25 de Abril. As 27 horas e 30 minutos que fizeram a Revolução

[atomez]

A sério?

Rússia. Dia 9 de Maio começa oficialmente a Guerra Fria do século XXI

Putin convidou os líderes da China, Irão, Egipto, Coreia do Norte, Venezuela, Turquia e Grécia para assistirem ao 70.º aniversário do fim da II Guerra Mundial. O Ocidente fica de fora, com a NATO dividida

O divórcio oficial entre a Rússia e os seus aliados, por um lado, e o bloco ocidental, por outro, vai acontecer em Moscovo, no dia 9 de Maio. As comemorações do 70.º aniversário do fim da II Guerra Mundial marcarão o princípio de uma nova ordem mundial. Ao lado de Putin estarão o presidente da China, Xi Jinping; do Irão, Ali Khamenei; do Egipto, marechal Sisi; da Coreia do Norte, Kim Jong-un; da Venezuela, Nicolás Maduro; da Turquia, Erdogan; e da Grécia, Tsipras, entre outros líderes de países, como a Bielorrússia, que sempre estiveram ao lado de Moscovo nos bons e maus momentos. Obama, Merkel, Hollande, Cameron e tantos outros vão ficar de fora, com a NATOa ver dois dos seus membros ao lado de Putin. A Guerra Fria do século XXI vai, assim, começar oficialmente, muito embora as relações entre o Leste e Oeste nunca tenham sido felizes e muito menos amistosas.

Mas é ilusões de grandeza...

Em termos de PIB a Russia já foi ultrapassada pela India e Brasil, para nem falar na China. Já não é uma superpotência nem sequer uma grande potência, é mais uma no meio de outras. E vendo bem, na prática só tem capacidade para chatear os vizinhos.

[Dom_Quixote]

O home foi avô, digo, pai... e deve estar a gozar uma licença de paternidade... lol

"Diferente informação publicou o tablóide suíço Blick. Segundo o jornal, Vladimir Putin esteve ausente do país nos últimos dias para acompanhar o suposto nascimento de um filho da campeã olímpica Alina Kabaeva, considerada a namorada do Presidente."

[atomez]

Mais uma manobra de marketing pessoal?

Putin Disappears Like a Dictator

Major announcement by Putin awaited in Moscow

The Kremlin press office Friday told media heads not to leave Moscow in the next few days and stand by for an important announcement by President Vladimir Putin.

The CEO of the Center for Political information Alexei Mukhin did not deny that President Putin is “currently incapacitated.”

Thursday, Russian Internet sites carried rumors of Putin’s death after he had not been seen in public since March 5. The rumors were not confirmed.

Mukhin’s reply to the query was “no comment.”

PS: A minha guesstimation é que se vai declarar Czar de Todas as Rússias

[richardj]

Eu acho que a Rússia está a tentar fazer arrebitar o preço do crude, que é tudo um grande bluff. Eles têm a frieza para isso eh.

Nota: O hollande a tentar promover-se até faz dó, mas alguém acredita que o Putin houve alguma coisa que ele diz? ahah

[Quimporta]

Se fôr por causa do clima no problem! É importante a resolução pacífica deste conflito. Bem mais importante do que parece à vista desarmada!!!

A brincar que o digas, a minha única fé neste momento é que o "Benito" Putin esteja interessado em ter na Ucrânia mais um conflito congelado, semelhante aos da Geórgia e Moldávia.
Infelizmente as notícias não estão a apontar para aí.
O congresso americano está a pontos de começar a aprovar ajuda militar à Ucrânia e a partir daí nem sem que diga mais...
Nada disto parece fazer sentido. Ainda tenho olhado para os preços do crude, a ver se poderá haver alguma tentativa de que o conflito aqueça para fazer subir a cotação, mas aparentemente tudo calmo pelas areias da Arábia. (fonte)

Se o homem é simplesmente doido vai ter que ser parado.

