25 de Abril. As 27 horas e 30 minutos que fizeram a Revolução

[O Alquimista]

Amigo Cem.

seria expectável que quem tivesse esse dom pudesse ser mais solicitado pela imprensa financeira para continuar a fazer os seus acertos e avisar o pessoal que vai acontecer isto e aquilo, o certo é que aparentemente só fazem essas previsões de onde em onde e num círculo um tanto ou quanto fechado,

Olha que não é bem assim: O Sam é sistematicamente referido pelo Hulbert no marketwatch (é assim que o estudo e sigo), o Martin Zweig falou na televisão e durante um programa importante e com um entrevistador à data bem conhecido e Tim Morge falou para o moneyshow, acontecimento relevante lá para os States, e foi publicado na net. Mais do que isto só se fosse face-a-face e mesmo assim duvido que a esmagadora maioria fizesse alguma coisa. Lá como cá.

De qualquer modo o tema de que não é possível prever os mercados é da responsabilidade do Bruce Babcock e não minha, no texto que citei.

Então, tenho que dar a mão à palmatória: nesse parte a minha tese/crítica dirige-se, não ti, mas ele. Defeito de compreensão meu.

Pessoalmente eu sou mais como o outro das previsões do boletim meteorológico: se hoje está sol amanhã também estará e se hoje está chuva amanhã também deverá ser um dia chuvoso, ou seja, se os mercados estão a subir amanhã será mais provável que subam também e vice-versa, fácil!

Concordo a 100%.

Abraço

[Cem pt]

- Amigo Alqui:

Thanks pela tua mensagem e por te teres dado ao trabalho de citar várias personalidades que pelos vistos ficaram célebres por terem acertado em vários eventos relevantes que vieram a suceder nos mercados.

Há certamente muitas mais histórias de acertos lendários, incluindo o aviso feito nos media financeiros 3 dias antes do grande crash de Wall Street em 1929 pelo provavelmente mais célebre deles todos, o famoso e ainda hoje misterioso W. D. Gann.

Mas enfim, não vou aqui entrar em polémica se há ou não certas pessoas com mais clarividências nestes assuntos das previsões, mas nessa eventualidade seria expectável que quem tivesse esse dom pudesse ser mais solicitado pela imprensa financeira para continuar a fazer os seus acertos e avisar o pessoal que vai acontecer isto e aquilo, o certo é que aparentemente só fazem essas previsões de onde em onde e num círculo um tanto ou quanto fechado, de maneira nenhuma lhes quero retirar o seu valor mas para bom entendedor...

De qualquer modo o tema de que não é possível prever os mercados é da responsabilidade do Bruce Babcock e não minha, no texto que citei.

Pessoalmente eu sou mais como o outro das previsões do boletim meteorológico: se hoje está sol amanhã também estará e se hoje está chuva amanhã também deverá ser um dia chuvoso, ou seja, se os mercados estão a subir amanhã será mais provável que subam também e vice-versa, fácil!

Não acertarei obviamente sempre na "mouche", nem tenho aspirações a fazê-lo já que o objetivo é ganhar dinheiro no final do jogo, mas bastará ir buscar o exemplo da minha carteira de trading para acertar na maioria das sessões.

Como? Seguir a tendência dominante significa no meu caso, comprovado por "backtests" e pelo trading real, que em cada sessão terminada vou ter cerca de 54% de dias positivos e 46% negativos, não acertarei sempre mas de todas as formas sempre será um pouco melhor que mandar uma moeda ao ar, o que já não é nada mau!

Abraço.

[O Alquimista]

Caro Cem,

Cito algumas das tuas frases para contestá-las/comentá-las.

De notar que tentar prever os mercados não é nenhum princípio nem base essencial do trading. Esse é um erro que muitos traders cometem. Nessa corrente a chave para o sucesso é prever o movimento dos mercados. Engano puro! Os mercados não são previsíveis. Temos assim outra boa notícia, para fazermos dinheiro nos mercados não precisamos de saber o que os mercados vão fazer.

Se esta afirmação pretende abarcar toda a realidade, dir-te-ei que estás enganado. Demonstração? Aqui vai:
1ª prova: Sam Eisenstadt has been correct more than most market timers. Sam Eisenstadt, who has more successfully called stocks’ direction in recent years than anyone I can think of: http://www.marketwatch.com/story/enjoy- ... 2015-04-03. É uma questão de seguir de forma consistente este "guru" e estudar o seu método de análise. Ele é portanto um exemplo de que se pode prever o mercado de forma consistente (consistente é diferente de sempre).
2º prova: É mítica uma entrevista de Martin Zweig em que ele antecipou, com pouca diferença temporal, o crash de 87: Many tributes to him (which included an insightful commentary by Mark Hulbert in MarketWatch) recalled his memorable appearance on Wall Street Week with Louis Rukeyser on Fri., Oct. 16, 1987 where he warned of a stock market crash. It happened the following Monday, and Zweig’s reputation as a forecaster was sealed - http://www.marketwatch.com/story/what-m ... 2013-03-01, com link para o video da entrevista
3ª prova: (last but not the least) Tim Morge, numa célebre entrevista dada ao Tim Bourquin do moneyshow , previu a queda assinalável do Dow Jones. Para a posteridade: http://www.dailymotion.com/video/x85vlt ... -7200_news
Eis pois 3 exemplos para demonstrar o que afirmei. Parecem-me suficientes para sustentar a minha tese.
Em suma: há quem saiba prever e há quem sabe que há quem saiba prever.

Eu pelo menos não faço a mínima ideia o que vai fazer determinado futuro XYZ amanhã, ou daqui a uma semana, ou um mês, ou um ano, nem me interessa! Onde temos de nos focar é naqueles 4 princípios gerais, não percam tempo a pensar onde podem ir parar os mercados, só vão estafar-se em cenários que uma moeda ao ar pode também tentar adivinhar com uma probabilidade semelhante.

Conhecermos as nossas limitações é um primeiro passo para o sucesso. Concordo com esta frase na estrita medida em que comporta a seguinte dimensão: tu e e eu não precisamos de saber o que vai fazer o mercado para se negociarmos com sucesso. Mas, se conseguirmos prever, tanto melhor.

Na verdade uma análise matemática poderá comprovar que na maioria esmagadora dos mercados de “commodities” a evolução das cotações é primariamente aleatória mas contém quase sempre uma pequena componente tendencial.

Discordo frontalmente desta afirmação: a evolução das cotações decorre primariamente da lei da oferta e da procura em estrita relação de causalidade com o preço e, em certas fases, com dimensões de geografia político-económica. Passa-se com o cobre, com o trigo, com petróleo, etc. O comportamento aparenta ser tanto mais aleatório quanto menor for o nosso conhecimento do mercado em causa. Neste sentido se poderá dizer que o mercado é eficiente.

Abraço

[Cem pt]

Como diria o Bruce Babcock, um saudoso trader e escritor que entrevistou os mais famosos CTA dos Estados Unidos nos anos 80 e 90 e que infelizmente veio a falecer de cancro em 1998, o trading de "commodities", onde apenas cerca de 5% dos participantes ganham dinheiro, pode parecer complexo e difícil se lhe juntarmos o fator da alavancagem que poucos conseguem dominar como mais uma incógnita a levar em conta em relação aos restantes fatores de controlo da negociação que incluem os timings de compra, venda, colocação de stops, gestão do risco, tendências, oscilações, etc.

Algumas das passagens abaixo são retiradas de passagens deste autor no seu livro “The four cardinal principles of trading” e por vezes eu acrescento algumas tiradas da minha autoria em função da experiência que fui adquirindo neste “métier” ao longo dos anos, desculpem-me a minha imodéstia para me colocar ao lado deste autor lendário nestas matérias!

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Apesar da aparente complexidade de negociar estes produtos dos futuros nem tudo é mau, há também boas notícias!

Para se efetuar um trading como deve ser, ganhar dinheiro nesta atividade fascinante que é o que todos aspiramos, basta cingirmo-nos a 4 princípios básicos que são a chave da solução, a saber:

- Negociar com a tendência.
- Cortar as perdas de forma rápida.
- Deixar correr os lucros.
- Saber gerir o risco.

