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Caldeirão da Bolsa

Fundos à la carte

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Projecto X - Fundos à la carte

por Rick Lusitano (New) » 22/10/2013 22:16

Nem de propósito, falou-se recentemente sobre investir no mercado espanhol. :mrgreen:

Gates buys Spain.gif
Gates buys Spain.gif (23.51 KiB) Visualizado 28453 vezes


Fonte: http://seekingalpha.com/currents/post/1344262


The Wall Street Journal Escreveu:European Business News
Bill Gates Buys Stake in Spanish Construction Company FCC
More Foreign Investors Are Making Deals in Spain

By David Román and Christopher Bjork
Updated Oct. 22, 2013 1:20 p.m. ET

MADRID—Microsoft Corp. Chairman Bill Gates paid €108.5 million ($148.4 million) for a nearly 6% stake in Spanish construction company Fomento de Construcciones & Contratas SA, FCC.MC +8.30% the company said, in the latest of several deals showing that long-depressed Spain is back on the global investment map.

(...)

Mr. Gates is following in the footsteps of tycoons including Warren Buffett and Carlos Slim, who have recently picked up Spanish assets on the cheap, betting that Spain is turning a corner after a grinding six-year downturn. His investment, while modest in monetary terms, demonstrates a symbolically significant increase in the "trust and credibility" in Spain among foreign investors, Industry Minister José Manuel Soria said Tuesday.

(...)

Mr. Gates's Spanish foray comes on the back of deals conducted late last year with local lender CaixaBank SA CABK.MC -0.81% by companies controlled by fellow billionaires Messrs. Buffett and Slim. Mr. Buffett's Berkshire Hathaway Inc. BRKB +0.51% paid the lender €600 million for the future cash flow from a portfolio of life-insurance policies, while Mr. Slim's Inmuebles Carso SA INCARSO.MX +0.41% de CV paid €428.2 million in a sale-and-leaseback deal for 439 branches in Spain.

There have been plenty of other Spanish deals involving less high-profile investors. According to estimates by Arcano, a Spanish investment firm, cash-strapped Spanish companies have secured €5.6 billion worth of nonbank financing in capital markets this year, after markets all but closed to them in 2012. Meanwhile, global investors have paid over €1.1 billion in a series of property deals since June.


Fonte:
The Wall Street Journal - Bill Gates Buys Stake in Spanish Construction Company FCC (Oct. 22, 2013 1:20 p.m. ET)
http://online.wsj.com/news/articles/SB10001424052702304402104579150982303078414
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Fundos de Investimento (FI) - Acções Sectores

por Rick Lusitano (New) » 22/10/2013 21:34

Fundos de Investimento (FI) - Acções Sectores

Esta é uma lista provisória de fundos de investimento de Acções Sectores em EUR e USD, portanto, as escolhas não são definitivas, pois falta analisar detalhadamente os fundos individualmente e em conjunto com os outros fundos da sua categoria. A lista no futuro será filtrada para conter apenas os melhores dos melhores. Nesta lista temporária, está uma pré-selecção dos melhores fundos de cada categoria de Acções Sectores, foi dada prioridade aos fundos, com mais alto retorno a longo prazo e o mais baixo desvio padrão, incluindo o maior rácio de Sharpe, para escolher os melhores em cada categoria, poderá haver categorias, que não haja fundos minimamente viáveis para investimentos de longo prazo. Pode inclusive, depois da filtragem final, deixar de existir alguma categoria, devido aos fundos pré-seleccionados, não corresponder a um fundo para investimento a longo prazo. Algumas categorias de fundos, não tem um sector definido, sendo por vezes, um misto de vários sectores, quando tal acontece, foram agrupadas no sector mais próximo.

Nota: Após uma leitura mais atenta, pode-se verificar, que existe prevalência de algumas gestoras, mas a escolha destes fundos, não foram influenciados pela gestora, apenas pelos dados estatísticos.


Imagem Acções Sector Bens de Consumo :: "Consumer Discretionary"
EUR
LU0332193001 - ING (L) Invest Consumer Goods HX Acc

USD
LU0121203037 - ING (L) Invest Consumer Goods X Acc


Imagem Acções Sector Bens de Consumo - Luxo :: ("Consumer Discretionary" & "Consumer Staples")
EUR
LU0254360752 - Credit Suisse Equity Fund (Lux) Global Prestige B

USD
LU0254364663 - Credit Suisse Equity Fund (Lux) Global Prestige R USD


Imagem Acções Sector Bens de Consumo :: ("Consumer Staples" & "Consumer Discretionary")
EUR
LU0114721508 - Fidelity Funds - Global Consumer Industries Fund A-EUR


Imagem Acções Sector Bens de Consumo :: "Consumer Staples"
EUR
LU0332193779 - ING (L) Invest Food & Beverages X EUR Acc
LU0155230690 - Eurizon EasyFund Equity Consumer Staples LTE R

USD
LU0121192677 - ING (L) Invest Food & Beverages X USD Acc



Imagem Acções Sector Saúde :: "Health Care"
EUR
LU0171309270 - BlackRock Global Funds - World Healthscience E2 EUR
LU0114064081 - Eurizon EasyFund Equity Pharma LTE R

USD
LU0122380701 - BlackRock Global Funds - World Healthscience E2
LU0121188642 - ING (L) Invest Health Care X Acc


Imagem Acções Sector Biotecnologia
USD
LU0133359157 - Dexia Equities L Biotechnology N Acc USD
LU0122613499 - Franklin Biotechnology Discovery N Acc $



Imagem Acções Sector Serviço Público :: "Utilities"


Imagem Acções Sector Infra-estrutura
EUR
LU0366711900 - UBS (Lux) Equity Fund - Infrastructure (EUR) P-acc

USD
LU0384385067 - Morgan Stanley Investment Funds Global Infrastructure Fund B Acc


Imagem Acções Sector Água
EUR
LU0104885248 - Pictet-Water-R EUR

USD
LU0255980673 - Pictet-Water-R USD



Imagem Acções Sector Comunicações :: "Telecommunications"
EUR
LU0340555134 - Pictet-Digital Communication-R EUR

USD
LU0101692753 - Pictet-Digital Communication-R USD
LU0121205750 - ING (L) Invest Telecom X Acc



Imagem Acções Sector Indústria :: "Industrials"
EUR
LU0152718507 - ING (L) Invest Industrials X Acc



Imagem Acções Sector Tecnologia :: "Technology"
EUR
LU0117884675 - JPM Europe Technology D (acc) - EUR
LU0572952280 - Henderson Horizon Fund - Global Technology Fund A2 EUR Acc

USD
LU0117885052 - JPM US Technology D (acc) - USD
LU0070992663 - Henderson Horizon Fund - Global Technology Fund A2 USD Acc



Imagem Acções Sector Energia :: "Energy"


Imagem Acções Sector Energia Alternativa


Imagem Acções Sector Ecologia
EUR
LU0302446991 - Schroder ISF Global Climate Change Eq B EUR Acc

USD
LU0378800949 - Schroder ISF Global Climate Change Eq B USD Acc



Imagem Acções Sector Recursos Naturais :: "Materials"
EUR
LU0340559805 - Pictet-Timber-R EUR

USD
LU0340558583 - Pictet-Timber-R USD



Imagem Acções Sector Serviços Financeiros :: "Financials"
EUR
LU0262307480 - Jupiter Global Fund Global Financials L e Acc

USD
LU0262307720 - Jupiter Global Fund Global Financials L $ Acc



Imagem Imobiliário Indirecto Global :: "Real Estate"
EUR
LU0264738294 - Henderson Horizon Fund - Global Property Equities Fund A2 EUR Acc
LU0237699995 - Fidelity Funds - Global Property Fund E-Acc-EUR Imobiliário Indirecto Global
IE00B2PPLQ62 - BNY Mellon Global Property Securities Fund - A EUR Acc
LU0367026050 - Invesco Funds - Invesco Global Income Real Estate Securities Fund E

USD
LU0209137388 - Henderson Horizon Fund - Global Property Equities Fund A2 USD Acc
LU0237699995 - Fidelity Funds - Global Property Fund E-Acc-EUR Imobiliário Indirecto Global


Imagem Imobiliário Indirecto América do Norte :: "Real Estate"
USD
LU0073234097 - Morgan Stanley Investment Funds US Property B Acc


Imagem Imobiliário Indirecto Europa :: "Real Estate"
EUR
LU0088927925 - Henderson Horizon Fund - Pan European Property Equities Fund A2 EUR Acc


Imagem Imobiliário Indirecto Ásia :: "Real Estate"
USD
LU0229494975 - Henderson Horizon Fund - Asia Pacific Property Equities Fund A2 USD Acc
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Re: Projecto X - Fundos à la carte

por Rick Lusitano (New) » 21/10/2013 22:14

Amiais Escreveu:Tenho para já duas carteiras de longo-prazo uma principal onde tenciono ter a maior diversificação possível (com 10/12 fundos) e outra em estilo lazy que tem neste momento dois fundos, um de stock e outro de bonds, para este estou a considerar se meto um 3o ou mesmo 4o componente que seria algo do mercado monetário ou aquele fundo das infraestruturas (tenho lido os teus posts com atenção ;-) )
Que fundo de Bonds sugerias para um Lazy Portfolio? Pimco Diversified Income? Eu na altura meio a pontapé meti o Franklin Templeton Global Total Return H1 (não sei bem porque sempre gostei deste FT).



