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Caldeirão da Bolsa

Fundos à la carte

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Fundos à la carte

por Midas » 6/1/2014 16:33

Chico_laranja Escreveu:
Kafkaesque Escreveu:@ Chico,

Porque é que só olhas para fundos em Eur? PArece-te plausível que o Dolar continue a desvalorizar face ao Euro?


O não querer fundos em USD é que é mais um factor a dar volatilidade a um fundo e por outro lado as mudanças cambiais pagam comissão.

Em fundos que não têm comissão pagas dissimuladamente comissão de compra e de resgate pois o cambio não é feito à taxa de mercado mas tem lá no meio um extra que pode comer até 3% do movimento (já passei por isso em fundos da Amundi e JPM. A Amundi limpou-me mais de 2% tanto na compra como no resgate e a JPM aprox 0,8%. Serviu de lição :wall: )



Esse extra que falas é o spread do banco, a comissão de câmbio, que eles cobram, que não é muito transparente. :wall:

Mas mesmo sem comprar fundos em USD, acabamos por ter exposição a ele em fundos que originalmente são denominados em USD, apesar de compramos os fundos na versão EUR, como se pode ver no caso do Templeton Global Total Return sem Hedge. E até mesmo em fundos com moeda original em EUR, estamos expostos ao USD, como se verifica no Eurizon Consumer Staples, que tem muita exposição a activos dos EUA, cerca de 52% da sua carteira (31-Oct-2013), se comparamos as duas versões deste fundo, com e sem Hedge, 18,66% (RH) vs. 13,44% (R) respectivamente, uma diferença de 5,22%, mas poderá ser maior, porque não sabemos se o Hegde é 100% eficaz (pela a minha experiência, não tem sido em vários fundos diferentes).

Por isso, é importante analisar os quadros que coloquei acima, nas imagens, dá para ver as variações cambiais nos fundos, com e sem Hedge.
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 6/1/2014 16:26

Update:
Capital a investir = 250€.

Estou com dificuldades a decidir. Se por um lado é bom, sinal que já fiz alguma filtragem e que possivelmente já aprendi alguma coisa pelo meio, por outro lado leva-me a um ponto em que sei +- o que quero e chega-se a hora de decidir

Sectoriais elimino pois quero algo abrangente (a carteira já tem sectoriais que chegue: Pictet Water e Pictet Security e no total é quase 30% da carteira e a quase totalidade dos fundos de acções. Com tempo devo tentar fechar estas 2 posições re abrir em algo mais abrangente)

Fica-me apenas para escolher entre os Globais e os EUA
Os globais à partida serão uma melhor aposta por serem globais.
Os EUA no fundo é o benchmark do mundo das acções. Se por um lado não são loucos de dar 40 ou 50% como alguns emergentes, também não são de dar quedas da mesma ordem por qualquer vento ou pequena tempestade.

Pondero ainda a possibilidade de misturar ambos globais e EUA tipo:
a1h)Nordea-1 Global Stable Equity Fund E EUR LU0278530729
a2)Nordea-1 Global Value Fund E EUR LU0173769935
a1)Nordea-1 Global Stable Equity Fund Unhedged E EUR LU0229519805
a3)Dexia Equities L Sustainable World N Acc EUR LU0133360320
a4)Parvest Equity World Low Volatility N-Capitalisation LU0823418388
a5)Templeton Growth (Euro) N Acc € LU0122614380
com
b1)Pictet-US Equity Growth Selection-R EUR LU0372506948
b2)AXA World Funds Framlington American Growth E Capitalisation EUR LU0361792525
b3)JPMorgan Funds – US Value D (acc) - EUR (hedged) LU0244270723
b4)JPMorgan Funds – America Equity D (acc) - EUR LU0217390490
b5)JPMorgan Funds – Highbridge US STEEP D (acc) - EUR (hedged) LU0325075579

Algo como a1(h)+b1 ou a2 com b2 ou algo mais simples de manipular: Nordea-1 globais + JPM US tipo 50-50.

Como sempre ouvi dizer que não se devem ter os ovos todos no mesmo cesto até sou menino para apostar algo como 40€ nos 3 JPM e 130€ nos 2 Nordea Global Stable Hedged/Unhedged.
Os 3 JPMs são todos Big Caps: 1 Value, 1 Growth e 1 Blend pelo que apanho as 3 correntes distintas (mesmo sabendo que há uma sobreposição entre eles pois afinal apostam os 3 no mesmo mercado)
O(s) Nordea1 Global Stable parece-me um fundo bastante bom: Boa distribuição geográfica, tocando até nos emergentes, boa distribuição sectorial e com um perfil conservador/calmo para o mundo das acções.

A escolha nos Nordea1 e JPMs prende-se também na questão de serem fundos em que facilmente se manipula as posições na carteira pois com menos de 20€ reforçam-se/resgata-se parcialmente ou abrem-se posições :-"
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
 
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 6/1/2014 13:34

Kafkaesque Escreveu:@ Chico,

Porque é que só olhas para fundos em Eur? PArece-te plausível que o Dolar continue a desvalorizar face ao Euro?


O não querer fundos em USD é que é mais um factor a dar volatilidade a um fundo e por outro lado as mudanças cambiais pagam comissão.

Em fundos que não têm comissão pagas dissimuladamente comissão de compra e de resgate pois o cambio não é feito à taxa de mercado mas tem lá no meio um extra que pode comer até 3% do movimento (já passei por isso em fundos da Amundi e JPM. A Amundi limpou-me mais de 2% tanto na compra como no resgate e a JPM aprox 0,8%. Serviu de lição :wall: )
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
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Re: Crème de la crème

por Midas » 5/1/2014 23:07

Crème de la crème

Os melhores fundos em retornos líquidos de impostos, visto que tem os fundos e as referências em várias moedas misturadas, acrescentei uma nova coluna do lado direito, com as moedas das classes de cada fundo. Seguido de outra coluna nova, esta com os retornos líquidos de fiscalidade (-28%), excepto nos fundos domiciliados em Portugal, que já apresentam retornos líquidos. Esta coluna inclui tanto os fundos como as referências (índices de acções e taxas de câmbio), líquidos de fiscalidade, para melhor comparar as performances entre eles, sendo que esta coluna é está ordenada decrescentemente, daí os resultados da coluna esquerda, não estarem ordenados.

Abaixo coloquei os retornos referentes ao ano de 2013 dos fundos e de algumas referências para comparação. Estes retornos são Total Return, ou seja, inclui o reinvestimento de dividendos, quando estes existem. Os retornos de fundos domiciliados em Portugal, são líquidos de fiscalidade, sendo representados pela cor amarela. Os retornos dos fundos são em moeda da classe desses fundos, no caso dos fundos em USD, os retornos não foram convertidos para EUR, sendo apresentado a real rentabilidade de cada fundo USD. Cada classe de activos é representada por uma cor diferente. Coloquei na coluna a seguir a categoria, a moeda do fundo original, porque esta influencia a performance dos fundos, as moedas são apresentadas em cores diferentes. Com estes dados, pode-se fazer várias comparações, por exemplo, fundos EUR com ou sem cobertura cambial (Hegded), quais as regiões geográficas com melhores resultados, os sectores mais rentáveis, etc. Dá inclusivamente, para comparar os fundos que tem duas versões em moedas diferentes, uma na moeda original sem cobertura cambial e outra noutra moeda mas com cobertura cambial, isto serve para ver se o hedge está a funcionar a 100% ou não, pode-se verificar no PIMCO DI, Templeton GTR, Jupiter Dynamic Bond e nos dois fundos de Renminbi da Allianz. Apresentei aqui, alguns fundos novos, tanto em EUR como USD.


La crème de la crème 2013.gif
(Abrir a ligação da imagem e depois aumentar o zoom para a visualizar no tamanho completo)





Nota: As moedas dos fundos.