Qualquer método de trading de sucesso, não parece mas há milhares de formas diferentes de negociar nos mercados (!!!), terá de incorporar de alguma forma a maioria senão todos estes 4 princípios, trata-se do “b a bá” deste negócio.

De notar que tentar prever os mercados não é nenhum princípio nem base essencial do trading. Esse é um erro que muitos traders cometem. Nessa corrente a chave para o sucesso é prever o movimento dos mercados. Engano puro! Os mercados não são previsíveis.

Temos assim outra boa notícia, para fazermos dinheiro nos mercados não precisamos de saber o que os mercados vão fazer.

Eu pelo menos não faço a mínima ideia o que vai fazer determinado futuro XYZ amanhã, ou daqui a uma semana, ou um mês, ou um ano, nem me interessa! Onde temos de nos focar é naqueles 4 princípios gerais, não percam tempo a pensar onde podem ir parar os mercados, só vão estafar-se em cenários que uma moeda ao ar pode também tentar adivinhar com uma probabilidade semelhante.

Na verdade uma análise matemática poderá comprovar que na maioria esmagadora dos mercados de “commodities” a evolução das cotações é primariamente aleatória mas contém quase sempre uma pequena componente tendencial.

Mas atenção, a tendência só é relevante na escala temporal que está a ser analisada. Se nos focarmos nessa “time frame” temos no entanto de ter uma forma ou um método de identificar a tendência, onde ela começou, saber se ainda não foi interrompida e ter regras ou uma forma de saber como vai ou pode terminar.

Alguns “traders” podem combinar mais que uma escala temporal para confirmar a tomada de posições, embora esse detalhe possa não ser muito importante, ter esse filtro de reserva pode equivaler a usar jet-fuel de avião em vez de gasolina para aumentar as probabilidades de sucesso dos negócios.

Uma importante variável é a seleção da “time frame” de negociação, quanto maior for a escala temporal maior será o nível de risco envolvido já que as “trades” serão encerradas muito mais tarde e terão de passar por variações de cotação muito amplificadas, pelo que uma regra básica terá de ser assumida desde logo: quanto maior o tempo de exposição ao mercado menor a alavancagem a imprimir ao negócio.

Não confundir a proteção da alavancagem com a utilização de stops mais ou menos apertados, já que este subterfúgio leva a muitos equívocos.

Na verdade quando um stop é ativado o pensamento seguinte leva-nos a perguntar onde vamos entrar agora e onde vai ser o próximo stop.

Se os “setups” de entrada em cada “trade” não forem consequentes com a estratégia gizada de origem, as perdas dos negócios com stops que se vão acumulando não passarão do equivalente a um único negócio de perdas sucessivas com um resultado muito abaixo do risco que foi estabelecido à partida. Há algo a repensar nessa forma de negociar.

O ponto ideal de colocação de stops deverá ser apenas aquele em que acreditamos que a tendência terminou, poucos seguem no entanto esta recomendação fundamental e a maioria utiliza os stops de uma forma um tanto ou quanto indiscriminada e com uma frequência inusitada que apenas destrói e consome uma quantidade de capital de tal forma importante que se tornará crítica no resultado final da carteira.

Nas entrevistas feitas aos “top traders” no seu livro “The four cardinal principles of trading” praticamente todos tinham formas diferentes de identificar a tendência, usando para isso médias móveis, padrões de figuras e indicadores dos mais diversos que possam imaginar, entre os quais estão os Momentuns, Movimento Direcional, RSI, gráficos sasonais, ciclos, linhas de tendência, Ondas de Elliott, etc. Qualquer que fosse o método usado cada um destes traders de elite sabia exatamente as regras que lhes permitiam saber se a tendência estava ascendente, descendente ou lateral / indeterminada.

Curiosamente só o Larry Williams, por quem tenho muita consideração, na sua entrevista afirmava que a “trend” não era para o seu estilo o mais importante, mas mais tarde, numa outra mensagem que esta vai ser longa, lá iremos a essa exceção!

Quanto ao 2º princípio, o de cortar as perdas numa fase antes que estas se comecem a acumular em demasia, não é mais que um dos ingredientes fundamentais da gestão de risco da carteira.

Curiosamente, enquanto o seguimento da tendência não mereceu a unanimidade de todos os entrevistados, o corte das perdas foi um fator comum a todos estes “traders” de eleição, sendo que a maioria utilizava para o efeito “stop-losses” de interrupção nos seus negócios perdedores.

O mais difícil de assimilar de todos os princípios, podendo sofrer de algumas cambiantes de atuação por parte de cada “trader”, foi claramente o terceiro, o “deixar correr os lucros” ou a melhor altura de parar uma “trade” lucrativa.

Na verdade a maioria dos aspirantes a “traders” gasta a maior parte do seu tempo de pesquisa na melhor forma de entrar num negócio, ao contrário dos mais experientes que detêm soluções globais mais equilibradas. Este facto talvez se atribua a que muitos pensem que uma entrada quase perfeita possa compensar deficiências noutras áreas.

Os “top traders” entrevistados referiram uma variedade razoável de métodos para atuar nesta área do "let the profits run", sendo que o método que abarcava mais adeptos era o que se referia aos “trailing stops” (de volatilidade, de padrões de pivot e de “dollar amounts”) seguido pelos ”profit targets” e por formas de reversão de sinais na posição assinalados por indicadores diversos.

Alguns no entanto afirmaram que deixar correr os lucros não era de todo importante para o seu estilo de trading e outros ainda frisaram que usavam uma forma de regras múltiplas na saída das “trades”.

Finalmente deixei para o final a referência à gestão de risco, ou aquilo que os americanos designam como “risk management”, que não tem similitude com o que designamos normalmente como “money management”.

Na gestão de risco a forma mais popularizada de estabelecer um controlo nesta área era recorrer aos “stops” de proteção. Outras formas incluíam não negociar certos mercados, não negociar durante determinado horário considerado “perigoso” na saída de notícias importantes ou na maturidade de contratos do tipo de efeitos de alta volatilidade como nas datas de “triple witch” em futuros e opções, negociar uma carteira bastante diversificada de mercados e métodos diversos de negociação, um mundo de diferentes abordagens.

Embora todos concordassem na importância geral do “risk management” as opiniões variaram muito na importância específica de cada classe de ativos considerado.

O emprego da gestão de risco dependerá muito do estilo e personalidade do “trader” em questão, do método ou sistema de “trading” empregue e do seu grau de aversão ao risco.

Embora haja obviamente opiniões distintas sobre a hierarquia de importância de cada um dos 4 princípios, acredito que um deles é crucial no sentido da prática intensiva do trading, ver abaixo.

“Numa entrevista dada a Jake Bernstein no seu livro “Market Masters” quando me pediram (a Bruce Babcock) para escolher entre o que era mais importante, a disciplina ou um bom sistema de trading, sugeri que deveria ser a disciplina para manter as perdas num nível baixo, esse deve ser o ingrediente mais importante para manter sucesso no trading.” E acrescentou: “Se um trader estiver apenas focado em seguir à risca esse princípio as poucas trades que vão gerar lucro serão em princípio suficientes para garantir um retorno positivo global”.

Recentemente li o seguinte conselho: “Sucesso no trading depende de 2 coisas: encontrar um método que case bem com o estilo pessoal de cada um e seguir esse método de forma mecanizada sem o questionar.” Soa bem, mas não resulta!

Na verdade poucos métodos de negociação sugeridos convencionalmente resultam de forma satisfatória.

O eminente Jack Schwager enfatiza a importância do estilo de trading com a personalidade de quem o pratica. Aliás essa é uma das suas conclusões nos seus dois “best-sellers” sobre os “The Market Wizards” em como obter sucesso no trading.

Contudo é errado concluir daqui que a personalidade no trading tem de ser compatível com o seu estilo pessoal de negociar os mercados. Na verdade um “trader” capaz tem de ter ambas as caraterísticas complementares, um estilo de trading com resultados positivos e que seja compatível com a respetiva personalidade, mas a primeira condição é claramente mais importante que a segunda.

“Embora a acomodação da personalidade dê um certo aspeto de boa aparência para justificar a forma como um “trader” quer atuar nos mercados, eu (Bruce Babcock) estou em crer que essa postura é uma causa de falhanço no trading, a verdade incontornável do estudo das probabilidades é esmagadora: o estilo de trading que é compatível com a personalidade é um fator “loser”.”