5 more Ukrainian forces killed as ceasefire continues to crumble
By Holly Yan and Nick Paton Walsh, CNN
Updated 1800 GMT (0200 HKT) February 17, 2015

Donetsk, Ukraine (CNN)Five more Ukrainian service members have been killed in the past 24 hours, Ukraine's Defense Ministry said Tuesday -- another sign that the truce between the government and pro-Russian separatists is falling apart.
The news comes three days into a ceasefire between Ukrainian forces and the separatists in eastern Ukraine. But clearly, the fire has not ceased.
The U.N. Security Council is scheduled Tuesday afternoon to consider a resolution calling on all parties to implement the ceasefire agreement. A Russian delegate is set to be among those making speeches

[Dom_Quixote]

Se fôr por causa do clima no problem! É importante a resolução pacífica deste conflito. Bem mais importante do que parece à vista desarmada!!!

[Quimporta]

As notícias das TV de ontem não foram particularmente esclarecedoras sobre a situação no terreno.
A ideia que passou é que o cessar fogo não estava a ser respeitado, e não é exatamente assim.

Para já, e tendo em conta o antes e o depois da entrada em vigor no novo acordo de Minsk, diz que há uma espécie de cessar fogo.
Não me parece contudo que o clima permita passar à próxima fase prevista no acordo, ou seja, a retirada da artilharia pesada das zonas de conflito.

Ukrainian ceasefire goes into effect amid mistrust on both sides
By Faith Karimi and Frederik Pleitgen, CNN
Updated 1034 GMT (1834 HKT) February 17, 2015

(...)

Ceasefire holding?

The "ceasefire is holding," according to chief monitor Ertugrul Apakan of the Organization for Security and Co-operation in Europe.
Referring to the first 12 hours of the ceasefire, Apakan said the ceasefire was being respected overall, with some exceptions.

Apakan noted violations in the town of Debaltseve, where an exchange of artillery fire began after the ceasefire was implemented.
Ceasefire monitors said they were blocked from traveling into the town. Deathly silence in the area was broken Sunday by the sound of shelling and at times civilians still fleeing for their lives, CNN's Nick Paton Walsh reported.

In the area around the city of Donetsk, there were reports of a mortar round, three uses of a multiple-launch rocket system and small-arms fire in the first hour of the ceasefire, but the "situation was calm," the chief monitor said.
There were also violations reported before dawn in the city of Luhansk, he said.
The OSCE mission "calls on all parties to fully adhere to the ceasefire in all locations," Apakan said.

(...)

[Quimporta]

Então já que estamos numa de mapas, aproveito para deixar aqui o mapa das regiões onde a Rússia, mesmo sem Putin, sucessivamente ensaia a lógica de dividir para governar.
Antes de o tentar fazer na região de Donetsk/Lugansk, a estratégia apoiada em proxis militares locais já foi seguida e conseguida em mais casos:

- Abecásia, que se declarou independente da Geórgia
- Osétia do sul, idem
- Transnistria, que se declarou independente da Moldávia

A Rússia beneficia ainda do estatuto de "semi independência" de Nagorno-Karabakh, disputado entre Arménia e Arzerbaijão desde a guerra terminada em 1994.

A situação da Crimeia é o primeiro caso de anexação pura e simples, resultando em efectivo ganho territorial, com a particularidade de não terem disparado um tiro.

Fonte: Ucrânia, a ponto de entrar para a lista dos conflitos adormecidos

[djovarius]

Bom dia a todos,

Este cessae fogo será daqueles que só (não) pagando para ver...

Mas este mapa postado pelo amigo Lion, serve bem para explicar uma coisa. Aquele território é mais do que seria a zona de maioria Russa, a chamada "Nova Rússia". Aquela fronteira serve apenas para ligar tudo à Crimeia, controlando o mar de Azov e a parte mais importante do mar Negro.
Mas não são só os Russos que estão doidos para apanhar aquilo que acham que lhes pertence.
Se fosse possível, outros tentavam apanhar o que lhes pertenceu, como os Romenos, que podiam reclamar a Bessarábia do Norte, ou os Polacos e Lituanos, cuja Federação também por lá andou, ou mesmo, a região de Lviv, que pertenceu ao Império Austro-Hungaro e que ainda hoje os Alemães chamam Lemberg.
Se fosse tudo dado, repondo a autenticidade das fronteiras pré 1ª Guerra, se calhar hoje, a Ucrânia era uma faixa de norte a sul junto ao rio Dniepr.
Só que, enquanto os Ocidentais têm uma maneira civilizada de invadir (basta meter a UKR na UE e já está), os outros têm de usar a dissimulação...

