CEO da Mota-Engil: “Preço é desafio mas vamos dar proposta à alta velocidade”

[Quimporta]

Não achas estranho as sanções não estarem a surtir qualquer efeito?

Não estão?! Não chamas "efeito" ao que acontece às acções da Gazprom, ao rublo, aos capitais, aos ratings, ao investimento, às previsões do PIB?
O que acho estranho é que os EUA tenham acertado uma, para variar, e logo com arte da subtileza que não tem sido a especialidade.


Este misha há dois anos era BRIC e agora arrisca-se a não crescer sequer como um PIG (e.g. Portugal...)
Os camaradas só lerem o PRAVDA, é no que dá

Ainda que, e convêm dizer, este abrandamento na economia Russa não aproveita ninguém.
O jogo aqui não é "xadrez" é "monopólio"

IMF Cuts Russian GDP Forecast as Cabinet Warns on Growth

By Anna Andrianova and Stepan Kravchenko Apr 8, 2014 6:48 PM GMT | Bloomberg

The International Monetary Fund cut its forecast for Russia’s economy, citing the standoff with the U.S. and Europe over Ukraine, as the government in Moscow warned this year’s growth may slow to the least since a 2009 recession.

Gross domestic product will expand 1.3 percent in 2014, the same as last year and down from a 2 percent prediction made in January, the Washington-based IMF said today. The IMF is more optimistic than the Economy Ministry, which said later that GDP will grow 1.1 percent in its base case scenario, or as low as 0.5 percent under its pessimistic outlook.

In an interview with Bloomberg Television today, IMF chief economist Olivier Blanchard said the fund’s forecast for Russia was compiled before the Crimea takeover was “fully in play.” He said the IMF may further reduce its 2014 growth projection, possibly to less than 1 percent.

President Vladimir Putin’s move to absorb Crimea last month prompted U.S. and European Union sanctions and triggered the worst standoff since the Cold War. Russian Economy Minister Alexei Ulyukayev has warned of a possible recession this year if capital outflows reach $150 billion. Russian stocks are the worst performers in 2014 globally, falling more than 10 percent.

The ruble has lost 7.9 percent against the dollar this year, the second-worst performance among 24 emerging-market currencies tracked by Bloomberg after the Argentinian peso. The dollar-denominated RTS Index has declined 17.1 percent, compared with a 0.9 percent advance for the MSCI Emerging Market Index.

[atomez]

A Europa ladra e o Vladimir morde.

[tava3]

Não achas estranho as sanções não estarem a surtir qualquer efeito? Eles devem ter alguma na manga, a china compra tudo, não sei se viste um documentário aqui há uns tempos de nome: Chinamerica, em que os states estão a tentar de tudo para evitar que a china tenha acesso a recursos energético à descrição. Estás a ver as implicações, em menos de 10 anos passam para 1º na economia mundial, e eles já gastam um terço de do que os states gastam em armamento. Não interessa aos russo também terem a china mais poderosa à sua porta, mas se tiver de fechar a torneira para a europa ou se lhes embargarem as vendas, lá terá de ser, até que para a china o embargo é uma coisa que não lhes assiste, como dizia o outro.

Quanto ao nuclear, não me parece que uns parafusos resolvam a necessidade de aumento de produção, até porque a maioria das centrais já devem ter uns parafusos a mais, devido à idade, e um acidente nuclear na europa, um só, porque isto é muito apartadinho, vão desejar que a russia tivesse ficado com a ucrania inteira. Uma centra nuclear demora pelo menos 10 anos a começar a produzir, correndo tudo pelo melhor. Apesar de não sermos exemplo, o nosso projecto nuclear já vem do tempo do outro senhor e ainda não a construímos, e ainda bem mas isso é outra conversa, e mudar a industra toda de gas para eletricidade custa uma pipa, portanto não é solução.

Quanto a uma guerra, a do afeganistão com a urss teve uma razão principal pouco falada, que foi de os levar ao colapso economico, e conseguiram. Mas eles aprenderam, e apesar de achar que uma guerra convencional entre os dois, mano a mano, os states perdiam porque são pateticos a combater, a russia não se vai meter numa guerra de exaustão e por isso seria rapido e eficaz.