De outra forma como se pode explicar que mais de 95% das pessoas falham no mundo do trading das “commodities”?

A forma de ter sucesso nesta atividade é encontrar um estilo de trading que funcione, isso sim!

Uma verdade pura e dura é constatar que os métodos que funcionam nos mercados não são aqueles em que nos sentimos mais confortáveis ou que `façam sentido à nossa perceção sobre o que deveria funcionar bem nem os que sejam fáceis de implementar. Se assim fosse muito mais gente teria sucesso nesta atividade.

Se na realidade quem anda aqui no trading a sério quer fazer dinheiro em vez de se divertir e passar um bom bocado a testar a adrenalina, há quatro coisas que tem de fazer:

- Desenvolver um modelo de trading capaz que funcione, que tenha sido provado ou testado seja no mercado real ou em “backtests”.

- Possuir um capital suficiente para cobrir e reforçar os riscos de perdas e “drawdowns” que inevitavelmente irão sofrer.

- Ultrapassar psicologicamente o medo das perdas. A aversão ao risco depende de cada “trader” e é terrível poder sofrer uma quebra de capital na casa das várias dezenas percentuais e lembrar-se que há pouco tempo o seu capital estava bem acima do nível das perdas sofridas; no entanto quem quer ter sucesso no trading tem de estar consciente que lidar com essas contrariedades faz parte deste negócio tremendo, que na realidade não é para toda a gente, há que ter uma carapaça emocional para deitar para trás os tempos adversos que acompanham permanentemente a curva de capital dos traders e em especial o enorme "roller-coaster” ou montanha russa dos “big traders” CTA alavancados que andam à procura de retornos muito acima da média.

- Finalmente, esqueça deter opiniões sobre os mercados e o que eles podem ou não vir a fazer, isso é ruído para distrair uma vez que não conseguiremos nunca alterar o movimento que vier a aparecer, siga somente o plano de trading.


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Esta é a essência de um plano de trading que lhe pode garantir o sucesso neste mundo louco das elevadas alavancagens, onde verdadeiras fortunas e desgraças se fazem e desfazem a uma velocidade a que poucos jamais se adaptarão.

Bem-vindos ao “inferno” da fórmula 1 do trading, o mundo dos futuros sobre as “commodities” onde se digladiam os grandes predadores e tubarões do grande capital como outrora sucedeu com os gladiadores nos circos romanos.

Na verdade os derivados possuem a particularidade de proporcionar uma luta de um contra ao outro, não é como nos mercados acionistas onde todos ganham e todos perdem em conjunto com subidas e descidas: aqui tratam-se de resultados de posições longas contra curtas e vice-versa. O que um ganha o outro perde. Se só existem no mundo dos derivados apenas 5% de vencedores, também é certo que o seu prémio é a perda dos restantes 95%, uma relação de quase 20 para 1 entre os ganhos médios do grupo dos 5% vencedores contra as perdas médias do grupo dos 95% perdedores!

O lema destes traders é muito simples: “Sobreviver ou morrer, o mercado fará a sua escolha! Se viveres poderás ser rico, se morreres serás mais um! ”

Conclusão dura mas friamente cruel, afinal estamos a falar do melhor negócio do mundo para se atingir um dia o estatuto de milionário!

[Cem pt]

Falta-me referir mais uma mercadoria em futuros nesta carteira, não houve qualquer razão especial para que tivesse sido deixada para uma apresentação final mas a uma qualquer teria de calhar, trata-se neste caso do Wheat (Trigo).

Este cereal tem uma particularidade na minha carteira pessoal, estou a usar dois sistemas de trading similares mas com algumas pequenas diferenças, o “Emocional 2014” e o “Emocional 2015”; acontece que o primeiro está com um sinal de venda no Trigo e o segundo aparece com um sinal neutro, neste último caso com uma compra na escala semanal e uma venda na diária.

Como resolvo então esta aparente contrariedade, com um sinal de venda num sistema e um sinal de neutralidade no outro?

Muito fácil, uso metade da quantidade normal de contratos em que deveria estar vendido na carteira:

( -N + 0 ) / 2 = -N/2

Cada contrato de Mini-Futuros do Wheat custará o seu valor em pontos multiplicado por 1.000,00 dólares, pelo que valeria no final da sessão de hoje:

5,275 pontos x 1.000,00 dólares/ponto = 5.275,00 $Usd

No sistema em que o trigo aparece vendido no gráfico semanal e diário os respetivos sinais de venda ocorreram:

- Semanal: dia 1 de Março de 2013 aos 714,50.
- Diário: dia 15 de Janeiro deste ano aos 540,50.

O gráfico semanal do sistema é muito curioso já que os 6 sinais de alternância entre compras e vendas registariam nesse longo prazo desde 2006 até 2015 o aconselhamento em trades de resultados sempre positivos, pena não ter seguido estes sinais desde essa altura!

Mas enfim, como nestas coisas dos mercados há mais marés do que marinheiros, lá vou tentar aproveitar a atual viagem ao sul para ver se regista no final um resultado positivo, por pequeno que fosse já não seria mau de todo, embora, como disse mais atrás, só esteja vendido em metade dos contratos em que estaria normalmente envolvido.

[Cem pt]

Num contexto um pouco mais amplo de monitorização do ambiente geral convém referir que as “commodities” em geral se têm vindo a desenvolver num regime de “bear market” que tem sido bastante evidente de julho / setembro de 2014 para cá.

Daí que não admire que a melhor forma de fazer dinheiro numa carteira do tipo “CTA” (Commodity Trader Advisor), como é o caso, seja fazer incidir o risco deste tipo de carteiras em posições maioritariamente “shortadas” ou curtas, onde a exceção à regra tem sido precisamente o índice acionista Euro Stoxx 50, pois sabemos que o clima atual está a ser bastante favorável a tomar posições longas no mercado acionista.

Acontece que o sistema de trading ontem à noite fez acender no painel de controlo uma luz de sobreaviso de que o índice geral que mede a evolução das “commodities”, refiro-me ao TRJ CRB, acabou de disparar um sinal de compra no gráfico diário.

Isto pode não significar que o “bear market” das “commodities” tenha sido já interrompido à presente data, uma vez que a tendência do referido índice continua descendente na escala semanal.

Na realidade o mais provável será admitir que as mercadorias possam entrar agora num comportamento algo errante, lateral ou indefinido enquanto não voltar a registar-se um sinal coincidente em ambas as escalas.

Até lá há que ter uma atenção redobrada a este tipo de ativos, tanto poderemos ter swings “anti-trend” de elevada amplitude, que tendem a enganar as posições tendenciais dominantes, como poderemos estar no patamar em que na verdade poderá vir a nascer daqui em diante um novo “bull market” nas mercadorias. Se o cenário for o último que referi, atenção aos metais do Ouro e Prata que poderão ser os precursores desse futuro “bull market”, os primeiros a disparar logo que o Dollar comece a dar sinais de fraquejar…

Ficam os gráficos do índice geral das “commodities” com os sinais indicados.

[Cem pt]

- Amigo "Prevegood":

De nada, é sempre um prazer enorme poder contribuir com alguma ajuda a quem está um pouco mais verde nesta matéria.

BN


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Outro dos futuros da carteira monitorizada é o que se refere ao YeneDollar.

Como é possível detetar pelos gráficos semanais e diários, a tendência descendente vai imperando de forma razoavelmente estável.

O último sinal tendencial de venda semanal terá sido neste caso disparado em 2 de março de 2012 (há mais de 3 anos!!!) aos 0,012296 e no caso da escala diária a venda registou-se em 9 de fevereiro deste ano aos 0,008389, aliás um valor bastante próximo da cotação atual do par cambial, pelo que o seu reflexo de mais ou menos valias na carteira tem sido pouco ou nada visível.

Por curiosidade cada contrato de Mini-Futuros do YeneDollar vale o seu valor em pontos multiplicado por 6.250.000,00 dólares, pelo que o seu valor de fecho à data de ontem vale:

0,008365 pontos x 6.250.000,00 dólares/ponto = 52.281,25 dólares

Sendo este par pouco volátil, permitirá por certo uma alavancagem maior que o habitual numa carteira recheada de futuros de mercadorias de várias proveniências, no entanto há que ter sempre cuidado para não se ser demasiado glutão, quando temos alavancagens envolvidas há que ir com calma por causa do perigo mortal do "overtrading".