Dos fundos de obrigações globais, o FT é o meu favorito, mas tenho consciência, que é o mais arriscado das Obrigações Globais, mas também é o que dá melhores retornos. :lol:

A ideia de 1 "lazy portfolio", é ter o mínimo de activos em carteira, devido principalmente aos custos associados (compra, reforço, rebalanceamento, venda) e com as menores correlações entre eles. Um exemplo disso, é os "lazy portfolios" de ETFs e nos fundos de investimento "normais" (FI), em Portugal, esta questão não se coloca nos FI, podes fazer um portfolio com o número de FI que quiseres. Se a opção for fazer 1 "lazy portfolio" de FI, é escolher o menor número de FI e descorrelacionados entre si.

Teoricamente, optaria:
ACÇÕES GLOBAIS
Imagem GBP - Threadneedle Global Equity Income Retail EUR Acc

OBRIGAÇÕES GLOBAIS - EUR HEDGED
Imagem USD - PIMCO Global Bond Fund E Acc EUR (Hdg)

Em dúvida
MERCADO MONETÁRIO
Imagem EUR - Espirito Santo Monetário

MATÉRIAS-PRIMAS
Imagem EUR - Invesco Balanced-Risk Allocation E

Porque esta selecção? Porque teoricamente, o fundo PIMCO é mais defensivo e menos correlacionado com as acções. Enquanto, que devido á política de investimento do FT Global TR ou PIMCO DI (menos arriscado do que o FT), ser mais arriscada, com obrigações de menor qualidade, como por exemplo, obrigações de emergentes, governamentais de baixa qualidade, são fundos correlacionados com os mercados accionistas. Ou seja, são fundos, que se valorizam mais, com o aumento do apetite dos mercados pelo risco, tal como as acções/fundos de acções, sendo o FT, mais arriscado (e correlacionado com o risco) do que o PIMCO DI.

Digo teoricamente, porque ainda não fiz confrontações entre os vários fundos, para ver os melhores resultados entre as várias possibilidades. Por isso não sei se escolheria 1 fundo de mercado monetário e 1 fundo de matérias-primas. O fundo da Invesco, não é 1 fundo de matérias-primas, mas oferece exposição a elas, através dos ETFs que tem em carteira. Teria que calcular os pesos para cada 1 dos fundos, para melhor optimizar a carteira. Esta minha alocação inicial de um portfolio de 4 fundos, tem algumas vantagens já visíveis, 4 fundos com 4 países de domicilio diferentes e com 3 moedas de fundos originais diferentes. :wink:

O fundo de infra-estructuras, eu escolheria-o para uma carteira de longo-prazo de maior diversificação. Ou no limite, num "lazy portfolio", em que retiraria uma pequena fatia do fundo Acções Globais, para dar a ele, pois ele, apesar de geograficamente e de capitalização bolsista, ele ser diversificado (mas tem um peso desproporcional na Zona Euro), em sectores económicos de acções, ele não é tão diversificado como o fundo da Threadneedle.
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Re: Fundos de Investimento (FI) - Acções Ibéria, Portugal &

por Rick Lusitano (New) » 21/10/2013 21:12

VirtuaGod Escreveu:1 -
Rick Lusitano Escreveu:R: Usei o RS 12 meses, porque como podes ver pelos gráficos (10 e 3 anos) e os quadros, todos os fundos, são extremamente voláteis, e a prazo superiores a 1 ano, eles têm mais risco do que retorno. Pelo que a apostar nestes fundos, seria em prazos curtos.


Estou tão "formatado" a pensar nos fundos em termos de Strategic asset allocations de longo prazo que quando se fala em fundos nem penso que há quem os compre e venda numa óptica de curto prazo. Já vi que nesse ponto discordamos :wink: Embora ache que deves ter um "core" portfolio onde não mexes muito certo? Qual a percentagem que pensas que pode ser alocada a "Tactical asset allocation"?

2 -
Rick Lusitano Escreveu:Nem as Acções Portugal nem as Acções Ibéria, foram um espectáculo, mas das duas categorias, a Acções Ibéria, portou-se melhor. Não concordas?


Claro que concordo que se "portou melhor. :wink:

3 -
Rick Lusitano Escreveu:Pode-se concluir que uma alocação estratégica, ou seja de longo prazo, estará fora de questão. Podendo se fazer uma alocação táctica, de curto prazo, para explorar possíveis valorizações.[/color][/b]


Vai de acordo com o que disse acima. Eu tenho é dificuldade (pessoal) em saber quando fazer essa alocação. Não sou bom trader :roll:

Rick Lusitano Escreveu:
4 -
Rick Lusitano Escreveu:P: Mas nos gráficos, estão juntos, os fundos nacionais e estrangeiros...


Era exactamente a isso que me referia por isso apenas disse "cuidado". Se não tivesses tido a fiscalidade em consideração muito provavelmente a conclusão estaria errada (e não está). Mas a comparação gráfica pode passar despercebida aos leitores mais distraídos só isso!

5 - P.S. Nem me dou ao trabalho de analisar estes mercados pk nunca investiria cá. Se fizesse trading no IBEX tinha tido um melhores timings da minha vida pois lembro-me de o ver a 6k e ter comentado "agora é que era de comprar Ibex". Mas parece que só tenho desse timing quando não há $ envolvido :wall: :oh: Por isso sim, percebo quem queira fazer algo mais estilo trading nos fundos. Mas lembro que as probabilidades estão ESMAGADORAMENTE contra nós e 90% das pessoas que tentam perdem $.

:arrow: The Behaviour Gap: Simple Ways to Stop Doing Dumb Things with Money



1 - Criei várias carteiras consoante a moeda e o objectivo. As carteiras de alocação estratégica ou "Strategic Allocation", são as tradicionais "buy n' hold", de gestão passiva e com investimentos de longo prazo. A carteira de alocação táctica ou "Tactical Allocation" é de gestão activa e com investimentos de curto prazo. E a carteira de alocação flexivel ou "Flexible Allocation" é de gestão flexivel, passiva e activa, com investimentos com prazos variados, devido a ser em USD.

Discriminação do total das carteiras de fundos:
EUR Strategic Allocation:
3 x carteiras = 73,18%

EUR Tactical Allocation;
1 x carteira = 9,04%

USD Flexible Allocation (73.77% Strategic Allocation, 26,23% Tactical Allocation):
1 x carteira = 17,78%

2 - Os investidores, só podem analisar o passado. E prever o futuro. (Seria bom, ser o Marty do Regresso ao Futuro, para obter o almanaque com as rendibilidades futuras dos fundos e não só :twisted: )

3 - Sabes que existem crises cíclicas, não estou a me referir apenas aos crashes dos mercados, tivestes crises políticas em Portugal, este ano, que permitiam entrar com os mercados mais baixos e podias surfar a onda de recuperação. O mesmo aconteceu em Espanha, nos EUA, etc. Mas afinal, também tens alma de trader: :mrgreen:

VirtuaGod Escreveu:Se fizesse trading no IBEX tinha tido um melhores timings da minha vida pois lembro-me de o ver a 6k e ter comentado "agora é que era de comprar Ibex".


4 - OK, os fundos nacionais e estrangeiros nos mesmos gráficos, foi uma questão editorial (de poupança de espaço e tempo).

5 - Já somos 2, parece que quando aparece os bons negócios, a liquidez deixa algo a desejar. :evil:
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Re: Projecto X - Fundos à la carte

por Amiais » 21/10/2013 20:51

Tenho para já duas carteiras de longo-prazo uma principal onde tenciono ter a maior diversificação possível (com 10/12 fundos) e outra em estilo lazy que tem neste momento dois fundos, um de stock e outro de bonds, para este estou a considerar se meto um 3o ou mesmo 4o componente que seria algo do mercado monetário ou aquele fundo das infraestruturas (tenho lido os teus posts com atenção ;-) )
Que fundo de Bonds sugerias para um Lazy Portfolio? Pimco Diversified Income? Eu na altura meio a pontapé meti o Franklin Templeton Global Total Return H1 (não sei bem porque sempre gostei deste FT).
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Re: Projecto X - Fundos à la carte

por Rick Lusitano (New) » 21/10/2013 20:08

@Amiais
Também podes acrescentar um auxiliar de cálculo para alocares os pesos de cada fundo ou de cada categoria na carteira. Tirando algumas excepções, os fundos comercializados pelo Banco Best, pedem no máximo, um investimento mínimo inicial de 1.000 EUR. Atribui uma % a cada 1.000 EUR, isto depende do valor total que pretendes ter investido na carteira. Se tens no total da carteira, por exemplo, 50.000 EUR, divides este valor por blocos de 1.000 EUR, que equivale a neste caso, a 1 bloco de 1.000 EUR ser igual a 2,00%.

Exemplo:
1.000 EUR = 2,0%

Categoria A/Fundo A:
500 EUR = 1,0%
1.400 EUR = 2,8%
etc


Ou podes atribuir a cada 1%, um valor em EUR. Também depende do valor total que pretendes ter investido na carteira. O cálculo é semelhante ao anterior, se tiveres no total da carteira, por exemplo, 50.000 EUR, divides este valor por blocos de 1%, que equivale a neste caso, a 1 bloco de 1% ser igual a 500 EUR.

