mundo real
O euro e Portugal: A brincar com o fogo europeu

Helena GarridoSeguir

Há 31 minutos
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É tempo de ilusões. Ninguém quer ouvir falar nos perigos que nos espreitam. Chegará o momento em que teremos de escolher, conscientemente, se queremos mesmo ficar no euro. E será uma sorte ter escolha

As questões europeias parecem interessar cada vez menos os portugueses. Mas é a Europa, através daquilo que fizermos por cá, que vai determinar o destino de Portugal. Teremos de escolher, com profunda consciência, as consequências de estar ou não no euro. Antes de, repentinamente, acordarmos para uma realidade que julgaríamos impossível. A de serem os outros a dizerem-nos que não podemos lá estar, no euro.

A política económica e financeira que seguirmos é determinante para esse nosso futuro. Pouco importa dizer que cumprimos o valor exacto do défice público exigido por Bruxelas, se continuarmos a adoptar medidas ou até apenas discursos que põem em causa a confiança dos investidores no país. Portugal precisa de capital. Quanto mais capital entrar no país mais fácil será aliviar o peso da dívida que se acumulou.

A questão é séria mas parece estar a ser olhada com leviandade por alguns poderes políticos. Há toda uma nova geração que viveu sempre numa Europa sem fronteiras, estudou no estrangeiro com os programas Erasmus, viaja como nunca nenhuma outra, escolhe onde quer trabalhar mesmo que não o seja por opção própria. É com perplexidade que vemos algumas franjas dessa mesma geração desafiar uma realidade que fez de Portugal um país mais integrado no mundo.

Dizer que Portugal não deveria ter entrado no euro é uma coisa, actuar como se quiséssemos abandonar a moeda única é outra completamente diferente. Admitamos que foi um erro ter entrado na moeda única em 1999 – mesmo que se discorde completamente dessa tese. Esse “erro” nunca será corrigido com a saída de Portugal da União Monetária. Pelo contrário.

Imagine-se por momentos o que seria Portugal sem o euro. Até é fácil. Basta pensar na Argentina. Aquilo que hoje vemos como uma insuportável estagnação é um autêntico paraíso quando comparado com a recessão que iríamos enfrentar e a degradação da nossa qualidade de vida em todas as frentes, do social ao cultural.

Há ainda quem se lembre de um tempo em que Portugal era um bairro fechado sobre si próprio, dominado por um grupo de famílias. Não foi apenas no Estado Novo, foi assim também os primeiros anos do pós-25 de Abril de 1974. Um tempo em que se tinha de registar no passaporte o dinheiro que se levava para o estrangeiro porque não se podia ultrapassar um determinado montante anual. Não existia liberdade de circulação de pessoas nem de capital.


A deputada Mariana Mortágua, que marcou tanto a actualidade dos últimos dias com a sua intervenção num encontro no PS, faz parte da geração que não conheceu esse tempo. Conheceu, com certeza, outros tempos, também de dificuldades, como a maioria dos portugueses. Mas teve acesso a um mundo aberto, sem fronteiras que não esteve ao alcance da geração anterior à sua.

Mantidas as devidas distâncias, porque é incomparável o horror, no centro da Europa também está a desaparecer uma geração com memória vivida do que é a guerra. A morte da geração que viveu os horrores da guerra é, como sabemos, uma das razões apontada para a falta de entusiasmo com o projecto europeu que se verifica nos países do centro da Europa. E que é bastante mais grave do que as dúvidas que, por aqui, assistimos em relação à globalização da economia e à financiarização do mundo.

Talvez esteja aqui, nesta passagem de geração, a principal explicação para o tempo histórico de divisões que a União Europeia vive. Entre o Norte e o Sul por causa das escolhas para a política económica, entre o leste e o oeste por causa das migrações. Talvez a Alemanha esteja sempre no centro destas divisões, por ser o país onde nem a mudança de geração consegue apagar o que foi o passado europeu, pelo papel que teve nele.

