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Caldeirão da Bolsa

BES - A LUTA

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 22/9/2014 16:32

Draghi: BCE contribuiu para que o Banco de Portugal detectasse problemas no BES
22 Setembro 2014, 15:44 por Lusa
O presidente do BCE rejeitou esta segunda-feira que o caso do BES afecte a credibilidade do BCE e considerou que foi graças aos contributos da instituição para melhorar a supervisão do Banco de Portugal que foram detectados os problemas.
"O BCE [Banco Central Europeu] disponibilizou à entidade supervisora [Banco de Portugal] melhores padrões, contribuiu para o esforço da troika para formular melhores critérios de análise e foi graças a esses melhores padrões que a autoridade supervisão portuguesa pode identificar os problemas no BES", disse Mario Draghi na Comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, em Bruxelas.

O presidente do BCE tinha sido questionado pela eurodeputada socialista Elisa Ferreira sobre o facto de o BES ter colapsado apenas alguns meses depois de a troika (de que fazia parte o BCE) ter saído de Portugal e sobre o impacto que isso pode significar na credibilidade do BCE, nas vésperas de assumir a supervisão única dos principais bancos europeus.

Em resposta, Mario Draghi fez questão de dizer que o BCE ainda não é entidade supervisora, o que só acontecerá em Novembro, pelo que "não teve qualquer responsabilidade de supervisão sobre os bancos portugueses ou em outros bancos".

"Portanto, o envolvimento do BCE no Banco Espírito Santo foi enquanto parte da troika, não teve um envolvimento específico", afirmou Mario Draghi.

Apesar disso, o presidente do BCE considerou em seguida que foi devido ao contributo do banco central que o Banco de Portugal melhorou a supervisão sobre os bancos portugueses, o que o levou a detectar os problemas no BES.

No domingo 3 de Agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas.

No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os activos e passivos tóxicos do BES.

No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os activos e passivos considerados não problemáticos.

O objectivo das autoridades portuguesas é vender logo que possível o Novo Banco, que é agora liderado por Eduardo Stock da Cunha após a renúncia de Vítor Bento.

O Novo Banco foi capitalizado com 4.900 milhões de euros do fundo de resolução bancário, sendo que 3.900 vieram de um empréstimo de dinheiro público e o restante dos bancos que participam no fundo.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 22/9/2014 12:59

Novo Banco muda de símbolo e fica apenas com as asas da borboleta
22 Setembro 2014, 12:00 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
Da borboleta que fazia parte da primeira campanha do Novo Banco, ficam as asas. Representam uma potência matemática, para mostrar que o banco que herdou os activos do BES quer crescer. A nova identidade chega hoje.
Com mês e meio de vida, o Novo Banco estreia a identidade. Depois de uma primeira campanha em que a borboleta era a principal protagonista, o novo símbolo conta agora apenas com as asas do animal.

"O símbolo parte da reinterpretação das asas da borboleta que simbolizou na primeira campanha transformação e capacidade de renovação. Representado como uma potência matemática, traduz o elevar do compromisso da equipa Novo Banco ao desafio de voltar a ocupar a posição de liderança que o mercado sempre lhe reconheceu", indica o comunicado emitido pela instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha.


O símbolo estará ao lado do novo logótipo, que mantém a cor verde. O banco acredita que o tipo de letra apresenta uma ideia de solidez que se opõe à "leveza" do símbolo. "O ‘lettering’ é o chão, a força, o estabilizador e dele desprende-se o símbolo que é o compromisso com a elevação, a ambição e a agilidade", explica o banco no comunicado.

O novo logótipo e o novo símbolo, em que apenas aparece a referida "reinterpretação das asas da borboleta", começam a ser visíveis esta segunda-feira, 22 de Setembro. A mudança irá acontecer de forma progressiva, sendo que vai começar pela substituição das fachadas dos mais de 600 balcões que o banco tem no país. Até aqui, o que estava em causa era uma campanha, sendo que agora há, finalmente, uma identidade.

O Novo Banco é o banco de transição que herdou os activos considerados bons do Banco Espírito Santo, a que o Banco de Portugal decidiu aplicar uma medida de resolução devido às dificuldades financeiras que vivia. Vítor Bento foi a personalidade escolhida para o liderar desde 3 de Agosto, o primeiro dia de vida do banco mas, na semana passada, apresentou a sua demissão, sendo substituído por Eduardo Stock da Cunha. Como sequência do fim do BES, a marca tinha de desaparecer, por determinação da Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia. O Novo Banco foi, então, criado. Ao fim de mês e meio, tem nova identidade. O mandato da nova administração é vendê-lo o mais rapidamente possível.
 
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Re: BES - A LUTA

por +Valias » 22/9/2014 10:37

marathmartin Escreveu:
Santa Maria Escreveu:Depoimento
Setembro 19th, 2014
Soube ontem de um facto curioso. Um casal que comprou um apartamento ao BES, compareceu na escritura. Contudo o Notário recusou-se a fazê-la pois o bem pertencia ao BES e o vendedor era o NOVO BANCO, informando este último ter duas hipóteses para resolver o assunto: ou o BES faz uma doação ou uma venda, sendo que terá sempre que pagar o respectivo IMT.

Se todos os Notários forem rigorosos no cumprimento da Lei, imagine os milhões que o Novo Banco vai ter que despender para regularizar a situação do património do BES!… Já para não falar da trafulhice que isto é…


Não sou especialista em direito fiscal mas não será só IMT. Haverá IS do contrato, verba 1.1 e, em caso de doação IS sobre o valor da doação, 10%.

Nada nos deve supreender. A Srª MInistra Admitiu que não foi feito qualquer estudo sobre o impacto e repercussões da resolução do maior Banco Português. O coelho estava na praia zangado porque o seu antigo idolo, o DDT, os tinha enganado. Alguem sugeriu este disparate e pronto...resolveram experimentar. São só uns milhares de Portugueses que vão para o desemprego, uns milhares que nunca mais acreditam no regulador e uns milhares de milhões em activos intangiveis, perdas e imparidades que todos vamos pagar.

Nada de mais.


Se o governo mudar de cor nas próximas eleições sou a favor de um processo a esta canalha responsável ( Carlos Costa, Maria Luis, Passos Coelho, Paulo Portas, etc..) pela resolução do BES,SA, podia ser no tribunal de Aveiro.

