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Caldeirão da Bolsa

Sistema de Trading "Emocional 2014"

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Cem pt » 29/4/2014 20:26

- Caro Amigo^2:

Sorry pela resposta um pouco tardia, mas esta “coisa” do novo registo no site obrigou-me a penar uns 2 dias de fora em género de castigo, já estava a ver que não havia forma de voltar a postar por estas bandas.

Em relação às dúvidas que colocaste:

- A fórmula da previsão a 20 anos que indiquei é mais uma entre muitas, dentro das teorias financeiras publicadas sobre previsões em mercados. Neste caso adotei uma postura pelo lado da segurança, que retorna um valor superior a uma outra possibilidade bastante similar que também indiquei no passado e parece ser mais realista, que dizia que:

Drawdown previsto em um período Pt de trading = [Sqrt ( Pt / Po )] x (D1 + D2 + D3) / 3

No caso presente foi adotada a fórmula com retorno mais severo, uma vez que D1 >= D2 >= D3, por isso afirmei que o valor desta fórmula prevê a longo prazo um drawdown superior e desta forma implicará uma alavancagem permitida menor.

De qualquer forma aqui ficam os significados de cada variável, válidos para ambas as fórmulas:

Pt = Período de trading a arriscar no mercado a longo prazo (ex: 1 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2033 = 20,0000 anos)
Po = Período de trading já decorrido na mesma unidade (ex: 1 janeiro de 2014 até 25 de abril de 2014 = 0,3194 anos; se correspondesse ao trading efetuado desde 1 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2016 o valor de Po na fórmula seria igual a 3,0000 anos).
D1 = maior “close drawdown” ocorrido no período Po.
D2 = 2º maior “close drawdown” ocorrido no período Po.
D3 = 3º maior “close drawdown” ocorrido no período Po.

- Na realidade tive de executar “backtests” no ano passado com este sistema antes de o utilizar nos mercados reais, isso é algo que sempre faço antes de me expor a riscos desnecessários.

O problema que tive nestes cerca de 4 meses de trading em 2014 é que os rácios de eficiência obtidos nos mercados reais estão muito, mas mesmo muito acima dos obtidos nos testes que abarcaram quase 7 anos de mercado com comportamentos bastante diferenciados, o que me deixou de pé atrás!

Se tivesse obtido resultados semelhantes certamente que poderia estar nesta altura bastante mais à vontade para concluir que os fatores de Kelly a aplicar poderiam ser considerados válidos, portanto tive de adiar a conclusão mais válida, ou mais correta, para quando ocorrerem cerca de 100 trades para aí então tomar uma decisão definitiva porque de facto 1 ano é um período ainda curto para extrair conclusões definitivas.

Na realidade nesta altura o programa leva um rácio de Profit/Loss na casa dos 18 para 1, o que obviamente se trata de uma valor que não pode nunca ser considerado como realista.

Por outro lado os testes ao passado apontaram para valores nesse mesmo rácio na ordem dos 2,8 para 1.

Provavelmente a verdade deverá andar algures entre estes 2 valores muito díspares entre si, assim a feeling eu diria que será mais realista esperar uma convergência estável deste rácio no futuro a rondar para um número que deverá ficar provavelmente num intervalo entre os 5 ou 6 para 1.

De qualquer forma nessa altura logo se verá qual o valor de Kelly realmente adaptado a este sistema de trading que estou a adotar, mas pessoalmente estou em crer que deverá estabilizar algures entre os 20% aos 30%, veremos!

Por outro lado, mesmo que a %Kelly estabilize por volta do meio do intervalo que atrás apontei, isso significaria que o coeficiente de alavancagem dado por este meio retornaria um valor multiplicativo pouco acima de x2, talvez à volta dos 2,2 ou 2,3.

A realidade do verdadeiro coeficiente multiplicador a adotar na carteira vai portanto continuar a centrar-se na condição de falência da carteira através do maior drawdown previsto a longo prazo e não através da maximização dos lucros via fórmula de Kelly, aí é que continuará o busílis e portanto será irrelevante saber a altura exata de poder extrair um valor percentual de confiança através da %Kelly!

- A %Kelly deveria em teoria ser calculada para todos os títulos sujeitos aos testes e não só aos da carteira escolhida, porque se assim fosse estaríamos a assumir um comportamento que sabemos não ser o real quando o sistema for confrontado com qualquer título aleatório a ser adicionado ao portefólio no futuro ou quando as condições de mercado variarem.

No entanto, para efeitos práticos, creio que a partir de mais de 4 ou 5 ações em carteira, como é o teu caso, escolhidas por outros motivos que não sejam os que melhor se comportaram nos testes do sistema, vais obter aleatoriamente a longo prazo na %Kelly valores muito semelhantes para a carteira, que deverão convergir para intervalos muito próximos independentemente dos títulos escolhidos. Daí eu concluir que para um número de ações bastante significativo não vais ter qualquer problema em poder assumir a %Kelly como válida para os valores reais que vieres a obter no trading real para um número de trades que atinja os 3 dígitos.

Se tiveres testes anteriores com resultados obtidos para cada ação, eu diria que a tua %Kelly será sensivelmente a média das %Kelly obtidas em cada ação da carteira.

Já no que respeita ao cálculo do drawdown da carteira não podemos assumir a conclusão anterior, nessa eventualidade eu concluiria por um drawdown a adotar como sendo o valor dado pelo conjunto dos 2 índices acionistas que integram a maioria das tuas ações, creio ser o DJIA-30 e o PSI-20 no teu caso, uma vez que as ações seguem como proxys os índices acionistas dos quais dependem.

- Finalmente creio que a tua abordagem na última questão está correta, tanto poderias no caso do teu exemplo aplicá-lo a um máximo de 15 ações, usando para cada uma delas até 10% do capital inicial, ou em alternativa poderias usar, para um máximo de 10 ações em simultâneo, um capital por ação de 15% do teu capital total inicial, ficando sempre exposto em ambos os cenários em 1,5 vezes o teu capital inicial.

Mas olha também para os drawdowns, esta condição em geral acaba por condicionar na prática a alavancagem aconselhada.

Uma abordagem um pouco diferente teria de ser feita se usasses uma carteira exclusivamente de futuros, vale a pena ver abaixo um pequeno exemplo sobre como abordar esta particularidade.

Pegando num exemplo semelhante ao do campeão mundial de traders profissionais de 1987, vamos supor que usavas um método semelhante de uma %Kelly de 32% e que planeavas integrar uma carteira inicial de 10.000 USD apenas contratos de futuros a repartir por 2 tipos de contratos:

1) Sobre por exemplo um produto de índices americanos que poderia ser um similar a Mini-S&P 500 que podia nessa corretora ser alavancado 10 vezes o valor do índice subjacente (ex: 1850 pontos x 10 USD/ponto = 18.500 USD) mas que tinha nessa corretora uma “margin call” para cada futuro de por exemplo 1.000 USD.
2) Para um Mini-EuroDollar em que 1 contrato valeria supostamente 25000 vezes o subjacente (1 contrato = 1,3820 USD x 25000 = 34.550 USD) com uma “margin call” de por exemplo de 690 USD.

As contas feitas seguiram o seguinte raciocínio, baseadas exclusivamente na “margin call” da corretora, que em geral está indexada à volatilidade do produto em causa:

1000 USD / 32% = 3.125 USD disponíveis, para arriscar em cada contrato de futuros.

Se tivesses à partida 10.000 USD poderias então arriscar metade nessas condições a seguinte quantidade de contratos:

5000 USD / 3125 USD/contrato = 2 contratos

E no EuroDollar:

690 USD / 32% = 2.156 USD disponíveis, para cada contrato de futuros.

Logo,

5000 USD / 2156 USD/contrato = 2 contratos

Na realidade os 10.000 USD estariam em risco para contratos que na realidade valem:

2 x 18.500 USD + 2 x 34.550 USD = 106.100 USD

Incrivelmente por este método do exemplo da “margin call” a alavancagem atinge um coeficiente multiplicador superior a 10 e portanto não admira que tal estratégia seja mais próxima de overtrading do que de um risco assumidamente consciente, uma vez que não olha para os perigos dos drawdowns!

Boa sorte e espero ter explicado da melhor forma possível a minha interpretação para as dúvidas que colocaste.


----------


Em relação à sessão de hoje registou-se apenas um sinal de reforço de compras em swing nos CTT, que simplesmente é ignorado pelo programa uma vez que neste mesmo ciclo já se registaram compras do mesmo tipo neste título em percentagem superior à que foi agora assinalada.

Hoje deixo ficar o quadro atual de controlo de todas as trades registadas na carteira.
Anexos
Controlo Trades Emocional 20140429.png
Controlo de trades - Sistema "Emocional 2014"
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Citações que me assentam bem:


Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill

Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager

No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez


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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por AmigosdaBolsa » 29/4/2014 0:48

Boa noite Cem,

Aqui vêm algumas dúvidas.

1º - Como defines o Drawdown Máximo em 20 anos? Eu entendo a formula, só não sei onde foste buscar o valor 0,3194 da fórmula

2º - Tu dizes que vais esperar 1 ano para definir o "valor real" da alavacagem a utilizar, a minha questão é, mas não podes já à partida realizar uma serie de backtest e definir isso?
É que um ano parece-me muito pouco, pode dar-se o caso de ser 1 ano de Bull/Bear o que logicamente influencia as rentabilidades, os trades ganhadores, etc e com isso o valor do Kelly e drawdown máximo. Não seria melhor calcular o valor do Kelly e drawdown máximo numa simulação que agrupasse um Bear e um Bull Market? Tipo de 2007 a 213? Aí as rentabilidades e os drawdown já seriam mais credíveis ao conterem no seu valor 1 ciclo de mercado (1 Bull e 1 Bear), não?

3º - Relativamente à definição do Kelly ele poderá ser calculado tendo em conta todos os títulos em análise? Quero eu com isto dizer o seguinte: vamos imaginar que apenas quero analisar os títulos que compõe o DJI. Posso fazer uma backteste de 2007 a 2013 onde somo os trades ganhadores dos 30 títulos, somo as rentabilidades dos trades ganhadores, etc e com isso determino o Kelly Genérico, certo? A questão está depois no cálculo do drawdown. Posso calcular o drawdown máximo para cada título e depois assumo o pior ou a média . Julgo que a média será o mais ajustado, não?

4º - A minha forma de negociar é ligeiramente diferente da tua na medida em que tu defines o teu mercado alvo e depois divides o teu capital pelo nº de cotadas, sendo que o kelly permite-te definir o quanto podes alavancar o valor de entrada em cada uma delas. No meu caso julgo que embora diferente o principio seja o mesmo. Defino um mercado mais amplo analisar e entro com 10% em cada título. Ou seja, com 10 títulos fico com uma exposição de 100%, mas o cálculo da alavacagem óptima permitirá-me definir em quantas cotadas posso entrar simultaneamente. Se nos dois casos alavacagem óptima for 1,5, tu em cada cotada entravas com 1,5*capital definido para cada cotada. No meu caso permite-me saber que posso entrar no máximo em 15 cotadas simultaneamente = 10 títulos (100%)*1,5. Julgo que estou a interpretar correctamente, certo?