A saída do Reino Unido da União pode ser vista como o primeiro sinal de uma nova dinâmica que todos adivinhávamos, por aquilo que nos ensina a História. Quebrou-se, com os britânicos, o sonho de uma União inseparável, que desde 2004 nos prometeu o alargamento e o aprofundamento, depois de o euro nos ter iludido com o financiamento sem limites.

A Grécia, temos de ter consciência disso, só não saiu do euro por razões geopolíticas. Hoje as lideranças europeias, com maior consciência das ameaças que temos pela frente, só podem estar a lamentar por não ter lutado também com mais afinco pela entrada da Turquia na União Europeia. A imperial Rússia já despertou, e história da Europa regressa. E nunca como hoje a Europa ocidental, a Europa das liberdades sociais, económicas e financeiras, precisou de estar tão unida.

Portugal tem de estar nessa Europa, tem de mostrar que faz falta a esta nova União que enfrenta novos desafios. Não pode nem deve transformar-se em mais um problema, porque o “nosso problema” pode ficar, mesmo, apenas “nosso”. É enorme a tentação e sobretudo a necessidade de ter uma Europa totalmente unida e forte para assim vencer o cerco a que está a ser submetida.

Não troquemos meia dúzia de tostões e ambições individuais de poder pela nossa condenação ao isolamento, à “albanização”, ao empobrecimento, a uma insuportável desigualdade muito mais grave do que aquela que hoje vivemos.


A Grécia não pode sair do euro com a Rússia ali tão perto. A nós podem deixar-nos sair e até convidar-nos a abandonar o euro. Seria o regresso ao fascismo, ao Estado Novo, com novas roupagens, mas era a esse país, antes de 1974, que regressaríamos. É isso que queremos?

http://observador.pt/opiniao/o-euro-e-p ... o-europeu/

Tirem o dinheirito enquanto é tempo!
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 22/9/2016 0:43

Ocioso, o desperdício que certamente está estampado nesses dados...

Só para variar, era interessante falar-se aqui também de coisas positivas que estão a acontecer no país, mais propriamente do Web Summit, e já agora, caso algum dos foristas seja um dos 50 mil participantes, falar um pouco do que é e como funciona.

Digo isto porque vi o Negócios da Semana de hoje, um dos mais interessantes dos últimos tempos a meu ver, e onde se percebeu que este evento demonstrou ser um bom exemplo de continuidade de algo que foi iniciado pelo anterior governo e prosseguiu com este, no mesmo caminho. Onde não houve a habitual disputa política e girar de tachos. Era bom que isto fosse feito em mais áreas e assuntos, como por exemplo na Educação, onde se andam sempre com medidas revolucionárias, totalmente contraproducentes.
Deu também para perceber o valor acrescentado que o sr. Mariano Gago criou neste país. Deu para ver que, aparentemente, há desburocratizações em curso, e que a ministra da modernização administrativa parece ter poder transversal no governo para o fazer. Parece que há intenções de modernizar e optimizar a Justiça. Pode ser só conversa, pode. Veremos. Estas coisas levam tempo.
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 21/9/2016 22:21

Desempregados com habilitação superior
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 21/9/2016 22:02

JohnyRobaz Escreveu:
lfhm83 Escreveu:
Claro com taxas e mais taxinhas, ah e tal aumentar impostos nos combustíveis, mas nos postos fronteiriços é mais barato...

Esta foi a maior aberração de burocracia desde o 25 de Abril, o crescimento do estado acarreta sempre um aumento da burocracia, e burocracia não é mais do que desperdício, acções não agregadoras de valor, ou seja maior o estado menor a eficiência do sistema.