O problema dos states é que "disparam" primeiro e perguntam depois e a europa vai atrás, depois é que se apercebem na porcaria onde se meteram, não aprendem nunca. Agora como não podem/querem perder a face, isso está a levar a esta escalada. Cuidado com esta malta!

[Quimporta]

Obviamente que os filhos do Putin sabem que têm a melhor mão ao pote do curto prazo, e que todos imaginam o tsunami que seria na Europa se houvesse um embargo da Rússia.
Mas oh TVVQN... tu que te dás bem lá nos Urais... Já lá perguntaste que aconteceria na Rússia se decidissem fechar a braguilha da Gazprom?

A economia é movida quase exclusivamente a gás-oil (70% das exportações).
A preocupação racional pela agitação a leste não é o risco de embargo, mas sim a subida dos preços. Só se favorecem os oligarcas se houver vendas.
Fechar a torneira? Sim, e onde é que se arranjavam USD$ para comprar tudo o mais com que se adornam as Irinas?

Oil-and-gas exports make up 70% of Russia’s $515 billion annual exports, and 52% of the federal budget, according to America’s Energy Information Administration. Europe’s role as Russia’s largest gas market already gives it a certain strength, as can be seen in the increasingly hard-nosed way EU competition officials are taking on some of Gazprom’s practices. fonte

No longo prazo, o Mussolini sem t-shirt está a contribuir para pressionar a resolução de uma série de problemas que o Ocidente anda a empastelar.
O mercado interno da energia, o investimento público nas renováveis, o acordo de comércio EU-USA, são exemplos a juntar a uma pipa de problemas políticos pendentes de vitamina V (votos...)

É claro que levarmos com outro choque petrolífero, ainda para mais nesta altura, ía ser duro. Mas aparentemente não é nada de incontornável.
As centrais nucleares Alemãs e Japonesas lá vão ter que levar mais uns parafusos novos, outros países vão ter que investir em alternativas de médio prazo, mas é uma questão de apressar o que já se sabe há muito que é preciso fazer, como estratégia de longo prazo, mas que no curto não rende votos.

A história diz que nada como um misha com tiques imperialistas para unir e mobilizar os Europeus.
E este misha é grande mas já não parece grande coisa...

Help is round the corner

Finding much more by way of replacement gas, though, would be hard. Perhaps 10bcm could come from Norway. Shares in Statoil, Norway’s state energy company, have jumped by 7% since the revolution in Ukraine, notes John Olaisen, an analyst at ABG Sundal Collier, a Norwegian bank. But the scope for further production inside the EU is limited. In the Netherlands public opinion wants the country to pump less gas, not more, because of worries about carbon emissions and a string of minor earthquakes associated with the depletion of the giant Groningen field. Britain’s gasfields are also depleting. North Africa has proved an unreliable supplier, beset by terrorist threats and other unrest. Italy’s imports from Libya, once a reliable supplier, were down by 11.9% in 2013; supplies from Algeria (where local demand is booming) were down by 40%.

What about gas from farther afield? Europe has the capacity to import a lot more LNG; its 2013 LNG imports, 45.7bcm, were much lower than the 2011 peak of 86.5bcm. The problem here is inelastic supply. The countries which export LNG cannot simply churn out more of the stuff; the plants which liquefy the gas cost billions of dollars, so they tend already to be running at full blast. And most of what they make they are already selling, at high prices, in Asia (see chart 1). Japan needs LNG to keep the lights on, having shut down its nuclear power plants after the Fukushima disaster. China is trying to burn less coal because of public anger at air pollution. Europe might be able to find another 10bcm of LNG, analysts reckon, but it would pay about twice what Russian pipeline gas currently costs.

fonte

[tava3]