Muito obrigado por esta aula.
Esta questão do money management é realmente impressionante.
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por e-finance » 28/4/2014 23:11

Este tópico é melhor que compal. :clap:
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Cem pt » 28/4/2014 18:15

- Caros amigos:

Obrigado pelos vossos comentários simpáticos, faz-se o que se pode para ajudar quem menos conhece esse tema fascinante do money managemt.

Repito que provavelmente se trata do assunto mais quente, e eu acrescentaria ainda o mais importante (mais que o próprio método de negociação!), de quem quer praticar o trading da forma mais séria e responsável possíveis.

Uma pequena nota de confirmação ao Amigo que está a interpretar de forma correta a aplicação da fórmula de Kelly.


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Pois na sessão de hoje registou-se na carteira apenas um sinal de reforço de compras em swing na TDSA com o percentual de 11,21% do capital previsto para a componente oscilatória.

Assim na sessão de amanhã, de acordo com as regras habituais, serão atribuídas 2 ordens de compra: a maior a 1,074 e a outra a 1,089.

Fica o gráfico respetivo.
Anexos
TDSA Emocional 20140428.png
TDSA - Sistema "Emocional 2014": Suporte de curto prazo nos 1,074?
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Royal Orange » 28/4/2014 17:15

Cem pt Escreveu:Não olhem agora para o meu caso, imaginem vocês que começaram a negociar este ano com por exemplo 10.000 Euros e que têm à disposição um bom sistema de trading.
...

Estou embriagado com tanto sumo Cem. Obrigado pelos teus posts
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por AmigosdaBolsa » 28/4/2014 1:26

Boas Cem,

Excelente post, que infelizmente não consegui terminar já de ler (o sono aperta e pelo o que já li merece claramente uma leitura cuidada e reflectida), pois depois de ler o %Kelly tive de imediatamente de incorporar esses rácios na minha ferramenta de backtest.

Uma primeira dúvida, (as restantes virão provavelmente depois de ler o resto) para ver se percebi bem o %Kelly.

Estive a simular o sistema que uso apenas num título e obtive os seguintes resultados:
Trades Vencedores = 43%
Média de Ganhos nos Trades Vencedores = 6.0%
Média de Perda nos Trades Perdedores = 2.4%

% Kelly = 20.2%, certo?

Agradeço-te a disponibilidade de partilha da tua experiência e conhecimentos.
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Gonee111 » 27/4/2014 14:22

:clap: :clap: :clap:

Grande leitura. Muita fruta para se fazer sumo.

Certamente que quem já jogou e estudou poker a um certo nível, consegue assimilar muito facilmente os ideais de Money management. Principalmente que tudo o que evolva dinheiro limitado e matemática, há que trazer sempre a probabilidade a nosso favor para maximizar o sucesso presente e futuro.
Mas ao contrário do Poker que temos sempre uma parte pequena da nossa banca a jogo (se utilizarmos correctamente estratégias de MM), comparativamente, os mercados de capitais são extremamente mais perigosos pelos efeitos de gap downs e crash's de preço estrondosos.

O que irá tornar sempre, o money management um factor essencial tal como o risk\reward que devemos procurar em cada trade.


Grande lição mestre Cem!
 
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Cem pt » 27/4/2014 12:32

Não olhem agora para o meu caso, imaginem vocês que começaram a negociar este ano com por exemplo 10.000 Euros e que têm à disposição um bom sistema de trading.

Terem um plano de trading com ideias claras sobre como entrar e sair é essencial e quando me refiro a dispor dum sistema não é necessário que seja um programa de computador com indicadores misturados, nada disso, basta seguirem um método capaz e eficiente, mesmo sendo mental, mas com regras claras para comprar e vender, sejam eles negócios reais ou virtuais. Esta última alternativa seria preferível numa primeira fase para verificarem se estão a lidar com um método de negociação lucrativo ou para esquecer.

Por exemplo, vamos supor que poderia ser:

- Sinal de venda quando se quebra em descida uma LTA desenhada que abarca por exemplo 2 mínimos importantes e relativamente distanciados, sinal de compra quando quebra em subida uma LTD constituída por 2 máximos relevantes e também bem distanciados um do outro e ainda ajustes diários de segurança para stops de trailing de compra e venda colocados pelo menos a 5% de distância das cotações, o que ditarem simplesmente as vossas regras! Mas com uma condição: escrevam-nas e executem sempre as ordens em causa, de forma mecânica e disciplinada, apontando sempre todos os resultados dos negócios realizados com as regras precisas para organizar uma base de dados completa sobre o método e rácios obtidos.

Imaginem o cenário de com ele conseguirem rácios muito aceitáveis e negócios de risco muito controlado. O sistema que dispõem destina-se a gerar uma rentabilidade média na casa de por exemplo 20% ao ano, muito melhor que qualquer aplicação bancária ou qualquer retorno corporativo empresarial.

Só que apesar de deterem uma ferramenta excelente isso pouco vos irá adiantar porque mesmo que sejam altamente disciplinados e sigam à risca os sinais do método de negociação só irão conseguir chegar aos 100.000 Euros dentro de quase 13 anos, ficam longe da barreira do milhão de Euros onde seriam milionários!

Um período de 13 anos é muito tempo e isso representará nesse lapso um lucro médio anual próximo dos 7.000 Euros, seria jeitoso mas poderia ser muitíssimo mais!

Muitíssimo mais como?!

Suponham agora que podiam ter a possibilidade de imprimir à carteira uma alavancagem que era o dobro da utilizada inicialmente.

Nessa eventualidade, seguindo exatamente os mesmos sinais de compra e venda a carteira ao fim de 13 anos com retornos percentuais que seriam também o dobro do previsto, estariam com um saldo expetável numa casa muito próxima dos 800.000 Euros e finalmente no ano 14 vocês atingiriam então com toda a probabilidade o patamar da categoria de milionários, ao ultrapassar a almejada barreira do milhão de euros!

Este Cem ficou maluco? Agora deu-lhe a mania das grandezas…


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Provavelmente este será o post mais importante deste tópico.

Será também eventualmente o texto mais longo, mas garanto que não se arrependerão se o lerem até ao fim, tenham paciência mas é com todo o prazer que gostava de partilhar as conclusões que retirei ao longo da minha atividade de trader com vocês todos, nesta área misteriosa e perigosa das alavancagens das carteiras, que distingue 2 grupos: uns que são a minoria, os traders que querem, e poderão, chegar a milionários e os outros, a maioria esmagadora, que apenas sonham em lá chegar mas não sabem como!

Mais do que o próprio sistema de trading e suas regras, aquilo que vou desenvolver a seguir aborda a forma, e as fórmulas que cada um deveria seguir do meu ponto de vista, sobre como usar o money management em seu favor para tentar acelerar futuros ganhos através da alavancagem que deveria ser aplicada às vossas carteiras.

Para quê? Para cada um tentar obter retornos percentuais anuais, a médio/longo prazo, bem acima da média.

Quem sabe que níveis incríveis de rentabilidade poderão todos vocês atingir nesta área perigosa e traiçoeira, mas muito recompensadora, se souberem os passos corretos a dar neste piso constantemente escorregadio das carteiras alavancadas?!

Cada um poderá tirar deste texto sequencial as devidas conclusões, ideias e pistas sobre como adaptar essa mesma abordagem às regras que praticam no vosso plano de trading particular.

Boa sorte e muita cautela!

Irei tentar expor o assunto da forma mais clara e transparente de maneira a que a maioria perceba exatamente o caminho essencial e a forma como chegar ao nível mais alto possível de abordar o trading nos mercados de forma correta através do money management, na procura da maximização dos lucros que podem extrair na vossa própria carteira com o método que usam para negociar, tendo em paralelo consciência dos perigos e riscos que vão incorrer para lá chegarem.

Quem não gostaria de ser milionário ou chegar o mais longe possível no valor de uma carteira a longo prazo usando apenas o mercado como palco para o objetivo de multiplicar por um largo fator, dezenas ou centenas de vezes, o capital inicial disponível?

Definitivamente este Cem hoje endoidou de vez?!

Não, meus amigos, o money management é o fator mais desconhecido do trading, aquele que consegue juntar as maiores discordâncias e ao mesmo tempo será, se for executado através de um plano de trading eficaz e com os coeficientes apropriados, o maior responsável pela esmagadora maioria dos lucros (muito maior que terem à disposição um bom sistema de trading!) ou pelo desastre, se não dominarem o tema de forma consciente, que a vossa carteira alguma vez venha a registar.

Que tal, valeria a pena tentar? Mesmo com essa alavancagem de 2x, que assim à partida até nem parece nada exagerada, poderia ser atrativo não é?!


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Vamos supor que em determinado mercado existem 2 traders, o “A” e o “B”.

O nosso amigo “A” tem um sistema de trading razoavelmente bom com o qual consegue obter em média cerca de 9% ao ano nos negócios realizados.

O amigo “B” tem um sistema parecido, com um retorno semelhante, sem alavancagem. Só que este amigo usa produtos alavancados de futuros e, com um fator médio de alavancagem de 4x, a sua rentabilidade é igualmente multiplicada por 4, conseguindo assim cerca de 36% ao ano.

Então, concluirão vocês, toda agente faz como o “B”, não é assim?

Pois, em teoria deveria ser, mas na prática certamente que a carteira de “B” deverá estar sujeita a fatores de risco de falência incomensuravelmente maiores que as de “A” e é bom não esquecer que o capital ganho via trading ou via profissional demora muito a ganhar nesta vida. Perdê-lo nestas condições numa sequência de trades muito negativas, que poderiam equivaler à desaparição do seu capital de trading, significaria quase sempre nunca mais querer ouvir falar de mercados para além de ter desgraçado parte importante da sua vida pessoal e provavelmente com situações acompanhadas de elos familiares destroçados!

Portanto, sem olhar também para os riscos de falência duma carteira, tipo trapezista a andar sobre o arame onde os benefícios de ter sucesso parecem ser do outro mundo, é difícil dizer-vos à partida se preferia estar na pele de “A” ou “B”!

À cautela e em dúvida considerem sempre adotar uma postura de risco pelo lado da segurança.

Logo, sem mais dados para analisar, face à ausência de informação sobre a exposição aos riscos de drawdowns excessivos, escolham, perante ambos os cenários, estar sempre na pele do trader “A”! Segurança acima de tudo.