Está a ser o pior governo de todos os tempos ( pior que o Guterres ) ..... até no Governo de Mários Soares nos anos 80 em que havia filas para comprar leite, arroz e outros produtos de 1ªnecessidade o povo sofria menos, os pobres eram menos pobres e tinham trabalho e os ricos menos ricos, viviamos numa sociedade mais equilibrada.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 21/9/2014 20:59

PCP acusa Fernando Ulrich de fazer-se de «morto para deitar a mão» ao BES

O secretário-geral do PCP afirmou hoje que todos estão a empurrar «uns para os outros» as responsabilidades sobre o caso BES e que o presidente do BPI se fez de 'morto' para «deitar a mão à presa».
Em Évora, Jerónimo de Sousa disse que «empurram todos uns para os outros as responsabilidades» e fazem-se «de mortos ou vêm dizer que nada sabiam, depois de muito terem perorado acerca da solidez do banco», referindo-se ao Presidente da República, Governo, Banco de Portugal e a PS, PSD e CDS-PP.
«Só Fernando Ulrich, o tal banqueiro do 'ai aguenta, aguenta', é que veio dizer que não era preciso ser Sherlock Holmes para ver o que se passava no BES. Sabia tanto e também se fez de 'morto' à espera de deitar a mão à presa», afirmou o líder comunista no encerramento da 8.ª Assembleia da Organização Regional de Évora do PCP.
Diário Digital / Lusa
 
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Re: BES - A LUTA

por marathmartin » 21/9/2014 20:15

Santa Maria Escreveu:Depoimento
Setembro 19th, 2014
Soube ontem de um facto curioso. Um casal que comprou um apartamento ao BES, compareceu na escritura. Contudo o Notário recusou-se a fazê-la pois o bem pertencia ao BES e o vendedor era o NOVO BANCO, informando este último ter duas hipóteses para resolver o assunto: ou o BES faz uma doação ou uma venda, sendo que terá sempre que pagar o respectivo IMT.

Se todos os Notários forem rigorosos no cumprimento da Lei, imagine os milhões que o Novo Banco vai ter que despender para regularizar a situação do património do BES!… Já para não falar da trafulhice que isto é…


Não sou especialista em direito fiscal mas não será só IMT. Haverá IS do contrato, verba 1.1 e, em caso de doação IS sobre o valor da doação, 10%.

Nada nos deve supreender. A Srª MInistra Admitiu que não foi feito qualquer estudo sobre o impacto e repercussões da resolução do maior Banco Português. O coelho estava na praia zangado porque o seu antigo idolo, o DDT, os tinha enganado. Alguem sugeriu este disparate e pronto...resolveram experimentar. São só uns milhares de Portugueses que vão para o desemprego, uns milhares que nunca mais acreditam no regulador e uns milhares de milhões em activos intangiveis, perdas e imparidades que todos vamos pagar.

Nada de mais.
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 21/9/2014 19:09

Depoimento
Setembro 19th, 2014
Soube ontem de um facto curioso. Um casal que comprou um apartamento ao BES, compareceu na escritura. Contudo o Notário recusou-se a fazê-la pois o bem pertencia ao BES e o vendedor era o NOVO BANCO, informando este último ter duas hipóteses para resolver o assunto: ou o BES faz uma doação ou uma venda, sendo que terá sempre que pagar o respectivo IMT.

Se todos os Notários forem rigorosos no cumprimento da Lei, imagine os milhões que o Novo Banco vai ter que despender para regularizar a situação do património do BES!… Já para não falar da trafulhice que isto é…
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 21/9/2014 19:05

Comissão de inquérito ao BES pode libertar informação que comprometa valor dos activos a vender do Novo Banco
Setembro 20th, 2014
Nacionalizado no final de 2008, o processo de venda do Banco Português de Negócios (BPN) só deu o primeiro passo no início de 2010 com a aprovação do decreto-lei que aprova a venda por concurso público. Após a intervenção do Estado e a entrada de uma gestão indicada pela Caixa Geral de Depósitos, decorreu um longo e exaustivo processo de separação e identificação de activos e respectivos beneficiários que passou por muitas centenas de offshores.

O desgaste provocado pela corrente de notícias negativas, alimentadas por uma muito mediática comissão parlamentar de inquérito, reforçou a saída de depósitos e clientes, fragilizando a situação do financeira do BPN. O cenário pode repetir-se no Novo Banco, com o inquérito ao BES que foi aprovado e reproduzido pelo jornal i, em 20-09-2014. Neste caso a separação prévia entre activos bons e maus pode mitigar os efeitos.

O risco jurídico dos processos e litígios com clientes e antigos accionistas e a demora na operação de saneamento financeiro do banco, que estava em falência técnica, não ajudaram. O concurso ficou deserto quando os poucos interessados desistiram devido ao elevado risco da operação, agravado pela crise da dívida soberana. Só final de 2010 foi criado o banco mau para gerir os activos mais tóxicos.

Um alto quadro envolvido na gestão pública do BPN admitiu ao i que a prolongada indefinição prejudicou mais tarde o resultado da venda. Se é verdade que não surgiram logo propostas consequentes de compra do banco ou activos, também não houve instruções para procurar investidores. Há a convicção de que teria sido possível fazer muito melhor do que o negócio acertado à pressa, e sob ameaça de fecho do banco, realizado com o BIC em Agosto de 2011 e que só foi fechado em 2012.

Quem passou pela experiência do BPN nacionalizado não tem dúvidas. Quanto mais durar a incerteza e estabilidade do Novo Banco, mais valor se destrói. Em tese, a melhor solução é a defendida pelo Banco de Portugal e governo que aponta para uma venda rápida. O prazo e a opção entre vender o bolo todo ou cortado às fatias, serão as principais variáveis a decidir.

Soluções mantiveram até agora mais de 80% dos postos de trabalho

Não é o resultado ideal, nem cumpre a 100% o compromisso de defesa dos direitos dos trabalhadores. Mas se existe área em que a intervenção do Banco Português de Negócios (BPN) apresenta um saldo menos negativo é a manutenção de emprego. Quando foi nacionalizado, o Grupo BPN tinha cerca de 1880 trabalhadores. As soluções encontradas para os activos, entre privados e Estado, asseguraram para já cerca de 1560 postos de trabalho. Saíram menos de 20% dos trabalhadores, embora a percentagem deva subir nos próximos meses.
A principal operação de transferência de colaboradores realizou-se com a venda do BPN ao BIC. Apesar do processo ter envolvido um despedimento colectivo de quase 100 pessoas, o BIC acabou por absorver cerca de 1120 quadros do BPN, num número superior ao contratualmente previsto. Quando a Real Vida foi vendida à Partis empregava cerca de 60 trabalhadores. No caso do BPN Crédito, há uma obrigação escrita de manter pelo menos metade dos 180 colaboradores.
A empresa pública Parvalorem, que hoje tem 283 efectivos, tem vindo a reduzir pessoal através de rescisões amigáveis. Desde o final de 2013 e até agora houve 24 saídas amigáveis, mas o plano é alcançar mais 30 a 40 saídas. Para já, a gestão não prevê avançar com um despedimento colectivo, mas a hipótese não está afastada.
A comissão de trabalhadores defende a integração em outros serviços do Estado onde o know-how possa ser aproveito, como a Caixa Geral de Depósitos ou o novo Banco de Fomento.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 21/9/2014 19:04

MP investiga rasto do dinheiro do BES Angola em Portugal
Setembro 20th, 2014
Finanças identificaram 43 beneficiários de transferências de uma conta sediada na freguesia do Laranjeiro, em Almada.

