"A única forma de gerarmos retorno é investir na Bolsa"
Enviado: 5/3/2015 2:59
pcm1979 Escreveu:Viva perseu. Penso que é um bom resultado trimestral para a Gerdau, com diminuição do lucro líquido de 20,1% em relação ao 4T13.
A diminuição do lucro líquido no ano foi de 12,2%.
http://ri.gerdau.com/ptb/6427/2014.12Te ... RTSITE.pdf
PCM, a Gerdau teve resultados acima do esperado e vai manter os dividendos, comprovando ser uma ação acima da média. O gráfico demonstra a luta para a inversão no mid range do canal de longo prazo, por testar a LTD e a MMS100 (ver gráfico). Uma nova linha de tendência ascendente é concebível a 1,5 meses.
A Gafisa reduziu em 99% os lucros, depende de um Mercado congelado - imobiliário médio e luxo carioca e paulista, precisa de encontrar suporte entre os 2 reais e 1,8 reais (resistir na MMS50), e de secar as vendas. O "Brasil não está no ponto". Quando voltar o buzz sobre os jogos olímpicos e das commodities temos mercado.
Retorno só via renda variável - Quando a renda fixa gera um retorno, de 0,3% a 2,1% (de depósitos a prazo a obrigações que não tenham investment grade de Junk), só resta arriscar nos mercados para obtenção de mais valias e sobretudo de dividendos - que podem ir até aos 7,5% em ações defensivas.
Quem procure retorno compra EDP/Endesa ou compra títulos de dívida Portuguesa? Pessoalmente, comprei hoje a primeira.
Algo vai mal quando tal acontece porque este Gap é o maior da História dos mercados. O risco é a sobreexposição a activos de risco, o risco pelo isco de dividendos, o risco de um crash, causado pelo excesso de liquidez. Em 2015 projecta-se um per para o Eurostoxx50 de 13,8%, o PER do S&P500 é de 15,9%, o PER Espanhól rondará os 15,1%. O S&P500 está desviado, face à media, mais de 2,5% (encontra-se em exaustão - ver gráfico), e contudo as ações, permitem um retorno com um gap inimaginável há uns anos atrás, face a dívida pública espanhola e até Portuguesa. Felizmente, na Eurozona, ainda existe 50% de margem de progressão nos EPS (ver gráfico anexo), e 60 biliões de euros ao mês para "engordar" os mercados.
Claro que existem outros investimentos de retorno elevado mas também muito expostos ao risco/volatilidade - imobiliário, construção, derivados, call e options, unit linked, junk bonds, mas isso é colocar mais achas na fogueira.
2 - Taxas negativas na dívida pública e privada. Porque é que as emissões obrigacionistas da Nestlé, da Siemens e da Roche (todas de 2 a 4 anos), ou a dívida pública a de 3 a 6 anos, da Alemanha, da Dinamarca, da Holanda estão em taxas negativas em prazos médios? Basicamente por 3 motivos - 1/Medo, 2/excesso de liquidez/+ um enorme excesso de liquidez com o futuro Q.E. Europeu, que vai criar mais montanhas de liquidez em cima de tudo isto.
Como sabemos, é impossível ter taxas negativas ad aeternum, porque algures no futuro o dinheiro do depósito desaparecia (imaginem uma taxa de juro negativa de 2%. Ao fim do primeiro ano, de 100% iniciais só se tem 98%, e no ano a seguir retira-se mais 2% e assim sucessivamente).
3 - A margin debt está a descer abaixo da média móvel de 12 meses nos USA - bad omen do melhor leading indicator para a evolução do S&P500.
Empresa americanas a exportar menos devido ao efeito cambial dollar/euro, dollar/iene e dollar/rupia. Qual será o efeito no S&P500/Dow?
Empresas Eurozona a exportar mais devido ao efeito petróleo barato e efeito cambial euro/libra, euro/dollar, euro/yuan. Qual sera o feito no Eurostoxx50, Dax e Ibex?