EUR - Euro
GBP - British Pound (Sterling)
JPY - Japanese Yen
USD - US Dollar
XAU - Gold
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Balanço 2013

por Midas » 4/1/2014 21:12

Balanço 2013

Em principio de ano, é altura de balanço do ano que findou. Abaixo coloquei os retornos referentes ao ano de 2013 dos fundos e de algumas referências para comparação. Estes retornos são Total Return, ou seja, inclui o reinvestimento de dividendos, quando estes existem. Os retornos de fundos domiciliados em Portugal, são líquidos de fiscalidade, sendo representados pela cor amarela. Os retornos dos fundos são em moeda da classe desses fundos, no caso dos fundos em USD, os retornos não foram convertidos para EUR, sendo apresentada a real rentabilidade de cada fundo USD. Cada classe de activos é representada por uma cor diferente. Coloquei na coluna a seguir a categoria, a moeda do fundo original, porque esta influencia a performance dos fundos, as moedas são apresentadas em cores diferentes. Com estes dados, pode-se fazer várias comparações, por exemplo, fundos EUR com ou sem cobertura cambial (Hegded), quais as regiões geográficas com melhores resultados, os sectores mais rentáveis, etc. Dá inclusivamente, para comparar os fundos que tem duas versões em moedas diferentes, uma na moeda original sem cobertura cambial e outra noutra moeda mas com cobertura cambial, isto serve para ver se o hedge está a funcionar a 100% ou não, pode-se verificar isso no PIMCO DI, Templeton GTR, Jupiter Dynamic Bond e nos dois fundos de Renminbi (RMB) da Allianz. Apresentei também, alguns fundos novos, tanto em EUR como USD.


Retornos 2013 - EUR.gif
Retornos 2013 - EUR.gif (80.3 KiB) Visualizado 34851 vezes


Retornos 2013 - EUR Em Observação.gif
Retornos 2013 - EUR Em Observação.gif (31.66 KiB) Visualizado 34851 vezes


Retornos 2013 - EUR Alocação Táctica.gif
Retornos 2013 - EUR Alocação Táctica.gif (31.64 KiB) Visualizado 34851 vezes


Retornos 2013 - USD.gif
Retornos 2013 - USD.gif (27.96 KiB) Visualizado 34851 vezes


Retornos 2013 - Referências.gif
Retornos 2013 - Referências.gif (10.98 KiB) Visualizado 34845 vezes





Nota: As moedas dos fundos originais:

EUR - Euro
GBP - British Pound (Sterling)
JPY - Japanese Yen
USD - US Dollar
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Re: Fundos à la carte

por Midas » 4/1/2014 1:59

file 112 Escreveu:Boas,

Os conceitos estatísticos da precisão e da exactidão.

A propósito de um post meu recente sobre os rácios de Sharpe de fundos de investimento que não são comparáveis quando utilizam, no cálculo do excesso de retornos, benchmarks diferentes de ativos sem risco; ou quando são relativos a períodos de tempo diferentes, vou de seguida falar sobre a precisão (precision) e a exactidão (accuracy) que aparentemente são sinónimos mas que em termos estatísticos têm significados diferentes.
Estatisticamente, a precisão quer dizer que a medição, ou um qualquer acto, é feita sempre da mesma maneira, ou seja, com reprodutibilidade. Assim, no caso de querer comparar massas devo utilizar sempre a mesma balança, mesmo que a mesma não esteja calibrada (aferição do zero), porque deste modo sabe-se com uma certeza absoluta se as massas são maiores, menores ou iguais, mas não sei se os valores obtidos das massas são exactos, ou seja, se correspondem aos valores reais.
A exactidão quer dizer que os valores obtidos de uma medição, ou de um acto qualquer, correspondem a valores 100% reais. No exemplo da balança, quer dizer que para além de utilizar a mesma balança a mesma estava aferida/calibrada (aferição do zero) de modo a obter resultados 100% reais.
Para melhor se perceber a diferença entre a precisão e a exactidão, vou exemplificar com o tiro ao alvo. A precisão é atirar sempre num mesmo ponto qualquer do alvo, isto quer dizer que o atirador atira sempre da mesma maneira, ou seja, com reprodutibilidade. A exactidão é atirar sempre no ponto central do alvo, isto quer dizer que o atirador atirou sempre da mesma maneira mas com a mira da arma afinada/calibrada e assim o atirador obteve sempre 100 pontos em cada tiro.
Infelizmente há bastantes licenciados nas áreas técnicas que não sabem a diferença estatística entre os conceitos de precisão e exactidão, e por isso tiram conclusões aparentemente correctas mas não são 100% exactas.

Abr,

file 112


Nice. 8-)

Nunca pensado nesses conceitos dessa maneira, mas faz todo o sentido.
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Re: Fundos à la carte

por Outlier » 4/1/2014 1:15

Boas,

Os conceitos estatísticos da precisão e da exactidão.

A propósito de um post meu recente sobre os rácios de Sharpe de fundos de investimento que não são comparáveis quando utilizam, no cálculo do excesso de retornos, benchmarks diferentes de ativos sem risco; ou quando são relativos a períodos de tempo diferentes, vou de seguida falar sobre a precisão (precision) e a exactidão (accuracy) que aparentemente são sinónimos mas que em termos estatísticos têm significados diferentes.
Estatisticamente, a precisão quer dizer que a medição, ou um qualquer acto, é feita sempre da mesma maneira, ou seja, com reprodutibilidade. Assim, no caso de querer comparar massas devo utilizar sempre a mesma balança, mesmo que a mesma não esteja calibrada (aferição do zero), porque deste modo sabe-se com uma certeza absoluta se as massas são maiores, menores ou iguais, mas não sei se os valores obtidos das massas são exactos, ou seja, se correspondem aos valores reais.
A exactidão quer dizer que os valores obtidos de uma medição, ou de um acto qualquer, correspondem a valores 100% reais. No exemplo da balança, quer dizer que para além de utilizar a mesma balança, esta estava aferida/calibrada (aferição do zero) de modo a obter resultados 100% reais.
Para melhor se perceber a diferença entre a precisão e a exactidão, vou exemplificar com o tiro ao alvo. A precisão é atirar sempre num mesmo ponto qualquer do alvo, isto quer dizer que o atirador atira sempre da mesma maneira, ou seja, com reprodutibilidade. A exactidão é atirar sempre no ponto central do alvo, isto quer dizer que o atirador atirou sempre da mesma maneira mas com a mira da arma afinada/calibrada e assim o atirador obteve sempre 100 pontos em cada tiro.
Infelizmente há bastantes licenciados nas áreas técnicas que não sabem a diferença estatística entre os conceitos de precisão e exactidão, e por isso tiram conclusões aparentemente correctas mas não são 100% exactas.

Abr,

file 112
Editado pela última vez por Visitante em 6/1/2014 17:27, num total de 1 vez.
 
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Re: Fundos à la carte

por kafkaesque » 3/1/2014 19:17

@ Chico,

Porque é que só olhas para fundos em Eur? PArece-te plausível que o Dolar continue a desvalorizar face ao Euro?
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Top do Chico

por Midas » 3/1/2014 19:08

@Chico, tive a "brincar" 1 bocadinho com o teu Excel, ordenei os fundos através do "New Factor M36" de forma decrescente e depois filtrei os que eram igual ou superior a 0. Pintei a amarelo os fundos já falados aqui.

Se reparares os EUA dominam os fundos por geografia. E provavelmente os "Globais" e sectoriais que aqui estão, devem ter um grande peso de EUA nas suas carteiras. :wink:

Os fundos que aparecem aqui, são aqueles que mais se valorizaram a 3 anos e com menor volatilidade. Os sectores/regiões geográficas que mais se valorizaram recentemente, são os aparecem. Por isso, não é de estranhar a Europa não apareça. Abaixo mostra todos os fundos da Europa e zona euro.


