Re: OT - Independência da Escócia e da Catalunha
Enviado: 24/9/2017 18:05
Não percebo bem a lógica. Os povos têm direito à auto-determinação: Sim ou Não
Fórum dedicado à discussão sobre os Mercados Financeiros - Bolsas de Valores
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?f=3&t=82984
Dr Tretas Escreveu:A Espanha não é uma nação, é uma construção como o RU ou a Bélgica. São povos, que se mantêm juntos enquanto acharem que todos beneficiam. Se muitos Catalães acham que já não beneficiam de uma Espanha unida, certamente terão as suas razões, que tal endereçar esses motivos em vez de andar a invocar leis?
p3droPT Escreveu:E o que é a constituição senão uma visão coletiva dos povos para o seu território?
Do que tenho visto, e infelizmente não tenho podido seguir a situação tanto como gostaria, noutros tempos uma situação destas já tinha começado ou estaria em vias de começar uma guerra civil. Aliás acho que não tem sido dada a cobertura de media devida, não interessa até à UE este tipo de movimentos politicos.
Dr Tretas Escreveu:O Regime de Madrid devia ter permitido o referendo, provavelmente os independentistas perdiam. Mas, tratando-se de Castelhanos, são geneticamente incapazes de não oprimir outros povos ibéricos, portanto preferiram a censura, apreender boletins de voto, e outras acções altamente democráticas. Um erro. É a vida.
Dr Tretas Escreveu:Falta menos de um mês para o novo referendo. Eu cá estou com a Catalunha livre
Elias Escreveu:moppie85 Escreveu:Para "juntar" a isto, 90% do petroleo do UK encontra-se nas águas da Escócia e a Escócia é auto-suficiente (e é exportadora para o resto do UK) de cereal.
De acordo moppie, mas a queda generalizada que se tem verificado nos preços das commodities faz com que essa vantagem perca alguma relevância...
moppie85 Escreveu:Para "juntar" a isto, 90% do petroleo do UK encontra-se nas águas da Escócia e a Escócia é auto-suficiente (e é exportadora para o resto do UK) de cereal.
Elias Escreveu:Catalunha pede à Europa que apoie o referendo sobre a sua independência
02 Janeiro 2014, 17:58 por Eva Gaspar | egaspar@negocios.pt
Artur Mas, presidente do governo regional catalão, enviou uma carta aos líderes de todos os países da União Europeia assegurando-lhes que o referendo agendado para Novembro é constitucional, ao invés do que Madrid alega.
Artur Mas, presidente do governo da Catalunha, escreveu aos líderes dos países e instituições da União Europeia (UE) pedindo-lhes que apoiem o referendo sobre a independência da região, depois de lhes assegurar que a consulta popular agendada para 9 de Novembro decorre da vontade do povo catalão e não viola a Constituição, ao invés do que o Governo de Madrid alega.
Na carta, dirigida entre outros à chanceler alemã Angela Merkel, Artur Mas pede apoio a um “processo pacífico, democrático, transparente e europeu” que diz ser apoiado por uma vasta maioria do povo catalão.
A carta do presidente da Generalitat e líder do Convergência e União (CiU) é datada de 20 de Dezembro mas só nesta quinta-feira, 2 de Janeiro, foi tornada pública. A sua divulgação surge depois de o ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, José Manuel García-Margallo, ter enviado uma carta às embaixadas e consulados espanhóis em todo o mundo onde inventaria os argumentos contra o movimento de independência da Catalunha.
Em Dezembro de 2013, os partidos políticos que representam 65% do Parlamento catalão, aprovaram uma iniciativa que prevê a realização em 9 de Novembro próximo de uma consulta popular em duas etapas para perguntar aos catalães se querem que a Catalunha seja “um Estado” e, em caso de resposta afirmativa, se querem que a Catalunha seja um “Estado independente”.
O referendo não foi autorizado por Madrid. "O que alguns partidos planearam é radicalmente contrário à Constituição e a lei dessa iniciativa choca com o fundamento da Constituição que é a unidade indissolúvel da nação espanhola, pelo que o Governo a que presido não pode autorizar nem negociar algo que é propriedade dos espanhóis”, asseverou o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.
Alguns analistas encaram a marcação do referendo como uma derradeira manobra de pressão sobre Madrid para obter para a Catalunha um pacto de autonomia e financeiro melhorado – não a independência. Se o Tribunal Constitucional inviabilizar a consulta, deslegitimando uma possível declaração unilateral de independência, assumem como provável a antecipação para 2015 das eleições na Catalunha. De todos os modos, Madrid continuará sob pressão para chegar a um acordo mais favorável para os catalães, de modo a evitar que forças pró-independência mais agressivas, como a Esquerda Republicana, cheguem ao poder.
Em caso de independência, a Catalunha terá de renegociar a sua presença na UE e noutras instituições internacionais. O mesmo sucederá com a Escócia, que tem referendo marcado para 18 de Setembro.