Com um buraco estimado em cinco mil milhões de euros, o Ministério Público está a investigar se parte desse dinheiro “desaparecido” do BES Angola (BESA) terá passado por uma discreta conta no balcão do Banco Santander Totta, na freguesia do Laranjeiro, em Almada. Conta esta que já deu origem a um inquérito no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), com o número 180/13.5TELSB e que, segundo proposta da Autoridade Tributária, terá levado o MP a enviar cartas rogatórias para Angola, Suíça e Luxemburgo, procurando informações sobre os 43 beneficiários de transferências bancárias.

Segundo informação das Finanças, que está a colaborar com o DCIAP na investigação à conta do BESA em Portugal, de 2007 a 2011, 40 pessoas receberam transferências da conta sediada no balcão do Santander no Laranjeiro. Por isso, os inspetores da Autoridade Tributária sugeriram ao Ministério Público o envio de uma carta rogatória para Angola solicitando informações à sede do BESA sobre o motivo dessas transferências e se essas 40 pessoas tinham alguma relação profissional ou comercial com o BESA. Para Angola deverá também seguir um pedido de identificação de alguns cidadãos daquele país, assim como os respetivos rendimentos.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 21/9/2014 18:58

Testes de stresse ameaçam Novo Banco

João Madeira João Madeira | 19/09/2014 21:46:00 1211 Visitas
Eduardo Stock da Cunha Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
Testes de stresse ameaçam Novo Banco
A saída de Vítor Bento do Novo Banco, que passou esta semana a ser gerido por Eduardo Stock da Cunha, não se deveu apenas à discordância quanto à estratégia de venda rápida do Banco de Portugal (BdP) e do Governo. Ao que o SOL apurou, o gestor considerava que os 4,9 mil milhões de euros injectados no banco poderiam não ser suficientes para ter um resultado positivo nos testes de stresse que o Banco Central Europeu (BCE) está a realizar às instituições financeiras europeias. Pediu fundos adicionais, mas a indisponibilidade manifestada pelo Executivo e pelo BdP ditou o desfecho do último fim-de-semana.

O gestor receava que o banco ficasse atrás das outras entidades portuguesas envolvidas nos testes - Caixa Geral de Depósitos, BCP e BPI - e que a divulgação dos resultados agudizasse um fenómeno que já está a penalizar as contas do banco: a fuga de depósitos.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 21/9/2014 18:29

Novo Banco: Passos rejeita pressa na venda
Mas PM advertiu que quanto mais tempo demorar a fazê-lo, mais prejudicado será o sistema financeiro

Por: tvi24 / PP | 19 de Setembro às 23:55



O primeiro-ministro rejeitou hoje que haja qualquer pressa em vender o Novo Banco, mas advertiu que quanto mais tempo demorar a fazê-lo, mais prejudicado será o sistema financeiro.

«Não há nenhuma pressa em vender o banco, não é disso que se trata. Mas, quanto mais tempo decorrer, mais provável se torna a possibilidade de haver um diferencial entre o valor da capitalização e o resultado da venda», acentuou Pedro Passos Coelho.

O chefe do executivo falava no Porto, à margem da celebração dos 25 anos da Fundação de Serralves, quando questionado sobre a missão da nova administração do Novo Banco em vender a instituição.

«Não tendo um acionista de referência, uma marca que possa defender, evidentemente que quanto mais tempo passar mais riscos poderão ser enfrentados», reforçou.

Passos Coelho explicou que está em causa a estabilidade do sistema financeiro, que terá que suportar a diferença entre o valor da venda do banco e o custo da capitalização de que aquele foi alvo.

Alias, a preocupação do primeiro-ministro é a consequência desse referencial para o sistema financeiro.

«Espero que a nova administração possa realizar um trabalho que é importante para a estabilidade do sistema financeiro que, junto do fundo de resolução, é quem suportará os custos de capitalização do banco e a diferença que resultar entre o valor da capitalização e o resultado da venda», disse.

«Se esse resultado ficar aquém da capitalização que foi feita pelo fundo de resolução, isso representará, evidentemente, importará num prejuízo que terá de ser suportado pelo sistema financeiro. Se for ao contrário tanto melhor», concluiu.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 21/9/2014 12:13

João73,

Muito obrigado pelas tuas elogiosas palavras.Digo-te tb que estás a fazer um excelente trabalho em prol dos pequenos accionistas.Não desistas desta luta desigual.Tem tb consciência que de quando em vez aparece, um invejoso na vida de um indivíduo.Bem Hajas.Abraço.

Santa Maria
 
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Re: BES - A LUTA

por bboniek33 » 20/9/2014 23:47

joao73 Escreveu:Boa Noite,

Não tenho palavras para agradecer as tuas intervenções no BES-ALUTA, o meu muito obrigado SANTA MARIA.

Tenho que admitir que a minha saúde mental nunca mais foi a mesma, desde que assaltaram o meu património.

Investi no BES consciente dos riscos que corria na aquisição de acções.
Sabia que corria risco, sabia que podia perder tudo, e é esta frase que faz toda a diferença.
Doí-me quando leio argumentações de alguns forenses a afirmar "se sabias que podias perder tudo? Então esta tudo bem, perdeste! Como se esta frase fosse a única explicação para o sucedido.

Infelizmente temos sempre o verdadeiro tuga, aquele visionário, que não investiu no BES porque sabia que a única solução possível seria o roubo aos pequenos acionistas, uma capacidade excêntrica de adivinhar o futuro com sabedoria. Infelizmente ou felizmente já tive a oportunidade de conhecer e trabalhar com alguns deles, e normalmente termino as minhas intervenções com esses tugas dizendo " dava tudo para ter essas capacidades que tu tens ......"

O ser humano é de fácil interpretação, com alguma atenção conseguimos perceber a capacidade de cada um, e até onde este sujeito consegue chegar. O importante é sabermos avaliar os outros e acima a de tudo as nossas mais e menos valias, as nossas capacidades e as nossas fraquezas.

Tive um comentário de um tuga que disse o o seguinte:

fram
"João73 vamos ser objetivos e frontais; já ficou mais que provado que se existe uma luta a ser travada não vai ser por si. Você não tem nenhuma estratégia definida nem conhecimento em matéria de direito e nem sequer uma página no FB consegui criar. Na minha opinião o seu objetivo é única e exclusivamente o de criar uma ondas e de esperar que venha alguma coisa à costa.

Deixe de transmitir falsa esperança aos acionista e reconheça a sua incapacidade para liderar um movimento de contestação em relação ao que se passou no BES.

Não foi o único a perder dinheiro mas você está claramente em fase de negação.