Top do Chico

Top do Chico.gif
Fonte: Chico_laranja
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Top do Chico: Europa & Zona Euro

Top do Chico_Europa & Zona Euro.gif
Fonte: Chico_laranja
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Re: Fundos à la carte

por Midas » 3/1/2014 18:05

@Chico

Andas a dar no Excel. :wink:
Já descobriste parte do meu processo de filtragem dos fundos. Por isso, não é de admirar chegares a conclusões parecidas. Dos 9 fundos, tenho 4 e outro foi substituído por melhor, mas mais exigente nos investimentos mínimos. :wink:

Os fundos alinhados por RS36M
Eurizon EasyFund Equity Pharma LTE RH LU0155223729 :arrow: TENHO
Eurizon EasyFund Equity Pharma LTE R LU0114064081 :arrow: TENHO
Parvest Equity World Health Care N-Capitalisation LU0823417141
Nordea-1 Global Stable Equity Fund E EUR LU0278530729
Nordea-1 Global Value Fund E EUR LU0173769935
UBS (Lux) Equity Fund - Infrastructure (EUR) P-acc LU0366711900 :arrow: TENHO
Vontobel Fund European Value Equity C LU0153585210 :arrow: JÁ QUIS, MAS FOI SUBSTITUIDO POR MELHOR :wink:
Franklin European Growth N Acc € LU0122612764 :arrow: TENHO
Nordea-1 Global Stable Equity Fund Unhedged E EUR LU0229519805


Mas queres saber uma engraçada, falei do Eurizon Pharma R, Vontobel Fund European Value e do Pioneer US Fundamental Growth no tópico do VG, há mais de 1 ano atrás (Outubro de 2012), passados uns meses (Abril 2013), voltei a relembrar-los, mas nunca passaram o "teste de qualidade" do tópico, nessas alturas. Quem arriscou na altura, não se arrependeu. :lol:


Rick Lusitano em 1/4/2013 21:01 Escreveu:
(...)

EUR

Já vistes estes fundos que eu postei?

Rick Lusitano em 21/10/2012 21:59 Escreveu:
:arrow: Pioneer Fds US Fundamental Gr C EUR ND
Acções EUA Cap. Grande Crescimento

:arrow: Vontobel European Value Eq C
Acções Europa Cap. Grande Crescimento

:arrow: Eurizon EasyFund Equity Pharma LTE R
Acções Sector Saúde




Fundos de Investimento (baixo risco) - Página 54
viewtopic.php?t=77465&postdays=0&postorder=asc&start=1327


Fundos de Investimento (baixo risco) - Página 140 http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?f=3&t=77465&start=3475




Vontobel Fund European Value
Este fundo é mais defensivo, mas também com menores retornos quando comparados com outros fundos com exposição á Europa. Parte da resposta, já tinha mencionado na 1ª vez que falei nele em 2012:

Rick Lusitano em 21/10/2012 21:59 Escreveu:O fundo da Vontobel European Value aposta nas empresas europeias, também elas "gigantes", mais de 1/3 da carteira está alocada no sector de bens de consumo defensivos:


Se reparares em outros fundos da Vontobel, o BB tem vários em USD e com Hedge, geralmente, são parecidos com este fundo, com menor volatilidade á custa de maiores retornos, dando RS maiores, do que outros fundos de outras gestoras nas respectivas categorias. Fui repescar as alocações antigas em USD e em EUR Hedged, que fiz nessa altura, mas que poderá estar desactualizada:

USD
LU0218910965 - Vontobel Global Value Equity C - Acções Global Cap. Grande Crescimento
LU0129603360 - Vontobel Global Value Equity (ex US) B - Acções Global Cap. Grande Crescimento (ex US)
LU0137006218 - Vontobel Emerging Markets Equity C - Acções Emergentes Global


EUR Hedged
LU0333249364 - Vontobel Fund Global Value Equity HC - Acções Global Cap. Grande Crescimento - EUR Hedged
LU0333249109 - Vontobel Fund Emerging Markets Equity HC - Acções Emergentes Global - EUR Hedged


EUR
LU0153585210 - Vontobel European Value Equity C - Acções Europa Cap. Grande Crescimento




Eu na Europa, exclui 2 fundos da Allianz, por pedirem 1.000 EUR de investimento inicial/adicional e também por os Threadneedle só pedirem 500 EUR e por terem melhores desempenhos.
LU0256839860 - Allianz Europe Equity Growth CT EUR - Acções Europa Cap. Grande Crescimento
LU0256840793 - Allianz Euroland Equity Growth CT EUR - Acções Euro Cap. Grande

Os Allianz têm esse senão dos 1.000/1.000 EUR.
Os Vontobel não.



Gosto mais dos Vontobel do que os Pictet, claro que poderá haver fundos bons nos 2 lados. E ambas gestoras só pedem 1 UP/1 UP.



De relembrar que fundos que tenham 2 versões, uma com Hedge e outra sem, verifica-se o seguinte:

2008; 2010; 2011: o USD ganhou para o EUR :arrow: Maiores retornos na versão sem Hedged
2006; 2007; 2009; 2012; 2013: o USD perdeu para o EUR :arrow: Maiores retornos na versão Hedged (não valorizou mais a versão Hedged, o que se passou foi, que a versão sem Hedge é que desvalorizou)

Pode-se verificar, por exemplo, em:
Templeton Global Total Return
Templeton Global Bond
Eurizon Pharma
Eurizon Consumer Staples


Antes as versões Hedged, tinham menos retornos e mais DP, logo tinha menor RS do que as versões sem Hedge, na altura a valorização do USD face ao EUR, amaciava o risco e dando mais retorno, agora, devido á desvalorização recente do USD, ambas versões estão mais equilibradas.
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Re: Fundos à la carte

por Midas » 3/1/2014 16:16

Elias Escreveu:
Rick Lusitano Escreveu:Já conhecia a existência de vários índices para alguns segmentos dos REITs, os ETFs seguem os seus índices específicos. Mas realmente, desconhecia que se podiam visualizar no Prorealtime.


Aqui ficam os tickers:

DJUSDT - Divers Reits
DJUSJL - Hotels & Lodging Reits
DJUSIO - Industrial & Office Reits
DJUSMR - Mortgage Reits
DJUSRN - Residential Reits
DJUSRL - Retail Reits
DJUSSR - Specialty Reits



Gracias, Elias 8-)
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 3/1/2014 14:43

Um update à minha procura (não esquecer, abertura/manutenção/rebalanciamento abaixo dos 200€)

Após alguma manipulação excel, e retirando do best apenas os fundos em EUR, chego à seguinte conclusão:
De longe há 3 fundos de acções que bate tudo o resto(no fundo são 2 pois 2 deles são a versão hedged e não hedged). O interessante é que são sectoriais e de um sector tipicamente defensivo:

Retornos altos (ordem dos 16% anuais a 3 anos e entre 13 e 14% a 5 anos), RS a rondar 1.7, DP < 10 e no factor do Ganho-DP têm mais do dobro do 4º classificado.

Os fundos alinhados por RS36M
Eurizon EasyFund Equity Pharma LTE RH LU0155223729
Eurizon EasyFund Equity Pharma LTE R LU0114064081
Parvest Equity World Health Care N-Capitalisation LU0823417141
Nordea-1 Global Stable Equity Fund E EUR LU0278530729
Nordea-1 Global Value Fund E EUR LU0173769935
UBS (Lux) Equity Fund - Infrastructure (EUR) P-acc LU0366711900
Vontobel Fund European Value Equity C LU0153585210
Franklin European Growth N Acc € LU0122612764
Nordea-1 Global Stable Equity Fund Unhedged E EUR LU0229519805

É interessante ver que os fundos do sector saúde batem os restantes a 3 anos (retornos nos 16-17%, DP <10 e RS aprox 1.7) e mesmo a 5 anos (apanham 2008 todo) têm retornos anualizados nos 13-14%.
Os que ficam à porta do pódium são os 2 citados pelo Rick ;)

Fica em anexo o ficheiro Excel já com os filtros activos e que explica o porque de eu dizer que este é o top 10 ;)
Basta verem a filtragem tal como está.