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Antes de entrar já pelo caminho das soluções a adotar, gostava só de vos recordar o que disse aqui num post que escrevi no Caldeirão de Bolsa em 22 de maio de 2007, centrada na opinião das grandes correntes dos caminhos estratégicos a seguir no campo do money management:




Apostar em alavancagens exageradas pode desembocar em 2 vias distintas: uma pode levar o trader ao Olimpo dos milionários em alguns poucos lances de sorte onde verdadeiras fortunas podem ser construídas em parcos anos através da capitalização dos lucros de rentabilidades quase inacreditáveis em breves apostas do tipo par ou ímpar, mas a outra via possível, infelizmente mais frequente que o caminho anterior, pode desembocar numa falência indesejável e quase sempre resulta de uma actividade de overtrading.

A alavancagem deve portanto ser moderada quanto baste de modo a evitar riscos elevados de falência, a Bolsa não pode ser encarada numa perspectiva de casino de tudo ou nada, temos de colocar as probabilidades no topo da nossa estratégia e segui-la sempre de acordo com as regras estudadas pré-estabelecidas.

O grande debate que continua a apaixonar os profissionais e estudiosos do trading está aqui precisamente centrado, no campo da alavancagem optimizada do money management: qual o caminho mais rápido para chegar a milionário com riscos controlados? Será que existe mesmo uma fórmula «mágica» e rápida para adaptar aos sistemas de trading que dão lucro ao longo do tempo de forma sistemática?

As respostas são imensas mas a prática até hoje apenas parece ter bafejado um grupo muito restrito de especuladores que, segundo se crê, obtiveram retornos médios anuais superiores a pouco mais de 30% ao longo de quase 40 anos de trading ininterrupto. Será possível bater esta performance aparentemente pobrezinha? Tudo indica que sim, já lá iremos...

A opinião hoje dominante nos gurus desta temática do money management é quase unânime: a alavancagem a aplicar nos mercados depende da performance esperada em testes intensivos do sistema de trading a usar de forma mecanizada ao qual se associa um coeficiente de money management do tipo antimartingale.

Trocando por miúdos, isto significaria que à medida que o valor da carteira aumenta, aumenta também a quantidade de dinheiro proporcional a colocar em risco daí para a frente por forma a gerar um crescimento exponencial ao capital da carteira, a famosa capitalização. De facto não faz sentido usar 1 contrato de futuros para uma conta de 10.000 € ou o mesmo contrato para a mesma conta que entretanto subiu para mais de 100.000 €.

A alavancagem tem necessariamente um limite prático no campo dos mercados accionistas. Quem deixa posições de futuros abertas de um dia para o outro não se pode dar ao luxo de usar alavancagens superiores a 4. Porquê? Simples, porque se existe um acontecimento de proporções aterradoras durante um período em que os mercados se encontram fechados, um crash na abertura da sessão seguinte superior a 25% seria o suficiente para atirar este trader à falência instantânea: fecho automático das suas posições e ainda ficava a dever dinheiro na conta de futuros!

É possível suceder este cenário durante a nossa actividade de trading ao longo de, digamos, uns 20 anos? Resposta: sim, é muito provável que tal possa ocorrer!

Primeira conclusão: por muito bom que seja um sistema de trading a alavancagem optimizada calculada por fórmulas de money management não deve ser aplicada a índices accionistas onde as emoções redundam em descalabros incontroláveis para além do racionalmente admissível.

Que activos escolher então e qual a alavancagem a imprimir em termos realistas que não leve à falência provável ou à sujeição inevitável de uma margin call?

Agora começamos a entrar por caminhos interessantes e definitivamente pouco trilhados.

Posso desse já acrescentar que coloco de imediato em causa a opinião quase unânime do sector dos profissionais e especialistas do money management que existe um novo caminho a explorar fora do campo dos coeficientes das estratégias do tipo antimartingale, a tão apelidada forma «correcta» própria de abordar o tema.

Este tema do money management acaba realmente por ser o de tratamento mais complicado para os que se dedicam a sério ao trading pela simples razão de que não há consensos claros estabelecidos nesta área.

Uma coisa é certa: só faz sentido aplicar regras de money management a métodos ou sistemas de trading que retornem lucros no longo prazo, a curva de capital tem de estar com uma pendente de regressão linear claramente virada para cima.

Voltando de novo ao assunto, antes de me embrenhar nas conclusões do que pretendo divulgar, é bom esclarecer estas grandes 2 correntes da estratégia da alavancagem a imprimir a cada negócio.

Quando se diz que os métodos de estratégia martingale não são apropriados para o trading, basta atentar no exemplo abaixo para se entender o que pretendo dizer.

Uma estratégia do tipo martingale foi das primeiras técnicas usadas há mais de 100 anos por frequentadores profissionais dos casinos que não era mais do que a recolha de uma espécie de salário diário. Um indivíduo que dispusesse de quantidades de dinheiro ilimitado tinha sempre garantido um pequeno ganho diário com a seguinte estratégia: jogava por exemplo 10 $ USD no par ou ímpar da roleta. Se ganhasse recebia os seus 10 $USD do valor da aposta mais o prémio de mais 10 $USD igual ao da aposta e ia-se embora, o dia de jogo estava terminado.

No dia seguinte voltava à mesma aposta na roleta, outra vez apostando 10 $USD. Se perdesse à primeira jogada, voltava a jogar novamente mas desta vez dobrava o valor da aposta para 20 $USD. Se perdesse à segunda jogada voltava a tentar novamente dobrando o valor da aposta anterior, ou seja, 40 $USD à 3ª tentativa. Se ganhasse desta vez, a sessão de jogo diário estava terminada novamente. Resultado do dia: perda de 10 $USD + 20 $USD = 30 $USD e ganho de 40 $USD, o que perfaz um saldo de lucro de $10 USD.

Penso que todos perceberam a técnica. Só que isto tem um handicap para o jogador, é que toda a gente tem um valor de dinheiro limitado disponível para jogar. Se esse jogador hipotético tivesse 1000 $USD disponíveis das suas posses para jogar poder-se-ia dar o caso possível de, após ter 7 perdas consecutivas, já não ter possibilidades de dobrar o valor para a aposta seguinte! Isso pode acontecer em precisamente perto de 1 dia em cada 100 que se desloque à roleta para jogar. Logo, é uma estratégia condenada para os que jogam com grande frequência.

Nos mercados de derivados a similitude poderia ser assumida para uma estratégia do tipo martingale para um indivíduo que tivesse um sistema de trading que retorne por exemplo a seguinte performance: por cada 2 negócios que faz, num ganha em média 150 Euros e noutro perde em média 100 Euros. Estabeleceu como objectivo o de ganhar pelo menos 100 Euros por dia!

Pois para este indivíduo que possui um sistema ganhador a longo prazo e um capital inicial de por exemplo 10000 Euros, arrisca-se a poder perder todo o seu capital se adoptar esta estratégia do tipo martingale.

Inicia este fulano o dia a apostar 1 contrato de futuros. Se ganhar à primeira tentativa os seus 150 Euros de valor médio em uma única aposta, só volta a apostar no dia seguinte. Se perder à primeira o valor expectável de 100 Euros, volta a tentar a sorte mas desta vez com 2 contratos, já que apenas com 1 contrato, em caso de ganhar, só chegaria ao fim do dia com um valor médio de 150-100 = 50 Euros de lucro. Ou seja, apostaria sempre um número de contratos, após cada perda, que lhe dessem no saldo global do dia um ganho igual ou acima dos 100 Euros.

A situação de perdas sucessivas deste trader em determinada altura levá-lo-ia à mesma situação de haver um determinado dia em que todo o seu capital disponível era insuficiente para cobrir as perdas seguidas entretanto havidas para trás no decurso da sessão.

Conclusão óbvia: mais cedo ou mais tarde deverá ocorrer uma situação expectável de falência, mesmo possuindo um sistema de trading com retornos positivos, quem diria?!

A corrente dominante tem-se centrado assim na teoria das estratégias de jogo do tipo antimartingale: a aposta deve ser proporcional ao capital disponível, aumentando quando o capital aumenta ou diminuindo quando o capital diminui e o seu valor deve ser tanto maior quanto mais performante for o método ou o sistema de trading escolhido, para acelerar as hipóteses de ganho para o mesmo horizonte temporal futuro.





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Para resumir este tema de forma simplista, voltando a atenção para o caso particular da carteira “Emocional 2014”, o que se pretende é a obtenção futura dos maiores retornos possíveis nesta carteira a qual começou esta experiência com uma alavancagem inicial inferior à unidade, já que uma posição tendencial, como expliquei no início, vale apenas 67% do capital dedicado a qualquer título em particular.

Ora a única forma que se conhece de aumentar o retorno de uma carteira deste tipo é aumentar o seu risco, imprimindo-lhe um fator multiplicador de capital exposto que se convencionou chamar de alavancagem.

O problema que existe nesta estratégia é o de ficarmos expostos a riscos de falência pelo facto de poderem surgir drawdowns de tal forma violentos e inesperados (ex: um crash repentino) que uma carteira pode morrer logo ali em qualquer altura do seu percurso, independentemente do capital ganho e da sua dimensão!

Logo teremos de vigiar os dois lados da balança quando resolvermos um dia atribuir um coeficiente de alavancagem à carteira.

Mas que alavancagem vamos introduzir? Existe alguma fórmula universal? Pois, a resposta é simples, o coeficiente multiplicador a aplicar varia constantemente de carteira para carteira e de sistema de trading para sistema de trading.

O conhecimento desse fator só se consegue decifrar de forma aproximada através do estudo profundo do comportamento do método de negociação de cada um nos mercados e dos resultados que se obtêm dessa aplicação experimental suficientemente extensa para conhecermos a fundo as suas performances médias obtidas. Extrapola-se assim para o futuro o mesmo tipo de atuação ao aplicar regras idênticas, esperando obter dessa forma resultados em conformidade.


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Recordam-se de um exemplo antigo que deixei aqui há uma data de anos sobre a aposta da cara ou coroa?

Pois eu volto a relembrar abaixo esse desafio interessante, ligeiramente adaptado, que dá que pensar e que pode ser assimilado nas suas conclusões para efeitos de trading.

O problema consiste no seguinte: há um avô com algumas massas que quer pôr à prova as capacidades de inteligência do neto e pretende dar-lhe um pequeno presente em dinheiro.

O avô lança-lhe então o seguinte desafio, para testar as qualidades de jeito para o negócio do neto, de modo a que este consiga ganhar o máximo dinheiro possível:

- Caro Antoninho, ofereço-te logo de início 100 Euros por seres um menino estudioso e com cabeça mas agora vamos a um jogo, pensa bem! Tenho aqui uma moeda que vou lançar ao ar por 6 vezes. Cada vez que sair “cara” dou-te o dobro da aposta que fizeres e cada vez que sair “coroa” perdes para mim o valor da aposta feita. Com uma condição: vais escolher sempre nos 6 lançamentos uma percentagem sempre constante que vais apostar, relativa ao saldo do dinheiro que tiveres do teu lado ao fim de cada aposta.

Por aqui vemos já que o avô estava a lançar uma armadilha e ao mesmo tempo a pôr o neto à prova. A vantagem está apesar de tudo do lado do Antoninho, já que cada vez que há um lançamento a sua esperança de ganho é o dobro da perda.