É isto... as guerras do século passado parece que nunca acabam...

Abraço

dj

[Quimporta]

O que os Russos querem é esta zona que sublinhei e não vão abrir mão disso até porque mais de metade dessa zona já é controlada por eles.

A ver vamos. É certamente uma das leituras possíveis, não é a que mais me cativa.

É um facto que Putin tem usado a mentalidade imperialista e feudal dos russos, mas sobretudo para fazer crescer a sua popularidade interna.
A anexação da Crimeia pareceu mais uma reacção ao golpe popular contra o Yanukovich, atribuído a manobras da CIA e da NATO, que propriamente uma invasão programada. Sem esse golpe popular, manter apenas a Ucrânia na esfera de influência parecia uma solução satisfatória para Putin. Nesta tese os ganhos territoriais não serão os alvos, mas sim a EU e a NATO.

Certamente que também há muita retórica belicista, mas que se interpretada à luz do que acontecia na guerra fria se desconsidera como mera propaganda.

Tiraremos as dúvidas se este cessar fogo for cumprido pelos Russos. Estou confiante em que será cumprido porque os Russos tem já o que podem aspirar a ter, que basicamente se resumo aqui:

The view from the Kremlin
Putin’s war on the West

As Ukraine suffers, it is time to recognise the gravity of the Russian threat—and to counter it
Feb 14th 2015 | The Economist

(..)

What the Kremlin wants

Last year Mr Putin lopped off Crimea, redrawing Europe’s map by force. The war he hallucinated into reality in eastern Ukraine has killed thousands. Even if the ceasefire scheduled for February 15th holds (unlikely, on past form), he seems certain to get what he wants there: a wretched little quasi-state in the Donbas, which he can use to stall and warp Ukraine’s development. Yet these incursions are only his latest bid to bludgeon former Soviet states into submission, whether through energy blackmail, trade embargoes or war. For Mr Putin the only good neighbour is a weak one; vassals are better than allies. Only the wilfully blind would think his revanchism has been sated. Sooner or later it may encompass the Baltic states—members of both the European Union and NATO, and home to Russian minorities of the kind he pledges to “protect”.

The EU and NATO are Mr Putin’s ultimate targets. To him, Western institutions and values are more threatening than armies. He wants to halt their spread, corrode them from within and, at least on the West’s fragile periphery, supplant them with his own model of governance. In that model, nation-states trump alliances, states are dominated by elites, and those elites can be bought. Here, too, he has enjoyed some success. From France to Greece to Hungary he is cultivating parties on Europe’s far right and left: anyone who might lobby for Russian interests in the EU, or even help to prise the union apart (see article). The biggest target is NATO’s commitment to mutual self-defence. Discredit that—by, for example, staging a pro-Russian uprising in Estonia or Latvia, which other NATO members decline to help quell—and the alliance crumbles.

[Lion_Heart]

O que os Russos querem é esta zona que sublinhei e não vão abrir mão disso até porque mais de metade dessa zona já é controlada por eles.

[Quimporta]

Cessar fogo da treta , a guerra só acaba quando a Rússia anexar oficialmente as províncias rebeldes e chegar até a Crimeia . E a Ucrânia como País já acabou faz tempo.

Ponho alguma fé neste acordo.
A estratégia americana para enfrentar Putin tem sido a de aumentar sucessivamente a pressão mas sem o encurralar, para evitar reações de urso encurralado.

