Dialmedia Escreveu:Caro Ramiiro,
Gostaria apenas de lhe dar um conselho que, como tem muito mais experiência de vida do que eu, apenas o segue se o quiser, mas fica aqui a minha deixa:
Não pense mais neste assunto nem se martirize pelo mesmo. Investiu num produto que não era do seu conhecimento mas vai recuperar o capital investido, claro está que não é a situação ideal MAS tendo em consideração as circunstâncias, há que ver as coisas pelo lado positivo. Acredite que hoje fosse vender e só recebesse 30% ou 50% do valor investido (ou até se perdesse tudo, veja por exemplo quem investiu no BES no aumento de capital e passado apenas 2 meses ficou sem nada), iria achar que receber "apenas" 100% do capital seria a melhor coisa que podia acontecer.
Converta esse investimento em dinheiro e, tendo em conta o perfil de investidor que deu para aferir pelos seus comentários, aposte em bons depósitos a prazo ou em alternativa num portólio diversificado de fundos de investimento de baixo risco, dado que não expõe o seu capital a variações significativas e rapidamente pode converter estes investimentos em dinheiro. Em qualquer um dos casos existem aqui no forum tópicos especializados para o efeito (que costumam estar nas primeiras páginas) onde poderá consultar algumas sugestões de alguns foristas entendidos na matéria. No final do dia o que interessa é que tenha os seus investimentos alocados de tal forma que durma descansado e não passe o dia a pensar nisso.
De resto, votos de boa sorte nos seus próximos projectos e aproveite ao máximo.
Amigo "Dialmedia". Quero agradecer as suas palavras. São muito ponderadas e razoáveis. O amigo tem toda a razão. Quando um "azar" acontece, há que "encaixá-lo" e... seguir em frente! Trata-se de dinheiro e não da nossa saúde ou da de alguém que nos é próximo. Isso sim é que é verdadeiramente importante!
No entanto, sabe, eu já tive outros "azares" com aplicações financeiras - em 2009, com a carteira de "torno absoluto" do BPP, fui ao Porto à sede e sofri lá um problema no coração que me deixou às portas da morte - e não posso evitar preocupar-me quando é o MEU dinheiro que está em causa.
Desde aí procuro relativizar, ver as coisas por outro prisma, mas custa-me imenso, neste caso das "notes" por que estou agora a passar, ver repetir-se uma situação que não me é desconhecida. Gosto de ter as minhas poupanças bem aplicadas, confio em bancos e gestores para que isso efectivamente aconteça, e sinto-me defraudado (para não dizer algo mais vernacular) quando sou aldrabado com promessas "quase certas" de resultados que depois não se concretizam (e quem os "promete" sabe muito bem disso!...).
Enfim, não vou pormenorizar mais, pois este não é o local adequado nem os amigos têm culpa ou obrigação de me ouvir a carpir mágoas.
Vou, mais uma vez, "encaixar as perdas" e seguir em frente! Tenho é que deixar de ser lorpa e desconfiar de tudo o que seja banco, gestor ou financeiro.
É pena chegar a esta minha idade e ter que ser tão azedo, mas infelizmente não desejo ao meu pior inimigo o que eu já passei com a trafulhice dos bancos.
Reitero os meus agradecimento pelo tempo que tomei aos amigos deste fórum.