rollingsnowball Escreveu:(...) Hoje em dia o mercado promete retornos muito inferiores ao que prometia na altura e por isso é natural que o retorno necessário para interessar alguém neste tópico seja também inferior. Há outras acções que mais do que quintuplicaram e são líquidas (exemplo, Mota Engil)? Há, mas será que o risco (de perda de capital, é assim que o vemos) era o mesmo? Na altura olhei para ela (Mota) e achei que sim, se calhar achei mal, se calhar tinha razão. Por incrível que te possa parecer com a acção ilíquida dormia sossegado com a outra não dormiria sossegado. Essa volatilidade tem que ser aceite por quem se dispõe a investir neste campo. Se pensares que a acção é actualmente possível de vender algures entre 0.8X e 1.2X então chegas à conclusão que essa subida de 20% com pouco volume não tem significado.
Por acaso também estive para entrar numa construtora, pensei na Mota Engil ou na Teixeira Duarte. Mas lá está, também me pareceu que o risco era grande (de perda total, na altura parecia que as construtoras podiam não se safar, e a Soares da costa, basicamente não se safou mesmo).
E é exactamente como dizes: o dinheiro que tenho na SCT não me faz falta durante os próximos anos; a empresa tem tão pouca dívida que pode sobreviver a um longo período de ambiente de negócio adverso, aliás tem tido sempre cash-flow positivo (ao contrário por exemplo da sua concorrente cotada em bolsa, e com mais liquidez, a SAG). Ou seja, sinto-me muito mais confortável como accionista da SCT do que se tivesse SAG, apesar de ter muito menos liquidez, porque o risco de perder tudo é mínimo.
Agora, porquê acções nacionais em vez de estrangeiras? Porque este estilo de investimento conta muito com os dividendos como parte importante do retorno total. Se tivesse dividendos de acções estrangeiras, tinha que estar a matar acabeça com duplas tributações e tretas dessas. Com acções nacionais, a fiscalidade até é vantajosa, os dividendos só englobam a 50%. Para mim é até super vantajoso porque actualmente sou bolseiro, em vez de receber um verdadeiro ordenado. A bolsa não entra no IRS, assim o meu rendimento tributável é 100% constituído por rendimentos de capital, em grande parte dividendos da F. Ramada, que basicamente me chegam para viver
e nem toco no "ordenado" (bolsa). Mas isso é assunto
para outro tópico...Eu sei bem que há muitas empresas... Aqui está um
screener do FT com os meus critérios exigentes, em Portugal dá a Litho Formas e a SCT...