Cumprimentos,"

Caro Fram, digo-te frontalmente que faço parte dessa luta, eu como muitos pequenos acionistas somos mesmo essa luta, se existe luta, essa é feita por mim e por outros pequenos acionistas que não aceitam ser roubados desta forma. Um dia Fram, vais ouvir que os pequenos acionistas fizeram cair um governador, um dirigente, um ministro, ............... um governo.
Um dia Fram, vais ouvir e vai ficar para a historia do nosso pequeno País, que um pequeno grupo de pessoas, conseguiram fazer justiça, e que travaram o maior roubo financeiro de Portugal.
Um dia vais ouvir que o joão73. António, Joaquim, Ricardo, Pedro, Fernando, José, Manuel, Filipe. André, Luís, e muitos outros, venceram esta Luta.
E tu? O que vais dizer nesse dia? ............
Como disse, felizmente ou infelizmente eu sei o que tu vais dizer..........
"Fizeram justiça??? Ganharam???
Eu Fram também ganhava, só não percebo porque demoraram tanto tempo a ganharem, se fosse eu já estava ganho há muito mais tempo......estava-se me mesmo a ver que os pequenos acionistas tinham razão.

Caro Fram, digo-te que não percebo nada de direito e de FB, e digo-te que não percebo de muitas outras coisas, mas sinto-me um homem realizado com aquilo que sou e percebo. Digo-te que sou muito feliz por conseguir o que já consegui no BES-Aluta. E tu? O que já fizeste? Quantos obrigados recebes por dia? Quantas pessoas te agradecem por existires?

Digo-te que ao longo deste pesadelo, recebi muitos mails de portugueses completamente destruídos, o problema é demasiado grave, existem muitas famílias que acreditaram nas palavras dos nossos governadores, que acreditaram na supervisão do BP, que foram obrigados a trocar aplicações por acções do BES, a realidade é muito dura........
´
Não quero ser muito cansativo, e por isso, agradecia a todos os acionistas do BES que quiserem fazer parte da nossa luta para visitarem a nossa pagina http://besaluta.livreforum.com/, e analisarem a nossa estratégia.

Um abraço,

João


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Re: BES - A LUTA

por joao73 » 20/9/2014 23:32

Boa Noite,

Não tenho palavras para agradecer as tuas intervenções no BES-ALUTA, o meu muito obrigado SANTA MARIA.

Tenho que admitir que a minha saúde mental nunca mais foi a mesma, desde que assaltaram o meu património.

Investi no BES consciente dos riscos que corria na aquisição de acções.
Sabia que corria risco, sabia que podia perder tudo, e é esta frase que faz toda a diferença.
Doí-me quando leio argumentações de alguns forenses a afirmar "se sabias que podias perder tudo? Então esta tudo bem, perdeste! Como se esta frase fosse a única explicação para o sucedido.

Infelizmente temos sempre o verdadeiro tuga, aquele visionário, que não investiu no BES porque sabia que a única solução possível seria o roubo aos pequenos acionistas, uma capacidade excêntrica de adivinhar o futuro com sabedoria. Infelizmente ou felizmente já tive a oportunidade de conhecer e trabalhar com alguns deles, e normalmente termino as minhas intervenções com esses tugas dizendo " dava tudo para ter essas capacidades que tu tens ......"

O ser humano é de fácil interpretação, com alguma atenção conseguimos perceber a capacidade de cada um, e até onde este sujeito consegue chegar. O importante é sabermos avaliar os outros e acima a de tudo as nossas mais e menos valias, as nossas capacidades e as nossas fraquezas.

Tive um comentário de um tuga que disse o o seguinte:

fram
"João73 vamos ser objetivos e frontais; já ficou mais que provado que se existe uma luta a ser travada não vai ser por si. Você não tem nenhuma estratégia definida nem conhecimento em matéria de direito e nem sequer uma página no FB consegui criar. Na minha opinião o seu objetivo é única e exclusivamente o de criar uma ondas e de esperar que venha alguma coisa à costa.

Deixe de transmitir falsa esperança aos acionista e reconheça a sua incapacidade para liderar um movimento de contestação em relação ao que se passou no BES.

Não foi o único a perder dinheiro mas você está claramente em fase de negação.

Cumprimentos,"

Caro Fram, digo-te frontalmente que faço parte dessa luta, eu como muitos pequenos acionistas somos mesmo essa luta, se existe luta, essa é feita por mim e por outros pequenos acionistas que não aceitam ser roubados desta forma. Um dia Fram, vais ouvir que os pequenos acionistas fizeram cair um governador, um dirigente, um ministro, ............... um governo.
Um dia Fram, vais ouvir e vai ficar para a historia do nosso pequeno País, que um pequeno grupo de pessoas, conseguiram fazer justiça, e que travaram o maior roubo financeiro de Portugal.
Um dia vais ouvir que o joão73. António, Joaquim, Ricardo, Pedro, Fernando, José, Manuel, Filipe. André, Luís, e muitos outros, venceram esta Luta.
E tu? O que vais dizer nesse dia? ............
Como disse, felizmente ou infelizmente eu sei o que tu vais dizer..........
"Fizeram justiça??? Ganharam???
Eu Fram também ganhava, só não percebo porque demoraram tanto tempo a ganharem, se fosse eu já estava ganho há muito mais tempo......estava-se me mesmo a ver que os pequenos acionistas tinham razão.

Caro Fram, digo-te que não percebo nada de direito e de FB, e digo-te que não percebo de muitas outras coisas, mas sinto-me um homem realizado com aquilo que sou e percebo. Digo-te que sou muito feliz por conseguir o que já consegui no BES-Aluta. E tu? O que já fizeste? Quantos obrigados recebes por dia? Quantas pessoas te agradecem por existires?

Digo-te que ao longo deste pesadelo, recebi muitos mails de portugueses completamente destruídos, o problema é demasiado grave, existem muitas famílias que acreditaram nas palavras dos nossos governadores, que acreditaram na supervisão do BP, que foram obrigados a trocar aplicações por acções do BES, a realidade é muito dura........
´
Não quero ser muito cansativo, e por isso, agradecia a todos os acionistas do BES que quiserem fazer parte da nossa luta para visitarem a nossa pagina http://besaluta.livreforum.com/, e analisarem a nossa estratégia.

Um abraço,

João
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 20/9/2014 18:44

PGR investiga rasto do dinheiro do BESA em Portugal
sábado, 20 setembro 2014 10:05 tamanho da fonte diminuir o tamanho da fonte aumentar o tamanho da fonte
PGR investiga rasto do dinheiro do BESA em Portugal
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Finanças identificaram 43 beneficiários de transferências de uma conta sediada na freguesia do Laranjeiro, em Almada.

Com um buraco estimado em cinco mil milhões de euros, o Ministério Público está a investigar se parte desse dinheiro "desaparecido" do BES Angola (BESA) terá passado por uma discreta conta no balcão do Banco Santander Totta, na freguesia do Laranjeiro, em Almada.

Conta esta que já deu origem a um inquérito no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), com o número 180/13.5TELSB e que, segundo proposta da Autoridade Tributária, terá levado o MP a enviar cartas rogatórias para Angola, Suíça e Luxemburgo, procurando informações sobre os 43 beneficiários de transferências bancárias.