É só rir. No curto médio, e muito provavelmente no longo prazo, estão nas mãos do putin, quer queiram quer não, e quanto mais tempo demorarem a aceitar isso pior para todos. Não estou a ver apostarem nas renováveis na europa à pressa ou os estados unidos enviarem barcos com gás, vários por dia para colmatar as necessidades da europa. Não esquecer que as renováveis não avançam porque é do interesse de alguma gente, poderosa, que não avancem, certo? Não vai ser o conflito na ucrania que vai mudar as coisas. E aquele conversa do governo de que podemos lucrar com o gas do norte de áfrica também me parece mais uma treta, mas este governo gosta de cavalgar aldrabices, nada de novo aqui. Tenho duvidas que os pipes que passam por aqui tenham caudal para fornecer a europa, e se for para fazer novos, fica mais barato passar só por espanha, digo eu. Por isso, se querem que o putin não se intrometa na ucrania, não façam ameaças, simplesmente deixem de se intrometer também, e aí sim tem razão para protestar. Até lá nada feito, e não tenho grandes dúvidas que se por insanidade a nato, não os estados unidos porque não são parvos, tentarem qualquer intervenção militar contra a russia, a resposta será devastadora e ninguém ganha, podem escrever isso.

P.S. A ucrania nem imagina no caldinho que se vai meter com "esta" europa, depois ainda vai pedir à russia para os livrar destas sanguessugas, porque não há almoços grátis.

[Quimporta]

Go Ahead, Vladimir, Make My Day
APRIL 12, 2014 | Thomas L. Friedman | The New York Times


SO the latest news is that President Vladimir Putin of Russia has threatened to turn off gas supplies to Ukraine if Kiev doesn’t pay its overdue bill, and, by the way, Ukraine’s pipelines are the transit route for 15 percent of gas consumption for Europe. If I’m actually rooting for Putin to go ahead and shut off the gas, does that make me a bad guy?

Because that is what I’m rooting for, and I’d be happy to subsidize Ukraine through the pain. Because such an oil shock, though disruptive in the short run, could have the same long-term impact as the 1973 Arab oil embargo — only more so. That 1973 embargo led to the first auto mileage standards in America and propelled the solar, wind and energy efficiency industries. A Putin embargo today would be even more valuable because it would happen at a time when the solar, wind, natural gas and energy efficiency industries are all poised to take off and scale. So Vladimir, do us all a favor, get crazy, shut off the oil and gas to Ukraine and, even better, to all of Europe. Embargo! You’ll have a great day, and the rest of the planet will have a great century.

“Clean energy is at an inflection point,” explains Hal Harvey, C.E.O. of Energy Innovation. “The price reductions in the last five years have been nothing less than spectacular: Solar cells, for example, have dropped in cost by more than 80 percent in the last five years. This trend is underway, if a bit less dramatically, for wind, batteries, solid state lighting, new window technologies, vehicle drive trains, grid management, and more. What this means is that clean energy is moving from boutique to mainstream, and that opens up a wealth of opportunities.”

New houses in California now use one-fourth of the energy they used 25 years ago, added Harvey. Chevrolet, Dodge and Ford are in a contest to make the most efficient pickup — because their customers want to spend less on gasoline — so they are deploying new engines and lighter truck bodies. Texas now has enough wind to power more than 3 million homes. New Jersey generates more solar watts per person than California.

(...)

[Quimporta]

Imagino Putin de lágrima ao canto, a contemplar os 11 últimos seguidores: de pé ó vítimas da fome! De pé, famélicos da terra

Here are the 11 U.N. members that voted against a UN resolution on Ukraine’s unity
WPost, BY TERRI RUPAR
March 27 at 1:39 pm

Resolutions from the United Nations' General Assembly, unlike those from the Security Council, are non-binding. So a vote for or against a measure -- like the one Thursday that says Crimea's referendum to break away from Ukraine was not valid -- doesn't mean any action will be taken.

But any action in the Security Council has been blocked by Russia, which is one of the five permanent members and so has veto power. It can't block a resolution in the General Assembly, however.
One hundred countries voted in favor of the resolution, which was introduced by Canada, Costa Rica, Germany, Lithuania, Poland and Ukraine. Reuters reports that Western diplomats sent a message highlighting Russia's political isolation. The 11 nations that voted against the resolution, however, aren't necessarily against political isolation from the West.

These 11, whose leaders have been critical of the United States and other Western nations, are:

Armenia, Belarus, Bolivia, Cuba, North Korea, Nicaragua, Russia, Sudan, Syria, Venezuela, Zimbabwe

Here's the full text of the U.N. resolution:

[Quimporta]

Lista dos grande defensores do proletariado.

Our crony-capitalism index
Planet Plutocrat

The countries where politically connected businessmen are most likely to prosper
The Economist | Mar 15th 2014 |

(...)