Exemplo:
1,00% = 500 EUR

Categoria A/Fundo A:
2,0% = 1.000 EUR
2,8% = 1.400 EUR
etc
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Re: Projecto X - Fundos à la carte

por Rick Lusitano (New) » 21/10/2013 19:06

Amiais Escreveu:Estou a ver, se fizesses aquilo que falamos no outro tópico, construir um portfolio só com um fundo de acções e um fundo de obrigações, este seria o teu fundo de acções :-)

Estou a estudar como constituir a minha carteira de FI de Acções, tinha pensado Large Cap Global, Small Cap Global, Emerging Stock, e depois complementar com fundos sectoriais (mais) defensivos. Tenho também a dúvida se estando na Europa não deveria ter uns fundos só Europeus ... :-k what do you think?


Acertastes na mouche. :mrgreen:
A minha preferência para só um fundo de acções em carteira, seria o fundo da Threadneedle Global, não só devido á questão de ser abrangente na capitalização bolsista e na diversificação geográfica, mas também nos sectores financeiros de acções em que investe, ele investe em todos os sectores, nos 11 sectores da Morningstar.

A mim, parece que a escolha dos fundos de investimento, propriamente ditos, é relativamente fácil. A grande questão que assola, grande parte dos investidores, é mesmo a alocação dentro da carteira. Pode ser os pesos entre as classes de activos (exemplo: Acções = X%, Obrigações = Y%; podendo se incluir ou não, o Mercado Monetário = Z%), os pesos de cada fundo, ou de cada categoria ou de cada região geográfica. Como é algo pessoal, não existe uma receita para todos os investidores.

Começa por saberes o que queres. Podes começar por:

A) Pesos de cada classe de activos:
Acções = X%,
Obrigações = Y%
Mercado Monetário = Z%

B) Categorias de cada classe de activos:
Acções
Regiões geográficas (Globais; EUA; Europa; Ásia-Pacifico; África e Médio Oriente; Global Emergentes; Global Mercados de Fronteira) *
Capitalização (Grande; Média; Pequena)
Estilo (Crescimento; Misto; Valor)
Sectores (Consumer Staples; Health Care; Utilities; Telecommunications; Consumer Discretionary; Industrials; Technology; Materials; Energy; Financials; Real Estate)
Política de investimento (Flexível; Diversificado; Rendimento, inclui dividendos e cupões)

Obrigações
Regiões geográficas (Globais; EUA; Europa; Ásia-Pacifico; África e Médio Oriente; Global Emergentes; Global Mercados de Fronteira) *
Qualidade de crédito (Alto rendimento ou "High Yield"; Alta qualidade ou "Investment Grade")
Prazos (Curto; Intermédio; Longo)
Sectores (Governamentais, que inclui as Obrigações Indexadas á Inflação; Corporativas, que inclui as Obrigações Convertíveis; Moeda forte; Moeda Local)
Política de investimento (Flexível; Diversificado; Rendimento, inclui dividendos e cupões)


* A região de Ásia-Pacifico, inclui muitos países emergentes, China, Índia, Coreia do Sul, Taiwan, os países da ASEAN (sendo os mais importantes: Indonésia, Tailândia, Malásia, Filipinas. Singapura é considerado um país desenvolvido e o Vietname, um mercado de fronteira). Portanto ao escolher fundos desta região e da categoria Emergentes Global, existe o risco de sobreposição de região geográfica e de país. A Coreia do Sul e Taiwan, são por vezes, já considerados como países desenvolvidos pelas empresas de índices. Assim como a região de África e Médio Oriente se encontra muito representada na categoria Global Mercados de Fronteira, que também tem alguns países Asiáticos, Europeus e da América Central e do Sul.



A Morningstar usa o sistema "Morningstar Style Box™" para classificar as acções e as obrigações:

Morningstar - Morningstar Style Box™.gif
Morningstar Style Box™
Morningstar - Morningstar Style Box™.gif (32.21 KiB) Visualizado 28560 vezes




Não precisas de ter todas as possibilidades. :wink:
Até podes fazer um "lazy portfolio", com 1 (Misto), 2 (Acções Globais e Obrigações Globais), 3 (Acções Globais; Obrigações Globais e Mercado Monetário) ou mais fundos (se quiseres incluir Matérias-primas e Imobiliário Directo).
Também podes adoptar por outros métodos para construir a tua carteira, investir é algo pessoal.
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Re: Projecto X - Fundos à la carte

por Amiais » 21/10/2013 8:29

Rick Lusitano Escreveu:
Amiais Escreveu:Pq escolhes fundos globais de acções de alto rendimento? Normalmente a escolha recai sobre "large cap".

Ando a tentar (re)fazer a parte accionista da carteira ...


Por 2 motivos, os fundos "Acções Global Dividendo Alto", foram até ao fim do mês passado (este mês, não ainda fiz o "estudo" ao desempenho do mês de Setembro de todos os fundos comercializados pelo Banco Best), a melhor categoria de fundos globais. O outro motivo, é pela diversificação, já se aposta em "Large Caps" em "Acções EUA Capitalização Grande Crescimento", na "Acções Europa ex R.U. Capitalização Grande" e na "Acções Europa Capitalização Flexível".

A categoria de "Acções Global Dividendo Alto", são fundos que investem em acções que dão dividendos altos, tanto pode ter em carteira, large, mid, ou small caps, a escolha recai, no dividendo e não capitalização. Sendo o fundo da Threadneedle, o mais diversificado em capitalização bolsista. Este fundo pode ser uma alternativa, para quem não quer investir em fundos específicos de zonas geográficas (por exemplo, EUA, Europa, etc) e de capitalização bolsista (por exemplo, Grande, Média, Pequena, etc). Ele tem uma política de investimento com escala de risco, com maior peso, na capitalização com menor risco e vai diminuindo os pesos consoante vai aumentando os riscos.

Morningstar Escreveu:Threadneedle Global Eq Inc Retl EUR Acc
Capitalização bolsista % de acções
Muito Grande 37.23
Grande 34.79
Médio 21.86
Pequeno 6.11
Micro 0.00

Invesco Global Equity Income E € Acc
Capitalização bolsista % de acções
Muito Grande 52.83
Grande 39.29
Médio 7.88
Pequeno 0.00
Micro 0.00

M&G Global Dividend EUR A
Capitalización bursátil % de acciones
Gigante 46,46
Grande 34,00
Mediano 19,55
Pequeño 0,00
Micro 0,00


Fonte: Morningstar

Estou a ver, se fizesses aquilo que falamos no outro tópico, construir um portfolio só com um fundo de acções e um fundo de obrigações, este seria o teu fundo de acções :-)

Estou a estudar como constituir a minha carteira de FI de Acções, tinha pensado Large Cap Global, Small Cap Global, Emerging Stock, e depois complementar com fundos sectoriais (mais) defensivos. Tenho também a dúvida se estando na Europa não deveria ter uns fundos só Europeus ... :-k what do you think?
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Re: Fundos de Investimento (FI) - Acções Ibéria, Portugal &

por VirtuaGod » 21/10/2013 3:00

Rick Lusitano Escreveu:R: Usei o RS 12 meses, porque como podes ver pelos gráficos (10 e 3 anos) e os quadros, todos os fundos, são extremamente voláteis, e a prazo superiores a 1 ano, eles têm mais risco do que retorno. Pelo que a apostar nestes fundos, seria em prazos curtos.


Estou tão "formatado" a pensar nos fundos em termos de Strategic asset allocations de longo prazo que quando se fala em fundos nem penso que há quem os compre e venda numa óptica de curto prazo. Já vi que nesse ponto discordamos :wink: Embora ache que deves ter um "core" portfolio onde não mexes muito certo? Qual a percentagem que pensas que pode ser alocada a "Tactical asset allocation"?

Rick Lusitano Escreveu:Nem as Acções Portugal nem as Acções Ibéria, foram um espectáculo, mas das duas categorias, a Acções Ibéria, portou-se melhor. Não concordas?


Claro que concordo que se "portou melhor. :wink:

Rick Lusitano Escreveu:Pode-se concluir que uma alocação estratégica, ou seja de longo prazo, estará fora de questão. Podendo se fazer uma alocação táctica, de curto prazo, para explorar possíveis valorizações.[/color][/b]


Vai de acordo com o que disse acima. Eu tenho é dificuldade (pessoal) em saber quando fazer essa alocação. Não sou bom trader :roll:

Rick Lusitano Escreveu:
Rick Lusitano Escreveu:P: Mas nos gráficos, estão juntos, os fundos nacionais e estrangeiros...


Era exactamente a isso que me referia por isso apenas disse "cuidado". Se não tivesses tido a fiscalidade em consideração muito provavelmente a conclusão estaria errada (e não está). Mas a comparação gráfica pode passar despercebida aos leitores mais distraídos só isso!

P.S. Nem me dou ao trabalho de analisar estes mercados pk nunca investiria cá. Se fizesse trading no IBEX tinha tido um melhores timings da minha vida pois lembro-me de o ver a 6k e ter comentado "agora é que era de comprar Ibex". Mas parece que só tenho desse timing quando não há $ envolvido :wall: :oh: Por isso sim, percebo quem queira fazer algo mais estilo trading nos fundos. Mas lembro que as probabilidades estão ESMAGADORAMENTE contra nós e 90% das pessoas que tentam perdem $.

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Re: Projecto X - Fundos à la carte

por Rick Lusitano (New) » 21/10/2013 2:02

Amiais Escreveu:Pq escolhes fundos globais de acções de alto rendimento? Normalmente a escolha recai sobre "large cap".