Segundo informação das Finanças, que está a colaborar com o DCIAP na investigação à conta do BESA em Portugal, de 2007 a 2011, 40 pessoas receberam transferências da conta sediada no balcão do Santander no Laranjeiro.

Por isso, os inspetores da Autoridade Tributária sugeriram ao Ministério Público o envio de uma carta rogatória para Angola solicitando informações à sede do BESA sobre o motivo dessas transferências e se essas 40 pessoas tinham alguma relação profissional ou comercial com o BESA. Para Angola deverá também seguir um pedido de identificação de alguns cidadãos daquele país, assim como os respetivos rendimentos.

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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 20/9/2014 18:29

Fundação Espírito Santo em risco
O BES e o GES eram os mecenas quase exclusivos da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva.
2
12:00 Sábado, 20 de setembro de 2014
Está marcada para a próxima quinta-feira, dia 25, uma reunião entre o conselho de curadores e o conselho de administração da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva (FRESS), onde será decidido o destino desta instituição. Além das membros dos cinco ramos da família, Francisco Murteira Nabo e Catarina Vaz Pinto fazem parte dos curadores da fundação.

Até à data, um silêncio instalou-se em redor do financiamento da FRESS, que não tem ativos financeiros próprios e e cujo principal mecenas era o Banco Espírito Santo. É com inquietação que alguns representantes da família vêm o futuro da instituição. "Estou preocupada. Só tenho perguntas, não tenho respostas", avança Maria João Espírito Bustorff Silva, neta do fundador: quem irá garantir o financiamento? Luís Calado, presidente e administrador executivo, não se encontrava disponível para falar com o Expresso.

Em 1953 Ricardo Espírito Santo Silva doou ao Estado o Palácio Azurara (Lisboa) e o acervo que constituía a sua coleção privada, para criar um museu de artes decorativas e uma escola de mestres para a formação no restauro e nas artes decorativas. Assim se fez e, ao longo de cinco décadas, construiu-se um património único nesta área. Em 2012 a Fundação recebeu um dos prémios mais prestigiados da UE sobre gestão de património, o Europa Nostra, o que confirma, segundo Bustorff Silva, a "excepção deste legado intangível de saberes e de fazeres que é de todos nós e que não pode acabar".



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/fundacao-espiri ... z3DsUxXZES
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 19/9/2014 18:25

ECONOMIA

18:00 19.09.2014
Vítor Bento recusa dar mais explicações aos deputados sobre a sua demissão do Novo Banco

(Reuters)
O ex-presidente do Novo Banco Vítor Bento escusou-se a ir à Assembleia da República dar explicações adicionais sobre a sua demissão aos deputados da comissão de Finanças por não ter "nada a acrescentar", segundo fonte parlamentar.

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A proposta de audição do antigo responsável, que decidiu sair do Novo Banco dois meses depois de aceitar liderar a instituição bancária que sucedeu ao BES, foi apresentada pelo PS e acolhida por unanimidade na reunião da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP), da passada quarta-feira.

Em declarações à Lusa, o presidente da COFAP, Eduardo Cabrita afirmou que Vítor Bento lhe transmitiu que "não tinha nada a acrescentar" e tudo "o que tinha a dizer foi dito no comunicado da semana passada".

Vítor Bento explicou os motivos da saída em duas cartas, uma dirigida aos colaboradores do Novo Banco e outra aos clientes, considerando que a mudança não tinha nada de "dramático" e que até poderia "beneficiar o banco".

Só os cidadãos com funções institucionais são obrigados a ir às comissões parlamentares permanentes, um dever que cessa quando abandonam os cargos.

No entanto, são obrigados a ir às comissões de inquérito.

O PCP propôs uma comissão de inquérito ao caso BES que foi hoje aprovada pela Assembleia da República com os votos favoráveis de todos os partidos.

No dia 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas.

No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES mas que está em liquidação, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas.

No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.


Lusa
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 19/9/2014 18:21

Sociedade Aberta16 Set 2014
Tiago Freire
Não abusem da paciência dos clientes
TIAGO FREIRE
16 Set 2014
Quando pensamos que as coisas não podem ficar piores, a força irresistível da trapalhada volta a manifestar-se. O Novo Banco continua enredado em equívocos, omissões e inquietações.
Com o passar do tempo, crescem as dúvidas sobre se este foi o modelo mais indicado para resolver o problema. Ainda assim, não vale muito a pena alimentar esse debate: está feito, o caminho está escolhido, e agora só espero que nos leve a algum lado, senão bom, pelo menos aceitável.

Eu não embarco na crítica fácil a Vítor Bento e à sua equipa, que devem ter passado por um inferno que não escolheram nem mereceram (e ver Paulo Portas jogar contra Bento a cartada do anti-patriotismo faz corar de vergonha alheia). Toda a gente falhou, a equipa de gestão que não conseguiu aguentar, o Banco de Portugal que, mais uma vez, foi ultrapassado pelas circunstâncias, o Governo, que manda por critérios políticos mas depois finge que não. Não sei se era possível, realisticamente, fazer melhor, mas é inegável que as coisas não estão a correr bem.

Seja como for, a saída de Vítor Bento - que apesar de escolhido inicialmente por Ricardo Salgado foi apontado como o anti-Salgado, pela imagem de seriedade que projectava - foi um duríssimo golpe neste jovem Novo Banco. Não porque Eduardo Stock da Cunha seja menos ou mais talentoso do que Vítor Bento na gestão do banco, mas porque a saída deste, desta forma, não atribui grande credibilidade pública a uma instituição que precisa desesperadamente dela. O que passa para fora é bem mais simples: se até Vítor Bento, o mártir da missão patriótica, desiste, é compreensível que outros, com menos responsabilidades, também procurem pastagens mais verdes. Estou a falar dos clientes.

Uma coisa são os clientes que ainda estão presos ao Novo Banco: aqueles com assuntos por resolver (como o papel comercial) ou aqueles com um grande crédito lá feito; outra coisa são os clientes mais simples, os que apenas têm depósitos e uma ou outra conta de investimento. Mudar de banco é, hoje, uma coisa absolutamente simples. Em pouquíssimo tempo, vai-se ao balcão e diz-se "adeusinho, quero tirar daqui os meus depósitos, transferir o meu PPR para o banco X, passar para lá os débitos directos, etc, etc". Se fizer isto num balcão do Novo Banco, o funcionário vai metralhá-lo com o olhar e, muito provavelmente, tentar convencê-lo a ficar. E bem, porque é esse o seu trabalho. Vai dizer-lhe que o banco foi capitalizado, que está num ciclo novo, que está intervencionado pela mão do Estado, que nada há a temer para os seus depósitos. Isto é tudo verdade, e nunca é demais dizê-lo. No entanto, o que o cliente lê, vê e ouve é diferente: explicações escassas por parte do Banco de Portugal, preso no labirinto técnico e jurídico que é esta intervenção; um Governo que está metido até ao pescoço nesta solução mas está a todo o momento a meter o corpo fora, com medo de se chamuscar eleitoralmente; uma imprensa que está ultra-atenta ao Novo Banco e nem sempre passa deste uma imagem positiva; e uma administração que era a melhor coisa de sempre e se põe a andar, num fim de semana, após uma notícia de jornal.