Se o neto dissesse que queria apostar todo o seu capital, os 100% equivalente a um all-in, a primeira vez que perdesse ficaria com um capital nulo e aí terminaria a aventura sem ganhar absolutamente nada! Por outro lado se o neto escolhe o outro extremo do espetro, ou seja 0%, significa que nunca apostaria nada, apesar de tudo guardará os 100 Euros iniciais que o avô lhe deu até ao final dos 6 lançamentos.

Nem tanto ao mar nem tanto à terra, o Antoninho sabe que deve haver certamente algures uma percentagem ótima para aproveitar a vantagem das probabilidades neste jogo!

Como o neto nunca estudou estatística teve de aplicar alguma intuição:

- “Tenho de escolher uma percentagem elevada porque as minhas chances de ganhar em cada aposta são sempre o dobro de perder, mas se escolho apostar perto de 100% de cada vez que perder fico quase sem massa nenhuma! Bem, deve ser acima dos 50% mas abaixo dos 100%, vou escolher 60%”!

Como correu o desafio, imaginando que que a sequência dos 6 lançamentos resultou em: “coroa”, “cara”, “cara”, “coroa”, “cara”, “coroa”?!

Reparem como evoluiu o capital do Antoninho:

Aposta do neto no 1º lançamento: 60% x 100 € = 60 €
Capital total do neto ao fim do 1º lançamento (“coroa” = perda): 100 € - 60 € = 40 €
Aposta do neto no 2º lançamento: 60% x 40 € = 24 €
Capital total do neto ao fim do 2º lançamento (“cara” = ganho): 40 € + 24 € x 2 = 88 €
Aposta do neto no 3º lançamento: 60% x 88 € = 52,8 €
Capital total do neto ao fim do 3º lançamento (“cara” = ganho): 88 € + 52,8 € x 2 = 193,6 €
Aposta do neto no 4º lançamento: 60% x 193,6 € = 116,16 €
Capital total do neto ao fim do 4º lançamento (“coroa” = perda): 193,6 € - 116,16 € = 77,44 €
Aposta do neto no 5º lançamento: 60% x 77,44 € = 46,46 €
Capital total do neto ao fim do 5º lançamento (“cara” = ganho):77,44 € + 46,46 € x 2 = 170,36 €
Aposta do neto no 6º lançamento: 60% x 170,36 € = 102,22 €
Capital total do neto ao fim do 6º lançamento (“coroa” = perda): 170,36 € - 102,22 € = 68,14 €
Total final = 68,14 €

Repararam neste detalhe? Mesmo tendo o dobro da esperança matemática de ganhar cada aposta, o neto com a escolha de 60%, apesar de na sorte ter saído o mesmo número de “caras” e “coroas”, ficou no final com um capital abaixo do que aquele com que começou o desafio nos 100 Euros!

Pois bem, já se pode concluir que a escolha dos 60% em cada aposta não terá sido uma escolha muito acertada. O feeling do Antoninho desta vez não foi feliz, certamente que se escolhesse 0% teria ficado com mais dinheiro no final do desafio, é difícil acreditar não é?!

Qual a solução? Simplesmente deveria ter utilizado uma fórmula que lhe permitisse calcular a percentagem ótima de longo prazo na procura da maximização dos seus lucros.

Essa fórmula chama-se Fórmula de Kelly e muitas vezes é associada, já iremos ver que infundadamente, à fórmula mágica que pode fazer os jogadores milionários no mínimo espaço de tempo possível, incluindo traders (!), que arriscam o seu dinheiro numa grande variedade de jogos e desafios!

A fórmula diz simplesmente o seguinte:

% Kelly = W – (1-W) / R

Em que:

W = taxa de sucesso = percentagem de vezes em que ganha cada aposta (neste caso a “cara” significa que sai em metade das vezes que a moeda é lançada, logo W = 50%);
R = Razão entre prémio médio recebido quando ganha e a perda média que aposta quando perde (no caso da nossa aposta do neto, R = 2 / 1 = 2).

Logo, aplicando os coeficientes calculados o Antoninho deveria ter optado pelo percentual de 25%! Surpresos? Ora vejam:

% Kelly = 50% - ( 1 – 50% ) / 2 = 50% - ( 100% - 50% ) / 2 = 50% - 50% / 2 = 50% - 25% = 25%

Vamos então repetir o que teria sucedido na mesma sequência dos 6 lançamentos com a percentagem de 25% em vez dos 60% que o Antoninho apostou, para ver que capital teria restado no final:

Aposta do neto no 1º lançamento: 25% x 100 € = 25 €
Capital total do neto ao fim do 1º lançamento (“coroa” = perda): 100 € - 25 € = 75 €
Aposta do neto no 2º lançamento: 25% x 75 € = 18,75 €
Capital total do neto ao fim do 2º lançamento (“cara” = ganho): 75 € + 18,75 € x 2 = 112,5 €
Aposta do neto no 3º lançamento: 25% x 112,5 € = 28,13 €
Capital total do neto ao fim do 3º lançamento (“cara” = ganho):112,5 € + 28,13 € x 2 = 168,76 €
Aposta do neto no 4º lançamento: 25% x 168,76 € = 42,19 €
Capital total do neto ao fim do 4º lançamento (“coroa” = perda): 168,76 € - 42,19 € = 126,57 €
Aposta do neto no 5º lançamento: 25% x 126,57 € = 31,64 €
Capital total do neto ao fim do 5ºlançamento(“cara” = ganho):126,57 € + 31,64 € x 2 = 189,85 €
Aposta do neto no 6º lançamento: 25% x 189,85 € = 47,46 €
Capital total do neto ao fim do 6º lançamento (“coroa” = perda): 189,85 € - 47,46 € = 142,39 €
Total final = 142,39 €

Como podem constatar, quanto maior o nº de tentativas de moeda ao ar, no longo prazo, maior seria o lucro neste desafio utilizando o valor da percentagem ótima da aposta, neste caso concreto 25%!

Entusiasmante, não é? Como podemos então aplicar isto ao trading para acelerar os nossos lucros?


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Vamos falar então da aceleração dos lucros ou da alavancagem ideal que poderíamos imprimir a uma carteira real para, sem permitir o seu risco de falência, podermos atingir o mais rapidamente possível o retorno máximo que conseguirmos extrair do método que estamos a utilizar!

Atenção muito importante a um detalhe: uma carteira só pode ser alavancada se houver a “certeza” que estamos a utilizar uma metodologia comprovadamente fiável e conhecermos os seus padrões médios de comportamento, face à sua utilização nos mercados reais!

Por outras palavras, toda esta conversa só é aplicável a quem estiver disposto a registar permanentemente os valores históricos reais líquidos obtidos nas trades realizadas e estiver totalmente seguro que no longo prazo os lucros obtidos serão sempre superiores às perdas sofridas, ou que o fator “Profit / Loss” seja sempre nesse cenário superior a 1 (Lucros > Perdas).

Hão de reparar que na carteira “Emocional 2014”, objeto deste tópico, trago-vos abaixo um gráfico com a “Equity Line” da atualização percentual das rentabilidades e parâmetros de eficiência e risco do respetivo sistema de trading e dos que nos vão interessar para podermos calcular a alavancagem no campo do money management.

Chamo a vossa particular atenção para os valores atualizados da zona branca no canto de baixo do lado direito, onde entre outras aparecem referências à chamada fórmula de Kelly.

O que significa esta fórmula para efeitos práticos da carteira?

Pois é muito simples, o valor da fórmula em causa deverá convergir a longo prazo para um valor percentual, designado por “Optimal f”, que nos permitirá no futuro saber com grande aproximação qual o fator ótimo de alavancagem ideal permitido aos papéis desta carteira para atingirmos mais rapidamente o estatuto de milionário ou os maiores lucros possíveis no tempo mais curto que estabelecermos à partida para o efeito.

Por outras palavras, trata-se de calcular o coeficiente multiplicador para cada ativo da carteira que permitirá a esta obter a maior rentabilidade possível, mas repito, temos sempre de evitar e ter em atenção o risco exagerado de uma sobre-alavancagem que poderia conduzir a carteira a uma falência inevitável por efeitos de overtrading. Bem, afinal nem tudo são rosas!


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Olhemos então para os números da zona branca do gráfico em baixo no lado direito, daí podemos extrair que o valor atual de “% Kelly” é nesta altura de 53,92%.

Para já gostava de referir que este valor atual da fórmula representa para todos os efeitos um percentual ainda demasiado elevado, diria que bastante irrealista, fruto de poucos negócios efetuados até agora. Daí ter afirmado que provavelmente só ao fim de cerca de 1 ano será possível obtermos um valor fiável mais aproximado com a realidade que pretendemos conhecer e abaixo explicarei porquê.

Em geral um excecional sistema de trading nunca deverá atingir uma barreira que não ultrapasse mais de 30% na fórmula de Kelly, o que significa que provavelmente só quando esta carteira “Emocional 2014” estabelecer um valor aceitável de trades, digamos mais de 100 (nesta altura segue com 42 negócios abertos e fechados no seu conjunto), será possível encarar o valor dado pela fórmula como aceitável.

De qualquer forma pode-se tirar já uma conclusão que parece óbvia a toda a gente: face ao fator geral de “Profit/Loss”, nesta altura a registar um valor de 18.01 nos seus primeiros testes de mercado real, bastante superior a 1.00, é fácil deduzir que o sistema de trading “Emocional 2014” deverá continuar a atingir no futuro retornos potencialmente positivos, pelo que daqui se poderão extrair 2 conclusões imediatas:

1) Os métodos de money management são aplicáveis a este sistema de trading, embora para o cálculo do coeficiente de alavancagem necessitemos de aguardar até cerca do final do ano até obrigar os parâmetros de risco a convergirem para um intervalo de valores mais realista e consentâneo com a segurança do fator multiplicativo a calcular e eventualmente introduzir daí em diante.

2) Aplicando as teorias correntes maioritariamente vigentes no campo do money management, quando estiverem passados 4 meses de negociação com esta certeza confirmada de que o sistema obterá rentabilidades potencialmente positivas, ou seja, a partir do início de maio de 2014 poderemos começar já a introduzir os conceitos de uma estratégia antimartingale ao colocar pelo menos daí em diante, no capital de cada trade, um fator igual ao da rentabilidade da carteira na véspera de iniciar cada negócio. Isto nem se trata de aplicar qualquer alavancagem, simplesmente é uma forma de capitalizar os lucros entretanto obtidos sem que o capital ganho se encontre parado à sombra da bananeira.


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Creio que o exemplo ilustrado da história do avô e do neto merece bem o interesse em conhecer a fundo a performance do sistema de trading pessoal de cada um de nós.