O mercado cambial adapta-se bem aos futuros já que as tendências desenvolvem-se em canais relativamente apertados e não através de swings e contra-swings de grande amplitude que poderiam gerar sinais muitas vezes enganadores no sentido do movimento em que apostamos, isso é uma caraterística que os “trend traders” simpatizam bastante por se sentirem mais confortáveis sem essas grandes oscilações que provocam muitas vezes interrogações de dúvida existencial, se estaremos ou não certos no sentido da tendência.

O único ponto negativo deste comportamento é que se torna difícil obter bons pontos de entrada na componente oscilatória da modalidade suplementar do swing trading, no entanto esta variante é apenas um pequeno complemento do essencial do sistema de trading, que centra quase toda a sua atenção e retornos nas tendências.

Atualmente, uma constatação que vem de algumas sessões da semana passada para cá, o Iene parece querer recuperar um pouco em relação ao Dollar, no entanto os “spikes” de curto prazo deverão ser vistos mais como uma possibilidade de agregar posições “short” em regime de swing trading do que estarmos a assistir para já a um possível “set-up” para uma eventual reversão de tendência.

No que toca a uma visão um pouco mais longa, constata-se que este par tem vindo a lateralizar desde novembro de 2014 num “range” duma “flag” bem horizontal entre os limites de 0,00820 e 0,00866.

Se dermos atenção ao que aprendemos com a Análise Técnica o mais natural é que este padrão seja atribuído à normal respiração do mercado, para que a seguir a quebra se dê num “break” que não será mais que a tendência dominante que vem de trás, ou seja, tudo se encaminha para que a retoma mais dia menos dia, a verificar-se fora da “flag”, seja de novo a do caminho descendente.

No entanto nos mercados nunca saberemos o futuro, a única garantia é que são estes movimentos, que o programa terá de ir incorporando nos seus algoritmos, que tentarão detetar a altura mais “certeira” para continuar vendido ou saltar rapidamente dessa posição para neutro ou longo…

[pvg80713]

Cem, obrigado por mais este excelente serviço Público ! Eu vou seguir.

[Cem pt]

- O quê?! Este maluco anda para aqui a bater mínimos históricos e agora aparece-me com sinal de venda para tomar novas posições curtas?”

Pois é exatamente o que se passa com o Gás Natural, ainda recentemente tinha passado a neutro na carteira, logo agora quando isto estava era com aspeto de compra, vende novamente!

Quem tem sistemas de trading é mesmo isso que tem de fazer, sabe bem que nunca poderá questionar sinais que nos apareçam absurdos, pois então toca a vender!

E assim volta hoje de novo o Gás Natural a ter posições ativas nesta carteira de futuros, passando de neutro para curto.

Ficam os gráficos para comprovação.

Está tudo doido!

[Cem pt]

Outro dos futuros existentes na carteira que monitorizo é a Prata (Silver).

Este metal é muito traiçoeiro já que as tendências nem sempre são muito vincadas no mesmo sentido direcional, gosta muito de dar 3 passos adiante e 2 para trás para enganar os sistemas de negociação do tipo “TF”.

No entanto, mesmo não sendo um cachorro muito obediente, quando toca a ladrar (acelerar em grandes variações diárias) não há pai para ele.

Daí que seja daqueles futuros em que existem grandes volatilidades inesperadas e portanto tudo o que seja entrar neste papel com grandes alavancagens pode ser o fim do artista ou um bilhete de lotaria para a glória!

Cada Mini-Futuro da Prata vale o seu valor em pontos multiplicado por 2.500,00 dólares, pelo que 1 único destes contratos valeria, à data do fecho da última 6ª feira:

17,07 pontos x 2.500,00 $Usd/ponto = 42.675,00 $Usd

O sistema de trading que utilizo vai para já aconselhando a estar curto ou vendido neste metal à data atual, visto que os últimos sinais tendenciais que se verificaram, quer na escala semanal como na diária, foram de venda respetivamente em 1 de março de 2013 aos 28,98 pontos e em 24 de fevereiro último aos 16,26 pontos.

Apesar do último sinal tendencial se ter registado na “time –frame” semanal há mais de 2 anos, o certo é que um sinal de compra está mais próximo de ocorrer na longínqua escala semanal do que na diária, havendo que vigiar para o efeito o nível situado entre os 17,5 aos 18,0. Se a Prata vier a estes níveis, é muito provável que se acabem os dias de descanso e de relaxe para os curtos neste metal precioso.

Para já aguardemos com calma, visto que presentemente a Silver atravessa uma fase de um “swing” de baixa que ainda não terá terminado e que deverá parar com elevada probabilidade algures entre os 16,0 aos 16,5.

[Cem pt]

Bem, desta vez tive aqui uma data de comentários, o que não tem sido muito habitual, pelo que desde já aproveito para deixar o meu agradecimento.

Tentando responder brevemente:

- Amigos Alqui e Bogos:

A questão de andarmos a prever, pois, já tive mais certezas.

Agora ando naquela fase da dúvida permanente, isto se calhar também depende de ciclos mas não vale a pena perdermos muito tempo com essas incertezas metafóricas.

A realidade é que um trader que se preze e que garantidamente ande nestas andanças, para sacar algum dinheiro, talvez não preste muita atenção à previsão “certeira” porque na verdade são poucos aqueles que dizem taxativamente “isto agora vai subir” ou “atenção que as descidas vão começar”, já que após uma série de alguns falhanços sucessivos este pessoal acaba por levar uma boa banhada de humildade dada pelo próprio mercado.

Acho que têm mais valor os traders que têm por trás um plano de trading bem elaborado com sentido do tipo condicional, do género “compro neste nível e se isto subir vou tomar mais valias aos XYZ mas se descer vou reforçar outra chouriçada ou tenho previsto um stop um pouco abaixo do suporte nos KWQ”. Em geral este grupo tem noção do comportamento do ativo estudado e do seu enquadramento geral, logo, quem tem um plano pré-arquitetado com todas as eventualidades previstas, é-lhe um pouco indiferente o rumo que o mercado tome, sabendo contudo o que vai fazer em qualquer cenário. Tal grupo terá bastantes mais chances de sair vitorioso nesta luta contra um inimigo sempre traiçoeiro e incerto como é o mercado do que os que eventualmente tenham as tais “certezas” antecipadas.

- Amigo djp:

Por acaso não me tenho dado mal com as “commodities”, à data atual por acaso até tenho tido maior taxa de sucesso (13 vencedoras num total de 23 negócios este ano) do que com as ações do ano transato mas o grupo de trades ainda é pequeno para começar a tirar já conclusões que podem ser ainda algo precipitadas.

O sistema que uso é de fato um seguidor de tendências mas não se trata de um oscilador de longo prazo mas sim de um indicador de volatilidades relativas, dum prazo que contenha bastantes sessões ponderadas, que procura medir o clima emocional prevalecente.

O princípio que lhe está subjacente é muito simples: sempre que se regista um pico eufórico no clima emocional o sinal da tendência indica o sentido positivo e sempre que apareça um sinal extremo de pânico nesse tal longo prazo o sistema vira para uma tendência descendente, obrigando a que o grupo dominante dos “tubarões” do mercado ou dos que detêm quotas de capital significativas, que possam mover o mercado, assumam preferencialmente o sentido dominante que o sistema expetavelmente vai calculando de forma dinâmica.

Se o clima for intermédio entre o eufórico e o pânico simplesmente o sistema assume que mais vale manter a posição anterior visto que nada de significativo se alterou no mercado. O que existirá nesses casos com o sobe e desce será essencialmente ruído para deixar passar o tempo, e poder-se aproveitar eventualmente algumas oportunidades “contrarians” ou “anti-trend” em regime de “swing trading”, mas não será suficiente para concluir que grupos importantes de traders possam alterar a sua visão de que uma nova tendência se vai formar.


Abraços e bons negócios.


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Hoje deixo-vos ficar os gráficos do sistema de trading de mais uma das “commodities” da carteira, refiro-me ao cereal das Soybeans (Soja).

