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Caldeirão da Bolsa

Bolha na dívida dos periféricos na 'The Economist'

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Bolha na dívida dos periféricos na 'The Economist'

por atomez » 21/4/2014 15:58

O artigo original:

The Economist Escreveu:Europe’s bond bubble
Don’t go potty on the periphery


Southern Europe’s economies are in worse shape than tumbling bond yields suggest

INVESTORS have developed a remarkable enthusiasm for the European debt they once shunned. On April 10th, only two years after Greece imposed the biggest debt-restructuring in history on its private creditors, it raised €3 billion ($4.1 billion) in five-year bonds at a yield of less than 5%; the issue was seven times oversubscribed. On April 15th yields on ten-year Italian-government bonds fell to 3.11%, the lowest on record. From Portugal to Ireland, investors are piling into the bonds of the euro zone’s peripheral economies, pushing nominal yields down to levels not seen since the single currency began.

It is tempting to say that this is proof that the euro crisis is over: that years of tough reform are paying off, and that lower bond yields should soon lead to greater investment and faster growth. Tempting, but largely wrong. The outlook is far less rosy than the plunge in bond yields suggests. First, there is the cruel arithmetic of deflation. With prices falling in several of the peripheral economies, the real burden of their debts is rising. Second, much of the fall in bond yields reflects investors’ hopes that the European Central Bank (ECB) will start printing money, hopes that are likely to be dashed.

A year ago Spain’s ten-year bonds yielded 4.7% and its inflation rate was 1.5%. Today ten-year bonds yield 3.1%, but inflation has fallen below zero. On this crude measure, the real yield on these government bonds—that is, after adjusting for inflation—has barely budged. On a fancier measure, using ten-year inflation expectations, real yields on the periphery’s sovereign bonds have fallen more, but are still much higher than anywhere else in the rich world. That is why investors are piling in. But it is also why the debt burden is a problem.

Hoping against history
The burden of a country’s debts depends on how much it owes and the gap between its growth rate and the real interest rate it must pay. On each count, Europe’s peripheral governments fare poorly. Most have debts above 100% of GDP. Structural reforms, from freeing labour markets to deregulating cosseted industries, have not been radical enough to transform their growth prospects (see article). So the odds are that output will stay weak, deflation will persist and debt will rise further.

The way to avoid this is strong action from the ECB to banish deflation. That is exactly what many investors today are betting on. Thanks to a string of hints from ECB officials that they are considering “unconventional measures” to stop inflation falling further, there is a growing expectation that the ECB is on the brink of cranking up the printing presses.

The reality will probably be much less dramatic. Europe’s central bankers are willing to talk about bold measures, in the hope that talk alone persuades the markets. But there is no evidence of a commitment to act decisively. Germany’s influential Bundesbank is not convinced that low inflation is yet a problem. Even those central bankers who worry about falling prices see endless practical problems in designing measures to combat them. If the ECB acts it will probably be in small, careful steps, starting perhaps with the introduction of a negative rate on bank deposits.

Unfortunately, history suggests that incremental efforts to fight deflation do not work. Take Japan. For two decades the economy was stuck in a trap of economic stagnation, falling prices and rising debt. In the early 2000s the Bank of Japan’s timid efforts at battling deflation with money-printing failed. Only since 2013 has the ambitious stimulus of Abenomics begun to succeed. The ECB is much more like the Bank of Japan in 2000 than that of 2014. Until that changes, investors in Europe’s periphery should expect more deflation and rising debt. Nominal yields may shrink further, but the problems are not getting any smaller.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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Re: Bolha na dívida dos periféricos na 'The Economist'

por Quimporta » 21/4/2014 15:38

Alguém no Expresso achou que "Remarkable enthusiasm for the European debt" se traduz por "Bolha na dívida dos periféricos". :roll:
O gráfico e a parte do artigo que realmente valia a pena reproduzir, por conter o argumento que suporta a tese, não foram reproduzir. (Se calhar ainda bem)

Unfortunately, history suggests that incremental efforts to fight deflation do not work. Take Japan. For two decades the economy was stuck in a trap of economic stagnation, falling prices and rising debt. In the early 2000s the Bank of Japan’s timid efforts at battling deflation with money-printing failed. Only since 2013 has the ambitious stimulus of Abenomics begun to succeed. The ECB is much more like the Bank of Japan in 2000 than that of 2014. Until that changes, investors in Europe’s periphery should expect more deflation and rising debt. Nominal yields may shrink further, but the problems are not getting any smaller.


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Re: Bolha na dívida dos periféricos na 'The Economist'

por Sr_SNiper » 18/4/2014 13:23

Mas já vi que essas são para homens de barba rija, com nominais de 100k :)
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Re: Bolha na dívida dos periféricos na 'The Economist'

por Sr_SNiper » 18/4/2014 13:20

VOu ver sim senhor, e agradeço a partilha dessas obrigações, obrigado
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Re: Bolha na dívida dos periféricos na 'The Economist'

por bosss » 18/4/2014 13:10

Sr_SNiper Escreveu:
Eurouro Escreveu:
O Alquimista Escreveu:notícias deste tipo dão a entender que a normalização das yields não é normal...
The more you learn about the economy, the more you realize you have no idea what's going on - Morgan Housel

O que acontece é que as yiedls obrigacionistas baixam o suficiente para grandes investidores não terem mais interesse em alocar o capital em obrigações estatais e menos dinheiro colocado em empréstimos.