Se conhecermos a nossa taxa de sucesso (= trades vencedoras / trades totais) e a média que ganhamos nos negócios vencedores e a média que perdemos nos negócios com prejuízo, temos uma informação que vale mais que ouro para sabermos exatamente qual a percentagem de alavancagem ótima que podemos imprimir às nossas carteiras para as alavancar ao limite do possível e assim podermos atingir o lucro máximo otimizado que os nossos sistemas de trading conseguem obter enquanto andarmos por cá vivos.

Esta fórmula foi usada com bastante sucesso pelo Larry Williams no campeonato do mundo de traders profissionais onde estabeleceu um record mundial que ainda hoje vigora, ao transformar 10.000 USD reais no início do ano em 1.100.000 USD no final desse mesmo ano, um retorno inacreditável fora deste mundo! Se não estou equivocado, por estar a memorizar o assunto, L.W. terá usado um fator de % Kelly = 32%, correspondentes à maximização dos resultados históricos do seu método de negociar futuros sobre mercadorias, câmbios e o índice S&P 500 nos mercados de derivados.

Um conjunto explosivo que voltou a repetir uns anos mais tarde em 1997 quando se tornou o conselheiro da sua filha, uma conhecida atriz de cinema chamada Michelle Williams, que ganhou aos 16 anos (estão a ver quem estava por trás a fazer os negócios, certo?) precisamente o mesmo campeonato da Robbins Cup com outra performance assinalável sobre os restantes traders participantes, embora desta vez o capital real tenha subido nesse ano apenas de 10.000 a 100.094 USD, “a real dream” e outra vez devido à aplicação da fórmula “mágica” de Kelly!


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No caso concreto da carteira do sistema “Emocional 2014” foi estabelecido à partida que a mesma seria não alavancada até ao final do ano, isso é ponto assente para poder determinar um fator realista e de confiança de alavancagem futuro.

Aliás é fácil constatar que nem eu nem ninguém acredita como sendo credível apresentar uma percentagem de quase 54% que a % Kelly está nesta altura a indicar!

Vamos no entanto imaginar que em cada um destes papéis da carteira temos à disposição futuros, CFD ou empréstimos de capital disponível de penhora na conta de trading das corretoras envolvidas, para poder usar à vontade em alavancagem nos títulos da carteira desde o início de 2014.

Suponhamos também que este percentual de Kelly, calculado à presente data, pode ser considerado aceitável só para efeitos de um primeiro controlo inicial, que aliás já adiantei que não é. Como deveria ter procedido?

Por outras palavras, que medidas poderia ter tomado para ganhar virtualmente até agora a maior quantidade de massa possível?

Dito ainda de outra maneira, a pergunta prática que fica é a seguinte: qual a alavancagem que deveria ter imprimido à carteira até agora em cada papel para se obter um retorno máximo?

É fácil fazer essas contas, nesta altura a carteira disponibiliza exatamente 1/9 do capital total existente à partida para cada papel, são 9 títulos no total. O que nos diz a fórmula de Kelly nesta altura? Que deveríamos ter usado em cada papel até um máximo de 53,92% do dinheiro total disponível em carteira, pelo que a alavancagem ótima deveria ter sido de:

Alavancagem ótima de maximização dos lucros a longo prazo = 53,92% / (1/9) = 4,79

Ou seja, se tivéssemos utilizado em cada papel um fator multiplicativo de 4,79 por cada quantidade de Euros que usámos à partida, nesta altura a carteira estaria com um retorno de 12,42% (rentabilidade atual desde o início do ano) x 4,79 = 59,49%, em vez dos 12,42% atuais.

Da mesma forma o drawdown máximo obtido até agora teria de ser calculado na mesma proporção:

5,11% (ver gráfico da linha da rentabilidade do capital) x 4,79 = 24,48%

Parece fácil e “canja”, certo?

Resposta: calma, as coisas na realidade não são bem assim, a fórmula de Kelly só pode ser calculada para os efeitos da alavancagem que gostaríamos de utilizar num mundo paradisíaco!


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Que pena, há aqui um grande “se”, quando tudo parecia ser um mar de rosas e que isto era só aplicar a fórmula maravilhosa de Kelly, afinal a conclusão cautelar de cima vem-nos acordar de um sonho bonito para a verdadeira realidade do trading! O mundo real dos mercados afinal está mais próximo do pesadelo…

Que quero eu dizer com isto? Simplesmente que se usássemos esse fator dos 4,79 estaríamos a arriscar uma falência da carteira!

Porquê? Pelo simples facto de se prever que em cerca de 20 anos de trading, sem alavancagem, ser expetável (ver previsão em baixo nos fatores de risco do quadro branco) podermo-nos sujeitar à eventual ocorrência dum drawdown violento, valor que na zona branca do gráfico pode ser visto como valendo cerca de 40,44%.


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De notar que se este drawdown alguma vez atingisse os 100% + 12,42% (YTD atual) = 112,42%, adeus, entraríamos em falência ao perder todo o capital que tivéssemos dedicado ao trading desta carteira!

Logo, pode-se concluir que a fórmula de Kelly é muito bonita para jogos e para o pressuposto que no trading obteríamos sempre ganhos e perdas idênticos aos das médias calculadas. Só que na vida real da negociação dos mercados os resultados de cada negócio são tudo menos constantes, a variação é terrivelmente dispersa num leque de valores muito afastados uns dos outros.

Acima de tudo, a fórmula de Kelly não tem em atenção os fatores de risco de sobrevivência da carteira a longo prazo, uma vez que não quer saber dos drawdowns para nada.

A percentagem otimizada de alavancagem calculada pela fórmula apenas pretende avaliar a maximização do retorno mas ignora o risco de falência inerente ao overtrading!

Assim, no trading real temos de olhar para uma questão chave e fundamental na gestão da carteira, esse tema não é mais que a segurança real que temos de ter debaixo de olho para evitar riscos de falência em carteiras alavancadas!

Para isso temos de compatibilizar o controlo de evolução da carteira com um fator crítico de risco que tem de ser monitorizado constantemente: o drawdown, muitas vezes associado aos perigos do overtrading!

Bastaria referir um pequeno exemplo prático, quem é o suicida que utilizaria no mercado Forex uma alavancagem superior a 100 para 1 ou quantas histórias tristes se conhecem pela ilusão de ficar rico em pouco tempo com alguns golpes de sorte? Para isso era melhor ir a um casino e apostar na roleta, ouviram falar em histórias de milionários feitos através do jogo ou ouviram antes episódios de vidas destroçadas por terem tentado esta forma de enriquecer a qualquer preço? Pois…


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A sugestão que deixo no cálculo do condicionamento do risco de falência da carteira, porque neste assunto do money management não há grandes consensos, será o de fixar à partida um drawdown máximo aceitável que possa ocorrer na carteira, algures ao longo do prazo que ainda pensamos negociar no futuro nos mercados (sugestão básica no caso presente = 20 anos).

Nos muitos testes efetuados ao longo dos anos nesta excitante atividade do trading e particularmente na pesquisa pelos fatores de segurança mais adequados e otimizados na área do money management, temos de adotar sempre um risco aceitável, auto-limitativo e o maior possível dentro de algum padrão de segurança.

Qual e quanto? Pois aqui fica a conclusão das linhas duais que compõem um grupo que integra por um lado a minimização dos riscos de falência e por outro a maximização das alavancagens atribuídas: dos estudos que foram levados a cabo o drawdown de referência máximo aceitável é o que se obtém pela liberdade de deixar deslizar a “equity” inicial, acrescida das suas rentabilidades acumuladas entretanto obtidas, até um patamar que representa perto de metade da percentagem calculada por esse conjunto formado pelo capital inicial acrescido dos lucros acumulados no seu topo de retornos.

No caso concreto da carteira à data presente, o drawdown aceitável seria então de:

(100% + 12,42%) / 2 = 56,21%

Limitaríamos então este fator de risco crítico, à data presente, aos 56,21% nesta carteira específica e a partir daqui deveríamos passar para a fixação da alavancagem ótima a imprimir à carteira.

No caso deste portefólio “Emocional 2014” a alavancagem máxima calculada por esta condição permitiria usar um fator multiplicativo para cada papel, que seria dada por:

Alavancagem de risco de segurança de falência a longo prazo = 56,21% / 40,44% = 1,39

Este fator da segurança sobre a falência da carteira deveria nestas circunstâncias prevalecer sempre sobre o “Optimal f” de Kelly se este lhe for superior, como é o caso (4,79 > 1,39).

Logo em termos práticos, se usássemos alavancagem nesta carteira, o fator cauteloso a adotar para fazer face a esse futuro virtual obrigaria a usar um coeficiente que nunca deveria ser superior a 1,39!

Que diferença de alavancagem sobre se usássemos em comparação o valor que resultaria da aplicação da fórmula de Kelly, certo?! Só que neste cenário estaríamos a pôr em perigo o cenário da carteira deter uma elevada probabilidade de atingir uma situação de falência. Quem diria?!

Num polo oposto teríamos de encarar outro cenário distinto se a alavancagem calculada pelo “Optimal f” de Kelly fosse inferior à alavancagem calculada pela condição do fator de segurança sobre a falência da carteira por drawdowns exagerados a longo prazo. Aí seguramente a escolha da alavancagem a adotar incidiria sobre a condição da maximização do retorno calculado pela fórmula de Kelly.

No final deste ano logo veremos que coeficiente adotar, tendo em conta os condicionamentos calculados pelo menor valor percentual destas 2 condições: maximização dos lucros obtidos pela fórmula de Kelly e minimização do fator de falência pela adoção do valor de drawdown aceitável face ao histórico de risco idêntico esperado a longo prazo.

Finalmente, em termos de conclusão prévia aplicada à carteira específica “Emocional 2014”, pode parecer algo frustrante pensar que a aplicação de uma alavancagem cautelosa de apenas 1,39 acrescida dos retornos entretanto obtidos resultantes das conclusões das teorias antimartingale, resultado das conclusões expostas mais atrás, não gerará por aí além um saldo final comparativo que possa ser considerado significativo.

Só que não é bem assim, a capitalização de pequenas diferenças por vezes pode ser surpreendente. A aplicação desta aparente pequena alavancagem, a partir do 2º ano em diante, irá originar mesmo assim no longo prazo uma diferença muito significativa no saldo final obtido na carteira, mantendo-se sempre e apesar de tudo o risco de falência num nível de segurança relativamente controlado.

Sendo aplicado a partir do 2º ano de vigência desta carteira o coeficiente de alavancagem atrás indicado, o saldo final comparável expetável ao fim de 20 anos, com e sem alavancagem, seria cerca de 7 vezes superior, apesar do baixo fator multiplicativo em causa!


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Uma matéria demasiado secante, esta do money management, não?!

Trata-se dum assunto crítico tomar consciência do tema e do que implica para os lucros e riscos da carteira de cada um de nós, em particular dos que queiram seguir o profissionalismo no trading. Se não estiverem cientes destes fatores jamais terão êxito nesta atividade!