Como podem ver em ambas as escalas temporais o “Rating Emocional de Longo Prazo” ronda o valor de -100 pontos, o que significa que o programa avalia a continuação da atual tendência descendente como sendo relativamente estável à data presente.

Nesta perspetiva o sistema de trading mantém a ordem de manutenção das posições curtas ou vendidas nas Soybeans, tendo o último sinal de venda sido disparado através da alteração da posição provocada no gráfico diário no dia 5 de janeiro do presente ano aos 10,0250 pontos.

Uma vez que cada Mini-Futuro da Soja vale a sua pontuação multiplicada por 1.000,00 dólares, a mais-valia atual solitária por cada contrato desde a data em que foi assumida a posição curta até ao dia de hoje, em que a Soja encerrou nos 9,67125 pontos, é de:

(10,025 – 9,67125) pontos x 1.000,00 $Usd = +353,75 $Usd / contrato

Uma data importante na Soja, que lhe poderá provocar alguma volatilidade pouco habitual, será a próxima 3ª feira 31 de março em que deverão ser anunciadas as perspetivas oficiais das sementeiras e produção deste cereal, um relatório muito esperado pelos produtores e especuladores, o que poderá ser crítico para o seu comportamento direcional nas próximas semanas, aguardemos calmamente.

[danieljpires]

a

[bogos]

Boa tarde Cem...

De facto mais um tópico muito interessante, com o tema das "coommo's'".

Como os futurames é muita areia para o meu pequeno carrinho de mão, ficou-me por um sistemazeco e uns quantos poucos trades em ETF's.

Ontem foi dia de sair dum ETF desses da energia, com uma mais-valia muito interessante, cerca de 10% de subida e isto para um só dia.
Diria que foi um golpe de semi-sorte, piis até hesitei na colocação da ordem, mas lá se proporcionou.

Mas nem sempre assim é.

São de facto os grandes lucros de um negócios que fazem a carteira respirar bem. Os pequenos ganhos, com pequenas quedas servem para encher a chouriçada...

Mas se não formos a esses, como podemos saber se estamos ou não na senda do que poderá vir a ser um grande negócio?

O importante é estar acima de tudo em plena consciência no mercado. Saber que quando se está dentro há 3 hipóteses...ganhar, perder ou sair a zero.
Mas é no perder que reside o grande problema, que é saber até onde estamos dispostos a perder. Quem sabe onde é esse limite sabe de facto que pode estar descansado.

Parabéns pelo novo tópico e boa sorte nesses futurames commo.

Cumprimentos

[O Alquimista]

Amigo Cem,

Telegraficamente, vou comentar algumas das tuas afirmações:

Até porque se tentarmos prever os mercados e seus ativos no futuro estaremos a entrar num campo destinado ao fracasso!

Não é isso o que o teu sistema, o meu sistema, outro qualquer sistema tenta fazer? Se não acreditares que o teu sistema tenta "prever" que a tendência que queres aproveitar se irá manter após a tua entrada no mercado, porque negoceias com ele?

Sei que esta declaração que fiz é polémica, porém atentem bem numa declaração feita por C. J. Burton da CBS Money Watch, traduzida do inglês:

“Os media do setor financeiro tendem a focar muita da sua atenção nas previsões dos mercados de ações por pretensos gurus. Fazem-no porque sabem que chama a atenção do público. Os investidores acreditam que têm valor ou não lhes ligavam atenção. Nem subscreveriam as suas “newsletters” de sugestões de investimentos nem se davam ao trabalho de espreitar as notícias de publicações como a da Barron que reivindicam fornecer notícias antes dos mercados delas tomarem conhecimento.
Infelizmente para os investidores há todo um grupo enorme de evidências que demonstra que as previsões nos mercados não têm qualquer valor! O acerto de tais previsões não será melhor que qualquer expetativa aleatória. Para os investidores que não aprenderam que as previsões devem ser apenas tomadas como mero entretenimento, ou que Jane Bryant Queen lhes chamou a pornografia do investimento, atualmente têm um pendor mais negativo porque tais previsões podem-lhes causar um desvio e confusão em relação aos seus planos iniciais…”

No que se refere ao meu caso partilho muito desta perspetiva, em primeiro lugar porque não me revejo em qualquer grupo de gurus, isso é lá certamente com os americanos e outros iluminados, e depois porque basta atentar na minha estatística pessoal, ou se quiserem do sistema de trading, que comprova que em pouco mais de 100 negócios feitas desde o ano passado para cá, mais de metade deles deram em prejuízo, para ser mais exato num percentual a rondar os 43% ou, por outras palavras, um bom exemplo de que não sirvo seguramente para acertar em “winners”.

1º comentário: já ponderaste que essa opinião sobre os ditos gurus pode derivar da circunstância de te relacionares com "gurus que não prestam"? Tu até gostas de citar o Larry Williams e não me parece que ele seja "mauzinho".
2º comentário: esse C. J. Burton é um guru? Se é, pela tua tese não lhe devias dar ouvidos. Se não é, idem, por maioria de razão.

Ou seja, a razão do eventual “sucesso” que refiro está mais em procurar descartar os negócios “derrotados” logo que posso, com perdas pouco significativas, do que sugerir “vencedores” que na maioria dos casos não consigo acertar!
Resumindo e concluindo, sou da opinião que apesar de tudo terá de ser sempre o mercado a indicar-nos o caminho e a mostrar por onde devemos ir mas sem nunca dar pistas se de facto “aquele” novo negócio em que entramos será o “tal” de mais um grande lucro, só o mercado poderá responder.

100% de acordo

Abraço

But what probably matters most to us is the future: what is around the next turn, and what lies many years out? Why is it, then, that so many analysts, traders, and technicians say things like “we don’t predict the future”?While this might be a comfortable cloak to hide behind, if it were true, there’d be no point to anyone writing anything about the future of financial markets. We do predict, but we have to understand what it means to predict, how to understand our predictions, and how to use them in practice. - Adam Grimes

[Cem pt]

Os piores momentos em que se sofrem os maiores drawdowns numa carteira de “position trading”, como é o meu caso, são as alturas em que o sistema de trading começa a reconhecer que as posições tendenciais em que tínhamos apostado estão a reverter ou a dar as últimas badaladas com sessões em perda devido às reações anti-trend.

Estou precisamente a lidar à data atual numa situação desse tipo, já que a carteira anda envolvida numa anormal concentração de sinais de alteração de tendências dominantes na escala diária em “commodities” diversas.

Desta vez a fava calhou ao Crude Oil, obrigando-me a encerrar os curtos que vinham embalados de 17 de outubro do ano passado, com vendas nessa altura disparadas um pouco acima dos 85 dólares por barril.

Mesmo assim, com as perdas da subida que o Ouro Negro engendrou nos últimos dias na perspetiva de detentor de posições curtas, tenho de confessar que se tratou duma trade global bastante proveitosa na altura em que a vamos encerrar, visto que o ganho à cotação atual do Petróleo implica uma mais-valia por cada Mini-Futuro no valor de:

(85,20 – 51,43) pontos x 500 $Usd/ponto = 16.885,00 $Usd

Nem sempre se conseguem resultados deste calibre, seja nos futuros ou outros ativos financeiros quaisquer, isto é uma verdadeira exceção à regra mas o certo é que são estes negócios excecionais, que ocorrem apenas de onde em onde, que fazem com que uma carteira baseada em seguimento de tendências possa prosperar a longo prazo.

Eu diria que talvez só um em cada 15 ou 20 negócios deste tipo, a acontecer regularmente numa carteira, já seria bem bom.

O resto dos negócios, com perdas e ganhos ligeiros, é para se anularem na prática uns aos outros e para nos irmos entretendo neste tipo de estratégia, uma vez que nos é vedada a possibilidade de conhecer o futuro!

Até porque se tentarmos prever os mercados e seus ativos no futuro estaremos a entrar num campo destinado ao fracasso!

Sei que esta declaração que fiz é polémica, porém atentem bem numa declaração feita por C. J. Burton da CBS Money Watch, traduzida do inglês:

“Os media do setor financeiro tendem a focar muita da sua atenção nas previsões dos mercados de ações por pretensos gurus. Fazem-no porque sabem que chama a atenção do público. Os investidores acreditam que têm valor ou não lhes ligavam atenção. Nem subscreveriam as suas “newsletters” de sugestões de investimentos nem se davam ao trabalho de espreitar as notícias de publicações como a da Barron que reivindicam fornecer notícias antes dos mercados delas tomarem conhecimento.