Esse cliente, quando espeta essa faca no gestor de conta do Novo Banco, está a dificultar a recuperação do banco, se calhar a tirar o emprego ao senhor, se calhar até a ir contra o interesse nacional, que coincide com o destino da instituição. Mas a verdade é que, quando está em causa o seu dinheiro, o cliente não tem de ser compreensivo ou patriótico. Mesmo que não tenha motivos para estar preocupado, não há nada como dormir descansado, e na dúvida foge-se.

Impedir isto é o primeiro e principal papel da equipa de Stock da Cunha e Jorge Cardoso. Que tenham força e sorte. Vão precisar muito de ambas.
 
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Re: BES - A LUTA

por MVP » 19/9/2014 15:23

LionH Escreveu:O filme continua e no fim quem vai pagar é o contribuinte .


E a administração e a familia ES a rir-se. Eu que achava que com um terramoto destes ia ter de sobrar para alguem, para eles está visto que não vai ser.. :oh:
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 19/9/2014 14:39

Banco de Portugal proíbe Banque Privée de conceder crédito e receber depósitos em Portugal
19 Setembro 2014, 14:33 por Sara Antunes | saraantunes@negocios.pt

No dia em que o regulador suíço abriu um processo de insolvência do Banque Privée Espírito Santo, o Banco de Portugal determinou algumas medidas que têm como objectivo garantir que a unidade do banco em território nacional tenha liquidez suficiente para reembolsar os depósitos dos seus clientes.
"O conselho de administração do Banco de Portugal deliberou aplicar à sucursal em Portugal do Banco Privée Espírito Santo (BPES) medidas de intervenção correctiva" que passam pela proibição de concessão de crédito e de recepção de depósitos, revelou o supervisor em comunicado emitido esta sexta-feira, 19 de Setembro.

Assim, determinou a "proibição de concessão de crédito e de aplicação de fundos em quaisquer espécies de activos" bem como a "proibição de recepção de depósitos."

Além disso, o regulador do mercado nacional nomeou "dois gerentes provisórios" para a sucursal do Banque Privée em Portugal: José Pedro dos Anjos Castanheira e Bernardo de Sousa e Holstein Guedes.

"Os gerentes provisórios nomeados deverão, por determinação do Banco de Portugal, tomar todas as medidas adequadas à preservação dos activos da sucursal em Portugal" da instituição financeira, que foi hoje alvo de abertura de processo de insolvência por parte do regulador financeiro suíço. A instituição do Grupo Espírito Santo (GES) encontrava-se em liquidação voluntária desde Julho.

"As medidas adoptadas pelo Banco de Portugal visam garantir que a sucursal do BPES mantém uma posição de liquidez que lhe permita fazer face ao reembolso dos depositantes", explica a mesma fonte.

(Notícia actualizada às 14h37 com mais informação)
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 19/9/2014 13:31

Comissão de inquérito ao BES e ao GES aprovada por unanimidade
19 Setembro 2014, 12:57 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
É a sétima comissão de inquérito da legislatura de Passos Coelho. Deverá debruçar-se sobre os últimos seis anos de vida do BES, indo até ao Governo Sócrates. Gestores, Governo, troika, supervisores e auditores serão visados.
"O Parlamento não pode ficar indiferente" ao caso Banco Espírito Santo e Grupo Espírito Santo. As palavras são do deputado social-democrata Duarte Pacheco e foram ditas esta sexta-feira, 19 de Setembro, no plenário que discutiu a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito a todo o grupo e ao processo de colapso e resgate do BES. E vão no sentido daquilo que dizem todos os restantes partidos, mesmo da esquerda política. Nomeadamente do Partido Comunista Português, que propôs a criação do inquérito.

A opinião reflectiu-se nas votações à constituição desta comissão de inquérito. "O inquérito parlamentar n.º9/2012 foi aprovado por unanimidade", concluiu a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, após as votações. PSD, PS, CDS, PCP, BE e Os Verdes: os deputados de todos estes partidos querem um inquérito ao BES.

Há, assim, mais uma comissão de inquérito nesta legislatura. A sétima, depois de PPP, "swaps", BPN, Camarate, Estaleiros de Viana e equipamento militar - aliás, o próprio deputado Duarte Pacheco referiu que a "proliferação de inquéritos parlamentares pode levar à desvalorização deste instrumento" mas que o objecto BES justifica uma nova comissão.

Um inquérito que terá um objecto abrangente. Gestores, Governos, supervisores, troika, auditores. Os partidos querem avaliar o trabalho de todos estes intervenientes. "Concordamos com a vontade de que nenhuma responsabilidade pode ficar impune", disse Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, que pediu para não haver um passa-culpas ao longo da realização da comissão de inquérito.

PS atira farpas a Governo

Mas, para o Partido Socialista, o Governo de Pedro Passos Coelho tem de dar muitas respostas. "[Queremos saber] desde quando o Banco de Portugal, o Governo e a troika tinham conhecimento de problemas no BES e se os problemas não terão sido ocultados em 2013 para criar a ideia de que o programa de ajustamento corria às mil maravilhas. Como decorreu a relação entre o Banco de Portugal e o Governo, como foram tomadas as decisões fundamentais?", perguntou António Braga.

Também o Executivo de José Sócrates será avaliado, tendo em conta que o actual primeiro-ministro só entrou em funções em 2011 e o inquérito proposto pelo PCP recua até 2008. O Bloco defende que o BES é um "polvo" e que dos 19 Governos constitucionais portugueses, 16 contaram com nomes ligados ao banco.

No debate em torno do tema, os partidos pareceram concordar na descoberta da responsabilidade dos gestores do banco. "Não devem responsáveis do BES/GES ficar impunes", disse Duarte Pacheco, do PSD. A realização do aumento de capital do BES, em que o banco arrecadou 1.045 milhões de euros de diferentes investidores, é questionada por várias forças políticas, como o PS: "como foi possível dar tantas garantias sobre a saúde do BES, desde o Governo ao governador do Banco de Portugal, que levaram pequenos accionistas ao aumento de capital, que foi um puro engano", lamentou António Braga.

Resolução vai ser discutida. Cenário sobre nacionalização também

A nova fase do BES, com a medida de resolução aplicada pelo Banco de Portugal e sua divisão em Novo Banco e veículo financeiro com activos tóxicos, também será falada no inquérito. "[Como se deu] a demissão em bloco da gestão liderada por Vítor Bento, que há dois meses foi apresentada como o verdadeiro milagre do Novo Banco?", pergunta José Luís Ferreira, de Os Verdes.