Exato, o grande fundo obrigacionista SHFTR já não procura oportunidade s nos periféricos e está na América Latina para ficar :)


Ainda a margem para os juros baixarem mais cá até aos 3% fim ano arrisco a dizer , mas mesmo assim já ando de olho lá fora tal como o SHFTR...
Ghana 8,5% 04/10/17 US760942AZ58
Nigéria 6,375 % 07/2023 XS0944707222

Brasil :
KFW 10,5% 14/12/17 XS1014862731
ELEBRAS 5,75% 10/2021
5,75% BRASIL TELECOM S/A (2022)

Sniper dá uma vista olhos e vê se alguma está no teu radar ...

Abraço e bom feriado
cumprimentos...
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Re: Bolha na dívida dos periféricos na 'The Economist'

por O Alquimista » 18/4/2014 0:38

Sr_SNiper Escreveu:
Eurouro Escreveu:
O Alquimista Escreveu:notícias deste tipo dão a entender que a normalização das yields não é normal...
The more you learn about the economy, the more you realize you have no idea what's going on - Morgan Housel

O que acontece é que as yiedls obrigacionistas baixam o suficiente para grandes investidores não terem mais interesse em alocar o capital em obrigações estatais e menos dinheiro colocado em empréstimos.

Exato, o grande fundo obrigacionista SHFTR já não procura oportunidade s nos periféricos e está na América Latina para ficar :)


pode parecer que não, mas o meu comentário era mera retórica, tal como esta pergunta: vocês sabem isso, mas o The Economist não, ao ponto de falar em bolha?

mais uma vez citando Morgan Housel: Read last year's market predictions and you'll never again take this year's predictions seriously.
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
 
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Re: Bolha na dívida dos periféricos na 'The Economist'

por Sr_SNiper » 17/4/2014 23:54

Eurouro Escreveu:
O Alquimista Escreveu:notícias deste tipo dão a entender que a normalização das yields não é normal...
The more you learn about the economy, the more you realize you have no idea what's going on - Morgan Housel

O que acontece é que as yiedls obrigacionistas baixam o suficiente para grandes investidores não terem mais interesse em alocar o capital em obrigações estatais e menos dinheiro colocado em empréstimos.

Exato, o grande fundo obrigacionista SHFTR já não procura oportunidade s nos periféricos e está na América Latina para ficar :)
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Re: Bolha na dívida dos periféricos na 'The Economist'

por Eurouro » 17/4/2014 23:33

O Alquimista Escreveu:notícias deste tipo dão a entender que a normalização das yields não é normal...
The more you learn about the economy, the more you realize you have no idea what's going on - Morgan Housel

O que acontece é que as yiedls obrigacionistas baixam o suficiente para grandes investidores não terem mais interesse em alocar o capital em obrigações estatais e menos dinheiro colocado em empréstimos. O dinheiro rola todo para o aparelho produtivo mais acções, capitalizando empresas.
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Re: Bolha na dívida dos periféricos na 'The Economist'

por Artista Romeno » 17/4/2014 15:13

Pata-Hari Escreveu:

Bolha na dívida dos periféricos na 'The Economist'
A revista britânica na sua edição de sábado analisa criticamente a euforia dos investidores em relação às obrigações soberanas dos periféricos da zona euro.
Jorge Nascimento Rodrigues
9:58 Quinta feira, 17 de abril de 2014 80 59

015 TEXTO A A Imprimir Enviar "Bolha nas obrigações da Europa" é o título de um artigo da revista britânica "The Economist" na sua edição impressa de sábado, muito crítico sobre a atual euforia em torno das obrigações soberanas dos periféricos da zona euro. "As economias do sul da Europa estão em pior forma do que sugere a queda das yields das obrigações", refere a revista num artigo que já se encontra disponível no site.

"Os investidores têm desenvolvido um entusiasmo notável em relação à dívida europeia que antes evitavam", refere a revista. Um dos casos emblemáticos recentes foi a operação de colocação sindicada de dívida obrigacionista na Grécia. Outros sinais são os mínimos históricos, ou a sua proximidade, que se verificam nas yields de obrigações irlandesas e italianas, bem como as descidas muito significativas nos casos das obrigações portuguesas e espanholas. "É tentador dizer que isso é prova de que a crise do euro acabou: que os anos de reforma difícil valeram a pena e que as yields mais baixas dos títulos em breve deverão conduzir a um maior investimento e a um crescimento mais rápido. Tentador, mas em grande parte errado. A perspetiva é muito menos rósea do que a queda nas yields dos títulos sugere", sublinha a revista.