Sei que vou sempre ao mesmo exemplo, mas os países nórdicos são Estados grandes, mas transparentes e eficientes. Portanto, não acho que se devam fazer generalizações dessas, mas sim ver naquilo que podemos optimizar sem cortar logo como primeira opção. Havia de haver maior consenso fiscal, de facto, para não se andar a mudar tudo de um governo para o outro, mas com esta crispação não acredito muito nisso, infelizmente. Por exemplo, rasgar o acordo do IRC foi para mim um dos grandes erros do PS, apesar de justificado com um não cumprimento por parte do PSD de parte do acordo relacionado com uma descida do IRS a acompanhar a do IRC.
Na realidade, um dos grandes problemas é a falta de seriedade nos nossos políticos, e estas declarações da Mortágua provam mais uma vez isso mesmo. Só alguém muito irresponsável e sem noção do impacto que vir dizer aquelas coisas para a TV causa no investimento, ainda por cima sendo uma medida que ainda nem está definida, é que faz o que ela fez, ainda por cima com aquele tom revolucionário. É só ridículo.


Os nossos políticos são gaijos sem formação que nunca fizeram nada de produtivo na vida, o exemplo nórdico tem um estado grande mas é exclusivo no sector não corporativo. Além disso a gestão dos fundos públicos está toda nas mãos de privados. O sistema de educação é quase todo privado na Suécia e o estado pouco ou nenhumas empresas tem.

Quanto a opinião pessoal eu não acho nada apelativo viver nos Nórdicos, ganhas uns 6 mil euros mês, 3 mil vão logo á vida, para se ter uma casa minimamente decente mais 1500 euros, comida e afins chegas ao final do mês com uns 300 ou 400 euros a andar poupadinho (um menu de MacDonalds são 12-15 euros). Pah podes ter educação de borla e tal mas eu preferia ficar com o dinheiro no bolso...
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 21/9/2016 13:19

Caro PedroGg,

Tenho um post na página 14 deste tópico com o "tax on property" de vários países.
Podes consultar aqui, se quiseres, as várias taxas cobradas pelos vários países da OCDE:

https://data.oecd.org/tax/tax-on-property.htm

A questão do imposto sobre o capital é sem dúvida isso, mas é por isso que só deve incidir numa classe socio-económica mais abastada. É uma simples forma de, a meu ver, poder reduzir os impostos sobre o trabalho, que também afectam essas pessoas que têm esse capital, mas também aquelas que não o conseguem ter por não ganharem o suficiente, mantendo os compromissos orçamentais.

Quanto às obras públicas que falas, acho que Portugal não está, infelizmente para mim, em condições de as fazer. Não há dinheiro. Só se fossem usados fundos europeus. Destaco a importância do porto de sines, acho que era mesmo importante como porto de redistribuição (chegariam barcos gigantes do canal do Panamá, e aqui redistribuíam para os portos do norte da Europa e para os mediterrânicos). Singapura é, nesse aspecto da gestão dos portos, um exemplo a seguir, penso eu.

Quanto ao financiamento, não tenho conhecimento de como funciona sinceramente. Alguém saberá melhor que eu.

EDIT: Recomendo a leitura desta notícia, para perceber melhor o meu ponto de vista:

https://www.dinheirovivo.pt/economia/cr ... 7P6L1.dpuf
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Re: Políticas para Portugal

por PedroGg » 21/9/2016 13:02

Ocioso Escreveu:Já valeu a pena ter criado o tópico. Bem-vindo! ;)


Obrigado e obrigado pelo material que aqui vens colocado, ainda não vi tudo mas tenho adicionado à minha lista de ver mais tarde no youtube.

JohnyRobaz Escreveu:Julgo que a ideia de ter um ministério da modernização administrativa.


Não sabia que tinham criado este ministério, sem dúvida uma boa iniciativa, esperemos que ao contrário de muitas outras dê resultados práticos.