A galaxy of riches

Billionaires in crony sectors have had a great century so far (see chart 2). In the emerging world their wealth doubled relative to the size of the economy, and is equivalent to over 4% of GDP, compared with 2% in 2000. Developing countries contribute 42% of world output, but 65% of crony wealth. Urbanisation and a long economic boom have boosted land and property values. A China-driven commodity boom enriched natural-resource owners from Brazil to Indonesia. Some privatisations took place on dubious terms.

Of the world’s big economies, Russia scores worst (see chart 3). The transition from communism saw political insiders grab natural resources in the 1990s, and its oligarchs became richer still as commodity prices soared. Unstable Ukraine looks similar. Mexico scores badly mainly because of Carlos Slim, who controls its biggest firms in both fixed-line and mobile telephony. French and German billionaires, by contrast, rely rather little on the state, making their money largely from retail and luxury brands.

(...)

[ghorez]

Tou msm a ver o TVVQ com boina militar, camisola do Che Guevara, com berros tipo "Avante Camarada".

Atrás dele uma foice e um martelo cruzados.

[Quimporta]

Bem, se fazer dezenas de milhares de mortos se resolve com a humilhação publica e nem um visazito congelado, diz muito. Para mim esse homem devia estar preso e a responder por crimes de guerra, mas isto seu eu que sou um chato. Queres apostar que se tivesse acontecido o putin piava mais fininho? Aí sim, tinhas-me a criticar quem falhasse o penico. Que fique claro que eu não sou seguidor de ninguém como parece ser quem não alinha com o mainstream.

Putin para o Bush... o que é que os alhos têm que ver com as calças?!
Estás apenas a ser mais um na carneirada dos que não querem ser mais um na carneirada

[tava3]

Bem, se fazer dezenas de milhares de mortos se resolve com a humilhação publica e nem um visazito congelado, diz muito. Para mim esse homem devia estar preso e a responder por crimes de guerra, mas isto seu eu que sou um chato. Queres apostar que se tivesse acontecido o putin piava mais fininho? Aí sim, tinhas-me a criticar quem falhasse o penico. Que fique claro que eu não sou seguidor de ninguém como parece ser quem não alinha com o mainstream.

[Quimporta]

Curioso que o bush, que tambem esteve quase proposto a nobel, quando invadiu o iraque enganando toda a comunidade internacional e que fez dezenas ou centenas de milhares de mortos, não ouvi os media a chamarem-lhe ditador, muito menos neo-mussolini.

TVVQN, se há coisa que os americanos têm de saudável é que sabem rir- se de si próprios. Com a invasão do Iraque o Bush tornou-se "só" o maior saco de pancada dos media de que tenho memória. Americanos, Europeus, Chineses, Árabes, Sul americanos, por todo lado.

A condenação foi tão generalizada que houve tempos em que aparecia a entrada do Bush na wikipedia quando se pesquisava no Google "idiotice completa". E o fim dessa história é já conhecido. O mundo inteiro aclamou a chegada à presidência de um Senador júnior (a meio do primeiro mandato!), cujo único mérito que se lhe reconhecia era ser um bem-falante sobre os desmandos da era Bush. Mas mesmo antes disso já Obama tinha sido recebido por uma multidão em apoteose nas portas de Brandeburgo, e tinha o apoio do 1º responsável operacional pela movimentação das tropas para o Iraque, Colin Powell.

Não percebo minimamente como usas o Bush como exemplo da duplo padrão dos média quanto ao que se passa com o Putin. Tinhas até mais por onde pegar, mas o Bush bem tratado pelos media?

Estás a alimentar uma visão maniqueísta da história que é completamente minoritária, como se a política internacional e a guerra fossem um concurso de asneiras e o facto de algum país ter cometido atrocidades legitimasse outro a fazer igual ou pior.

Os valores em que acreditas estariam bem melhor defendidos se não tivessem que lidar permanentemente com a sombra destes semi-apoios a figuras e regimes autoritários, agora ainda por cima com argumentos cuja validade expirou em 1989...