Fico bastante tentado a apostar nos Sectoriais da saúde pois embora tenham um retorno jeitoso mantêm a volatilidade controlada. Muito provavelmente irei para o Eurizon não hedge pois o fundo fica a 103€ aprox logo será mais fácil mexer/reforçar no futuro. O UBS é 19x€. Se arranjar um pouco mais do que os 200 então faço 1+1. Abro 1 posição no Hedged e outra no não hedged.

Nota:
Deixo um ficheiro excel para poderem mexer há vontade bastara remover toda a filtragem que estiver activa. O new factor é na realidade o factor que se tem falado nestes últimos posts: Return-DP.

O campo Interesse dá para que quem queira fazer a sua própria selecção filtre o que interessa.
O que costumo usar: Coloco a 0 os que não me interessam logo à partida e coloco a 1 possíveis candidatos: Exemplo da minha pesquisa:
Procuro Acções logo fundos sem ser acções coloco 0, fundos acções coloco 1.
Filtrar campo interesse = 1
Coloco a 2 guestoras que têm mínimos de 1UP/50€.
Filtrar campo interesse = 2.
Colocar interesse = 3 a fundos <202€ pois é o que procuro no meu caso.
Filtrar ....
Interesse = 4 se....
etc...
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 3/1/2014 11:31

Até uma massa pesada na mesma balança terá resultados diferentes se for medida ao nível do mar ou no topo dos Himalaias.

Para se comparar a referência terá que ser sempre a mesma.

Obrigado pela correcção :wall: :clap:

EDIT: Questão do beta já corrigida no post original para não induzir ninguém em erro. Ficou em adenda a negrito e não uma correcção directa senão quem vier ler isto pela primeira vez fica perdido.
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Re: Fundos à la carte

por Elias » 3/1/2014 9:55

Rick Lusitano Escreveu:Já conhecia a existência de vários índices para alguns segmentos dos REITs, os ETFs seguem os seus índices específicos. Mas realmente, desconhecia que se podiam visualizar no Prorealtime.


Aqui ficam os tickers:

DJUSDT - Divers Reits
DJUSJL - Hotels & Lodging Reits
DJUSIO - Industrial & Office Reits
DJUSMR - Mortgage Reits
DJUSRN - Residential Reits
DJUSRL - Retail Reits
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Re: Fundos à la carte

por Midas » 3/1/2014 1:46

file 112 Escreveu:
Rick Lusitano Escreveu:@file, deste um passo em frente para o pessoal, perceber os dados que aparece nas fichas de cada fundo. :clap:

File, consegues explicar a diferença do "activo sem risco" em cada fundo, ele não deveria ser o mesmo, para todos os fundos analisados, por exemplo, pela Morningstar, no cálculo do Rácio de Sharpe?

Discutimos essa questão apartir do inicio da página anterior.


@Rick: Em 1º lugar já era altura da minha parte em escrever um artigo com alguma substância no teu tópico e não apenas corrigir a questão do beta do amigo Chico.
À questão que colocas vou-te dar uma resposta do campo teórico: Por definição os rácios de Sharpe só podem ser 100% comparáveis entre si se tiverem o mesmo índice de referência ou benchmark de capitalização do ativo sem risco. O termo "referência" é uma espécie do zero da balança, que é a referência-base da pesagem (mais correto é falar em massas e não em pesos), e também neste caso se queres comparar se o material A pesa mais, menos ou igual ao peso do material B, deves pesá-los na mesma balança e não pesá-los em balanças diferentes não aferidas/calibradas com linhas de zero diferentes, logo com resultados de pesos não comparáveis.
A minha grande luta entre os resultados de comparação entre as estratégias buy-and-hold (passiva) e ativa de fundos de investimento é que nessa comparação entram fundos ditos "ativos" quando na realidade não são 100% ativos, nos casos em que o gestor do fundo está amarrado a respeitar uma certa percentagem de composição de ativos de um índice de referência ou benchmark, por exemplo em 2/3, logo neste caso só tem um grau de liberdade de cerca de 33.34% (1/3) em alocar no seu fundo os ativos e respetivos pesos que pretender, logo neste caso as duas estratégias não são comparáveis.
Assim, em conclusão: Rácios de Sharpe que utilizam diferentes benchmarks de ativos sem risco, não têm significância estatística adequada e não podem ser verdadeiramente comparáveis.

Abr,

file 112


Thanks pela participação. Então se percebi, a tua definição, o RS só serve para analisar a relação do retorno com o seu DP no respectivo prazo. E não podem ser usados os RS de vários fundos para os comparar entre eles. Por exemplo, podes comparar os Betas em alguns fundos, porque a Morningstar, identifica os índices de referencia usados. Assim como os R² e os Alfa. Mas desde, que os índices usados sejam os mesmos. (O ficheiro Excel da Morningstar/BB não inclui este tipo de informação, só indo a cada uma das fichas dos fundos.)

A verdadeira gestão activa de que falas, talvez seja mais conseguida em fundos com estratégias de investimento flexíveis. Sei que a Goldman Sachs, teve um dos poucos fundos de obrigações que teve retornos positivos em 2013, precisamente por ter uma abordagem menos restritiva do que os outros fundos de gestão activa nos EUA. Os outros fundos de investimento de gestão activa, tem índices de referencias a respeitar, mas têm alguma liberdade, dentro das limitações auto-impostas pela política de investimento do fundo, por isso é que são activos e não passivos.
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Re: Fundos à la carte

por Midas » 3/1/2014 1:21

Elias Escreveu:Rick, possivelmente já saberás isto, mas existem índices subsectoriais para estes vários tipos de REITs e todos eles podem ser visualizados no Prorealtime :)


Já conhecia a existência de vários índices para alguns segmentos dos REITs, os ETFs seguem os seus índices específicos. Mas realmente, desconhecia que se podiam visualizar no Prorealtime.

Estes artigos sobre REITs, nasceram da minha curiosidade, de quer saber mais desta classe de activos de investimentos alternativos. A informação nem sempre se encontra facilmente e obriga a juntar os vários fragmentos de informação espalhados.

Tirando os ETFs, que começaram a aparecer, este tipo de investimento, juntamente com o investimento em fundos de empresas de "private equity", estava vedado aos investidores de retalho. Agora parece está na moda, falar de investimentos em (fundos de) imobiliário directo (REIT), em (fundos de) infraestruturas, em investimentos em madeira, coisa que os investidores institucionais já investem há alguns anos, sendo os 2 últimos, as "novidades recentes". :-s
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Re: Fundos à la carte

por Outlier » 3/1/2014 1:12

Rick Lusitano Escreveu:@file, deste um passo em frente para o pessoal, perceber os dados que aparece nas fichas de cada fundo. :clap:

File, consegues explicar a diferença do "activo sem risco" em cada fundo, ele não deveria ser o mesmo, para todos os fundos analisados, por exemplo, pela Morningstar, no cálculo do Rácio de Sharpe?

Discutimos essa questão apartir do inicio da página anterior.


@Rick: Em 1º lugar já era altura da minha parte em escrever um artigo com alguma substância no teu tópico e não apenas corrigir a questão do beta do amigo Chico.
À questão que colocas vou-te dar uma resposta do campo teórico: Por definição os rácios de Sharpe só podem ser 100% comparáveis entre si se tiverem o mesmo índice de referência ou benchmark de capitalização do ativo sem risco. O termo "referência" é uma espécie do zero da balança, que é a referência-base da pesagem (mais correto é falar em massas e não em pesos), e também neste caso se queres comparar se o material A pesa mais, menos ou igual ao peso do material B, deves pesá-los na mesma balança e não pesá-los em balanças diferentes não aferidas/calibradas com linhas de zero diferentes, logo com resultados de pesos não comparáveis.
A minha grande luta entre os resultados de comparação entre as estratégias buy-and-hold (passiva) e ativa de fundos de investimento é que nessa comparação entram fundos ditos "ativos" quando na realidade não são 100% ativos, nos casos em que o gestor do fundo está amarrado a respeitar uma certa percentagem de composição de ativos de um índice de referência ou benchmark, por exemplo em 2/3, logo neste caso só tem um grau de liberdade de cerca de 33.34% (1/3) em alocar no seu fundo os ativos e respetivos pesos que pretender, logo neste caso as duas estratégias não são comparáveis.
Assim, em conclusão: Rácios de Sharpe que utilizam diferentes benchmarks de ativos sem risco, não têm significância estatística adequada e não podem ser verdadeiramente comparáveis.