Infelizmente para os investidores há todo um grupo enorme de evidências que demonstra que as previsões nos mercados não têm qualquer valor! O acerto de tais previsões não será melhor que qualquer expetativa aleatória. Para os investidores que não aprenderam que as previsões devem ser apenas tomadas como mero entretenimento, ou que Jane Bryant Queen lhes chamou a pornografia do investimento, atualmente têm um pendor mais negativo porque tais previsões podem-lhes causar um desvio e confusão em relação aos seus planos iniciais…”

No que se refere ao meu caso partilho muito desta perspetiva, em primeiro lugar porque não me revejo em qualquer grupo de gurus, isso é lá certamente com os americanos e outros iluminados, e depois porque basta atentar na minha estatística pessoal, ou se quiserem do sistema de trading, que comprova que em pouco mais de 100 negócios feitos desde o ano passado para cá, mais de metade deles deram em prejuízo, para ser mais exato num percentual de acertos a rondar os 43% ou, por outras palavras, um bom exemplo de que não sirvo seguramente para acertar em “winners”.

Na realidade só vou conseguindo manter algum retorno global à tona de água porque a média dos negócios em que o resultado é positivo vai batendo com alguma folga e uma certa regularidade a média das trades negativas. Enquanto tal se mantiver já não será nada mau, mas longe, muito longe de tentar acertar na maioria das sugestões.

Ou seja, a razão do eventual “sucesso” que refiro está mais em procurar descartar os negócios “derrotados” logo que posso, com perdas pouco significativas, do que sugerir “vencedores” que na maioria dos casos não consigo acertar!

Resumindo e concluindo, sou da opinião que apesar de tudo terá de ser sempre o mercado a indicar-nos o caminho e a mostrar por onde devemos ir mas sem nunca dar pistas se de facto “aquele” novo negócio em que entramos será o “tal” de mais um grande lucro, só o mercado poderá responder.

[Cem pt]

Hoje tenho aqui a reportar a commodity de um cereal que no sistema de trading que uso acabou de dar um sinal para passar da posição curta para neutra, à semelhança do que sucedeu há poucos dias atrás com o Gás Natural.

Trata-se do Corn (Milho) que na minha carteira pessoal me provocou o desgosto de uma perda, já que a posição curta ou vendida que tinha sido aberta no passado dia 29 de janeiro aos 3.8025 vai ser encerrada amanhã ao melhor preço.

A perda não parece ser muito significativa, já que ao preço atual de 3.9325 cada contrato de Mini-Futuros curto pressupõe para já uma perda de:

(3.8025 – 3.9325) pontos x 1000 $Usd/ponto = -130 $Usd

O problema na prática será mais significativo uma vez que a perda assinalada terá de ser multiplicada pelo número total de contratos curtos detidos no Corn, como veem nem tudo são rosas (neste caso será milho), embora também se diga com algum substrato que o primeiro milho é dos pardais!

No caso do Corn ainda há 4 sessões atrás o sistema de trading na escala diária tinha confirmado uma posição curta comodamente estável com o indicador do “Rating Emocional” principal a marcar um valor abaixo dos -100 pontos e agora de repente deu-se esta inversão.

Quanto a assumir posições compradas ou longas, nesta altura ainda é muito cedo para pensar nisso. Enquanto o sistema na vertente semanal mantiver a pendente descendente, como se pode ver que se mantém um sinal de venda tendencial desde 4 de janeiro de 2013 aos 6.94, comprar será um risco bastante grande e portanto mais vale ficar quieto para já.

Como na Análise Técnica os sinais que seguimos não se discutem, lá terei de fechar então as posições de risco e assumir perdas neste cereal, paciência!

[Cem pt]

Outro dos futuros à data presente com posição neutra aconselhável, para além do Gás Natural que anteriormente foquei, é o Gold (Ouro).

Se virmos uma panóplia de sites que na net falam desta “commodity” que sempre atraiu o Homem ao longo da História como símbolo de riqueza e poder, podemos constatar que nesta altura se dividem entre posições compradas e vendidas.

Até daí se poderá concluir que estar fora do Ouro nesta altura poderá ser uma solução sensata até que a névoa se venha a dissipar.

Na realidade os gráficos do sistema de trading apontam em sentidos opostos em escalas diferentes: descendente na escala diária e ascendente na semanal.

Aguardemos pois por melhores dias.

Como curiosidade cada Mini-Futuro no Gold vale a sua cotação em dólares multiplicada por 50, isto é, à data de hoje teria como valor no fecho da sua maturidade de junho:

1.169,10 pontos x 50 $Usd/ponto = 58.455,00 $Usd

Voltando às considerações técnicas, o indicador tendencial do “Rating Emocional de longo prazo” do Ouro na escala diária marca nesta altura -62 pontos, logo em terreno ainda claramente negativo, o que significa que estamos ainda bem longe de uma inversão para climas emocionais que sejam francamente positivos, acima dos +100 pontos, os únicos onde se poderá eventualmente dar uma viragem que proporcione a tomada de posições compradoras no Ouro.

Em raciocínio contrário o mesmo indicador na escala semanal marca -31 pontos. Se vier a baixar do perigoso nível dos -100 pontos tal obrigará a disparar um sinal de venda tendencial nesta escala e a tomar nessa eventualidade posições curtas no Gold. Para que tal suceda seria preciso no entanto que o Ouro encerre sensivelmente abaixo dos 1.110 / 1.120 pontos.

Resumindo e concluindo, à data atual o mais aconselhável é não tomar para já qualquer posição no Ouro enquanto durar a atual indefinição.

[Cem pt]

A sessão do dia 17 é marcada na carteira que monitorizo em diversos futuros por uma alteração da posição tendencial no Gás Natural.

Na verdade os sinais direcionais que se registavam antes desta sessão eram bastante claros, com uma tendência descendente que provinha de um sinal de venda na escala semanal disparado em 18 de julho de 2014.

Esse sinal ainda se vai mantendo válido até ao presente.

O mesmo não se pode dizer da venda registada no gráfico diário em 5 de dezembro de 2014 aos 3,676.

Esta posição de venda na escala diária manteve-se na transição anual de 2014 para 2015 numa altura em que os futuros cotavam nos 2,916.

Acontece no entanto que esta tendência descendente foi interrompida pelo sinal de compra ocorrido na última sessão de futuros no gráfico diário, pelo que segundo as regras estabelecidas terei de passar na sessão do dia 18 as posições curtas para neutras (vendido na time frame semanal e comprado na diária), sem que nesta altura o programa possa apontar qual o sentido das cotações esperadas a breve prazo para o Gás Natural.

Daí que o mais sensato seja neste ativo ficar de fora a aguardar uma melhor definição, que seja coerente ou coincidente em ambas as escalas temporais.

Observando o gráfico da escala diária verifica-se de facto que tudo se resume à ocorrência de um padrão triangular quebrado em alta junto ao respetivo “apex”. Na realidade a zona dos 2,55 / 2,75 estava-se a revelar um suporte muito duro de roer e praticamente intransponível.

Há que reconhecer contudo que o ganho provisório registado até agora neste ano de 2015 para 1 Mini-Futuro no Gás Natural (2.500,00 $Usd por ponto) tem um significado muito reduzido, tendo em conta o fecho dos futuros na última sessão aos 2,87:

Valor de 1 Mini-Futuro vendido = (2,916 – 2,87) pontos x 2.500,00 $Usd/ponto = +115,00 $Usd

Chamo também a atenção para a enorme volatilidade do Gás Natural, é realmente muito volátil composto por enormes amplitudes diárias entre máximos e mínimos, pelo que em relação às alavancagens deverá ser tomado neste ativo um valor mais baixo que na maioria dos restantes futuros no caso de tomada de posições longas ou curtas. O que não é manifestamente o caso presente, em que estamos a encerrar posições curtas.

[Cem pt]

- Amigos Arty Cigano e Alqui:

Obrigado pelas vossas mensagens, cá estaremos para tentar ajudar o pessoal a ganhar mais uns trocos neste negócio de alto risco que são os futuros.