Será sempre louvável procurarem maximizar os vossos lucros potenciais, mas também em simultâneo há que manter um autocontrolo da monitorização constante para evitar erros de overtrading desnecessários, erros que a serem cometidos levam na maioria dos casos a um abandono prematuro da carreira de trading.

Este conhecimento dos riscos incorridos é vital para não se cometerem excessos desnecessários que não devem ser tomados acima dos níveis aconselhados que aqui foram referidos e que são críticos para uma carreira bem sucedida no trading. Daí ser muito importante tomar consciência dos riscos de auto-avaliação inerentes às performances médias resultantes das regras que cada um emprega na negociação dos mercados!

Um tema fascinante mas ignorado por muita gente que anda nesta atividade e que deveria ter uma ideia mais precisa dos benefícios e riscos da alavancagem, em que a maioria dos que usam alavancagens assume fatores multiplicativos apenas por aproximações sucessivas à custa de tentativas de erros e prejuízos sucessivos de autoaprendizagem, sem ter consciência das consequências dos riscos da alavancagem excessiva a que muitas vezes sujeitam a sua carteira de forma inconsciente.
Anexos
ROI Emocional 20140425.png
Curva do Capital Percentual - Sistema "Emocional 2014": A importância da fórmula de Kelly no money management
Editado pela última vez por Cem pt em 28/4/2014 1:37, num total de 1 vez.
O autor não assume responsabilidades por acções tomadas por quem quer que seja nem providencia conselhos de investimento. O autor não faz promessas nem oferece garantias nem sugestões, limita-se a transmitir a sua opinião pessoal. Cada um assume os seus riscos, incluindo os que possam resultar em perdas.


Citações que me assentam bem:


Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill

Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager

No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez


O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
 
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Cem pt » 26/4/2014 16:48

- Amigo Bart:

Enquanto uns compram outros vendem, é assim a vida e é isso que faz mexer os preços. Se todos pensássemos da mesma forma provavelmente os mercados nem existiriam e os preços seriam formados por processos exteriores às leis da oferta e procura.

- Amigo Eurogold:

No caso do sistema de trading “Emocional 2014” o PSI-20 está vendido na escala diária e comprado na semanal. Como tal a resultante é neutra e por isso não aconselho posições curtas em derivados ou subjacentes do nosso índice.

Agora se o mercado vai aguentar uma fase de lateralização, certamente que sim mas apenas por um período indeterminado e desconhecido até que um novo direcionamento se estabeleça. Aguardemos!


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Como habitualmente no final de cada semana aqui vos deixo os novos valores de referência de fecho das posições em cada um dos títulos da carteira para a próxima 2ª feira, colocando-se entre parêntesis os 2 valores anteriores que foram no passado calculados pelo programa:

BCP (neutral) – 0,2302 ( 0,2298 ; 0,2328 )
BPI (longo) – 1,612 ( 1,670 ; 1,690 )
BES (neutral) – 1,352 ( 1,379 ; 1,411 )
Banif (curto) – 0,0115 ( 0,0119 ; 0,0119 )
CTT (longo) – 7,683 ( 7,581 ; 7,481 )
TDSA (longo) – 1,012 ( 0,966 ; 0,938 )
Petróleo (longo) – 98,89 ( 98,81 ; 98,31 )
Soja (longo) – 1423,25 ( 1409,50 ; 1383,75 )
EuroDollar (longo) – 1,3773 ( 1,3722 ; 1,3716 )

A atualização destes novos valores representa uma informação muito importante em relação à proximidade do disparo dos próximos sinais que se preparam, face à diferença maior ou menor entre os valores calculados e as atuais cotações.

Assim, em relação aos papéis neutrais e curtos apenas o BES (ver gráfico) revela alguma probabilidade de voltar brevemente para o grupo das ações compradas na carteira, visto que se houver uma recuperação dos mercados é fácil concluir que a linha de disparo se encontra a uma distância de alcance relativamente acessível.

Já no que respeita aos papéis que ainda se encontram comprados em carteira o cálculo dos novos valores de saída permite concluir que podemos graduar as suas probabilidades de fecho das posições da seguinte forma, começando da maior para a menor probabilidade:

CTT, EuroDollar, Petróleo e TDSA.

No que respeita ao BPI e Soja os valores de saída mantêm-se bastante longe das suas cotações, pelo que daqui podemos concluir que não se antevê a curto prazo que deixem de continuar a fazer parte da carteira “Emocional 2014”.
Anexos
BES Emocional 20140425.png
BES - Sistema "Emocional 2014": Linha de reversão de tendência augura algumas esperanças de recuperação do título.
O autor não assume responsabilidades por acções tomadas por quem quer que seja nem providencia conselhos de investimento. O autor não faz promessas nem oferece garantias nem sugestões, limita-se a transmitir a sua opinião pessoal. Cada um assume os seus riscos, incluindo os que possam resultar em perdas.


Citações que me assentam bem:


Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill

Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager

No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez


O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
 
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Eurouro » 25/4/2014 14:05

Para o sistema do Cem o PSI20 já vai com uma entrada curta?
O mercado deve aguentar e lateralizar.
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Bart Simpson » 25/4/2014 8:18

No final da sessão de 24 de abril registou-se então no sistema de trading um sinal de reforço de compras em swing no Crude Oil, com a percentagem de 18,29% do capital destinado à respetiva componente oscilatória.

Curioso, como os meus indicadores, são indicadores atrasados, espelham o que o preço já fez, tenho sinal de venda com objectivo nos 99,25 (futuros de Junho)
Os profetas do mercado enchem os novos ouvidos, mas nunca encherão as nossas carteiras - Warren Buffett
Os patos voam em bando.
 
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Cem pt » 25/4/2014 2:51

As commodities desta carteira têm estado relativamente calmas, só que hoje o programa disparou, quer no Petróleo quer na Soja, sinais de aproveitamento para um possível nicho de oportunidades de compra, numa eventual recuperação ascendente dos seus swings de curto prazo.

Tenho falado pouco destes produtos mas não posso deixar de referir que se tratam em geral de ativos financeiros sujeitos a alavancagens simpáticas, refiro-me a quem os transaciona nomeadamente através de futuros, mas essencialmente reconheço serem um bom alvo potencial defensivo para quem tenta encontrar nas suas carteiras uma boa forma de diversificar e sair daquele tipo de papéis que está quase sempre dependente dos índices acionistas.

O que quero dizer com isto é tão simples quanto isto: se houver um crash em Wall Street perto do seu fecho ficamos logo a saber que as nossas ações da carteira virão todas por aí abaixo no dia seguinte, independentemente de termos stops ou não andaremos sempre com o credo na boca, mas se por outro lado tivermos este tipo de mercadorias na carteira sabemos que estaremos mais defendidos para esse tipo de movimentos.


----------


No final da sessão de 24 de abril registou-se então no sistema de trading um sinal de reforço de compras em swing no Crude Oil, com a percentagem de 18,29% do capital destinado à respetiva componente oscilatória.

Assim, na sessão de amanhã, para 2/3 destas quantidades será tentada uma compra aos 101,13 Usd/barril e para os restantes 1/3 haverá uma ordem de compra aos 101,91.

Da mesma forma a Soja registou no presente ciclo tendencial, em que se encontra longo, o seu primeiro sinal de compra oscilatório através da quantidade percentual em swing de 17,30%.

Na sessão de 25 de abril serão então atribuídos dois preços de compra distintos neste cereal: um a 1457,86 e o outro a 1472,25.

Fica o gráfico da Soja com o sinal oscilatório em questão.
Anexos
Soja Emocional 20140424.png
Soja - Sistema "Emocional 2014": primeira oportunidade disparada no programa para a compra de uma base em swing no presente mês de Abril.
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Cem pt » 24/4/2014 19:15

Amigo e-f:

Como é fácil de constatar a ideia que sugeres do Fogueiro trata-se de um sistema que integra 2 médias móveis, uma com cerca de 100 sessões à escala diária, contando com simplificação aproximada de 5 sessões por semana, e outra de 195 sessões, ou seja, muito semelhante à MM200 utilizada por muitos milhares de traders no mundo inteiro.

Como bem referiu o amigo Amigo o método não deve ser usado como um sistema de trading puro, não só pela rentabilidade baixa obtida em testes mas também porque representa apenas cerca de 1 negócio por ano e neste caso muito dificilmente um trader minimamente ativo iria ter pachorra para dar ao gatilho apenas uma vez por ano em cada índice, é pouco prático e irrealista.

No entanto as regras do método do Fogueiro, por quem aliás tenho uma alta estima e consideração pelas suas excelentes análises macro a nível mundial, podem servir pelo menos como um bom filtro de permissão para trades dentro da escala temporal a que respeita.

O que quero eu dizer com isto? Simplesmente o seguinte: se o sistema te dá permissão de longos, semelhante a um gráfico de escala semanal, durante esse período só deves tomar na escala imediatamente abaixo, ou seja, na diária, posições longas ou neutras. Pelo contrário, se o sistema do Fogueiro te der permissão para posições curtas, nesse período só deverás alternar na escala diária entre posições curtas e neutras, acho que esta será neste caso a atitude mais sensata a tomar.


----------


Amigo Nmp:

Não tenho postado ultimamente porque todas as posições se mantêm inalteráveis na carteira, fica o resumo:

- BCP: neutral
- BPI: longo
- BES: neutral
- Banif: curto
- CTT: longo
- TDSA: longo
- Petróleo: longo
- Soja: longo
- EuroDollar: longo

Evidentemente que os mercados continuam a fazer o seu caminho e os ratings emocionais dos diversos papéis da carteira vão-se afeiçoando aos novos padrões de curto e médio prazo que se vão desenrolando.

No final da sessão de ontem os gráficos no BCP, BES e PSI mostraram curiosamente um sinal de venda em swing, que no caso da carteira “Emocional” não foi seguido pelo simples motivo de que só adota a posição oscilatória de forma idêntica à da sua posição na carteira. Como o sistema de trading considera que nos 3 casos estaremos numa fase neutral ou indefinida, ou ainda de eventual lateralização, as ordens oscilatórias são pura e simplesmente ignoradas nesta carteira.

De qualquer forma deixo para curiosidade o gráfico diário do sistema de trading no PSI-20, onde se constata que no final da sessão de hoje o sinal de venda em swing é de novo renovado, através de uma “venda virtual” aos 7522 pontos, que neste caso deverá ser considerado um nível de resistência de curto prazo para a sessão de amanhã (ontem esse mesmo valor estaria aos 7570 pontos, sendo que esta resistência teria sido válida como referência para eventuais vendas em day trading no PSI para a sessão que hoje terminou).

Curiosamente o PSI-20 continua com uma volatilidade emocional em fase descendente, ao contrário de várias das ações portuguesas da carteira. Isto significa que por enquanto deverá nos próximos dias continuar a lateralizar e sem uma tendência claramente definida.

