Parece que antes de 2020 nada acontecerá como se previa, mas será que depois de 2020 existirá alguém verdadeiramente interessado em prestar este serviço em substituição dos CTT? Com a capilaridade necessária e a vontade para assegurar os turnos, rotas, etc? Não vejo os irlandeses que actualmente têm 3% do mercado a irem distribuir correio às serras.
Ou melhor, o Estado a montar nova empresa de distribuição dos correios.
Isto vai acabar como em outros países, com menos exigências quanto à distribuição e mais compensações para se continuar a distribuir correio em sítios remotos ou pagando sempre que não sejam terceiros a assegurar as estações de correio do interior. E se o Estado não quiser, tem bom remédio...
Projeto de resolução do grupo parlamentar socialista recomenda ao Governo que avalie a concessão da empresa, com base na "degradação do serviço na vigência da concessão"
O grupo parlamentar do Partido Socialista quer que o Governo avalie se os CTT estão a cumprir o que se comprometeram com o Estado e abre a porta ao regresso dos Correios à esfera pública depois de 2020, quanto termina o atual contrato.
Num projeto de resolução assinado por dez deputados, o PS acusa o serviço postal de se ter degradado ao longo da vigência da concessão, assinada pelo governo anterior, e propõe a criação de um grupo informal, com o intuito de proceder a uma avaliação das responsabilidades contratuais, assim como a ponderação dos possíveis modelos, e respetivas consequências, resultantes da conclusão do contrato de concessão. Ou seja, admite o regresso dos CTT ao controlo do Estado.
É uma hipótese viável, consoante as conclusões do grupo criado para analisar esta questão, reconhece ao DN o deputado socialista João Paulo Correia, primeiro subscritor do projeto de resolução que tem data de 7 de Dezembro. Pedimos que o Governo avalie primeiramente as condições contratuais ao nível do serviço público, para perceber se a atividade concessionada está a ser cumprida. Defendemos também que se aproveite para ponderar modelos alternativos que possam ser implementados, explica o deputado do PS, que adianta que o que está em causa nunca seria interromper a concessão antes da sua conclusão, em 2020.
https://www.dn.pt/portugal/interior/ps- ... 74454.html