A injecção de capital público, 3,9 dos 4,9 mil milhões da capitalização do Novo Banco, também é questionada pelos vários partidos. João Oliveira, do PCP, foi um dos que falou do tema: "Não podemos aceitar e não aceitamos que, tal como aconteceu no BPN, depois da especulação financeira, de todas as fraudes, sejam os trabalhadores e o povo a pagar a factura". Aliás, na óptica do deputado comunista, "as repercussões económicas e financeiras serão muito superiores às conhecidas em situações anteriores, nos casos BPN, BPN, BCP e Banif".

O CDS/PP aceita a discussão da medida de resolução aplicada pelo Banco de Portugal. Mas não só: "As alternativas também têm de ser pesadas e analisadas: por exemplo, quanto custaria aos contribuintes uma nacionalização?", perguntou-se Cecília Meireles.

A comissão deverá tomar posse em Outubro, sendo que a presidência deverá caber, na sequência da rotatividade das presidências das comissões de inquérito, ao PSD, segundo já avançou em Agosto o Observador.

Até lá, os partidos terão de definir a lista dos nomes que querem ouvir, que tem de resultar de um consenso entre os deputados. De acordo com o Diário de Notícias, os partidos de esquerda queriam ouvir o Presidente da República, Cavaco Silva, mas a maioria não está disponível.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 19/9/2014 12:54

Empresas/Finanças12:06
Objectivo de Stock da Cunha é acelerar venda e minimizar perdas
LUSA
12:06
Objectivo de Stock da Cunha é acelerar venda e minimizar perdas
O objectivo da nova administração do Novo Banco, liderada por Eduardo Stock da Cunha, é vender o mais depressa possível a instituição financeira, ao mesmo tempo que minimiza a perda de valor, considerou hoje o presidente do Lloyds, Horta Osório.
"Ver-se-á o que é que a administração do Novo Banco considera que é o 'timing' adequado para poder vender o mais depressa possível mas, ao mesmo tempo, maximizar o valor no sentido de minorar a perda", afirmou à agência Lusa António Horta Osório, à margem de um evento em Lisboa.
"É essa sintonia entre ser o mais depressa possível, mas minorar a perda para os restantes bancos e, portanto, para os contribuintes, que é o principal objetivo inicial da administração do Novo Banco", reforçou.
"A obrigação da lei é vender o banco até ao fim do próximo ano. Obviamente, o senhor primeiro-ministro disse que o melhor é vender o mais depressa possível, e penso que toda a gente está de acordo com isso, mas a lei permite vender até ao fim do próximo ano", salientou o presidente executivo do Lloyds Banking Group.
Aliás, Stock da Cunha é quadro do segundo maior grupo financeiro britânico, que é liderado por Horta Osório, que já tinha trabalhado com o agora presidente do Novo Banco no Banco Santander Totta, em Portugal, tendo aceitado o desafio que lhe foi lançado pelo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e estando a cumprir uma comissão de serviço.
"Eu acho que o Dr. Eduardo Stock da Cunha é das melhores pessoas disponíveis para liderar este processo e, portanto, congratulo-me com a escolha do senhor governador do Banco de Portugal", assinalou Horta Osório.
E concluiu: "[Stock da Cunha] tem quase 30 anos de experiência em quatro países diferentes, em quase todas as áreas de banca, e pode aportar imenso valor na preparação deste processo, em conjunto com a equipa e com os quadros do BES que, na minha opinião, são quadros excecionais".
Horta Osório falava à Lusa à margem de uma iniciativa da Câmara de Comércio Americana em Portugal, que decorreu esta manhã em Lisboa. O Banco de Portugal confirmou no domingo que Eduardo Stock da Cunha foi o escolhido para suceder a Vítor Bento na liderança do Novo Banco, depois de o último ter pedido para deixar o cargo, apenas dois meses depois de ter sido nomeado.
No dia 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas.
No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES mas que está em liquidação, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas. No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 19/9/2014 12:14

BE: "O que teve a ganhar quem não viu" que o BES ia colapsar?
19 Setembro 2014, 12:04 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
"Queremos saber concretamente quais os negócios do BES. Quem fez o assalto ao BES e à economia portuguesa? Quem beneficia com a situação encontrada?". Estas são algumas das perguntas deixadas pela deputada Mariana Mortágua.
O Bloco de Esquerda considera que o Banco Espírito Santo era "um polvo". E quer saber como é que o polvo se desmoronou. A deputada Mariana Mortágua pergunta mesmo como é que não se viu que isso estava a acontecer.

"Quem não viu, o que teve a ganhar com o que não viu?", perguntou a deputada na sua intervenção no plenário desta sexta-feira, 19 de Setembro, que se debruçava sobre a proposta de inquérito parlamentar ao caso BES/GES, feita pelo PCP.

"Queremos saber concretamente quais os negócios do BES. Quem fez o assalto ao BES e à economia portuguesa? Quem beneficia com a situação encontrada?". Estas foram algumas das perguntas e considerações feitas pela parlamentar bloquista na sua intervenção sobre o inquérito ao processo de colapso e resgate do BES.

Além de falar sobre o que pretende descobrir no inquérito, Mariana Mortágua fez comentários sobre o passado do BES, uma instituição "que não passa de um polvo com ligações aos interesses angolanos, aos centros de lavagem de dinheiro do Luxemburgo e Suíça".

Além disso, a deputada bloquista fez referências à presença de figuras do banco nos Executivos portugueses: "Este mesmo BES esteve presente em 16 dos 19 governos constitucionais portugueses". Daí a sua importância sistémica e a necessidade de perceber o que aconteceu.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 19/9/2014 12:10

Luís Máximo dos Santos: “BES está em situação muito delicada, mas não em liquidação”
19 Setembro 2014, 12:00 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt
“O BES encontra-se numa situação financeira muito delicada e complexa mas não se encontra em liquidação”, avisa o novo presidente da instituição em comunicado. Luís Máximo dos Santos diz que tem estado a trabalhar “na preservação do valor dos activos” do banco.
O BES, onde permanecem os activos tóxicos da instituição, como a exposição ao Grupo Espírito Santo (GES), "não se encontra em liquidação", garante Luís Máximo dos Santos, presidente da instituição nomeado pelo Banco de Portugal na sequência da medida de resolução aplicada ao banco.

"O BES encontra-se numa situação financeira muito delicada e complexa mas não se encontra em liquidação", refere o gestor em comunicado divulgado esta sexta-feira, 19 de Setembro, dia em que se assinala um mês e meio sobre a tomada de posse do conselho de administração.

Máximo dos Santos reconhece que "são enormes os desafios e as consequências da aplicação" da medida de resolução aplicada ao BES. E diz ter aceite a responsabilidade de gerir o banco "com consciência disso mesmo".

No primeiro mês e meio de funções, a gestão dedicou-se a "iniciar o processo de criação de uma estrutura operativa e a preparar, em articulação com o Banco de Portugal e o Novo Banco, o processo de separação de balanços e um conjunto de acções visando a preservação do valor dos activos que permaneceram no BES".