Ando a tentar (re)fazer a parte accionista da carteira ...


Por 2 motivos, os fundos "Acções Global Dividendo Alto", foram até ao fim do mês passado (este mês, não ainda fiz o "estudo" ao desempenho do mês de Setembro de todos os fundos comercializados pelo Banco Best), a melhor categoria de fundos globais. O outro motivo, é pela diversificação, já se aposta em "Large Caps" em "Acções EUA Capitalização Grande Crescimento", na "Acções Europa ex R.U. Capitalização Grande" e na "Acções Europa Capitalização Flexível".

A categoria de "Acções Global Dividendo Alto", são fundos que investem em acções que dão dividendos altos, tanto pode ter em carteira, large, mid, ou small caps, a escolha recai, no dividendo e não capitalização. Sendo o fundo da Threadneedle, o mais diversificado em capitalização bolsista. Este fundo pode ser uma alternativa, para quem não quer investir em fundos específicos de zonas geográficas (por exemplo, EUA, Europa, etc) e de capitalização bolsista (por exemplo, Grande, Média, Pequena, etc). Ele tem uma política de investimento com escala de risco, com maior peso, na capitalização com menor risco e vai diminuindo os pesos consoante vai aumentando os riscos.

Morningstar Escreveu:Threadneedle Global Eq Inc Retl EUR Acc
Capitalização bolsista % de acções
Muito Grande 37.23
Grande 34.79
Médio 21.86
Pequeno 6.11
Micro 0.00

Invesco Global Equity Income E € Acc
Capitalização bolsista % de acções
Muito Grande 52.83
Grande 39.29
Médio 7.88
Pequeno 0.00
Micro 0.00

M&G Global Dividend EUR A
Capitalización bursátil % de acciones
Gigante 46,46
Grande 34,00
Mediano 19,55
Pequeño 0,00
Micro 0,00


Fonte: Morningstar
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Re: Fundos de Investimento (FI) - Acções Ibéria, Portugal &

por Rick Lusitano (New) » 21/10/2013 1:32

VirtuaGod Escreveu:
Rick Lusitano Escreveu:Os fundos foram ordenados de forma decrescente pelo rácio de Sharpe a 12 meses, devido a ser uma medida de equilíbrio entre a rendibilidade e a volatilidade.


Pk usaste 12 meses? Não achas que é um espaço de tempo curto demais?A verdade é que depois de ler o teu (excelente) artigo ficaria com a sensação que as acções ibéricas têm-se comportado um espectáculo, o que não é verdade.

EDIT: Cuidado com as comparações entre fundos nacionais e internacionais, lembra-te que os nacionais são rentabilidade líquida e isso enviesa uma comparação gráfica por exemplo entre BPI acções PT e Fidelity Iberia!!


As respostas estão todas no artigo. :wink:

Vou fazer um "Perguntas & Respostas", (até parece que estão a me fazer uma entrevista :lol: )

P:
VirtuaGod Escreveu:Pk usaste 12 meses? Não achas que é um espaço de tempo curto demais? A verdade é que depois de ler o teu (excelente) artigo ficaria com a sensação que as acções ibéricas têm-se comportado um espectáculo, o que não é verdade.


R: Usei o RS 12 meses, porque como podes ver pelos gráficos (10 e 3 anos) e os quadros, todos os fundos, são extremamente voláteis, e a prazo superiores a 1 ano, eles têm mais risco do que retorno. Pelo que a apostar nestes fundos, seria em prazos curtos. Se ordenares pelo RS 36 meses ou pelo RS 60 meses, só há uma alteração, troca de lugares na metade final dos quadros, o fundo E.S. Portugal Acções desce uma posição, de 5º para 6º lugar (penúltimo lugar), por troca com o BPI Portugal, que sobe para o 5º lugar. É uma alteração pouco significativa.

Deixo-te um desafio, analisa só os fundos nacionais, e ordena o top dos fundos com melhores desempenhos. Quais os fundos mais arriscados e os fundos com maiores retornos. :wink:
Nem as Acções Portugal nem as Acções Ibéria, foram um espectáculo, mas das duas categorias, a Acções Ibéria, portou-se melhor. Não concordas?

Rick Lusitano Escreveu:Alocação
Como se pode ver no gráfico a 10 anos, estes fundos são extremamente voláteis, representando o risco dos mercados associados, o Português e o Espanhol. São fundos com desvios padrão a rondar os 20%, chegando por vezes a ultrapassar, sendo apenas recentemente que o risco é compensado com os retornos. Pode-se concluir que uma alocação estratégica, ou seja de longo prazo, estará fora de questão. Podendo se fazer uma alocação táctica, de curto prazo, para explorar possíveis valorizações.




P:
VirtuaGod Escreveu:EDIT: Cuidado com as comparações entre fundos nacionais e internacionais, lembra-te que os nacionais são rentabilidade líquida e isso enviesa uma comparação gráfica por exemplo entre BPI acções PT e Fidelity Iberia!!

R: Fiz as comparações separadas pelos domicílios e quando juntei os estrangeiros e nacionais, fiz os cálculos, a considerar a fiscalidade nos fundos estrangeiros, que têm retornos brutos em vez dos retornos líquidos dos fundos nacionais. Por isso, também relembrei que os fundos nacionais podem ter mais retornos do que os estrangeiros, mas apenas nos prazos entre os 6-12 meses, intitulei de ”Prazo recomendado: 6-12 meses”. Esse é o motivo, porque coloquei fundos estrangeiros e nacionais, ambos poderão ter vantagens. :wink:

Rick Lusitano Escreveu:E através do desempenho dos fundos, em risco e retornos, ou seja, rácio de Sharpe, os dois melhores fundos coincidem com as duas questões mencionadas anteriormente. Mas existe um pequeno grande pormenor, ao verificar-se a última coluna do quadro com a informação das rendibilidades, a “Ret Gross M12”, ela demonstra os retornos a 12 meses reais, ou seja, os retornos a 12 meses dos fundos domiciliados em Portugal acrescidos com 28% referentes ao Imposto do Rendimento, para se poder comparar com o retorno bruto dos fundos estrangeiros, uma vez que os restantes retornos dos fundos Portugueses (PT), já são líquidos de impostos (possível mudança na fiscalidade dos fundos Portugueses apartir de 2014).

(...)

O ”Prazo recomendado: 6-12 meses”, é o período de tempo, no qual, os fundos nacionais, poderão ser mais rentáveis que os fundos estrangeiros, devido inclusive á fiscalidade. E também porque, estes três fundos, deixam de pagar comissões de regaste em prazos superiores a 180 dias. Para prazos superiores a 12 meses, poderão não ser tão rentáveis como os fundos estrangeiros. Portanto 6-12 meses, é o prazo de vida útil para estes três fundos Portugueses. Os fundos estrangeiros tem a liberdade total, pois não só, não têm comissões, como de forma geral, detêm os melhores desempenhos.




E também, comparei os fundos, pelos domicílios, nos fundos estrangeiros, o Fidelity com o "BPI GIF - Iberia R", nos fundos nacionais, os restantes.

Rick Lusitano Escreveu:Nos melhores fundos estrangeiros, que podem usados sem preocupações com as comissões de regaste, o “Fidelity Iberia” tem riscos semelhantes aos restantes fundos, mas é o fundo com melhores retornos para prazos superiores a 3 meses, exceptuando a fiscalidade em alguns prazos. O fundo da Fidelity em comparação com o outro fundo do Luxemburgo (LU), tem mais risco, mas é o que tem mais retorno, portanto, para perfis mais conservadores, o “BPI GIF - Iberia R” é o ideal. O fundo da Fidelity é o fundo mais exigente de todos os fundos analisados, com os montantes mínimos de investimento mais elevados.

Nos melhores fundos nacionais, o fundo do Santander é o mais volátil, mas é precisamente o mais rentável, sendo o “BPI Ibéria”, o fundo nacional mais estável dos três fundos Portugueses escolhidos. Estes três fundos escolhidos, são curiosamente os fundos com os menores prazos máximos com comissões de regaste, de cerca de 6 meses. Destacando-se os fundos do BPI, com as menores taxas. O Santander é dos fundos nacionais, o que tem os maiores montantes mínimos de investimento.


(Acrescentei esta pergunta)
P: Mas nos gráficos, estão juntos, os fundos nacionais e estrangeiros...
R: É fácil, compara-se apenas os fundos estrangeiros com os fundos estrangeiros. E compara-se os nacionais com os nacionais. Quais são os melhores fundos em cada domicilio? A minha resposta está na minha citação anterior, mas basicamente, é, dentro de cada domicilio, os fundos com mais risco, deram mais retorno, e os menos arriscados deram menores retornos.


CONCLUSÃO
Por haver comissões de resgate nos fundos nacionais, a fiscalidade nos fundos estrangeiros, fundos mais arriscados e outros menos, fundos com melhores retornos e outros com menores, e por existir exposições diferentes e em mercados diferentes, eu coloquei os fundos que me pareceram ser os melhores dentro de cada condicionante. Cada investidor, escolhe o seu fundo preferido consoante os seus critérios pessoais. :-k




Fiquei com curiosidade, sobre as escolhas do VG.
VG, é só 7 fundos (nacionais e estrangeiros). :mrgreen:

Rick Lusitano Escreveu:Deixo-te um desafio, analisa só os fundos nacionais, e ordena o top dos fundos com melhores desempenhos. Quais os fundos mais arriscados e os fundos com maiores retornos. :wink:
Nem as Acções Portugal nem as Acções Ibéria, foram um espectáculo, mas das duas categorias, a Acções Ibéria, portou-se melhor. Não concordas?
Editado pela última vez por Visitante em 21/10/2013 2:11, num total de 1 vez.
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Re: Projecto X - Fundos à la carte

por Amiais » 20/10/2013 21:38

Pq escolhes fundos globais de acções de alto rendimento? Normalmente a escolha recai sobre "large cap".