Abr,

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Re: Fundos à la carte

por Elias » 3/1/2014 0:49

Rick, possivelmente já saberás isto, mas existem índices subsectoriais para estes vários tipos de REITs e todos eles podem ser visualizados no Prorealtime :)
 
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Re: Fundos à la carte

por Midas » 3/1/2014 0:18

@file, deste um passo em frente para o pessoal, perceber os dados que aparece nas fichas de cada fundo. :clap:

File, consegues explicar a diferença do "activo sem risco" em cada fundo, ele não deveria ser o mesmo, para todos os fundos analisados, por exemplo, pela Morningstar, no cálculo do Rácio de Sharpe?

Discutimos essa questão apartir do inicio da página anterior.
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Re: Fundos à la carte

por Outlier » 2/1/2014 23:14

Boas,

Rácio de Sharpe, alfa, beta, desvio padrão e rácios fundamentais de risco da Morningstar.

@Chico:
No meu post em que o assunto é rácio de Sharpe (RS), alfa e beta; eu não digo que é bom ter um beta superior a 1, o que digo em conclusão nesse post é mais ou menos o seguinte: O ideal é o RS e o alfa serem superiores a 1 e, no mínimo, serem superiores a zero; e o beta ser inferior a 1. O RS ser superior a 1, 2 e 3.5 será satisfatório, bom e excelente respetivamente.
O RS e o alfa, no mínimo, deve ter um valor positivo, pois isso demonstra que o gestor cumpriu o seu papel que foi conseguir um excesso de retornos, ajustado ao risco (desvio padrão), em relação aos respetivos benchmarks, que no caso do RS é uma capitalização sem risco (ex. depósito a prazo) e no caso do alfa (outperformance) é o respetivo índice de referência (benchmark). Só neste caso é que se justifica estar a pagar uma comissão de gestão senão é melhor ter o ETF que reproduz o índice de referência.
Quanto ao beta há que ter em conta que por definição o beta do benchmark é igual a 1. Então, para um qualquer mesmo valor do excesso de retornos, o ideal é o fundo ter um beta inferior a 1, pois nesse caso o fundo correu um risco inferior ao risco do benchmark. Também não há problema quando o gestor assume um risco/beta superior ao do benchmark, se este excesso de risco fôr compensado por um respetivo excesso de retornos, mas aí correu mais risco. Este excesso de risco pode ser corrido em tendências de upside e nunca em tendências de downside, porque aqui o risco deve ser o mínimo possível. O risco é como o acelerador de um automóvel, pois só deve ser usado numa subida e, por vezes, pode justificar-se o prego a fundo, em períodos muito curtos, ou num terreno plano (lateralização), e nunca numa descida.
O nível de risco de um fundo não está só no seu desvio padrão (DP), mas também nos parâmetros dos fundamentais, designadamente, os rácios P/E, P/B, Price/Sales, P/CF e o Dividend-Yield Factor, que aparecem no separador carteira do fundo na Morningstar.pt. Isto é tudo explicado num post meu recente.
A Morningstar apresenta o rácio de Sharp (RS) de 3 anos, de modo a apanhar tendências de upside, downside e de lateralização e assim a amostra (dias de trading) vai ter um aceitável nível de confiança de probabilidade estatística. Para períodos curtos de alguns meses ou um simples ano, o respectivo RS é mais um mero exercício matemático qualquer mas não tem um mínimo de significância estatística dada a provável volatilidade de valores atípicos (outliers) nesses períodos curtos. O RS ideal é o correspondente a um período longo em que a maioria dos dados da distribuição do excesso de retornos versus desvio padrão/risco, se situam em torno da média e assim os valores das caudas gordas dos extremos ou os valores atípicos são diluídos naquele grande nº de dados “normais” em volta da média.
A principal vantagem do RS é o facto de permitir comparar activos financeiros pertencentes a classes diferentes, uma vez que utiliza como benchmark a taxa de juros sem risco. Contudo, também apresenta dois problemas: O 1º é quando o RS dá valores negativos, uma vez que o RS será menos negativo no fundo com maior volatilidade (o desvio padrão está no denominador do quociente, por ex., -1/4 é maior ou menos negativo que -1/2) apontando assim, erradamente, esse fundo como o mais eficiente, quando é ao contrário. O 2º problema é devido ao facto do desvio padrão (DP) estar no denominador do quociente e assim para valores de DP próximos de Zero, o RS torna-se instável uma vez que assume valores extremamente elevados independentemente do nível de retornos do fundo (matemáticamente, qualquer valor a dividir por Zero dá um resultado de infinito e assim podemos dizer que um qualquer valor a dividir por um valor próximo de zero dá um resultado próximo de infinito ou um valor extremamente elevado).
Por último, chamo a atenção que o cálculo do desvio padrão assenta no pressuposto de a distribuição dos retornos seguir a distribuição normal da curva de Gauss, a qual, por sua vez, assenta no princípio dos desvios dos dados em relação à média do total dos dados da distribuição. Estes desvios ou diferenças entre os dados e a média têm de ser elevados ao quadrado, pois nos casos em que essa diferença era negativa tínhamos um problema estatístico pois o desvio ou a diferença de, por ex., -2 ou 2 em relação à média têm o mesmo significado estatístico apesar de serem dois valores matematicamente diferentes. Então, como é que se resolve este problema? Simples, com a mesma matemática que nos estava a causar problemas, e assim elevamos esses desvios ao quadrado, pois um nº negativo ao quadrado dá sempre um valor positivo e igual ao mesmo valor positivo (-2^2 = 2^2 = 4). Assim, como tivemos que elevar os desvios ao quadrado, chegamos à variância em vez do desvio padrão que é o que nos interessa, mas também não há problema pois a matemática também resolve ao fazer a raíz quadrada da variância e assim obtemos finalmente o que nos interessa: o desvio padrão. Isto porque, matematicamente, se elevarmos um valor ao quadrado e se a seguir a este resultado aplicarmos a raíz quadrada não alteramos o valor inicial (ex. √3^2 = 3).
Só que o problema disto tudo é que a distribuição real dos retornos versus desvio padrão não segue a distribuição teórica normal da curva de Gauss, porque esta assenta no pressuposto de um trajeto aleatório dos dados ao longo do tempo e a distribuição real não segue um percurso aleatório, logo o desvio padrão que obtemos é também teórico e não real, mas é o que se pode arranjar, apesar disso não deixa de ser um parâmetro de risco relativamente válido em termos comparativos entre os vários fundos. Neste tipo de coisas, é preciso saber sempre os pressupostos em que os modelos assentam. Nós não devemos utilizar cegamente o Excel sem perceber as formulações matemáticas subjacentes aos modelos em causa.

Abr,

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Fundos de Investimento de Imobiliário (FII & REITs) II

por Midas » 2/1/2014 21:31

Fundos de Investimento de Imobiliário (FII & REITs) (Parte II)

Neste artigo, irei falar sobre fundos de investimento de imobiliário (FII) ou como são como são conhecidos nos EUA, REITs ("real-estate investment trusts"). No final deste artigo, coloquei algumas fontes que consultei, como não fiz uma listagem completa de todas as fontes usadas, as coloquei, foram as fontes genéricas, que sei que usei, tendo havido outras que foram consultadas. Pode-se obter informação mais especifica nestas fontes, devido a não querer tornar este artigo, uma espécie de tese de doutoramento, com demasiada informação. Quem quiser ler a primeira parte desta serie de artigos, poderá ler aqui, Fundos de Investimento de Imobiliário (FII & REITs) (Parte I).