Hora de respirar e descansar um pouco no nosso índice, antes de aparecer um novo aumento da volatilidade que seguramente irá definir daí em diante o novo direcionamento do mercado!
Anexos
PSI Emocional 20140424.png
PSI-20 - Sistema "Emocional 2014": Com toda a probabilidade devemos continuar a mastigar uma fase sem sentido definido a curto/médio prazo.
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Citações que me assentam bem:


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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por nmprc » 24/4/2014 12:21

Cem, por onde andas? não me digas que o Maduro meteu-te "dentro"...

Gostava de saber o teu sentimento sobre a Banca Portuguesa: está num momento de consolidação? Já reentraste no BCP e BES? o BPI já deu o que tinha a dar? a TD não descola dos 1,10 - 1,12?

Abraço
 
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por AmigosdaBolsa » 21/4/2014 10:34

e-finance Escreveu:Viva Cem,

Estou a desenvolver um sistema para me dar pontos de entrada e saída para o longo prazo, estou a usar as MM 20 e 39 no semanal. A base é o indicador de longo prazo do Fogueiro, em vez de sair quando viola a MM mais baixa, só dou sinal de saída com a confirmação do dia seguinte. A entrada é quando rompe a MM mais baixa e a Bollinger band superior estiver a subir.

Deixo as imagens dos back tests para os principais índices desde 2001. Cada entrada representa uma unidade da cotação no ponto de entrada, dai as %s dos ganhos terem pouco significado. Se tiveres disponibilidade gostava de uma opinião.

PS. Se achares que não é conveniente usar o teu tópico para isto pf diz...

Cumps


Não sendo o Cem deixa-me responder-te.
Os resultados são fracos, não?
O melhor resultado é 13% em 13 anos. Nem com alavacagem lá ias pois terias de pagar um juro de +ou- 3% ao ano e o teu resultado é pouco mais de 1% ao ano.

A não ser que esteja a ver mal a coisa diria para alterares a estratégia.

Vou acompanhando a evolução da construção do teu indicador e como tal boa sorte.

Já agora que programa usas para calcular os rácios que apresentas?
O autor fornece opinião sem ter em conta os objectivos de investimento de qualquer utilizador privado e não deve ser tido em conta como um aconselhamento de investimento, incluindo, mas não se limitando, às decisões de transacções ou de natureza de gestão de risco. Todas as opiniões apresentadas podem ser alteradas sem aviso prévio.
 
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por e-finance » 21/4/2014 0:24

Viva Cem,

Estou a desenvolver um sistema para me dar pontos de entrada e saída para o longo prazo, estou a usar as MM 20 e 39 no semanal. A base é o indicador de longo prazo do Fogueiro, em vez de sair quando viola a MM mais baixa, só dou sinal de saída com a confirmação do dia seguinte. A entrada é quando rompe a MM mais baixa e a Bollinger band superior estiver a subir.

Deixo as imagens dos back tests para os principais índices desde 2001. Cada entrada representa uma unidade da cotação no ponto de entrada, dai as %s dos ganhos terem pouco significado. Se tiveres disponibilidade gostava de uma opinião.

PS. Se achares que não é conveniente usar o teu tópico para isto pf diz...

Cumps
Anexos
PSI.png
PSI.png (18.88 KiB) Visualizado 7099 vezes
DAX.png
DAX.png (20.02 KiB) Visualizado 7099 vezes
FTSE.png
FTSE.png (17.77 KiB) Visualizado 7099 vezes
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DOW.png (18.05 KiB) Visualizado 7099 vezes
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Eurouro » 19/4/2014 21:38

A mim admira-me como? como? como? é que Warren Buffett não está já a investir no Brasil. Com o potencial esperado ele podia bem continuar a sua escalada internacional, mas agora focando-se no Brasil e deixando a China e India.

Por exemplo, podia estar a comprar já a Petrobras, à semelhança de 2004 investiu na Petrochina e saiu em 2007 com lucro de 12x capital investido. Foi um lucro que estava assegurado pelo Estado chinês e tal como então tinha o Estado como parceiro e accionista.
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Cem pt » 19/4/2014 20:36

Caros amigos,

Obrigado pelas vossas mensagens.

Em relação a 2 questões que aqui foram colocadas, conforme bem referiu o amigo Rodrigo Nascimento :wink: , o sistema de trading está em fase de testes em tempo real e não está à venda.

Esta experiência aqui publicada será apenas um incentivo ou uma pista a que mais gente que goste destes assuntos desenvolva métodos semelhantes ou derivados da ideia geral apresentada.

Outra pergunta relaciona-se com o mercado brasileiro. Não uso ações brasileiras pelo simples motivo de que as tendências das ações baseadas no PSI são mais puras ou transparentes que os movimentos das que se relacionam com o Bovespa. Este sistema de trading funciona melhor com as empresas portuguesas!

De qualquer forma devo reconhecer nas grandes empresas brasileiras cotadas um potencial de escala e grandeza assombrosos.

Posso dar vários exemplos, por exemplo qualquer uma das 5 maiores empresas construtoras brasileiras representa uma dimensão de faturação que mete à vontade no bolso as 3 maiores construtoras portuguesas em conjunto (Mota-Engil + Teixeira Duarte + Soares da Costa).

Outra realidade que diz tudo, a Petrobras sozinha vale e fatura perto de metade do total de todas as empresas portuguesas juntas, cotadas e não cotadas, um colosso que conseguiu entrar no grupo seleto das 5 maiores petrolíferas mundiais!

Finalmente um último exemplo que me deixou muito impressionado. Há 3 anos atrás recebi em Lisboa o CFO da Vale, a 2ª maior empresa mineira do mundo, que veio a Lisboa apresentar à empresa onde eu trabalhava os seus resultados de 2010, uma vez que estávamos na altura a negociar com a Vale uns trabalhos conjuntos na Guiné Conacri relacionados com a exploração de ferro.

Pois aquelas alminhas apresentaram nessa altura a brutalidade de uma faturação de 70.000 milhões de Usd com um lucro líquido que superava todas as empresa do PSI-20 juntas por grande distância, ou seja, uns impressionantes 30.000 milhões de Usd, quase metade da faturação era lucro líquido!


----------


Finalmente deixo-vos aqui uma pequena atualização dos valores aproximados de saída tendenciais que o programa executaria na carteira do "Emocional 2014" num cenário válido apenas para a próxima sessão, uma vez que estes valores possuem uma dinâmica de adaptação diária à evolução dos mercados (entre parêntesis os 2 valores calculados anteriormente):

BCP – 0,2298 ( 0,2328 ; ----- )
BPI – 1,670 ( 1,690 ; 1,682 )
BES – 1,379 ( 1,411 ; 1,409 )
Banif – 0,0119 (0,0119 ; ----- )
CTT – 7,581 ( 7,481 ; 7,386 )
TDSA – 0,966 ( 0,938 ; 0,936 )
Petróleo – 98,81 ( 98,31 ; 99,19 )
Soja – 1409,50 ( 1383,75 ; 1382,00 )
EuroDollar – 1,3722 ( 1,3716 ; 1,3676 )

Na generalidade as ações da carteira parecem estar nesta altura a estancar a fase de diminuição da volatilidade e, pelo contrário, começam agora a inverter para uma fase de aumento da volatilidade, o que representa sempre um aumento de stress que poderá refletir-se em lucros e perdas bastante significativos se não nos ajustamos rapidamente, e em conformidade, à nova situação.

Enquanto que o último gráfico que apresentei correspondia ao do pior comportamento do sistema de trading, hoje mudo a agulha para o que melhor se está a comportar até à data, o BPI.
Anexos
BPI Emocional 20140417.png
BPI - Sistema "Emocional 2014": Estabilidade intocável em posições longas até ao presente, no ano de 2014
O autor não assume responsabilidades por acções tomadas por quem quer que seja nem providencia conselhos de investimento. O autor não faz promessas nem oferece garantias nem sugestões, limita-se a transmitir a sua opinião pessoal. Cada um assume os seus riscos, incluindo os que possam resultar em perdas.


Citações que me assentam bem:


Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill

Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager

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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por rsacramento » 18/4/2014 17:19

adslemon Escreveu:Boa noite, sou novo neste fórum, pelo que gostaria de saber como se pode ter este sistema.
Agradeço desde já e boa Páscoa.

em primeiro lugar, bem-vindo ao fórum

o sistema não é público, é sim desenvolvido pelo cem e, por norma, ele não divulga o código
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Adslemon » 18/4/2014 0:17

Boa noite, sou novo neste fórum, pelo que gostaria de saber como se pode ter este sistema.
Agradeço desde já e boa Páscoa.
 
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Eurouro » 17/4/2014 22:02

Boas Cem! No caso especifico do Banif arrisco a dizer que pode ter umas sessões a lateralizar no range 0,0115 e 0,01 e depois torna a dar sinal de compra longo.

O Banif anda na casa dos cêntimos e não me desperta curiosidade a não ser que fizessem um reverse-stock split.

Normalmente procuro por activos cujo historico seja linear e certinho e um aumento de capital é sempre influência sobre o comportamento de um título.

Abraços

\:D/ Já agora o que acha das acções brasileiras? :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: 8-)
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por katolo » 17/4/2014 21:00

Cem pt Escreveu:
A estreia do programa em posições shortadas no Banif, com um valor percentual que passa a ser desde logo a maior perda registada pelo programa de trading até agora, batendo os -1,48% que pertenciam a um negócio anterior encerrado da Soja, deixou-me abatido!



É um perigo negociar este título :D

Parabéns pelo tópico, que acompanho, e pelas magníficas histórias com que nos brindas. Esses camarões deixaram-me com água na boca :)

Uma Santa Páscoa

abraço
 
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Bart Simpson » 17/4/2014 20:44

uma Páscoa feliz também para ti, cem :wink:

Estive de férias na Isla Margarita numa praia famosa pela prática de windsurf e kitesurf, pois o vento é constante todo o ano. Ainda tenho o sabor da langosta 4 quejos ... :wink:
 
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Cem pt » 17/4/2014 18:03

Hoje não me apetece falar de Bolsa!

A estreia do programa em posições shortadas no Banif, com um valor percentual que passa a ser desde logo a maior perda registada pelo programa de trading até agora, batendo os -1,48% que pertenciam a um negócio anterior encerrado da Soja, deixou-me abatido!

Tantos anos a negociar os mercados, devia ter mais que noção de saber que as perdas são um companheiro constante desta atividade, mas que querem?! Não gostei, pronto!

Ainda por cima nem me posso queixar que o dia tenha sido negativo em termos globais, com os ganhos da sessão obtidos no BPI e com os que ainda decorrem da subida do Petróleo. Apesar de ainda não ter encerrado a esta hora, se calhar a sessão será de um ganho ou perda pouco relevante no geral, mas sinto que hoje foi daqueles dias para esquecer, paciência!

Assim, resolvi mudar um pouco de agulha e falar de outro tipo de custos, aqueles com que lido diariamente no sítio onde me encontro a trabalhar.