Quanto ao taxar o capital não produtivo, sinceramente acho que o caminho não é por ai, fica muito complicada a taxação nalgumas situações, definir o que é o capital não produtivo, se as pessoas têm direito ou não a usufruir do que se esfolaram para conseguir.
Não nos podemos esquecer que, a quando da compra, já pagámos impostos pelo bem. Que se aumente os impostos sobre esses produtos, ah mas depois lá se vai o consumo… No limite, ao estares a taxar a posse destes bens, é obrigar as pessoas a pagá-los mais do que uma vez ou até a dizer que na prática não foi comprado, comprou-se o direito de o ter e depois temos de pagar uma renda por ele. É justo isto? Mais parece o tempo da monarquia em que tudo era do Rei.

Já agora sabes como é distribuída a taxação entre Capital e trabalho em Portugal? E comparativamente com os outros países?

O que acho imprescindível é que o Estado suporte a educação, educação de qualidade. O nosso problema é o mesmo de sempre, não somos eficientes na gestão dos recursos do estado. O nosso sistema educacional tem muitas falhas mas como tudo há os interesses instalados, mexer nisto não dá votos (pelo contrário), instruir a população é mau para os políticos e os resultados obtidos só se vêm passado tempo. A grande maioria das discussões que tenho, sempre que vamos cavando a raiz dos problemas é a educação que vem à baila.

Agora para acrescentar alguma coisa de novo ao tópico “Políticas para Portugal”
Porque é que se abandonou a ideia da ligação Lisboa Madrid Alta velocidade?
A expansão do aeroporto/ construção de outro Portela/Ota?
A situação dos portos, como Sines, existe algum plano de expansão?


Outra coisa que me faz confusão é só ver nas noticias “guerras” com a Europa, quando eles nos puxam as orelhas por não cumprirmos com o que nos comprometemos a nível de défices mas não vejo na mesma medida pressão para que as nossas empresas tenham acesso a mesmos níveis de financiamento que empresas Alemãs têm?
 
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Re: Políticas para Portugal

por Dr Tretas » 21/9/2016 12:55

JoaquimDias Escreveu:tu não criticas, tu passas ao de leve nesses assuntos, para depois focar-te no teu mantra:

psd empobreceu a malta entre 2011-2015 (esquecendo o que levou à austeridade em 2011).

ou então falas no saraiva e o seu livro para desviar rapidamente assunto do saque mortágua. ou das contas bancárias abertas para todos verem à vontade. :lol:


Embora aqui no Caldeirão todo o género de argumentação falaciosa/demagógica seja relativamente transparente para todos, não é o caso para a generalidade dos portugueses, que engolem este género de coisas com facilidade.

Por isso eu defendo que para ser eleitor, em vez de uma idade arbitrária de 18 anos, devia ser realizado um exame de avaliação de conceitos básicos de economia, cidadania, capacidade de análise de discurso falacioso e demagógico. Só então uma pessoa estaria habilitada a votar. Até podia ser um puto de 14 anos.
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Re: Políticas para Portugal

por Worf » 21/9/2016 12:45

JoaquimDias Escreveu:
Mentiras, mentiras malditas e estatísticas
On Setembro 21, 2016 By Miguel Botelho MonizIn Comentário, Economia, Media, Política, Portugal, SocialismoDeixe o seu comentário

Foi feito um estudo pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, com o apoio do Expresso e da SIC, entitulado “Desigualdade do Rendimento e Pobreza em Portugal”. Aceitando o uso algo banalizado que se dá à palavra “estudo” e ignorando o oxímoro de alguma vez um estudo poder ser apoiado pelo Expresso e pela SIC, o resultado em si tem bastante a apontar. Quanto mais não seja pela forma como o dito estudo é usado por Pedro Santos Guerreiro para pintar um quadro onde o empobrecimento do país em consequência da crise passa a ser da responsabilidade da política de austeridade. Afinal, diz PSG, os pobres perderam mais rendimento que os ricos e a classe média. A desigualdade aumentou, como consequência da austeridade que falsamente se disse poupar os mais pobres.