Como a MSCI classifica os REITs:

Global and Regional REIT Indices

The MSCI Global REIT Indices, are free float-adjusted market capitalization indices that consist of equity REITs, which generate a majority of their revenue and income from real estate rental and leasing operations and are constructed using the Global Industry Classification Standard (GICS®).

GICS classifies REITs within the Financial sector, in the Real Estate Industry group. Within the GICS® structure, the REITs industry is subdivided into seven sub-industries.These seven REITs sub-industries include the following property types:

Diversified REITs
companies or trusts with diversification across two or more property types

Industrial REITs
companies or trusts engaged in the acquisition, development, ownership, leasing, management and operation of industrial properties. (Includes companies operating industrial warehouses and distribution properties.)

Mortgage REITs
companies or trusts that service, originate, purchase and/or securitize residential and/or commercial mortgage loans. (Includes trusts that invest in mortgage-backed securities and other mortgage related assets.)

Office REITs
companies or trusts engaged in the acquisition, development, ownership, leasing, management and operation of office properties.

Residential REITs
companies or trusts engaged in the acquisition, development, ownership, leasing, management and operation of residential properties including multifamily homes, apartments, manufactured homes and student housing properties.

Retail REITs
companies or trusts engaged in the acquisition, development, ownership, leasing, management and operation of shopping malls, outlet malls, neighborhood and community shopping centers.

Specialized REITs
companies or trusts engaged in the acquisition, development, ownership, leasing, management and operation of properties not classified elsewhere. (Includes trusts that operate and invest in health care, leisure, hotel/resort and storage properties. It also includes REITs that do not generate a majority of their revenues and income from real estate rental and leasing operations.



Levando um mais pouco longe, as subdivisões nos REITs, com algumas das empresas-fundos REIT mais conhecidas e os seus tickers ou símbolos de negociação. Os ETFs e fundos de investimento investem exclusivamente nos EUA, excepto aonde assinalado. Nenhum dos ETFs ou fundos de investimento investem em imobiliário directamente, são todos fundos de fundos REIT. Apenas as empresas-fundos Equity REITs e Hybrid REITs são da categoria "Imobiliário Directo", devido aos seus investimentos directos em propriedades. Por existir muitos fundos de investimento de "Imobiliário Indirecto", optei por apenas incluir os mais específicos, como é o caso do "Pictet-Timber-R EUR". Foram colocados os ETFs domiciliados nos EUA que existem em cada segmento.

Mortgage REITs
Inclui os mREITs com MBS emitidas ou garantidas por agências e os non-agency mREITs, e também residential mortgage-backed securities, ou RMBS, as commercial mortgage-backed securities.

Imagem American Capital Agency Corp. (AGNC) - subsidiária da American Capital, Ltd. (ACAS), uma gestora global de investimentos e uma empresa de "private equity".
Imagem American Capital Mortgage Investment Corp (MTGE) - subsidiária da American Capital, Ltd. (ACAS), uma gestora global de investimentos e uma empresa de "private equity".
Imagem Annaly Capital Management Inc. (NLY)
Imagem Apollo Residential Mortgage Inc. (AMTG) - subsidiária da Apollo Global Management, LLC (APO), uma gestora global de investimentos alternativos, como "private equity", crédito e imobiliário (REIT).
Imagem ARMOUR Residential REIT Inc. (ARR)
Imagem Ellington Residential Mortgage REIT (EARN)
Imagem MFA Financial Inc. (MFA)
Imagem Western Asset Mortgage Capital Corp. (WMC)

ETFs e fundos de investimento:
Imagem USD - Market Vectors Mortgage REIT Income ETF (MORT)
Imagem USD - iShares Mortgage Real Estate Capped ETF (REM)



Diversified REITs
Os Diversified REITs investem em diversos sectores de REITs, como por exemplo, em Office REITs, Retail REITs, Residential REITs, etc.

Imagem Activia Properties Inc (3279)
Imagem British Land Co PLC (BLND)
Imagem British Land Co PLC (BRLAF)
Imagem Charter Hall Group (CHC)
Imagem Cole Real Estate Investment Inc (COLE)
Imagem Duke Realty Corp (DRE)
Imagem Gecina SA (GFC)
Imagem Land Securities Group PLC (LAND)
Imagem Orix JREIT Inc (8954)
Imagem Starts Proceed Investment Corp (8979)
Imagem Unibail-Rodamco SE (UL)
Imagem United Urban Investment Corp (8960)
Imagem Vornado Realty Trust (VNO)

ETFs e fundos de investimento:
Imagem USD - SPDR Dow Jones Global Real Estate ETF (RWO) - Global
Imagem USD - SPDR Dow Jones International Real Estate ETF (RWX) - Global ex-U.S.
Imagem USD - Vanguard Global ex-U.S. Real Estate ETF (VNQI) - Global ex-U.S.
Imagem USD - Vanguard REIT ETF (VNQ)
Imagem USD - iShares US Real Estate ETF (IYR)
Imagem USD - SPDR Dow Jones REIT ETF (RWR)



Industrial REITs
São REITs relacionados especificamente com a indústria, armazéns industriais.

warehouses REITs
REITS especializados em armazéns industriais.

Imagem Nippon Prologis REIT Inc (3283)
Imagem Prologis Inc. (PLD)

ETFs e fundos de investimento:
Imagem USD - iShares Industrial/Office Real Estate Capped ETF (FNIO)



Office REITs
Os Office REITs detêm escritórios e edifícios de escritórios.

Imagem Alexandria Real Estate Equities Inc (ARE)
Imagem BioMed Realty Trust Inc (BMR)
Imagem Boston Properties Inc. (BXP)
Imagem Daiwa Office Investment Corp (8976)
Imagem Douglas Emmett Inc (DEI)
Imagem Highwoods Properties Inc (HIW)
Imagem Japan Prime Realty Investment Corp (8955)
Imagem Japan Real Estate Investment Corp (8952)
Imagem Kilroy Realty Corp (KRC)
Imagem Liberty Property Trust (LRY)
Imagem Mori Trust Sogo Reit Inc (8961)
Imagem Nippon Building Fund Inc (8951)
Imagem Piedmont Office Realty Trust Inc (PDM)
Imagem SL Green Realty Corp (SLG)

ETFs e fundos de investimento:
Imagem USD - iShares Industrial/Office Real Estate Capped ETF (FNIO)



Residential REITs
Este sector especifica-se em propriedades residenciais.

apartments REITs
No sector residencial, estes REITs investem em apartamentos.

Imagem Advance Residence Investment Corp (3269)
Imagem American Campus Communities Inc (ACC)
Imagem Associated Estates Realty Corp. (AEC)
Imagem AvalonBay Communities Inc. (AVB)
Imagem BRE Properties Inc. (BRE)
Imagem Camden Property Trust (CPT)
Imagem Daiwa House Residential Investment Corp (8984)
Imagem Essex Property Trust Inc. (ESS)
Imagem Equity Residential (EQR)
Imagem Home Properties Inc. (HME)
Imagem Mid-America Apartment Communities Inc (MAA)
Imagem Post Properties (PPS)
Imagem UDR Inc (UDR)

ETFs e fundos de investimento:
Imagem USD - iShares Residential Real Estate Capped ETF (REZ)



Retail REITs
REITs que investem em espaços comerciais.

regional malls REITs
São REITs que possuem centro comerciais regionais.

Imagem General Growth Properties Inc. (GGP)
Imagem Glimcher Realty Trust (GRT)
Imagem Macerich Co. (MAC)
Imagem Simon Property Group Inc. (SPG)
Imagem Taubman Centers Inc. (TCO)


shopping centers REITs
REITs que têm em carteira, centros comerciais de maior dimensão.