----------


Aproveitando o facto do Mercosul estar por estes dias presente na Venezuela com uma delegação de Ministros dos Negócios Estrangeiros, a patrocinar uma conferência de paz para tentar conciliar o Governo e a Oposição que se têm degladiado quase todos os dias sem interrupção nesta martirizada mas espetacular cidade de Caracas, este último domingo de manhã resolvi ir às compras a um supermercado perto da minha residência.

Mas quem é o maluco que sai de casa no meio duma cidade em estado de sítio? Boa pergunta, o certo é que todos temos de comer, ou saímos para ir a restaurantes ou a lojas e supermercados para nos abastecermos do essencial para levar para casa.

Além do mais vou-vos contar um segredo, isto aqui parece a guerra do Raul Solnado, não é bem ataques às 2ª, 4ª e 6ª feiras e descansos nas 3ª, 5ª e sábados, mas é mais descanso real das hostilidades durante todas as manhãs e até meio das tardes. Os tumultos e pancadaria só começam todos os dias a partir do entardecer e prolongam-se todas as noites, o que vale é que toda a gente que vive em Caracas conhece este horário e defende-se como pode em conformidade!

Centros comerciais e supermercados: clientes, muitos! Produtos, não diria que poucos, há até bastantes, mas falta muita coisa que consideramos essencial para o dia-a-dia, continua a não se encontrar leite, arroz, açúcar, café, natas, óleo, água (!), sumo de laranja, papel higiénico, maionese, e mais algumas coisas que agora não me recordo.

Que se faz para ultrapassar estas faltas? Simplesmente temos de recorrer ao “desenrasca”. Nos dias em que não há manteiga, usa-se margarina. Papel higiénico, trago de Lisboa cada vez que lá vou e se não há, guardanapos de papel. Não há leite, toma-se iogurte. Para substituir o óleo, usamos azeite. Falta a água, bebemos coca-cola ou abrimos esporadicamente uma garrafa de vinho ou uma cerveja de vez em quando. Enfim, usamos o que tivermos mais à mão parecido com o que pretendemos, na certeza porém de que não chegamos ao extremo de passar fome.

Porque razão não aparecem os produtos em falta nos supermercados? Porque aqui o Governo, por razões sociais, resolveu fixar preços máximos para produtos relacionados com a comida, são chamados os preços regulados. Resultado, a esmagadora maioria dos produtores não está interessada em vender aos preços regulados em que perdem dinheiro, nem sequer lhes dá para ter margem positiva. Daí que seja uma miragem vermos esses alimentos nas prateleiras vazias das lojas!

Em contrapartida as compras que se fazem, dos restantes produtos que aparecem, saem baratíssimas à cotação do Euro paralelo e a sua qualidade é na sua generalidade muito aceitável.

Neste último domingo resolvi então abastecer-me dos ingredientes que vou cozinhar na altura dos feriados da Páscoa. Quero ver se faço uns camarões gigantes à Inhambane (Moçambique, onde vivi mais de 15 anos e passei tempos espetaculares) e de mais uns produtos de consumo do dia-a-dia. Um pequeno parêntesis para dizer que, em relação aos camarões, comprei-os anteriormente congelados numa loja gourmet.

O segredo da receita está no molho: para 1kg de camarão há que pôr num tacho ao lume um pacote de 250 gr de manteiga, sumo de 4 limões esmagados, 3 malaguetas de um bom piri-piri, que aqui pode ser chili ou ají, um pouco de sal, 1 alho inteiro com os dentes cortados em rodelas fininhas e junta-se um pouco de vinho branco quando a mistura estiver já bem quente, a seguir juntam-se os camarões descongelados com casca e de preferência com um corte longitudinal para irem já semi-abertos, finalmente acrescentar no final uns coentros; a água natural do camarão misturada com os outros ingredientes faz um molho divinal com uma cor alaranjada, de comer e chorar por mais para o plano do futuro almoço e ainda vai sobrar para mais 2 refeições, desta maneira poupa-se algum trabalho futuro!

Pois dizia eu que por aqui os preços são super-baratos, vantagem de se viver no socialismo do século XXI. Reparem só no que comprei com o equivalente a 4,70 €, porque aqui felizmente consigo trocar facilmente os meus Euros à cotação do mercado paralelo:

1 iogurte de 1 litro + 2 iogurtes de 0,25 litros cada + 1 pacote de bacon + 1 pacote de manteiga 250 gr + 100 gr de alhos + 200 gr de malaguetas picantes + 150 gr de coentros + 400 gr de limões + 2 pacotes de margarina com 500 gr cada = 470 Bolívares = 4,70 Euros, de borla!

Ou seja, nem tudo é mau por estas bandas!

Tal como a comida comprada é barata, nos restaurantes já não é tanto assim, noutros gastos locais há serviços que são ao preço da chuva, por exemplo: serviço de rede “Digitel” de telemóvel, incluindo algumas dezenas de chamadas por mês para Portugal e incluindo 1 MegaBytes de ligação à net por mês, não ultrapassa mais de 3 euros mensais; cada dia de serviço de mulher-a-dias: 3 euros, rede conjunta de televisão com cerca de 100 canais e banda larga custa mensalmente 2,50 euros, pode-se considerar que o custo de vida por estes lados é bastante simpático.

Claro que há alguns preços inacreditáveis e proibitivos, em contrapartida. Por exemplo, estadias em certos locais paradisíacos, os preços subiram de tal ordem que deixou de haver turistas estrangeiros por estas paragens. Além do mais quem é que se vem meter num vespeiro, se sabem que é estrangeiro, em que há uma grande probabilidade de lhe acontecer alguma coisa, nem que seja um assalto rotineiro à mão armada?

Um exemplo claro é o resort mais espetacular do mundo das Caraíbas, é de tal modo pouco divulgado (ninguém lhe faz publicidade para manter o seu estatuto selvagem e quase virgem intacto) que praticamente ninguém o conhece no mundo inteiro, exceto os venezuelanos endinheirados e alguns estrangeiros com poder de compra que se podem permitir a pequenas loucuras.

Trata-se do espetacular arquipélago de Los Roques, um conjunto de cerca de 72 ilhas à base de areia branca de coral e de águas que parecem um lago.

Apesar do calor exterior superior a 30º a areia é fria e branca como a neve(!), um paraíso que mantém águas de temperaturas 26º/30º transparentes, com os tons mais variados de verde e azul brilhantes caraterísticos das Caraíbas, cheias de vida dos mais variados peixes e corais.

Pois ainda no ano passado a minha mulher veio cá passar 15 dias a Caracas e aproveitámos para ir passar uma semana a Los Roques, uma estadia que inclui as viagens de avião, a pousada equivalente a um 3 estrelas em Portugal (na ilha principal é o melhor que se pode arranjar) porque não tinha sequer água quente nem piscina, local onde se toma o pequeno almoço e jantar, esta aliás uma refeição sempre espetacular baseada em peixes frescos apanhados no local e cozinhada de forma divinal, à base de grelhados, por um “chef” que lhe acrescenta sempre acompanhamentos de massas frescas italianas e uns sensacionais “ceviches” de camarões, cozidos apenas à base de sumo de limão.

Os preços incluem também as viagens de barco que todos os dias nos levam da ilha principal para as ilhas onde se passam os dias de praia. Saímos perto das 9h da manhã, chegamos à ilha escolhida (todos os dias podemos escolher uma diferente, cada uma mais espetacular que a outra) e aí montam-nos um guarda-sol, 2 cadeiras, 2 toalhas e deixam uma arca frigorífica com talheres, saladas, comida italiana, águas, coca-colas e cervejas. A seguir combinamos a hora a que nos vêm buscar, por exemplo 5h da tarde, desmontam e carregam outra vez tudo o que deixaram na praia para levar de novo no barco.

Ficamos praticamente isolados na ilha, em geral só há mais 1 ou 2 guarda-sois para além do nosso. Passa-se mais tempo dentro de água do que cá fora, onde o sol queima e onde é necessário pôr várias vezes por dia um protetor solar superior a 30, e mesmo assim ficamos pretos ao fim de 2 dias!

Fica uma foto desse paraíso desconhecido para abrir o vosso apetite!

Pois dizia eu que enquanto há cerca de 1 ano atrás o custo de 1 semana para casal no arquipélago era de cerca de 400 euros, à data presente pedem na mesma agência de viagens local perto de 2.000 euros, um preço proibitivo que mata por completo o turismo e que contrasta no outro extremo com o resto dos custos de outros serviços que atrás exemplifiquei.

Uma pena, não sabem rentabilizar o que têm de bom!

Agora, se não se importam, vou preparar o tal almoço dos camarões que vos falei, já começo a estar com fome e cansado de dar aos dedos no computador.

Uma Páscoa feliz para todo o pessoal, passem bem!
Anexos
los-roques-venezuela.jpg
Los Roques / Venezuela: O último paraíso desconhecido na Terra!
O autor não assume responsabilidades por acções tomadas por quem quer que seja nem providencia conselhos de investimento. O autor não faz promessas nem oferece garantias nem sugestões, limita-se a transmitir a sua opinião pessoal. Cada um assume os seus riscos, incluindo os que possam resultar em perdas.


Citações que me assentam bem:


Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill

Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager

No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez


O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
 
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Re: Sistema de Trading "Emocional 2014"

por Cem pt » 16/4/2014 19:10

- Amigo Nmp:

O aumento de capital no Banif é apenas mais uma de muitas notícias sobre o papel, terá certamente a sua relevância mas a Análise Técnica tem obrigatoriamente de incorporar mais essa notícia nos movimentos do título.

Daí que já esteja habituado a que estes aumentos de capital sejam imediatamente assimilados pelos indicadores técnicos que nos interessam para tomar a decisão probabilisticamente mais correta.

Em relação ao aumento de capital em si acho que a parte mais engraçada será na altura em que passarem a ser negociados os direitos: pessoal a querer comprar a 0,00001 (não sei se a plataforma de negociação aguenta tantos zeros!) e venda a 0,00002; depois vêm para aqui berrar: "grande Banif, acabei de ganhar 100% com direitos do Banif, isto é que está a dar, esqueçam as ações e negoceiem os direitos"; quando chegar a altura de exercer os direitos, aí é que vão ser elas! Não sei se o pessoal está disposto a enterrar lá mais algum do capital que lhes resta, acho que vai ser um bom espetáculo visto da plateia...



- Amigo BE:

Terás toda a razão no que respeita às plataformas de trading autorizadas em Portugal, no entanto o facto de eu estar a trabalhar fora do país permite-me ter acesso a corretoras estabelecidas fora do espaço da legislação portuguesa que me executam essas ordens através de um contrato "Repo" pré-estabelecido renovável de empréstimo dos títulos do Banif, que possuem em carteiras de outros clientes, onde pago uma taxa próxima de 4%/ano.

De qualquer forma não te posso adiantar mais detalhes sobre essa situação, que creio ter alguma sensibilidade do ponto de vista jurídico que não domino na totalidade.


Bons negócios.
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