De imediato surgem dois pontos a apontar: A escolha de 2009 como ano base inicial e a escolha do rendimento no final como base para medição da quebra de rendimento no período. A primeira escolha é importante porque 2009 foi o ano em que se registou a menor desigualdade de rendimento de sempre desde que há dados. O menor índice de gini. O menor rácio S80/S20. Etc. Se fosse um ano antes ou depois, o quadro seria bastante diferente. A desigualdade é bastante menor hoje do que há dez ou vinte ou trinta anos, mas o que interessa é comparar com 2009, o ano em que Sócrates aumentou salários e transferências e baixou impostos para ganhar as eleições. A segunda é importante porque se por um lado espelha uma realidade que é triste, fá-lo escondendo a verdadeira tristeza. Para alguém que perdeu o emprego entre 2009 e 2014, não conseguindo outro e perdendo entretanto o direito ao subsídio de desemprego, a quebra de rendimento é perto de 100%. Face ao aumento de desemprego enorme que ocorreu no período (apesar do pico ter sido em 2013), houve um conjunto de pessoas cujo rendimento teve essa terrível queda. É preciso ainda considerar que algumas dessas pessoas poderão estar nesse escalão mais pobre pela realidade do seu rendimento no instante temporal em que acaba o estudo, mas na realidade não são aquilo a que alguém chamaria “mais pobre”. Uma pessoa da classe média alta que perca o emprego cai nesse escalão por estar desempregada, mas muitas vezes até poderá manter um nível de vida bastante acima de alguém que seja realmente pobre (a não ser que a sua situação de desemprego subsista crónicamente por mais anos).

Sem acesso aos dados crús do dito estudo, arrisco-me a dizer ao PSG que se comparássemos o rendimento dos 2,5% mais ricos versus os 2,5% mais pobres, de acordo com as definições usadas, os primeiros teriam uma queda relativamente pequena e os últimos uma queda de quase 100%. Acrescentaria que dos 2,5% mais pobres, nenhum teria sido funcionário público ou quadro de uma empresa pública. Seriam trabalhadores por conta de outrém de empresas privadas que ou fecharam ou tiveram despedimentos colectivos por não conseguir financiamento. Isto apesar das garantias dadas há uns anos pelo deputado João Galamba que o “crowding out” do sector privado pela dívida do sector público aos bancos eram uma “narrativa” da direita. Tudo indica que Carlos Costa tinha razão. Mas enfim, à falta do Bush a culpa é da austeridade.

https://oinsurgente.org/

ups....... :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:



Puxo este tópico, porque acho que vale a pena ler e muito sinceramente, quase tudo o que vem do expresso vem cheio de incongruências. Por isso praticamente que não leio, pelo menos não gasto um tostão com ele. Quando vi este post, até comentei no momento, mas dei-lhe tanto valor como ZERO.
O PSG faz parte de um grande grupo de jornalistas tendenciosos. O Expresso escolhe-os a dedo, o Pedro Adão e Silva consegue-me divertir tal não é a sua alucinada retórica. Eles falam assim para garantir o seu tacho, só pode!!!!!!!!
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 21/9/2016 12:43

JoaquimDias Escreveu:tu não criticas, tu passas ao de leve nesses assuntos, para depois focar-te no teu mantra:

psd empobreceu a malta entre 2011-2015 (esquecendo o que levou à austeridade em 2011).

ou então falas no saraiva e o seu livro para desviar rapidamente assunto do saque mortágua. ou das contas bancárias abertas para todos verem à vontade. :lol:


???
Joaquim Dias, a minha conversa contigo fica por aqui. Queres ser cego e ignorante, é contigo, eu por mim não vou perder mais tempo a responder às tuas provocações.
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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 21/9/2016 12:35

tu não criticas, tu passas ao de leve nesses assuntos, para depois focar-te no teu mantra:

psd empobreceu a malta entre 2011-2015 (esquecendo o que levou à austeridade em 2011).

ou então falas no saraiva e o seu livro para desviar rapidamente assunto do saque mortágua. ou das contas bancárias abertas para todos verem à vontade. :lol:
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