[tava3]

Curioso que o bush, que tambem esteve quase proposto a nobel, quando invadiu o iraque enganando toda a comunidade internacional e que fez dezenas ou centenas de milhares de mortos, não ouvi os media a chamarem-lhe ditador, muito menos neo-mussolini. E praticamente ainda não houve baixas na crimeia, eu faço ideia se tivesse entrado à bruta. Quem fala dos bons e dos maus são os media ocidentais, eu só dou os nomes para poupar palavras.

[BearManBull]

Garnde artigo!

Não só não é como não traz qualquer alternativa ao dito "capitalismo selvagem" dos EUA, onde há uma democracia com as suas debilidades, mas também com aspetos absolutamente exemplares. Cito a liberdade de imprensa, e citaria muitos outros.

Este pessoal acha que os americanos são uma camabada de cepos e eles continuam como maior economia mundial e apesar de todos os esforços da China nem com 6x de população vão ter de lutar pelo menos uns 20 anos antes de os conseguirem ultrapassar.

Imperialistas? Alguém que me diga um país por onde os USA passaram que não melhorou exponencialmente depois? Deve ser por criarem contratos com o MacDonalds e Coca Cola... O Iraque lá dará os seus frutos no longo prazo.

[Quimporta]

Tenho pena desta carneirada seguidora dos "bons" que não vê um chouriço a passar à frente.

TVVQN, há pelo menos um ponto onde faço questão em que a gente se ponha de acordo. Essa linguagem "os bons" e "os maus" não faz qualquer sentido aplicada ao que está a acontecer por existirem países da ex União Soviética a tender para se aliarem à União Europeia e à Nato. O que é defensável é o direito de cada país determinar livremente o seu caminho. Com todas as nuances que se sabe que estão envolvidas, é o que se passa na Ucrânia.

Ainda recentemente Putin teve um papel na questão Síria que lhe valeu estar proposto para o Nobel da Paz ( ). Que isso sirva de argumento para justificar o interesse em termos uma Rússia forte, juntando-se aos outros blocos - também a Europa , num mundo multipolar compreende-se e saúda-se.
A Rússia não tem nada que ser vista como má,... a não ser que invada países, como o ocidente não tem nada que ser visto como bom... especialmente quando também invade países!

Impressiona-me que se dê de barato o estatuto de "bom" ou "mau" a qualquer dos blocos, sobretudo sem existir um padrão ideológico minimamente definido para se questionarem os valores que são apresentados de cada lado.
Do lado Russo nem vejo valores nenhuns. Vejo apenas um líder que se acha sucessor de Pedro "o grande", que aproveitou um momento de fraqueza de um vizinho para lhe sacar umas praias, como já antes tinha feito na Geórgia, e quem sabe se não se prepara para fazer noutros sítios.

Ver a esquerda, que goste-se ou não defende um modelo ideológico alternativo coerente, a colocar-se ao lado de um neo-Mussolini foi para mim uma total surpresa. Quem são os carneiros aqui?

[tava3]

Tenho pena desta carneirada seguidora dos "bons" que não vê um chouriço a passar à frente. Querem queiram ou não, quer gostem ou não, vão ter um contra poder que só pode ser um de dois, russia ou china, e se nos portarmos bem pode ser que não apareçam juntos. Isto não é defender ninguem, digo mais uma vez por causa dos cegos, ou será dos surdos?

[mfsr1980]

Caros,
Comunista ou não, a Rússia têm o dever de reorganizar-se!
A "guerra fria" teve o dom de equilibrar forças no mundo e de respeito mútuo que hoje definitivamente não há!
Abraço mfsr1980

[Quimporta]

Não pode haver alguém com a estupidez infinita de acreditar no comunismo russo ou chinês.

ghorez, filho... vamos lá pôr as coisas no mapa certo, ok?
A Rússia não tem nada que pareça um estado comunista. O Partido Comunista, depois de ilegalizado e perseguido, reativou-se mas está na oposição a Putin.
É um dos aspectos curiosos deste debate, que setores da esquerda se estejam a enfeudar na manobra de Putin como uma reacção ao capitalismo selvagem do ocidente, quando Putin tem todos os padrões dos ditadores de extrema direita europeus.