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Re: Fundos de Investimento (FI) - Acções Ibéria, Portugal &

por VirtuaGod » 20/10/2013 13:45

Rick Lusitano Escreveu:Os fundos foram ordenados de forma decrescente pelo rácio de Sharpe a 12 meses, devido a ser uma medida de equilíbrio entre a rendibilidade e a volatilidade.


Pk usaste 12 meses? Não achas que é um espaço de tempo curto demais?A verdade é que depois de ler o teu (excelente) artigo ficaria com a sensação que as acções ibéricas têm-se comportado um espectáculo, o que não é verdade.

EDIT: Cuidado com as comparações entre fundos nacionais e internacionais, lembra-te que os nacionais são rentabilidade líquida e isso enviesa uma comparação gráfica por exemplo entre BPI acções PT e Fidelity Iberia!!
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Fundos de Investimento (FI) - Acções Ibéria, Portugal & Espa

por Rick Lusitano (New) » 20/10/2013 2:19

Fundos de Investimento (FI) - Acções Ibéria, Portugal & Espanha

Após a minha breve opinião anteriormente sobre FI de Acções Portugal, decidi aprofundar esta categoria, juntamente com os FI de Acções Espanha, visto que as bolsas destes dois países se encontram em situações semelhantes, a recuperar de quedas acentuadas devido a crise financeira actual. Estas duas categorias, têm pouca oferta no Banco Best, seis fundos de Acções Portugal e apenas um de Acções Espanha. Mas analisando mais detalhadamente, verifica-se que estes fundos não se integram completamente nas categorias a que foram associados pela Morningstar e inclusive nos índices de referência (Benchmark) utilizados pela Morningstar.

Benchmark Morningstar
MSCI Spain NR USD
Fidelity Funds - Iberia Fund E-Acc-EUR

MSCI Portugal NR USD
BPI GIF - Iberia R
BPI Ibéria - Fundo de Investimento Aberto de Acções
BPI Portugal - Fundo de Investimento Aberto de Acções
Caixagest Acções Portugal - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Acções
Espírito Santo Portugal Acções - Fundo de Investimento Aberto de Acções Nacionais
Santander Acções Portugal - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto


Na realidade, os índices de referência utilizados pelas gestoras dos fundos são os seguintes:

Benchmark dos fundos
80% MSCI Spain NR USD, 20% MSCI Portugal NR USD
Fidelity Funds - Iberia Fund E-Acc-EUR

50% Spain IBEX 35, 50% Euronext Lisbon PSI 20 PR EUR
BPI GIF - Iberia R
BPI Ibéria - Fundo de Investimento Aberto de Acções

Sem índice de referência (Not benchmarked)
BPI Portugal - Fundo de Investimento Aberto de Acções
Caixagest Acções Portugal - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Acções
Espírito Santo Portugal Acções - Fundo de Investimento Aberto de Acções Nacionais
Santander Acções Portugal - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto


Chega-se a conclusão que após uma análise mais profunda às políticas de investimento dos fundos, que existem três fundos investem principalmente em Portugal e Espanha, ou a chamada Ibéria. Que são, o fundo da Fidelity e dois fundos do BPI, o “BPI GIF - Iberia R“ e o “BPI Ibéria”. Portanto, passamos a ter duas categorias, a Acções Portugal e a Acções Ibéria, a Acções Espanha deixou de existir. A existência de uma zona geográfica com dois países, acaba por diversificar a carteira e reduzir os riscos, apesar de as bolsas destes dois países serem correlacionadas, em vez de ter apenas exposição a um país unicamente.


Comissões de regaste
Uma desvantagem que existe nestas categorias, nomeadamente a Acções Portugal é as comissões de resgate dos fundos domiciliados em Portugal, existe duas soluções possíveis para contornar isso, a mais óbvia, é resgatar apenas no prazo, aonde não se paga, a outra é escolher um fundo domiciliado no estrangeiro. Existe dois fundos nesta situação, o fundo da Fidelity e o “BPI GIF - Iberia R“, que são domiciliados no Luxemburgo. Abaixo, encontra-se um quadro com a informação das comissões de resgate dos fundos com domicílio em Portugal, retirados dos sites das respectivas gestoras.

FI Acções Ibéria & Portugal - Comissões de Resgate.gif
(Abrir a ligação da imagem, para a visualizar no tamanho completo)

Como se pode verificar, só não se paga comissões de resgate em prazos superiores a cerca de seis meses nos fundos, “BPI Ibéria “, “BPI Portugal “ e “Santander Acções Portugal” e em prazos superiores a cerca de um ano, no fundo da Caixagest e no “Espírito Santo Portugal Acções”.

Nota: Na ficha Morningstar (Banco Best), o fundo da Caixagest, tem uma comissão de regaste de 15%, que não é coincidente com as comissões no site da gestora, podendo ser um erro.


Desempenho dos fundos
Depois de analisar a geografia dos fundos e as comissões de resgate, é vez de analisar os desempenhos dos fundos. Abaixo encontra-se o gráfico dos retornos dos fundos, visto que tanto as categorias como os índices de referência da Morningstar estão incorrectos, optou-se por excluir ambos índices.

Desempenho da cotação dos fundos a 10 anos:

10 anos.gif
Fonte: Morningstar/Banco Best
10 anos.gif (71.46 KiB) Visualizado 28743 vezes


Desempenho da cotação dos fundos a 3 anos:

3 anos.gif
Fonte: Morningstar/Banco Best
3 anos.gif (64.01 KiB) Visualizado 28743 vezes

Como se pode ver, nos gráficos a 10 e a 3 anos, os fundos de Acções Ibéria, destacam-se dos fundos Acções Portugal, nos últimos 3 anos, a diferença é ainda maior, para o fundo da Fidelity que fica isolado desde meados de 2011.


Depois da comparação gráfica da evolução dos fundos, abaixo pode-se ver a informação relativa a rendibilidade, desvio padrão, rácio de Sharpe e outras informações relevantes dos fundos, retirada da Morningstar via Banco Best. Os fundos foram ordenados de forma decrescente pelo rácio de Sharpe a 12 meses, devido a ser uma medida de equilíbrio entre a rendibilidade e a volatilidade.

FI Acções Ibéria & Portugal - Informação quantitativa.gif
(Abrir a ligação da imagem, para a visualizar no tamanho completo)


FI Acções Ibéria & Portugal - Medidas de Risco.gif
(Abrir a ligação da imagem, para a visualizar no tamanho completo)

Mais uma vez, os fundos com exposição aos mercados ibéricos, sobressaem do grupo, por serem os mais equilibrados, com menores desvios padrão e maiores retornos em prazos superiores a 12 meses.


Alocação
Como se pode ver no gráfico a 10 anos, estes fundos são extremamente voláteis, representando o risco dos mercados associados, o Português e o Espanhol. São fundos com desvios padrão a rondar os 20%, chegando por vezes a ultrapassar, sendo apenas recentemente que o risco é compensado com os retornos. Pode-se concluir que uma alocação estratégica, ou seja de longo prazo, estará fora de questão. Podendo se fazer uma alocação táctica, de curto prazo, para explorar possíveis valorizações.


Fundos
Depois de se verificar, que geograficamente, os fundos Acções Ibéria, são melhores para diversificar e reduzir riscos. Que para prazos inferiores a 6-12 meses, o ideal, é escolher fundos domiciliados fora de Portugal, devido á cobrança de comissões de regaste. E através do desempenho dos fundos, em risco e retornos, ou seja, rácio de Sharpe, os dois melhores fundos coincidem com as duas questões mencionadas anteriormente. Mas existe um pequeno grande pormenor, ao verificar-se a última coluna do quadro com a informação das rendibilidades, a “Ret Gross M12”, ela demonstra os retornos a 12 meses reais, ou seja, os retornos a 12 meses dos fundos domiciliados em Portugal acrescidos com 28% referentes ao Imposto do Rendimento, para se poder comparar com o retorno bruto dos fundos estrangeiros, uma vez que os restantes retornos dos fundos Portugueses (PT), já são líquidos de impostos (possível mudança na fiscalidade dos fundos Portugueses apartir de 2014).

Nos melhores fundos estrangeiros, que podem usados sem preocupações com as comissões de regaste, o “Fidelity Iberia” tem riscos semelhantes aos restantes fundos, mas é o fundo com melhores retornos para prazos superiores a 3 meses, exceptuando a fiscalidade em alguns prazos. O fundo da Fidelity em comparação com o outro fundo do Luxemburgo (LU), tem mais risco, mas é o que tem mais retorno, portanto, para perfis mais conservadores, o “BPI GIF - Iberia R” é o ideal. O fundo da Fidelity é o fundo mais exigente de todos os fundos analisados, com os montantes mínimos de investimento mais elevados.