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Para terminar o dia deixo-vos ficar mais um diagnóstico do sistema de trading, neste caso relacionado com o ativo financeiro mais líquido do mundo: o EuroDollar.

Na realidade este par cambial pode ser negociado em outros mercados sem ser o Forex, no caso em questão através por exemplo de Micro-Futuros.

Quanto vale então um Micro-Futuro do EuroDollar? Vale a sua cotação no par EURUSD multiplicado por 12.500,00 $Usd.

Para ser mais prático, tendo em conta que o EuroDollar encerrou nesta 6ª feira aos 1,0493 $Usd/Euro, 1 Micro-Futuro valerá agora:

1,0493 pontos x 12.500,00 $Usd/ponto = 13.116,25 $Usd

Sendo um produto bastante estável e com pouca volatilidade, se um determinado trader assumir que irá negociar este produto com uma alavancagem de 5x, terá de colocar de lado para fazer o acompanhamento de 1 Micro-Futuro do EURUSD:

13.116,25 $Usd / 5 = 2.623,00 $Usd

Para verificar qual a posição correta a deter neste par temos de atentar nas tendências que se verificam à data presente nas escalas semanal e diária.

No primeiro caso pode-se detetar que o último sinal de caráter tendencial foi disparado em 1 de Agosto de 2014 através de uma venda ao valor de 1,3430 e no caso diário temos também um sinal de venda ocorrido em 23 de Julho de 2014 nos 1,3464. Logo, o verdadeiro sinal real foi dado pela aquisição de posições curtas ou vendidas em Micro-Futuros do EURUSD na data mais tardia do conjunto de ambas as escalas temporais, ou seja, em 1 de Agosto de 2014 com vendas ao preço de 1,3430 $Usd/Euro.

Uma vez que a cotação do EuroDollar na transição de 2014 para 2015 era de 1,2097 $Usd/Euro, podemos calcular qual a mais-valia provisória ao longo de 2015 à data atual referente a 1 único contrato vendido nos Micro-Futuros do EURUSD:

(1,2097 – 1,0493) pontos x 12.500 $Usd/ponto = +2.005,00 $Usd

Desta forma o posicionamento em posições curtas, apostando nas descidas do EURUSD, tem sido até agora a estratégia mais sensata a tomar neste produto.

Desde a data de 3 de março até à última sessão do dia 13 do mesmo mês, através do indicador tendencial “Rating Emocional de longo prazo” de cor branca o qual pode ser visto no gráfico diário, que se acentua o sentimento de queda do Euro em relação ao Dollar.

Tal se deve ao efeito do seu valor se encontrar abaixo da linha limite de -100 pontos, representando desta forma pânico puro nos detentores de posições compradas neste par cambial, que tenderão a manter neste mercado a vontade predominante de encerrar as suas posições e assim fazer acentuar mais e mais a tendência descendente do EuroDollar.

[O Alquimista]

- Amigo Alqui:

Ok, fica então registada a tua opinião complementar, mas é difícil imaginar de que forma poderia a CC ter acesso a notícias de "inside" em mercados onde os cuidados dos reguladores nesse campo são muito rigorosos.

(...)

Abraço.

Amigo Cem,

Precisamente por ser difícil imaginar (para o comum dos mortais) é que eles fazem rios de dinheiro. Há quem lhe chame edge. Aliás, espanta-me o teu espanto perante aquilo que sempre existiu e sempre existirá: insiders. O rigor dos reguladores é algo muito relativo, tanto mais que foi com um partido democrata no poder que se iniciou a desregulamentação financeira nos EUA, algo que a legislação Dodd-Frank tenta emendar, ainda que parcialmente. E mesmo com muitos reguladores e apertada legislação haverá sempre "a mulher do Presidente de um qualquer banco central"...

Agora que começaste a especular no mercado de futuros das commodities vais ter oportunidade de ler muita informação e outras tantas histórias (reais) e conceitos engraçados como por ex. widow maker (já o mencionei a propósito de outro assunto). Vais igualmente aperceber-te que em certos mercados o que conta é a percepção dos traders de Chicago relativamente à temperatura em certas áreas geográficas e não propriamente o tempo que aí faça ou possa fazer.

Verdadeiramente, um mundo fascinante no qual, como tu dizes, se pode ganhar muito dinheiro, mas também se pode ir à falência. Além das histórias de sucesso, também é importante relatar acontecimentos tristes, como aqueles especuladores que, perdendo tudo quando negociavam no pit, se suicidaram atirando-se para o gelo que cobria o rio Chicago. Também eles tiveram a ilusão do "muito dinheiro".

Abraço

[Artista Romeno]

Parabens ao cem por mais este tópico

[Cem pt]

- Amigo Alqui:

Ok, fica então registada a tua opinião complementar, mas é difícil imaginar de que forma poderia a CC ter acesso a notícias de "inside" em mercados onde os cuidados dos reguladores nesse campo são muito rigorosos.

Abraço.


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Hoje deixo-vos ficar os sinais do sistema de trading sobre um dos futuros mais populares no mercado, o Crude Oil.

Tratam-se dos Mini-Futuros sobre o WTI Crude Oil (West Texas Intermediate), um tipo de petróleo mais pesado que o normal e que não são muito simpáticos às refinarias devido ao maior custo de fabrico dos diversos derivados do petróleo, sejam plásticos ou combustíveis ou outros produtos.

Voltando à vaca fria da Análise Técnica é fácil detetar que a tendência semanal e diária do Petróleo é claramente de baixa.

Se virmos a escala semanal o último sinal de venda tendencial foi disparado em 17 de Outubro de 2014 nos 85,20 $Usd/barril e na diária o sinal foi detetado um pouco mais cedo em 2 de Outubro de 2014 aos 90,74 $Usd/barril.

Desta forma as posições curtas ou vendidas nos futuros do petróleo foram iniciadas em 17 de Outubro ao preço de venda de 85,20 $Usd/barril.

Tendo em conta que na passagem do ano de 2014 para 2015 os Mini-Futuros do Crude Oil estavam cotados a 53,27 $Usd , que a sua cotação atual é de 44,84 $Usd nos futuros, e sabendo que cada Mini-Futuro no ouro negro vale o valor da sua cotação em dólares multiplicado por 500, o valor atual de cada Mini-Futuro do Crude Oil vale nesta altura o valor de:

44,84 pontos x 500 $Usd/ponto = 22.420,00 $Usd

Isto significa que o ganho provisório até ao presente de um contrato em Mini-Futuros neste ano de 2015 é de:

(53,27 – 44,84) pontos x 500 $Usd/barril = +4.215,00 $Usd

Tendo em conta que o Crude Oil é uma das “commodities” mais voláteis, no atual espetro existente nos mercados, significa que no campo puro do trading há que ser mais prudente que o habitual, sendo aconselhado usar uma alavancagem mais baixa que a média dos restantes futuros. Vamos supor por exemplo que seria suposto utilizar neste caso uma alavancagem de x2,5 vezes, pelo que neste cenário temos de dispor exclusivamente na carteira para o acompanhamento de 1 Mini-Futuro de crude Oil da quantia de:

22.420 $Usd / 2,5 = 8.968,00 $Usd

Voltando ao indicador da escala diária que comanda a tendência, o “Rating Emocional de longo prazo”, temos que nesta altura se encontra a marcar o valor de -144 pontos.

É certo que o sistema de trading esteve quase a fechar as posições curtas naquele período entre o início de Fevereiro a princípios de Março deste ano, andou ali pela zona dos +89 pontos, quase a fechar os curtos se chegasse aos +100 pontos, mas retomou ultimamente a sua tendência descendente estável ao voltar a terreno bastante negativo.

Estando o programa há 5 meses seguidos vendido no Petróleo, face aos atuais valores de grande fraqueza do indicador tendencial, sinceramente não se antevê nesta interpretação que a curto prazo se preveja uma recuperação dos preços do petróleo, antes pelo contrário o caminho mais provável é sermos testemunhas nas próximas semanas da ocorrência de novos mínimos no Petróleo.

[O Alquimista]

Agradeço teres dado essa informação sobre a Commodities Corporation, desconhecia essa companhia e o detalhe que tinha sido comprada pela Goldman, o que por si só revela que devia ter sucesso na sua atividade de trading. Só que...a sua estratégia de trading baseava-se em quê?! No simples seguimento do sentido do mercado, obviamente.