De forma inesperada, é certo, mas a pressão tem aumentado ao ponto de a Rússia estar em recessão e com novas sanções à porta.
A sensação de última oportunidade à paz vinha da eminência da decisão do Obama do início do fornecimento de armas à Ucrânia, que a Merkel consegui adiar no fim-de-semana.
... e guerras de larga escala são um desporto caro...

Neste a acordo Putin tem realmente a única coisa que pode aspirar ter, ou seja, alguma forma de impedir que a NATO e a UE lhe alcancem as fronteiras.

Lion... desde quando é que perdeste o H"eart" ?! Assim passaste da "história de Inglaterra" para o "feiticeiro de OZ"...

A Look at the Ukraine Peace Deal
By Associated Press
February 12, 2015
(...)

ELECTIONS

In a win for Ukraine, the separatist Donetsk and Luhansk regions, which held their own elections last fall, are obliged to hold new elections under Ukrainian law. The vote is to be monitored by international observers under the OSCE.

BORDER CONTROL

In a major victory for Russia, restoration of Ukrainian control over the border with Russia in separatist-controlled areas is conditional on Ukraine amending its constitution to grant wide powers to the eastern regions, including the right to form their own police force and trade freely with Russia. The deal sets a target date of the end of the year.

This gives Russia what it wants most: leverage over its Western neighbor, which it can use to prevent Ukraine from ever joining NATO. The concession is certain to trigger heated political debate in Ukraine, which could derail implementation.

[Lion_Heart]

Cessar fogo da treta , a guerra só acaba quando a Rússia anexar oficialmente as províncias rebeldes e chegar até a Crimeia . E a Ucrânia como País já acabou faz tempo.

[Quimporta]

"Que bem que eu fico como pomba da paz, a anunciar o cessar fogo da batalha que eu próprio comecei"

No meio desta notícia só não há é qualquer referência a contrapartidas dadas à Rússia, decorrentes da "maratona negocial".
Nada menos que a garantia de que a Ucrânia se afaste da UE e da NATO será aceitável, além do reconhecimento da autonomia para os pró-Russos, o que será sempre um pacto com o diabo.
Um pais não pode admitir partilha de soberania com uma potência estrangeira com presença armada dentro do território. O cessar fogo permanente (esperemos...) é uma excelente notícia, mas com prazo de validade curto.

Putin anuncia acordo para cessar-fogo na Ucrânia
12 Fevereiro 2015, 09:26 porNuno Carregueiro | nc@negocios.pt, Lusa

Putin, Poroshenko,Merkel e Hollande chegaram a um entendimento para o cessar-fogo na Ucrânia, depois de uma maratona negocial em Minsk, anunciou o presidente russo.
"Chegámos a um acordo sobre o que é importante", afirmou aos jornalistas o presidente russo, adiantando que o acordo é efectivo a partir desde domingo e recupera algumas das linhas que tinham sido delineadas no anterior acordo firmado em Setembro e que veio depois a falhar.

O acordo foi alcançado depois de várias horas de negociações, que se prolongaram pela noite dentro na capital da Bielorrússia, entre Putin, Poroshenko, Merkel e Hollande. Os líderes da Alemanha e da França partem assim para o Conselho Europeu desta quinta-feira em Bruxelas com o acordo selado.

A cimeira de Minsk era vista como a última oportunidade para terminar o conflito na Ucrânia, que já provocou mais de 5 mil mortos e devastou a economia ucraniana e atirou a Rússia para uma recessão.

Segundo Putin, o acordo prevê a retirada das armas pesadas da linha da frente dos combates e a criação de uma zona tampão alargada.

O presidente francês afirmou que o acordo sobre um cessar-fogo e um "regulamento político global" sobre o conflito no leste da Ucrânia representa "uma série esperança, mesmo se ainda não foi conseguido tudo".

"Todas as questões estão incluídas neste texto, assinado pelo grupo de contacto e os separatistas" do leste da Ucrânia, declarou François Hollande, citado pela Lusa, que falava ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel.

"Não foi nada fácil, de facto fomos confrontados com todo o tipo de condições inaceitáveis: concessões, retiradas", disse Petro Poroshenko à imprensa, referindo que "o grupo de contacto assinou o documento que preparámos".