O "The Economist" alega que há duas razões a toldar uma análise otimista: "Em primeiro lugar, há a aritmética cruel de deflação. Com a queda dos preços em várias das economias periféricas, o fardo real das suas dívidas está a aumentar. Em segundo lugar, grande parte da queda das yields das obrigações reflete a esperança dos investidores de que o Banco Central Europeu (BCE) vai começar a imprimir dinheiro, uma esperança que pode vir a ser frustrada". A revista britânica refere que a retórica de muitos responsáveis do BCE no sentido do uso eventual de medidas de política monetária não convencionais mais agressivas ainda este ano, pode não ser mais do que isso mesmo: "Estão dispostos a falar sobre medidas ousadas, na esperança de que falar por si só convence os mercados. Mas não há nenhuma evidência de um compromisso de [que o BCE] irá agir de forma decisiva".


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/bolha-na-divida ... z2z906uq1S


Grande ponto, mt bem colocado, mesmo tendo em conta que a inflação atual é baixa a taxa de juro real a que paises como Espanha se estão a financiar em mercado primario, não faz sentido, como é possivel além de Portugal Espanha um pais com problemas de desemprego e deficit significativos financiar-se mais barato que os EUA,http://economia.elpais.com/economia/2014/04/04/actualidad/1396602781_960227.html "Gracias a ello y aunque hay un abismo entre España y EE UU en cuestión de calificación de solvencia, los inversores llegaron a conformarse con una rentabilidad del 1,69% en el bono a cinco años del Tesoro en el mercado secundario, donde se intercambian los títulos una vez emitidos. A la misma hora, la rentabilidad exigida para comprar la deuda estadounidense a ese plazo superaba el 1,70%" , neste momento a divida dos prefericos continua a ser tal como desde 2011 objecto de especulação mas em sentido oposto.... A medida que os bancos centrais retirem liquidez dos mercados no futuro podem existir surpresas caso os governos não façam os trabalhos de casa e tomem isto como um incentivo para tomar dívida novamente.....
As yields estão em mínimos históricos.... e não há razoes que expliquem esse facto senão os LTRO e os QE..... algum dia acabahttps://www.jpmorganfunds.com/cm/Satellite?blobcol=urldata&blobkey=id&blobtable=MungoBlobs&blobwhere=1321522771197&ssbinary=true
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: Bolha na dívida dos periféricos na 'The Economist'

por O Alquimista » 17/4/2014 14:54

notícias deste tipo dão a entender que a normalização das yields não é normal...
The more you learn about the economy, the more you realize you have no idea what's going on - Morgan Housel
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
 
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Bolha na dívida dos periféricos na 'The Economist'

por Pata-Hari » 17/4/2014 13:00


Bolha na dívida dos periféricos na 'The Economist'
A revista britânica na sua edição de sábado analisa criticamente a euforia dos investidores em relação às obrigações soberanas dos periféricos da zona euro.
Jorge Nascimento Rodrigues
9:58 Quinta feira, 17 de abril de 2014 80 59

015 TEXTO A A Imprimir Enviar "Bolha nas obrigações da Europa" é o título de um artigo da revista britânica "The Economist" na sua edição impressa de sábado, muito crítico sobre a atual euforia em torno das obrigações soberanas dos periféricos da zona euro. "As economias do sul da Europa estão em pior forma do que sugere a queda das yields das obrigações", refere a revista num artigo que já se encontra disponível no site.

"Os investidores têm desenvolvido um entusiasmo notável em relação à dívida europeia que antes evitavam", refere a revista. Um dos casos emblemáticos recentes foi a operação de colocação sindicada de dívida obrigacionista na Grécia. Outros sinais são os mínimos históricos, ou a sua proximidade, que se verificam nas yields de obrigações irlandesas e italianas, bem como as descidas muito significativas nos casos das obrigações portuguesas e espanholas. "É tentador dizer que isso é prova de que a crise do euro acabou: que os anos de reforma difícil valeram a pena e que as yields mais baixas dos títulos em breve deverão conduzir a um maior investimento e a um crescimento mais rápido. Tentador, mas em grande parte errado. A perspetiva é muito menos rósea do que a queda nas yields dos títulos sugere", sublinha a revista.

O "The Economist" alega que há duas razões a toldar uma análise otimista: "Em primeiro lugar, há a aritmética cruel de deflação. Com a queda dos preços em várias das economias periféricas, o fardo real das suas dívidas está a aumentar. Em segundo lugar, grande parte da queda das yields das obrigações reflete a esperança dos investidores de que o Banco Central Europeu (BCE) vai começar a imprimir dinheiro, uma esperança que pode vir a ser frustrada". A revista britânica refere que a retórica de muitos responsáveis do BCE no sentido do uso eventual de medidas de política monetária não convencionais mais agressivas ainda este ano, pode não ser mais do que isso mesmo: "Estão dispostos a falar sobre medidas ousadas, na esperança de que falar por si só convence os mercados. Mas não há nenhuma evidência de um compromisso de [que o BCE] irá agir de forma decisiva".


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/bolha-na-divida ... z2z906uq1S
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