O presidente da instituição, cujo âmbito de actuação está "profundamente restringido", disponibiliza ainda os endereços electrónicos que podem ser usados pelos diversos interessados em contactar o BES, desde os accionistas (acionista@best.pt) e outros investidores (investidor@bes.pt e investor@bes.pt). Em breve será também disponibilizado um site institucional.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 19/9/2014 11:52

Regulador suíço abre processo de insolvência do Banque Privée Espírito Santo
19 Setembro 2014, 10:14 por André Cabrita-Mendes | andremendes@negocios.pt
O regulador de mercado helvético vai nomear um administrador de insolvência para começar a reembolsar os depositantes, com depósitos até aos 100 mil francos suíços. O supervisor diz que o banco tem "suficientes recursos e activos líquidos" para pagar estes depósitos.
O regulador financeiro suíço abriu o processo de insolvência do Banque Privée Espírito Santo. A instituição do Grupo Espírito Santo (GES) encontrava-se em liquidação voluntária desde Julho.

A decisão foi anunciada esta sexta-feira, 19 de Setembro, pela Finma (Autorité fédérale de surveillance des marchés financiers) que durante a sua avaliação apurou que o banco estava insolvente.

O supervisor garante que de "acordo com as actuais estimativas, o banco está na posição de reembolsar rapidamente" os depósitos até 100 mil francos suíços.

No comunicado, a Finma explica que "o facto do banco estar em liquidação resultou na necessidade de ter de reavaliar rigorosamente os seus activos. Mais, uma empresa em liquidação deve fazer provisões para os custos necessários para continuar operações até entregar a sua licença bancária".

A autoridade financeira concluiu assim que a "quantidade de capital próprio disponível para o banco suíço já não é suficiente" e que "recapitalizar o banco através da participação dos actuais accionistas não é possível, porque as empresas detentoras do Grupo Espírito Santo estão também insolventes".

Com estes pratos na balança, a Finma decidiu dar início aos procedimentos de falência tendo nomeado um administrador para gerir este processo.

O "objectivo principal" destas medidas é "proteger os depositantes", afirma. "Um dos primeiros passos que o administrador de insolvência vai tomar é o reembolso de depósitos privilegiados", até 100 mil francos suíços (82,86 mil euros). Neste momento, não está em cima da mesa recorrer ao fundo de garantia de depósitos suíço (Esisuisse).

A Finma avança que as "estimativas actuais indicam que o banco tem suficientes recursos e activos líquidos para reembolsar os seus clientes com depósitos privilegiados", sublinhando que a "maioria dos depósitos dos clientes do banco são privilegiados".

Processo de investigação ainda está a decorrer
Sobre o processso para averiguar o papel desempenhado pelo Banque Privée Espírito Santo na distribuição de "títulos e produtos financeiros do Grupo Espírito Santo, o regulador diz que o mesmo "está a decorrer".

Foi no início de Setembro que o supervisor anunciou que abriu a investigação à instituição para examinar se "ocorreram violações da lei de supervisão" na venda de títulos e produtos financeiros pelo Banque Privée Espírito Santo e para apurar qual foi a actuação dos "donos do banco".

A instituição helvética mostrou "total disponibilidade" na altura para colaborar com as autoridades suíças.

A Finma sublinha que apesar de várias empresas do GES terem entrado em incumprimento de pagamentos, o Banque Privée Espírito Santo "não estava consideravelmente exposto a estas empresas".

A "perda de confiança após o colapso do GES colocou sérios problemas" ao Banque Privée "particularmente porque não foi incluído nas medidas de reestruturação ordenadas pelas autoridades portuguesas" ao BES.

A Finma garante que tem estado a "supervisionar atentamente" o banco suíço durante esta fase, tendo pedido ao banco para tomar acções para "gerir a crise".

Assim, o Banque Privée vendeu em Julho partes significativas do seu portefólio de clientes ao CBH Compagnie Bancaire Hevétique. Isto permitiu ao banco reduzir a sua folha de balanços e reforçar a sua base de capital.

Foi então que o Banque Privée anunciou que iria cessar operações e entrar em liquidação voluntária. Desta forma, o balanço do banco caiu dos 600 milhões de francos suíços para os actuais 80 milhões de francos suíços, "tomando as provisões necessárias", o que reduziu o número de depositantes afectados pela falência.

O Banque Privée surge mencionado num artigo do Wall Street Journal publicado a 13 de Agosto sobre a Eurofin, sociedade suíça de serviços financeiros, e que os reguladores portugueses que tenha tido um papel central na derrocada do Grupo Espírito Santo. Segundo o WSJ, a Eurofin geriu uma série de fundos de investimento que foram vendidos a clientes do Banque Privée.

A Finma colocou também à disposição dos clientes do Banque Privée Espírito Santo um guia para dar resposta às suas dúvidas.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 19/9/2014 11:50

Boas,

PS quer saber se Governo e BdP ocultaram problemas do BES em 2013
19 Setembro 2014, 11:08 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
O deputado socialista António Braga levantou dúvidas sobre o eventual uso de informação privilegiada no caso BES e sobre o aumento de capital feito pelo BES meses antes do colapso que, na sua óptica, foi um "puro engano".
O Partido Socialista lançou várias dúvidas sobre o caso Banco Espírito Santo e Grupo Espírito Santo para o Plenário esta sexta-feira, que quer ver respondidas no inquérito parlamentar que o PCP propõe criar. Várias dessas questões levantadas pelo maior partido da oposição põem em causa o papel desempenhado pelo Executivo.

"[Queremos saber] desde quando o Banco de Portugal, o Governo e a troika tinham conhecimento de problemas no BES e se os problemas não terão sido ocultados em 2013 para criar a ideia de que o programa de ajustamento corria às mil maravilhas", atirou o deputado socialista António Braga na intervenção na Assembleia esta sexta-feira, 19 de Setembro.

Para o PS, é claro que a intervenção da troika no sector financeiro português não funcionou, com a necessidade de se intervir no terceiro maior banco português.

A forma como foi feita essa intervenção, e o conhecimento do Governo de Passos Coelho sobre o caso BES, foi um tema várias vezes levantado pelo deputado socialista. Uma das questões é o facto de antes de 3 de Agosto, dia em que foi anunciado publicamente o resgate ao banco, com a sua divisão em instituição financeira de transição (Novo Banco) e veículo financeiro com activos problemáticos, terem sido aprovados diplomas sobre a forma como se podia aplicar o mecanismo de resolução nos bancos. "Terá havido informação privilegiada para alguns?", questionou-se o deputado, referindo a forte desvalorização em bolsa das acções do BES na sexta-feira, 1 de Agosto, antes de as mesmas terem sido suspensas de negociação.

Para António Braga, também é importante perceber "como foi possível dar tantas garantias sobre a saúde do BES, desde o Governo ao governador do Banco de Portugal, que levaram pequenos accionistas ao aumento de capital, que foi um puro engano".

O debate desta sexta-feira serviu para discutir a proposta de inquérito parlamentar a este tema, pela mão do PCP.
 
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