O grupo de contacto integra emissários ucranianos, russos e representantes da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

Poroshenko sublinhou que, nas negociações de Minsk, a Ucrânia "não cedeu perante o ultimato" e impôs a posição de que "o cessar-fogo deve estabelecer-se sem qualquer tipo de condições prévias".

Poucas horas antes de Putin ter anunciado o acordo, o presidente ucraniano tinha mostrado cepticismo com a possibilidade de haver um acordo. "Infelizmente ainda não há boas notícias. Há condições que considero inaceitáveis", disse Poroshenko.

O objectivo da cimeira de Minsk passava por aprovar um documento conjunto que comprometa Kiev e os separatistas pró-russos a encetar acções concretas para uma paz duradoura e não apenas a suspensão temporárias das hostilidades. Isto depois do anterior acordo de cessar-fogo ter falhado.

(notícia actualizada às 10h35 com declarações de Poroshenko)

[Quimporta]

Para memória futura, vou deixar aqui a evolução recente do preço do petróleo.
Mais tarde veremos o que lhe fizeram os ursos/russos.

Tenho que reconhecer que não era bem o que estava à espera, mas certamente não terei sido o único a ficar surpreendido com o que aconteceu ao preço do petróleo em 2014.
Circulam todo o tipo de teorias, umas mais conspirativas que outras. A realidade é que a evolução do preço do petróleo arruinou a pujança das economias-estações-de-serviço, entre elas a Russa.

Sejam quais forem as causas, o que é visível é que não é a primeira vez que o petróleo tem quedas bruscas (ex. 2009 e 2012) e recupera pouco depois, ao mesmo ritmo com que caiu.
Fica de novo o gráfico para memória futura.

[Quimporta]

Por muito emocionante que a tragédia Grega possa estar a ser, convém de vez em quando lembrar que as fronteiras da Europa mudaram em 2014, pela primeira vez após a segunda Guerra.
A anexação da Crimeia (ou a "adesão da Crimeia á federação Russa" , como refere a wikipedia em português ), despertou a lógica do poder exercido pelas armas, que a Europa considera ter definitivamente enterrada.

Esta semana está a discutir-se se os EUA vão ou não começar a fornecer armamento ao exército Ucraniano, algo que seguramente irá acontecer se o presidente alucinado da Rússia seguir ignorando todos os acordos que estabelece.
Convém lembrar que um só incidente militar entre os EUA e a Rússia e ficaremos com saudades dos tempos em que ouvíamos falar de Grécia, FMI, ISIS...

Fighting in Ukraine
Give war a chance

The war in south-east Ukraine continues to expand in both size and scope

Feb 7th 2015 | The Economist

(...)

Some in the West argue that military aid to Ukraine is the only way to halt Russia’s aggression—or at least raise the cost to Vladimir Putin. A new Atlantic Council report, written by eight former officials, proposes $3 billion of military supplies over the next three years, including anti-tank missiles. “Only if the Kremlin knows that the risks and costs of further military action are high will it seek to find an acceptable political solution,” the report argues. Barack Obama has resisted calls for military aid; Ashton Carter, his nominee as defence secretary, is in favour (see article). John Kerry, the secretary of state, flew to Kiev this week for peace talks. On February 5th Germany’s Angela Merkel and France’s François Hollande announced that they too would go to Kiev and then to Moscow.

Opponents of military aid, including Germany, warn of a proxy war with Russia that the West cannot win. No NATO country is ready to send in troops, and Ukraine’s forces are underequipped, undertrained and poorly led. The suggested weapons are “needed, but will not be a game-changer,” argues Konrad Muzyka, a defence analyst at IHS Jane’s. Sending weapons could provoke a Russian response and play into Mr Putin’s claims that Ukraine’s army is a NATO foreign legion. Russia would just send more equipment to the rebels, says Dmitri Trenin of the Carnegie Moscow Centre. If Mr Putin called in the full force of the Russian army, no amount of arms would save Ukraine, as even the most hawkish would admit.