Nos melhores fundos nacionais, o fundo do Santander é o mais volátil, mas é precisamente o mais rentável, sendo o “BPI Ibéria”, o fundo nacional mais estável dos três fundos Portugueses escolhidos. Estes três fundos escolhidos, são curiosamente os fundos com os menores prazos máximos com comissões de regaste, de cerca de 6 meses. Destacando-se os fundos do BPI, com as menores taxas. O Santander é dos fundos nacionais, o que tem os maiores montantes mínimos de investimento.

Caso se pretenda optar por uma postura mais defensiva, os três fundos Acções Ibéria são os menos voláteis.

O ”Prazo recomendado: 6-12 meses”, é o período de tempo, no qual, os fundos nacionais, poderão ser mais rentáveis que os fundos estrangeiros, devido inclusive á fiscalidade. E também porque, estes três fundos, deixam de pagar comissões de regaste em prazos superiores a 180 dias. Para prazos superiores a 12 meses, poderão não ser tão rentáveis como os fundos estrangeiros. Portanto 6-12 meses, é o prazo de vida útil para estes três fundos Portugueses. Os fundos estrangeiros tem a liberdade total, pois não só, não têm comissões, como de forma geral, detêm os melhores desempenhos.


ACÇÕES IBÉRIA, PORTUGAL & ESPANHA
Acções Ibéria
Imagem EUR - Fidelity Funds - Iberia Fund E-Acc-EUR
Imagem EUR - BPI GIF - Iberia R

Prazo recomendado: 6-12 meses
Imagem EUR - BPI Ibéria - Fundo de Investimento Aberto de Acções


Acções Portugal
Prazo recomendado: 6-12 meses
Imagem EUR - Santander Acções Portugal - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto
Imagem EUR - BPI Portugal - Fundo de Investimento Aberto de Acções




Nota: As bandeiras simbolizam o país, aonde estão domiciliados, os fundos de investimento, estão estes, sujeitos ás condições legais existentes nesse país. A seguir ás bandeiras, coloquei a moeda do fundo original.

Legenda:
Imagem Luxemburgo
Imagem Portugal

EUR - Euro
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Re: Projecto X

por Joao_87 » 19/10/2013 17:13

Obrigado pela info Rick! Para a semana já irei tratar de contactar a minha PFA ;)
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Re: Projecto X

por Rick Lusitano (New) » 19/10/2013 16:27

RA.Q Escreveu:Antes de mais, parabéns pelo tópico! :clap:

Estou há algum tempo a estudar o funcionamento dos mercados financeiros para daqui a uns tempos poder entrar e claro que o Caldeirão é uma escola fantástica. Com este tópico surgiu-me uma dúvida. De que forma posso subscrever algum dos fundos apresentados? Há algum sítio em que possa ver os intermediários que trabalham com cada fundo?

Cumprimentos e obrigado


Obrigado, espero que possa contribuir para o conhecimento de todos. Eu escolhi o Banco Best, para investir em fundos de investimento, porque é o Intermediário financeiro (IF) com maior e melhor oferta em Portugal. Com mais de 2.000 fundos de investimento, dá maior possibilidade de escolha. Deixo-te os links para páginas da CMVM, com todas as respostas ás tuas questões.


Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)
Intermediários financeiros
Intermediários financeiros autorizados a comercializar fundos de investimento através da Internet - http://www.cmvm.pt/CMVM/SDI/Fundos%20de%20Investimento%20-%20Gestao%20de%20Activos/Pages/ifs_comerc_internet.aspx

Organismos de Investimento Colectivo Nacionais - Fundos de Investimento Mobiliário
Fundos Harmonizados - http://web3.cmvm.pt/sdi2004/fundos/app/lista_fun_harm.cfm
Fundos Não Harmonizados - http://web3.cmvm.pt/sdi2004/fundos/app/lista_fun_nharm.cfm

Organismos de Investimento Colectivo Estrangeiros
Comercialização de Participações em Organismos de Investimento Colectivo Estrangeiros (OICVM): Harmonizados - http://web3.cmvm.pt/sdi2004/fundos/oicvm/lista_oicvm_harm.cfm
Comercialização de Participações em Organismos de Investimento Colectivo Estrangeiros (OICVM): Não Harmonizados - http://web3.cmvm.pt/sdi2004/fundos/oicvm/lista_oicvm_nharm.cfm
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Re: Projecto X

por RA.Q » 19/10/2013 15:19

Antes de mais, parabéns pelo tópico! :clap:

Estou há algum tempo a estudar o funcionamento dos mercados financeiros para daqui a uns tempos poder entrar e claro que o Caldeirão é uma escola fantástica. Com este tópico surgiu-me uma dúvida. De que forma posso subscrever algum dos fundos apresentados? Há algum sítio em que possa ver os intermediários que trabalham com cada fundo?

Cumprimentos e obrigado
 
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Re: Projecto X

por Rick Lusitano (New) » 19/10/2013 14:35

Joao87 Escreveu:Bom, tou a pensar sériamente em adicionar o UBS (Lux) EF Infrastructure e o M&G Optimal Income Fund á minha carteira. Em relação ao M&G alguem sabe qual é o minimo de constituição e reforço?


Pelo que sei do M&G, o montante mínimo de investimento inicial é 1.000 EUR. E que terás que fazer manualmente a subscrição, através do PFA.

Antes de se saber oficialmente do montante mínimo de investimento inicial e a forma correcta de subscrição, simulei uma subscrição pelo o site do Banco Best, que eu postei na página 194 do tópico "Fundos de Investimento (baixo risco)", mas aparentemente, não dá para fazer a subscrição online, só mesmo manualmente através do PFA. Ao contactares o PFA, ele te poderá dar os montantes mínimos de investimento inicial e adicionais. O inicial é certo que é os 1.000 EUR, o adicional poderá ser o que aparece na imagem abaixo, os 75 EUR.

http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?f=3&t=77465&start=4825#p1055758

Rick Lusitano em 22/8/2013 Escreveu:Amiguinhos, para experimentar, tentei subscrever online no Banco Best, o fundo misto M&G Optimal Income Fund Euro Class A-H Gross Shares Acc (Hedged) - GB00B1VMCY93, eis o que aparece: :mrgreen:


Banco Best Escreveu:
Subscrição Web Banco Best - M&G Optimal Income Fund Euro Class A-H Gross Shares Acc (Hedged) - GB00B1VMCY93.gif
Subscrição oniline no Banco Best - M&G Optimal Income Fund Euro Class A-H Gross Shares Acc (Hedged) - GB00B1VMCY93
Subscrição Web Banco Best - M&G Optimal Income Fund Euro Class A-H Gross Shares Acc (Hedged) - GB00B1VMCY93.gif (20.63 KiB) Visualizado 28791 vezes


(...)



Tens acesso a ficha Morningstar/Banco Best do fundo "M&G Optimal Income Fund", neste link:

M&G Optimal Income Fund Euro Class A-H Gross Shares Acc (Hedged)
Categoria Morningstar™ Mistos Defensivos EUR
ISIN GB00B1VMCY93
https://lt.morningstar.com/u8sad6q7u6/snapshot/snapshot.aspx?id=F0000007LD
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Re: Projecto X

por Joao_87 » 19/10/2013 10:03

Bom, tou a pensar sériamente em adicionar o UBS (Lux) EF Infrastructure e o M&G Optimal Income Fund á minha carteira. Em relação ao M&G alguem sabe qual é o minimo de constituição e reforço?
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Re: Projecto X

por FDPC » 18/10/2013 22:02

:mrgreen:
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Re: Projecto X

por FDPC » 18/10/2013 22:01

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Divisas

por Rick Lusitano (New) » 18/10/2013 21:20

Divisas

Este artigo, servirá de introdução a uma série de artigos sobre as divisas (moedas). Começo por explicar os códigos de três caracteres alfabéticos, que representam as unidades monetárias. Irei depois falar sobre as moedas mais negociadas e usadas como reservas de moeda estrangeira.

ISO 4217
A norma ISO 4217 é uma norma internacional que define códigos alfabéticos de três letras para as divisas utilizadas no mundo, EUR para o Euro; USD para o dólar dos EUA; INR para a rupia Indiana; etc, e também códigos numéricos de três algarismos. Foi criada pela Organização Internacional de Normalização ou International Organization for Standardization (ISO), que também desenvolve outras normas de padronização, como por exemplo, a norma ISO 3166, que define os códigos alfabéticos e numéricos de países e territórios dependentes, PT para Portugal; ES para Espanha; DE para Alemanha; GI para Gibraltar, etc. Esta organização também define a estrutura dos ISIN das acções, obrigações, papel comercial, ETFs, etc, através da norma ISO 6166, que usa os dois caracteres da norma ISO 3166-1 alpha-2, parte da norma ISO 3166.


Divisas - ISO 4217.gif
Divisas - ISO 4217.gif (37.97 KiB) Visualizado 28880 vezes




Imagem USD - US Dollar - "Greenback"
O dólar dos EUA (USD) é a divisa mais usada em transacções internacionais e é considerada como uma das divisas de reserva mais importantes. O USD é usado oficialmente pelos EUA e oito seus territórios, e não oficialmente por 17 outros países e seis territórios dos EUA.


Imagem EUR - Euro
O euro (EUR) é a segunda divisa de reserva e a segunda mais negociada a nível mundial, logo após o USD. É usado oficialmente nos 17 países da Zona Euro, em 10 países e territórios fora da União Europeia e não oficialmente por três países (Kosovo, Montenegro e Zimbabué).