Imagem Charter Hall Retail REIT (CQR)
Imagem DDR Corp (DDR)
Imagem Federal Realty Investment Trust (FRT)
Imagem Fortune Real Estate Investment Trust (778)
Imagem Japan Retail Fund Investment Corp (8953)
Imagem Kimco Realty Corp. (KIM)
Imagem The Link REIT (823)
Imagem Regency Centers Corp (REG)
Imagem Westfield Group (WDC)


free standing REITs
Espaços comerciais de um só arrendatário, que podem ser lojas de bairro, ginásios, estações de serviço de combustíveis, lojas de conveniência, lojas de marca, restaurantes.

Imagem Realty Income Corp (O)
Imagem National Retail Properties Inc (NNN)

ETFs e fundos de investimento:
Imagem USD - iShares Retail Real Estate Capped ETF (RTL)



Specialized REITs
Neste sector, encontram-se todos os outros REITs, que são REITs mais especializados e que exploram nichos de mercado, ou REITs que são relativamente recentes.

health care REITs
Os health care REITs são REITs que se caracterizam por investir em propriedades relacionadas com o sector da saúde, tais como, hospitais, clínicas, lares de terceira idade, etc.

Imagem Chartwell Retirement Residences (CWSRF)
Imagem HCP Inc. (HCP)
Imagem Health Care REIT Inc. (HCN)
Imagem Senior Housing Properties Trust (SNH)
Imagem Ventas Inc. (VTR)


leisure REITs
Investem em casinos, salões de jogos, pistas de corrida de cavalos.

Imagem Gaming and Leisure Properties Inc (GLPI)


hotel/resort REITs
Esta categoria refere-se a REITs de hotéis e estâncias de turismo hoteleiro.

Imagem Ashford Hospitality Trust Inc (AHT)
Imagem Chatham Lodging Trust (CLDT)
Imagem DiamondRock Hospitality Co (DRH)
Imagem Host Hotels & Resorts Inc (HST)
Imagem LaSalle Hotel Properties (LHO)
Imagem Strategic Hotels & Resorts Inc (BEE)


storage REITs
Este tipo de REITs baseia-se em unidades de armazenamento de pequena dimensão, geralmente de particulares.

Imagem CubeSmart (CUBE)
Imagem Extra Space Storage Inc. (EXR)
Imagem Public Storage (PSA)
Imagem Sovran Self Storage Inc. (SSS) (anteriormente: Uncle Bob’s Self Storage (SSS))


data center REITs
Tal como o nome indica, estes REITs têm instalações destinadas a data centers (centros de processamento e armazenamento de dados), com características próprias para o funcionamento destes, como a segurança, geradores e instalações elétricas reforçadas, ar condicionados, sistemas de extinção de incêndios, etc.

Imagem CoreSite Realty Corp. (COR)
Imagem CyrusOne Inc. (CONE)
Imagem Digital Realty Trust Inc. (DLR)
Imagem DuPont Fabros Technology Inc. (DFT)
Imagem QTS Realty Trust (QTS)


timber REITs
São REIT que compram terrenos destinados á produção de madeira e seus derivados, que podem ser usados para construção, mobiliário, pasta de papel e outros fins.

Imagem Plum Creek Timber Co. (PCL)
Imagem Potlatch Corp. (PCH)
Imagem Rayonier Timber Inc. (RYN)
Imagem Weyerhauser Co. (WY)

ETFs e fundos de investimento:
Imagem USD - iShares Global Timber & Forestry ETF (WOOD) - Global. Apesar de ter em carteira, timber REITs, este ETF, também tem empresas relaccionadas com a indústria da madeira e seus derivados, não sendo especializado em REITs.
Imagem USD - Guggenheim Timber ETF (CUT) - Global. Apesar de ter em carteira, timber REITs, este ETF, também tem empresas relaccionadas com a indústria da madeira e seus derivados, não sendo especializado em REITs.
Imagem USD - Pictet-Timber-R EUR (LU0340559805) - Global. Apesar de ter em carteira, timber REITs, este fundo de investimento, também tem empresas relaccionadas com a indústria da madeira e seus derivados, não sendo especializado em REITs. Existe mais versões deste fundo, em noutras divisas, com ou sem cobertura cambial ("Hedged") e diversas condições comerciais.


farmland REITs
Estes REITs investem em terras de cultivo. Existem cerca de meia dúzia de fundos farmland REITs fechados, também conhecidos como privados, que procuram aumentar os seus tamanhos para mais tarde, se tornarem públicos, através de dispersão em bolsa, (Oferta Pública de Venda, OPV). A Gladstone, é um das empresas compra terras de cultivo, para depois as alugar.

Imagem Gladstone Land Corp (LAND)


infrastructure REITs
REITs que investem na construção de infraestruturas, manutenção e gestão. Existem dois fundos REITs específicos desta área, mas são fechados, ambos são geridos pela InfraREIT Capital Partners, LLC. Existe outro REIT, que pertence a esta categoria, a empresa Power REIT.

Imagem Electric Infrastructure Alliance of America, LLC ou EIAA
Imagem Gas Infrastructure Alliance of America, LLC ou GIAA
Imagem Power REIT (PW) - Também possui terrenos com instalações de painéis solares.


solar-energy REITs
Este tipo de REIT, é uma subdivisão dos infrastructure REITs, em que detêm terrenos para a captação de energia solar, através de painéis fotovoltaicos, para a produção de energia eléctrica.

Imagem Power REIT (PW) - Também possui uma linha de caminho de ferro, sendo ao mesmo tempo um REIT de infraestruturas, neste caso, de transporte.



As rentabilidades dos vários tipos de REIT:

US REITs Types Performance.gif
Fonte: Fritz, Michael. Institutional Investment in U.S. Farmland: 2012 Ag Summit
US REITs Types Performance.gif (125.94 KiB) Visualizado 35196 vezes




Este artigo, continua numa terceira parte.




Bibliografia
Bloomberg - http://www.bloomberg.com
ETF Database - http://etfdb.com
Investopedia - http://www.investopedia.com
Morningstar Portugal - http://www.morningstar.pt
MSCI - http://www.msci.com
REIT.com - http://www.reit.com
S&P Dow Jones Indices - http://us.spindices.com
Wikipedia, the free encyclopedia https://en.wikipedia.org



Bechard, Matt. Two Private Infrastructure REITs Get to Work. REIT.com. Junho 2011 - http://www.reit.com/Videos/Two-Private-Infrastructure-REITs-Get-to-Work.aspx

Chandler, Bob. Should You Consider Buying a Data Center REIT?. The Motley Fool. Setembro 2013 - http://www.fool.com/investing/general/2013/09/10/should-you-rent-or-own-a-data-center-reit.aspx

Deloitte. REITs and Infrastructure Projects: The Next Investment Frontier?. Deloitte Development LLC. Março 2010 - http://www.deloitte.com/assets/Dcom-UnitedStates/Local%20Assets/Documents/MA/us_ma_Infrastructure%20REITS_040210.pdf [PDF]

InfraREIT Capital Partners, LLC - http://www.infrareitcp.com

Fritz, Michael. First Publicly Traded Farmland Fund To Be Launched. Beef. Outubro 2010 - http://beefmagazine.com/cowcalfweekly/1029-first-publicity-farmland-fund

Fritz, Michael. Institutional Investment in U.S. Farmland: 2012 Ag Summit. Farmland Investor Center. Dezembro 2012 - https://dl.dropboxusercontent.com/u/17587221/Presentations/DTNAgSummit_mf_slides%20final12_11_12_Copy.pdf [PDF]

Garner, David. A Guide to Timber REITs. DGC Asset Management. 2011 - http://www.dgcassetmanagement.com/investing/agriculture/forestry-timber-investment/timber-reits

Herndon, Andrew. Solar Costs to Fall as REITs Emerge as Source of Funding. Bloomberg. Janeiro 2013 - http://www.bloomberg.com/news/2013-01-21/solar-costs-to-fall-as-reits-emerge-as-source-of-funding.html

Konrad, Tom. Power REIT's First Solar Deal. Forbes. Janeiro 2013:
http://www.forbes.com/sites/tomkonrad/2013/01/07/power-reits-first-solar-deal
http://www.forbes.com/sites/tomkonrad/2013/01/07/power-reits-first-solar-deal/2