[Quimporta]

E o URSO piscou os olhos...
Quem engoliu a Crimeia com o pretexto de defender uma população Russa de quem nem a roupa tinha sido amassada, agora toca balalaika enquanto os pró-Russos são passados a ferro pelos tanques ou grelhados nos edifícios públicos que ocupavam, incentivados por militares Russos descaracterizados.
Se isto não é piscar os olhos...

Putin Blinked
The New York TImes | Thomas Friedman | MAY 27, 2014

There was a moment at the height of the Cuban missile crisis in October 1962 when Soviet ships approached to within just a few miles of a U.S. naval blockade and then, at the last minute, turned back — prompting then-Secretary of State Dean Rusk to utter one of the most famous lines from the Cold War: “We’re eyeball to eyeball, and I think the other fellow just blinked.”
(...)

And, because Putin’s aggression in Crimea has spurred Europe to reduce its dependence on Russian gas, Putin rushed to Beijing to conclude a natural gas supply deal with China. The price China extracted is secret and experts “suspect Putin dropped the price of gas significantly for China in a desperate maneuver to ensure a steady cash flow for Gazprom in the face of sinking revenue and Western sanctions,” The Washington Post reported. “ ‘There’s something fishy in the contract,’ ” said Mikhail Krutikhin, an energy analyst at RusEnergy, suggesting that Russia got a bad bargain. Putin blinked.

Let’s add it up: Putin’s seizure of Crimea has weakened the Russian economy, led to China getting a bargain gas deal, revived NATO, spurred Europe to start ending its addiction to Russian gas and begun a debate across Europe about increasing defense spending. Nice work, Vladimir. That’s why I say the country Putin threatens most today is Russia.

(...)

[Norm]

Deve estar por horas...

Russian jets 'entered Ukraine airspace'

[Quimporta]

Eles comem tudo...

Moldova, the Next Ukraine
APRIL 23, 2014 | Nicholas Kristof | The New York Times

CHISINAU, Moldova — If there were an Olympic competition for bravest country in the world, the gold medal might well go to Moldova. Wobbly politicians from Europe and America should come here to get spinal transplants.

Think of Moldova as “the next Ukraine,” for Russia may be about to take a bite out of this little country, nestled beside Ukraine and Romania and often said to be the poorest country in Europe. Russia already has bullied Moldova mercilessly for trying to join the European Union, imposing sanctions such as a block on Moldova’s crucial wine exports. Russia is even threatening to cut off the natural gas on which Moldovans depend.

“We hope that you will not freeze,” one senior Russian official publicly warned Moldovans.

Yet the valiant Moldovan government refuses to buckle. It is determined to join the European Union and forge bonds with the West.

“There is no alternative for us but to pursue European integration,” Prime Minister Iurie Leanca, a former diplomat, told me in perfect English in his office here in the capital, Chisinau. “We are European! No one should contest this.”

Moldova’s love for the West is unrequited. Washington barely notices it. No sitting president has ever visited. Vice President Joe Biden’s trip to Ukraine this week would have been a perfect moment to drop in and show support, but it didn’t happen. After all, Moldova has a population of less than four million and no obvious strategic significance.

With a few modest gestures, President Obama could reward Moldova’s grit. Instead, in the face of American obliviousness, President Vladimir Putin of Russia may formally annex part of Moldova, Transnistria, in the coming weeks.

Transnistria is a Russian-speaking enclave within Moldova, armed by Moscow and protected by Russian troops. Transnistria claims to have seceded and established an independent country, and, in a troubling omen, its government (which Moscow controls) appealed this month for Russia to annex it.

So Russia could soon swallow both Transnistria and a chunk of southern Ukraine, including Odessa, to access it.

(...)

[Quimporta]

A propósito da coincidência fonética entre “Russos” e “Ursos”, ponho-me a pensar se não haverá algo mais que una estes dois conceitos.
“Russos” sabemos o que são. Habitam o maior pais do mundo, mas não lhes chega, e bebem vodka que nem esponjas.
“Urso” pode ser muita coisa. Pode designar simplesmente o animal peludo, ou, se usado metaforicamente, pode aplicar-se desde a traders pessimistas até ao condutor que não respeita peões na passadeira.