Imagem JPY - Japanese Yen
O iene Japonês (JPY) é terceira divisa mais negociada nos mercados de câmbio de divisas, a seguir do USD e do EUR. É considerada a quarta moeda de reserva, após o USD, o EUR e a GBP. O iene é unicamente usado por um país, o Japão.


Imagem GBP - British Pound (Sterling) - "Cable"
A libra esterlina (GBP) é a quarta divisa mais negociada nos mercados de câmbio de divisas, após o USD, o EUR e o JPY. A libra é a terceira divisa de reserva mais usada nas reservas mundiais, depois do USD e do EUR. É usada oficialmente pelo Reino Unido e em nove territórios britânicos e não oficialmente em nove países. As dependências da Coroa Britânica, Guernsey, Ilha de Man e Jersey emitem as suas próprias versões da libra esterlina, sem códigos ISO 4217 específicos, mas com os seguintes códigos do Lloyds TSB, GGP, IMP, JEP, respectivamente. Acções são muitas vezes negociadas em pence (1 GBP = 100 pence), podendo ser conhecidas como pence sterling ou GBX (ou GBp), nas listagens das cotações. No Banco Best, dos 52 fundos em GBP comercializados, quatro deles são denominados em GBX, a Morningstar fornece as cotações deles em “Moedas de um centavo britânicas” ou pence.


Imagem AUD - Australian Dollar - "Aussie"
O dólar da Austrália (AUD) é a quinta divisa mais negociada mundialmente, depois do USD, do EUR, do JPY e da GBP. É usada oficialmente na Austrália e nos seus sete territórios e em três países. É juntamente com o dólar da Nova Zelândia (NZD) e o dólar Canadiano, uma moeda com exposição ao movimento cíclico das matérias-primas.


Imagem CHF - Swiss Franc - "Swissie"
O franco Suíço (CHF) é a sexta divisa mais negociada mundialmente. É usado oficialmente em dois países, a Suíça e o Liechtenstein e é também usada em regiões fronteiriças em Itália e Alemanha.


Imagem CAD - Canadian Dollar - "Loonie"
O dólar Canadiano (CAD) é a sétima divisa mais negociada mundialmente. Para além ser usada oficialmente no Canadá, o CAD é usado não oficialmente, no território Francês, Saint-Pierre e Miquelon, situado ao largo da costa leste do Canadá, juntamente com o EUR. O CAD, o AUD e NZD são considerados divisas de matérias-primas, devido ás economias dos países emitentes destas moedas, estarem fortemente dependentes das exportações de matérias-primas, provocando valorizações na moeda com o aumento das exportações e vice-versa.


As divisas mais negociadas mundialmente por valor em 2012:

Divisas - Top Negociação Mundial.gif
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As reservas de moeda estrangeira:

3329196190.jpg
Fonte: Frankfurter Allgemeine Finanzen
3329196190.jpg (42.34 KiB) Visualizado 28880 vezes





Bibliografia
International Organization for Standardization (ISO) - http://www.iso.org

International Organization for Standardization (ISO). ISO 4217 - Currency codes - http://www.iso.org/iso/home/standards/currency_codes.htm

Swiss Association for Standardization. ISO Currency - Current currency & funds code list: Table A.1. 09 Abril 2013 - http://www.currency-iso.org/dam/downloads/table_a1.xls [XLS]

Bank for International Settlements. Triennial Central Bank Survey: Foreign exchange and derivatives market activity in 2007. Basel, Switzerland: Bank for International Settlements Press & Communications, Dezembro 2007. ISBN 92-9197-750-0 (online) - http://www.bis.org/publ/rpfxf07t.pdf [PDF]

Bank for International Settlements. Triennial Central Bank Survey: Report on global foreign exchange market activity in 2010. Basel, Switzerland: Bank for International Settlements Communications. Dezembro 2010. ISBN 92-9197-854-X (online) - http://www.bis.org/publ/rpfxf10t.pdf [PDF]

Aristovnik, Aleksander; Čeč, Tanja . Compositional Analysis of Foreign Currency Reserves in the 1999–2007 Period. The Euro vs. The Dollar As Leading Reserve Currency. Munich Personal RePEc Archive, Paper No. 14350. Março 2009 - http://mpra.ub.uni-muenchen.de/14350/1/MPRA_paper_14350.pdf [PDF]

Federal Reserve. The Federal Reserve System Purposes and Functions - The Implementation of Monetary Policy: The Federal Reserve in the International Sphere. Ninth Edition. Julho 2005 - http://www.federalreserve.gov/pf/pdf/pf_4.pdf [PDF]

Lloyds TSB. Countries' currencies and codes - http://193.34.230.175/glossary/currencies.asp

Frankfurter Allgemeine Finanzen. Der Dollar verliert an „Reservestatus“. 03 Janeiro 2011. - http://www.faz.net/aktuell/finanzen/devisen-rohstoffe/edelmetall-als-referenzpunkt-der-dollar-verliert-an-reservestatus-1582863.html

Chavez-Dreyfuss, Gertrude. Global reserves, dollar share up at end of 2007-IMF. Reuters. 01 Abril 2008 - http://in.reuters.com/article/2008/03/31/usa-economy-reserves-idINN3141616420080331?sp=true

The Richest. World’s Most Traded Currencies By Value 2012. 11 Abril 2012 - http://www.therichest.com/business/most-traded-currencies
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Re: Projecto X

por Rick Lusitano (New) » 18/10/2013 0:24

Amiais Escreveu:Duas perguntas num post:

E a diferença entre os Templeton Glb Total Return, um ser Hedge e o outro não, sendo que no final ambos são em Euros mas os seus activos estão distribuídos globalmente.

Pq apostar em fundos mistos? Sempre tive a ideia de ñ serem nem carne nem peixe. O que ganhas tendo já na carteira FI Obrigacionistas e Acionistas? Baixa correlação com os outros FI?


1 - Esta questão é uma boa questão, vou abordar esta temática das moedas dos fundos, está relaccionada com o facto de eu ter acrescentado, as moedas originais dos fundos, a seguir as bandeiras nas listagens de fundos já feitas.

2 - Também não sou adepto de fundos mistos, prefiro ser eu a criar uma carteira mista, tenho mais liberdade e controlo. Ambos fundos mistos tem baixas correlações, o Invesco é um fundo especial, porque tem uma política de investimento flexível, com acções, obrigações e matérias-primas. Sendo precisamente as matérias-primas, um bom motivo, para se investir nele, pois para se ter exposição directa a matérias-primas, só mesmo através de ETFs. Ele aposta em ETFs de matérias-primas e em futuros de índices de acções e em futuros de obrigações governamentais de alta qualidade ("Investment Grade"). O fundo misto da M&G é um fundo defensivo, de excelente gestão, com excelentes desempenhos e volatilidade reduzida, ele tem em carteira datada de 30/09/2013, 85,16% em obrigações e apenas 11,48% em acções, perante uma carteira quase totalmente de obrigações, ele teve um retorno YTD de 5,71% (Rentabilidade acumulada % 17/10/2013), bem melhor que muitos fundos de obrigações. :wink:
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A importância do domicílio dos fundos de investimento

por Rick Lusitano (New) » 17/10/2013 23:23

A importância do domicílio dos fundos de investimento

Vou explicar o motivo de eu ter colocado as bandeiras dos países aonde estão domiciliados os fundos de investimento (FI). As bandeiras simbolizam os países, aonde estão domiciliados, os FI, estão estes, sujeitos às condições existentes nesse país.

Como se pode verificar, a maioria dos FI para investidores não institucionais comercializados em Portugal, estão domiciliados em Portugal, Luxemburgo, Irlanda e Reino Unido. Podendo haver também de outros países, mas com menor expressão, como a França e Alemanha e até mesmo de Espanha, como é o caso de alguns fundos do BBVA. Pode-se verificar facilmente o país de domicílio de um fundo, através das duas primeiras letras do seu ISIN.

ISIN...Domicílio
DE.....Alemanha
ES.....Espanha
FR.....França
GB.....Reino Unido
IE.....Irlanda
LU.....Luxemburgo
PT.....Portugal



Imagem Luxemburgo
O porquê de existir um grande número de fundos sedeados no Luxemburgo, o grande centro europeu da indústria dos fundos, é precisamente, as vantagens fiscais que existem neste Grão-Ducado, a aposta do Luxemburgo nos FI, criando benefícios para os fundos e que beneficia da sua localização central, situado entre Bélgica, França e Alemanha. O Luxemburgo, tinha segundo a Transparency International, no final de Março de 2009, 152 instituições bancárias de várias nacionalidades, europeias, asiáticas, etc. O Luxemburgo, detém a reputação de ser um paraíso fiscal, tendo sido pressionado pelas entidades da Comissão Europeia, a alterar leis de segredo bancário e benefícios fiscais. Com o estalar da crise financeira do Chipre em 2012-2013, outro país considerado de paraíso fiscal e com um sector financeiro desproporcionado perante a economia nacional como o Luxemburgo, as preocupações com o peso excessivo do sector financeiro do Luxemburgo, a sua principal indústria, voltaram a aparecer, existindo pressões políticas dos outros membros da União Europeia (UE), para reduzir o sector e alterar o regime fiscal e bancário.