Amigo Cem,

Na minha 1ª intervenção tive oportunidade de tentar contrariar-te quando no post com que iniciaste este tópico disseste:

Será que os especialistas ficaram ricos por conhecer algumas dessas notícias que podiam pontualmente influenciar os preços dessas mercadorias? Não me parece, mas deixo essa interpretação aos conhecedores desses meandros.

Nesta tua última intervenção afirmaste o que consta da parte sublinhada, sobre a qual me vou pronunciar telegraficamente.

Que tenhas chegado à conclusão "óbvia" que os nomes que citaste se dedicavam a seguir a tendência do mercado ("seguir a tendência do mercado" é afirmação que diz tudo e não diz nada), não é de admirar viste que leste os textos relativos aos nomes que citaste.

Contudo, se reparares bem, os nomes que eu citei não estão nesse grupo: alguns deles e outros, todos eles precedendo os que citaste, negociavam com base em notícias, que era precisamente aquilo a que te referiste na intervenção inicial duvidando que assim se pudesse ganhar dinheiro. Como é que o faziam? Podia fazer aqui uma resenha história, mas não o farei não só porque não me apetece, mas também porque me parece que há pouco interesse pela história dos mercados ("a papinha toda feita" tem mais saída). Assim, quem realmente quiser saber fará como eu: tira-se do seu descanso e vai investigar. Ou então continua a saber o que já sabe. Se no meu próximo tirocínio junto da bolsa de Chicago (CME) conseguir mais informação, poderei colocá-la por aqui.

Em suma: que a CC tinha trend followers, não há dúvida, mas também é verdade que no seu seio havia quem negociasse com base em notícias (quiçá o trading terá começado precisamente por aí) e andasse à procura delas...pelos campos de cultivo, de produção e exploração, um pouco à semelhança dos pombos de Rothschild.

Abraço

[Cem pt]

- Amigo Índio:

Obrigado pelo incentivo!

Na realidade os futuros das “commodities” envolvem um risco bem maior que as ações mas têm, para além da alavancagem que permitem retornos mais significativos, para quem tem estomago para aguentar movimentos alucinantes para cima e para baixo, um sentido mais marcante do que as ações.

Estes futuros atuam em ativos que normalmente são mais direcionais que as ações, ou menos sujeitos a swings, citando novamente o Bruce Kovner:

“…On different markets – the stock market has far more short-term countertrends. After the market has gone up, it always wants to come down. The commodity market are driven by supply and demand for physical goods; if there is a true shortage, prices will tend to keep trending higher.”

Aliás esta opinião é também corroborada pelo Richard Dennis, autor do sistema de trading mais conhecido do mundo, o famoso “Turtle Trading”:

“My research on individual stocks shows that price fluctuations are closer to random than they are in commodities. Demonstrably, commodities are trending and, arguably, stocks are random.”

Para quem quer ficar milionário mais rapidamente estes mercados são reconhecidamente um palco privilegiado, à semelhança de serem uma das vias mais utilizadas por grandes “hedge-funds” mundiais para atingir grandes retornos ou recorrer a arbitragens através do “hedging” entre diferentes tipos de mercados.


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O próximo contrato de futuros que vou abordar é aquele que nesta altura o sistema de trading que utilizo está a perder dinheiro, trata-se do caso de um cereal: Corn (Milho).

Na realidade, à data presente, a carteira de futuros leva no campo das trades tendenciais 8 negócios abertos em risco, 7 mostram para já um saldo provisório positivo e 1 está negativo, precisamente o caso do Corn.

Claro que a trade ainda não está encerrada, pode ainda voltar a dar lucro (ou agravar o prejuízo!), mas o certo é que o resultado atual é negativo.

Vejamos, o sistema de trading mostra nesta altura uma tendência descendente nas escalas semanal, desde 4 de Janeiro de 2013 a 6,94 pontos e na diária desde 29 de Janeiro do corrente ano ao preço de 3,735 pontos (ver gráficos).

Logo, a posição aconselhada é a de assumir contratos de futuros vendidos ou curtos, neste caso recorrendo a Mini-Futuros.

Sendo considerado um dos bons princípios do trading desfazermo-nos dos “losers” e manter os “winners”, porque motivo ainda não fechei as posições curtas perdedoras no Corn? Muito simples, porque a tendência ainda não inverteu, enquanto o programa a considerar descendente, mesmo que o percurso das cotações seja composto por rallies que vão contra a tendência dominante calculada pelo programa, as regras e a disciplina que têm de ser seguidas à risca no trading terão sempre a palavra final: há que aguentar porque existe uma elevada probabilidade do Corn retomar o caminho descendente inicial e atualmente previsto pelo programa.

Pelo andar dos valores deste indicador na escala diária, apenas uma subida a um nível próximo dos 4,000 pontos na cotação do Milho poderão os mini-futuros atualmente vendidos vir a ser encerrados.

Aliás precisamente na última sessão da semana o indicador que determina a tendência, o “Rating Emocional de longo prazo” de cor branca no gráfico diário voltou a reforçar a força da tendência negativa à data atual, ao registar um valor de -119, claramente abaixo dos -100 pontos, registando uma fraqueza técnica bem marcante no Corn apesar de estar ainda e para já a perder dinheiro na trade.

Cada contrato de Maio em Mini-Futuros no Corn terminou a sessão de 6ª feira a valer 3,74 pontos. Como cada Mini-Futuro do Corn vale 1.000,00 $Usd / ponto, um único contrato de Mini-Futuros no Milho valerá portanto 3.740,00 $Usd.

Se um especulador quiser utilizar uma alavancagem de 3x neste produto (nota: a corretora de futuros em causa permite que se utilize neste produto específico um valor margem mínimo para cada contrato referido no valor de 277,00 $Usd equivalente a uma alavancagem de cerca de 13,7 vezes; uma regra de bom senso neste negócio dos futuros é evitar que a corretora nos chame a atenção que o valor da margem foi atingido: a opção será então reforçar o capital para cobrir o valor margem atingido ou fechar a posição com uma perda que pode ser substancial), significa que deverá dispor, para acompanhar numa carteira este contrato de mini-futuros, do valor de:

3.740,00 $Usd / 3 = 1.247,00 $Usd

Tendo em conta que a abertura do contrato de Mini-Futuros foi feito ao preço de venda de 3,735 pontos, o prejuízo nesta “commodity” (nota: apenas para um único contrato, uma vez que não vou aqui indicar a quantidade de contratos vendidos que detenho em nenhum dos futuros indicados) equivale a:

(3,735 - 3,740) * 1.000,00 $Usd / contrato = -5,00 $Usd / contrato

Logo, as perdas por contrato de mini-futuros no Corn são nesta altura muito pouco significativas.


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Um ponto a refletir no que toca ao trading de futuros: negociar estes produtos alavancados dá-nos a verdadeira sensação sobre o que é viver perto dos nossos limites emocionais.

Gostava também de recordar uma curiosa definição sobre as qualidades críticas que deve ser um bom trader de futuros, dada por Gary Bielfeldt, um outro “market wizard” mundialmente conhecido:

- Disciplina.
- Paciência.
- Coragem para aguentar movimentos que vão contra as posições tomadas, tendo em conta dispor duma adequada capitalização.
- Estar disponível e consciente para reagir às perdas na redução das posições em risco (money management).
- Forte desejo de ganhar.

Finalmente o ponto de vista do grande Ed Seykota sobre as caraterísticas intrínsecas que deve ter um trader de sucesso: “He loves to trade and he loves to win, that’s all”.

Também gostaria de chamar a atenção, para quem não saiba, a uma diferença importante entre quem negocia ações e futuros: nas ações todos ganham quando a cotação sobe e todos perdem quando a cotação desce, nos futuros existe uma competição como num campo de ténis: se estás a ganhar quem detém a posição contrária no contrato de futuros está a perder, ou seja, as posições abertas em posições compradas em futuros são iguais às posições vendidas. Essa quantidade é chamada em cada contrato em causa o "Open Interest".


Bons negócios.

[indian_joe]

Bem vindo de volta Cem !!!

Embora seja uma área de investimento completamente estranha para mim irei acompanhar assiduamente o teu tópico e as tuas intervenções na qualidade de espectador.

Abraço
Indian Joe