Se vos ocorrer perguntar se eu quero chegar a algum lado com estas divagações, é possível que sim, mas ainda não decidi bem onde.
Também não sabemos onde quer exatamente chegar o Putin com as recentes manobras militares.

Sabe-se que incluem a anexar pequenas parcelas de território e agitar cidadãos russófonos doutros países, mas isso por si só não é prémio que se veja, sobretudo atendendo ao custo que isso também comporta.
Sabe-se também que estes movimentos estão a acontecer numa altura em que a economia Russa estagnou, e que seria óptimo poder inflacionar o preço do Oil/gas, e ao mesmo tempo fazer pagar aos ocidentais a ousadia de ter feito frente à fome de território.

Antecipo apenas que estes termos russos/ursos sejam muito usados em conjunto nos próximos tempos.

Para memória futura, vou deixar aqui a evolução recente do preço do petróleo.
Mais tarde veremos o que lhe fizeram os ursos/russos.

[Quimporta]

Quem diria que o Pai Natal também é amigo do Putin.

Ukraine Provides Evidence of Russian Military in Civil Unrest

APRIL 20, 2014 | The New York TImes

The Ukrainian government provided these photographs last week to the Organization for Security and Cooperation in Europe in Vienna. Ukraine says the photographs document that the armed men who have taken over government buildings in eastern Ukraine are Russian combatants. The State Department, which has also alleged Russian interference, says that the Ukrainian evidence is convincing.

[Quimporta]

O efeito esperado era de que os russos recuassem, népia.

Olhe que não, olhe que não...

[tava3]

Não estão?! Não chamas "efeito" ao que acontece às acções da Gazprom, ao rublo, aos capitais, aos ratings, ao investimento, às previsões do PIB?
O que acho estranho é que os EUA tenham acertado uma, para variar, e logo com arte da subtileza que não tem sido a especialidade.

O efeito esperado era de que os russos recuassem, népia. As acções "hoje" caiem e "amanhã" sobem, siga.

PS. em israel creio que já andam a construir campos de concentração.

Não havia necessidadeze ze, israel é o único país que se pode dar ao luxo de transformar outro país(?) inteiro num campo de concentração e com o avalo internacional!

[Oberon]

A questão é que não pode haver só um que se ache policia no mundo, até porque ninguém lhes encomendou esse serviço. Quanto ao ditador é tipico, ditadores, terroristas, bandidos são todos os que nos fazem frente ou que embirram em não nos satisfazer os nossos caprichos, alguns passam de bestiais a bestas. Quanto ao povo ser feliz, na crimeia parece que ficaram felizes, não se pode acudir a todos, olha lá em israel que bem que eles vivem, já os vizinhos não podem dizer o mesmo, até um muro os separa. Muro? onde é que eu já vi isto?

Estou muito feliz pela Crimeira. Antevejo-lhe apenas aumento exponencial de felicidade, em linha com, sei lá, a Ossétia do Sul ou tchetchenia. Tenho muita pena por estes ocidentaizinhos. Por exemplo, entre tras os montes ou grécia ou carolina do norte e qualquer região russa, não tenho quaisquer dúvidas de onde quero viver o resto da minha vida feliz. Pensando bem, nem sei bem o que é q eu estou ainda aqui a fazer... os vistos na emb da rússia até estão em saldos e tudo (nada mais justo do que pagares por uma oportunidade de felicidade na vida).

PS. em israel creio que já andam a construir campos de concentração. Aquilo por lá faz-me mesmo lembrar o período pre gm2 e gm2 quando os judeus andavam aramados com bazucas e armadilhavam autocarros contra os alemães... é impressionante como a História se repete de uma forma tão semelhante

[pcm79]

Só espero que não haja russos na Lituânia, Letónia e Estónia... senão está o caldo entornado, porque são países da NATO.