Levitt, Aaron. Build Stable Wealth With Infrastructure. Investopedia. Setembro 2012 - http://www.investopedia.com/financial-edge/0912/build-stable-wealth-with-infrastructure.aspx

Levitt, Aaron. Fight This Summer's Volatility With Infrastructure. Investopedia. Junho 2013 - http://www.investopedia.com/stock-analysis/061913/fight-summers-volatility-infrastructure-igf-gii-dmb-bab-babz-mlpi-utf-dia-mtu-duk.aspx

Martin, Scott. Hunger for Hard Assets Drives High-Net-Worth Infrastructure Investment Push. The Trust Advisor. Março 2013 - http://thetrustadvisor.com/news/infrastructure

McCall, Matthew. Fight Inflation With Timber Stocks. Investopedia. Março 2012 - http://www.investopedia.com/stock-analysis/2012/fight-inflation-with-timber-stocks-pcl-ryn-wy-cut0309.aspx

MSCI. MSCI World Real Estate Index (USD). MSCI. Novembro 2013 - http://www.msci.com/resources/factsheets/index_fact_sheet/msci-world-real-estate-index.pdf [PDF] [1]

MSCI. MSCI ACWI REITS Index (USD). MSCI. Novembro 2013 - http://www.msci.com/resources/factsheets/index_fact_sheet/msci-acwi-reits-index-usd-gross.pdf [PDF] [2]


Stammers, Robert. Timber Investments Cut Down Portfolio Risk. Investopedia. Fevereiro 2009 - http://www.investopedia.com/articles/stocks/08/timber-investment.asp

Wild, Russell. Exchange-Traded Funds For Dummies, 2nd Edition: Timber REIT ETFs versus Timber REITs. John Wiley & Sons, Inc. Dezembro 2011. ISBN: 978-1-118-10424-8 - http://www.dummies.com/how-to/content/timber-reit-etfs-versus-timber-reits.html

Yahoo Finance. Penn National Gaming’s Planned REIT to Be Named “Gaming and Leisure Properties, Inc.”. Yahoo Finance. Maio 2013 - http://finance.yahoo.com/news/penn-national-gaming-planned-reit-140000972.html



Nota: As bandeiras simbolizam o país, aonde estão domiciliados, os REITs, ETFs e fundos de investimento, estão estes, sujeitos ás condições legais existentes nesse país. A seguir ás bandeiras, coloquei a moeda original dos ETFs e fundos de investimento.

Legenda:
Imagem Austrália
Imagem Estados Unidos da América
Imagem França
Imagem Hong Kong (Região Administrativa Especial)
Imagem Japão
Imagem Luxemburgo
Imagem Reino Unido

USD - US Dollar

[1]
MSCI Escreveu:Constituents are selected from the equity universe of MSCI World, the parent index, which covers mid and large cap securities across the 23 Developed Markets (DM) countries*.

* Developed Markets countries include: Australia, Austria, Belgium, Canada, Denmark, Finland, France, Germany, Hong Kong, Ireland, Israel, Italy, Japan, Netherlands, New Zealand, Norway, Portugal, Singapore, Spain, Sweden, Switzerland, the UK and the US.



[2]
MSCI Escreveu:Constituents are selected from the equity universe of MSCI ACWI, the parent index, which covers mid and large cap securities across 23 Developed Markets (DM) and 23 Emerging Markets (EM) countries*.

* Developed Markets countries include: Australia, Austria, Belgium, Canada, Denmark, Finland, France, Germany, Hong Kong, Ireland, Israel, Italy, Japan, Netherlands, New Zealand, Norway, Portugal, Singapore, Spain, Sweden, Switzerland, the UK and the US. Emerging Markets countries include: Brazil, Chile, China, Colombia, Czech Republic, Greece, Egypt, Hungary, India, Indonesia, Korea, Malaysia, Mexico, Peru, Philippines, Poland, Qatar, Russia, South Africa, Taiwan, Thailand, Turkey and United Arab Emirates.




Disclaimer: Este artigo é meramente didáctico e representa a minha visão sobre as temáticas e instrumentos financeiros abordados. Não pretende servir de aconselhamento financeiro para outros investidores.
Editado pela última vez por Visitante em 3/1/2014 0:42, num total de 1 vez.
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Re: Fundos à la carte

por bananaman » 2/1/2014 21:05

O Rick mencionou algures uma carteira simples de fundos de obrigações:

pimco global bond LU0260870745 + templeton global total return IE00B11XZ103

Gostava de ouvir opiniões sobre esta carteira de fundos
apenas estes dois fundos são suficientes para estar diversificado nas obrigações?
qual é a percentagem ideal de cada um? 50%/50%?

será esta combinação o ultimate dos fundos de obrigações para um investimento de longo prazo sem complicações?
 
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Re: Fundos à la carte

por Midas » 2/1/2014 20:53

Chico_laranja Escreveu:Conseguem-se dizer como é que se interpreta isso? Deduzo que quanto maior melhor pois maior retorno com menos desvio é um retorno com poucas preocupações. Pela metrologia as vossas contas no final é uma percentagem. Percentagem de quê? (Sim sou das engenharias. Já aqui disse que sou da Microelectrónica- Electrónica Digital Programável. Procurem por FPGAs e vêm onde frito o cérebro todos os dias).

2 Exemplos:
Fundo A cresce 8% e tem DP de 2%
Fundo B cresce 14% e tem DP de 8%.

Fundo A - % = 8-2=6%
Fundo B - % = 14-8=6%

(...)


Neste exemplo, vês que o valor do prémio de risco, é igual. Mas para tens de correr mais risco no fundo B, para teres o mesmo valor do prémio. Depois depende do perfil de risco de cada investidor. Se quer arriscar mais para tentar obter os 14% com um DP de 8%, ou se prefere ser mais conservador, querendo apenas um DP de 2%, sujeitando a um menor retorno. É parecido com o Rácio de Sharpe (RS), em que pode ter por exemplo, um RS de 2,0, mas um retorno de 30% e um DP de 15% ou um retorno de 20% e um DP de 10%, ao fim ao cabo, o RS é igual, mas os outros dados são diferentes. (contas por alto)

Por isso, o RS não deve ser usado isoladamente, por ser um valor relativo.


(Microelectrónica- Electrónica Digital Programável, até custa a dizer) :mrgreen:
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 2/1/2014 20:19

Conseguem-se dizer como é que se interpreta isso? Deduzo que quanto maior melhor pois maior retorno com menos desvio é um retorno com poucas preocupações. Pela metrologia as vossas contas no final é uma percentagem. Percentagem de quê? (Sim sou das engenharias. Já aqui disse que sou da Microelectrónica- Electrónica Digital Programável. Procurem por FPGAs e vêm onde frito o cérebro todos os dias).

2 Exemplos:
Fundo A cresce 8% e tem DP de 2%
Fundo B cresce 14% e tem DP de 8%.

Fundo A - % = 8-2=6%
Fundo B - % = 14-8=6%

E se fizessemos algo como (Ret3Y - DP3Y)/DP3Y

Fundo A - (8-2)/2 = 3
Fundo B - (14-8)/8 = 0.6667

E assim nasce mais um indicador catita que não sei ao certo o que é mas que castiga fundos muito voláteis e premeia os certinhos. Mais uma vez, para DPs muito baixos mas ganhos baixos também estas contas ficam enviesadas pela aproximação ao infinito pois o indicador acaba por dar um valor alto quando é um fundo que não se mexe. Exemplo: Ganho = 0.1, DP = 0.01 Ratio xpto = 9
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
 
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Re: Fundos à la carte

por kafkaesque » 2/1/2014 20:17

@Rick, e eu estava a tentar dizer que mesmo os teus cálculos não são propriamente de merceeiro, visto que têm um significado estatístico importante por trás (e são bastante usados em conjunto com VaR e Expected Shortfall).
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