Não é por acaso que o canal da direita americana FoxNews, que o TVVQ já citou como se tivesse peso para poluir a crítica internacional, tem mostrado uma estranhíssima veneração pelo Putin, exibindo sempre que pode a foto do "cavaleiro em tronco nu", por oposição o um Obama, a passear de bicicleta, com o ar mais normal do mundo.
Para a direita americana, que classifica o Obama de "fraco" por querer sair do Iraque e Afeganistão, negociar com a China, e ter apostado num reset estratégico com a Rússia, usa Putin como o exemplo do líder carismático, que defende os empreendedores capitalistas e criadores de empregos, explora livremente o petróleo e o gás sem as devidas regulações ambientais, persegue os homosexuais, e defende o país investindo no exército e recorrendo à contra espionagem e propaganda.

É caricato que em Portugal seja a esquerda que se identifica com este Mussolini loiro e com armas nucleares.

[ghorez]

Este artista deve estar aqui só a brincar com o pessoal.
Não pode haver alguém com a estupidez infinita de acreditar no comunismo russo ou chinês.

Ele tá a brincar com o pessoal.

[Quimporta]

É uma escolha remelosa, realmente. Prefiro escolher referencias entre as democracias, mas cada um come do que gosta
E não me parece que o apoio da Europa a "essa gente" seja assim tão claro. Dizer que o problema da Ucrãnia deve ser resolvido em eleições e as potências estrangeiras devem manter-se à parte não é apoia ninguém em especial.

Fala-se mal da Europa, com razão num série de limitações que tem, mas em muitos assuntos de política internacional mostra senso comum e valores que não se acham em mais sítio algum.

[tava3]

Não é um problema europeu mas passa a ser quando a europa apoia esta malta. A russia não é o que necessitamos mas é o que temos, ou eles ou a china, escolhe um.

[Quimporta]

TVVQ, uma coisita rápida que os outros vão dar-te porrada e não quero atrapalhar.

Acho extraordinário neste momento usar-se a linguagem da guerra fria, como se a Rússia ainda fosse um império Soviético.
Não só não é como não traz qualquer alternativa ao dito "capitalismo selvagem" dos EUA, onde há uma democracia com as suas debilidades, mas também com aspetos absolutamente exemplares. Cito a liberdade de imprensa, e citaria muitos outros.

Uma chamada para referir que a sara paula nunca esteve para a ser candidata à presidência. Porque não quis ir às primárias, uma vez que os havia por lá bem mais jumentos que ela, e não foi por aí. Mas ser-se jumento é um direito em democracia.

citares o caso do director de um canal oprimido noutro país de oligarcas como se isso fosse um problema europeu é perverso.
A Ucrânia está como está pela proximidade à Rússia. O ponto de partida é mesmo da Polónia, que felizmente não adquiriu os hábitos do Putinismo, aderiu à UE e em poucos anos já olha por cima do ombro para países como ... este...

Não, TVVQ... A Rússia não é o fiel equilibrador que necessitamos...

[tava3]

Quem tem meo ou zon que volte um pouco para trás na rtp1, um director de um canal ucraniano a ser obrigado com violência a assinar a rescisão, pelos membros do partido de extrema direita que nas ultimas eleições não elegeram nenhum deputado e que agora têm 6 membros neste governo fantoche. Viva a democracia europeia.

[tava3]

Em relação aos homossexuais, vão perguntar a sara paula, aquela do partido do chá que esteve quase para ser a candidata à presidência e quiçá ainda vai ser, qual é a opinião dela, ou se calhar não é preciso ir tão longe, nos republicanos mais moderados também podem ter surpresas. É sem duvida um problema na russia mas não só lá.

[Valete]

A discussão está muito interessante.

Mas no fundo, é como diz o Obama, a Rússia está do lado errado da história. Para lá do regime corrupto, para dizer o menor dos males, todo e qualquer resquício de progressismo está a ser eliminado.

Aquilo é do mais conservador que há. O liberalismo ocidental é visto como decadente. Por isso, não me admiro se vir o Putin em tronco nu, montado no seu cavalo, a caçar homossexuais.

E mesmo a anexação da Crimeia é um sinal da política orientada para dentro do Putin: com esta jogada, o Mar Negro vai-se transformar para os Russos numa piscina. A Turquia, enquanto membro da NATO (e interessada na questão Tártara), pode muito bem fechar o estreito.