Imagem Irlanda
A Irlanda é outro grande centro europeu para fundos, devido também a uma tributação fiscal mais favorável. Encontra-se por isso, na Irlanda, várias sedes ou subsidiárias de multinacionais dos EUA, tais como a Apple, Microsoft, Google, eBay, Intel, etc, a fim de beneficiarem de um regime fiscal mais amigável para as empresas do que nos EUA. Também várias gestoras de fundos dos EUA, para aproveitar este clima fiscal, optaram por criar versões dos seus fundos originais sedeados nos EUA, na Irlanda, para os comercializar na Europa, incluindo as conhecidas gestoras, PIMCO e Legg Mason. No final de Novembro de 2010, a Irlanda faz o acordo para o pedido de resgate financeiro de 85 mil milhões de euros com a troika, constituída pela União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI), cada uma das instituições contribuindo com 22,5 mil milhões de euros e os restantes 17,5 mil milhões de euros do fundo nacional de pensões Irlandês. Uma das exigências do acordo com a troika, envolvia a alteração dos benefícios fiscais às empresas. Pelo que a Irlanda resistiu a fazer estas modificações, com receio de fuga de capitais e empresas para outros países com tributação reduzida, agravando ainda mais a economia Irlandesa. Também existe a pressão do governo dos EUA, á Irlanda, para diminuir os benefícios fiscais, para que as empresas norte-americanas aí sedeadas, repatriem os lucros obtidos fora dos EUA.

Imagem Reino Unido
O Reino Unido, tinha em 31 de Dezembro de 2012, o terceiro maior total de entradas de investimento directo estrangeiro, apenas ultrapassado pelos EUA em primeiro lugar e a China no lugar seguinte. E tinha o segundo maior total de saídas de investimento direito estrangeiro, ultrapassado apenas pelos EUA. Juntamente com Nova Iorque, Londres é o maior centro financeiro mundial, com mais de 500 instituições bancárias diferentes, sendo o principal centro fora dos EUA, na banca, seguros, obrigações europeias, negociação de divisas (Forex) e futuros de energia. Para além de Londres, Edimburgo, na Escócia, também é um dos maiores centros financeiros da Europa, Leeds, na Inglaterra, é actualmente o maior centro de serviços financeiros do Reino Unido depois de Londres. Tendo um peso significativo para a economia Britânica, o sector financeiro, é natural que haja olhar atento por parte do Governo de Sua Majestade, como o foi o caso das nacionalizações parciais desde do inicio da crise financeira mundial em 2008, do The Royal Bank of Scotland Group (RBS Group) e do Lloyds Banking Group.

Imagem Portugal
Portugal, ao contrário dos outros países mencionados anteriormente, não é um centro financeiro, nem é considerado um paraíso fiscal. Os fundos de investimento constituídos em Portugal, diferenciam dos fundos estrangeiros, pela tributação. Sendo que a tributação é feita directamente ao fundo, no resgate das unidades de participação (UP), o valor é líquido de impostos, para não existir, dupla tributação. Esta diferença irá sofrer alterações, que falarei mais abaixo. Existe também outra diferença importante, grande parte dos fundos Portugueses tem comissões de resgate.



Os fundos de Investimentos e os seus domicílios
Depois desta breve introdução relacionada com os principais países de domicílio dos FI para investidores não institucionais comercializados em Portugal, irei falar mais concretamente da importância do domicílio dos fundos de investimento.

Menciona-se constantemente sobre a diversificação das carteiras por classes de activos e tipos de activos, mas pouco se menciona sobre a relevância da diversificação por países de domicílio dos fundos:

Risco das políticas monetárias: moeda
Quando a crise financeira se abateu com toda a sua força em 2011 em Portugal, falava-se de uma possível saída de Portugal do euro, se tal tivesse acontecido, quem tinha apenas fundos nacionais, teria os seus fundos convertidos na nova moeda com as consequências que advinham desta conversão. Mas tendo fundos nacionais e estrangeiros de países da Zona Euro (Luxemburgo ou Irlanda), essa questão teria menos peso, pois com dois países de domicílio diferentes, a probabilidade de ambos países saírem do euro é menor. Aumentando os países do euro, a possibilidade de saída de vários países é menor, mas existe, pois o risco seria inerente á moeda em comum. Aqui, entra o Reino Unido, pois é um país com moeda própria, não sendo restringido pelas políticas monetárias comuns da moeda euro. Ora teríamos vários países com políticas monetárias diferentes, a do euro (EUR) e a da libra esterlina britânica (GBP).

Risco das políticas económicas: fiscalidade e legislação
Mais uma vez, ter apenas um país de domicílio, condiciona a diversificação, ter fundos apenas de um país, pode significar desastre, por exemplo, se a Irlanda tivesse cedido, as exigências da troika, aquando o resgate financeiro, a rentabilidade dos fundos baseados na Irlanda, teria-se reduzido devido ao aumento da carga fiscal. Ou se o Luxemburgo tivesse sido contagiado pelo peso excessivo do seu sector financeiro, na crise do Chipre, o governo Luxemburguês, teria de fazer alterações a sua enorme indústria de fundos de investimento. No caso Português temos recentemente, a proposta de lei do Orçamento do Estado de 2014, que altera o regime fiscal dos fundos de investimento Portugueses. As medidas incluem, deixar de cobrar os cerca de 25% de impostos directamente aos fundos e passar a cobrar a taxa liberatória na altura do regaste do fundo, por parte do investidor, semelhante ao que já acontece com os fundos domiciliados no estrangeiro, podendo ser também os 28% de imposto sobre o rendimento, cobrados aos regastes dos fundos estrangeiros. Outra medida, é a cobrança directa aos fundos de imposto de selo entre 0,01% e 2% do valor líquido do fundo. Os fundos imobiliários (FII) passam a pagar Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), deixando de estar isentos destes impostos e terão de pagar o valor correspondente a 50% destes impostos. Mas os fundos de investimento imobiliário para arrendamento habitacional (FIIAH), irão manter até 31 de Dezembro de 2015, o regime fiscal actual, com as isenções no IMI e IMT. Também existe a exigência de distribuição anual mínima, entre 70% a 90% dos resultados do fundo, podendo também afectar os fundos que têm uma política de distribuição de rendimentos de capitalização (também conhecidos por fundos de acumulação), este tipo de fundos representam a maioria dos fundos nacionais. Estas alterações na fiscalidade dos fundos mobiliários e imobiliários poderão afectar os seus retornos.

Risco nacional: paz social e política e eventos imprevisíveis
Nada garante que um país não possa sofrer uma revolução, golpe de estado, conflitos armados, terramotos ou outra catástrofe que impeça o acesso aos fundos ou provoque perdas no valor dos fundos.

Estruturas legais dos fundos
Consoante o país de domicílio do fundo, existe uma estrutura legal relativa ao fundo. As estruturas mais comuns dos fundos de investimento, comercializados na Europa, são os FCP, os SICAV e os OEIC.

Os FCP ou Fonds Commun de Placement, são fundos de investimento abertos, tipicamente geridos em países europeus francófonos. Não são considerados empresas de investimento, mas como sociedades abertas e não beneficiam do mesmo regime fiscal dos SICAV, apesar de serem parecidos.

Os SICAV ou Société d'Investissement à Capital Variable, são fundos de investimento abertos, existentes em vários países europeus, entre outros, Luxemburgo, Suíça, Itália, Espanha, França. São considerados como empresas de investimento de capital variável. Graças as directivas europeias dos Organismos de Investimento Colectivo em Valores Mobiliários (OICVM), também conhecido como, Undertakings for Collective Investment in Transferable Securities (UCITS), Directiva 2001/107/EC e 2001/108/EC, que permite a livre comercialização de instrumentos de investimento colectivo através dos países da União Europeia, a comercialização dos SICAV, tendo vindo a aumentar.

Os OEIC ou Open Ended Investment Company, também conhecidos como ICVC ou Investment Company with Variable Capital no Reino Unido, são fundos de investimento abertos, são considerados como empresas de investimento de capital variável, similares aos SICAV e aos mutual funds dos EUA. Os investidores deste tipo de estrutura, são considerados como accionistas de uma empresa, sendo o objectivo da empresa fazer dinheiro para os seus accionistas. Tem cada vez mais expressão no mundo dos investimentos abertos no Reino Unido em detrimento de formas de investimento mais antigas. O primeiro OEIC foi lançado pela Threadneedle em 1997.

As estruturas legais mais comuns dos fundos comercializados em Portugal são:

Estrutura Legal.....ISIN
FCP...................FR.....LU
SICAV.................LU
OEIC..................DE.....ES.....GB.....IE.....PT




Conclusão
A diversificação de domicílios dos fundos, poderá trazer vantagens, contra algumas das situações já mencionadas anteriormente. Nomeadamente, alterações de regime fiscal de um ou mais país, inclusive de uma zona, a Zona Euro, alterações de legislação, alterações de políticas, influências de moedas, possíveis mudanças de regime político ou catástrofes.




Bibliografia
Morningstar, Portugal - http://www.morningstar.pt

European Voice. Luxembourg and Belgium removed from ‘grey list' - http://www.europeanvoice.com/article/imported/luxembourg-and-belgium-removed-from-grey-list-/65629.aspx

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Companies Registration Office Ireland (CRO) - http://www.cro.ie

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Central Intelligence Agency (CIA). The World Factbook, Country Comparison: Stock of direct foreign investment - abroad - https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2199rank.html

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Lazarowicz, Mark. House of Commons Hansard Debates for 30 Apr 2003 (pt 5) - http://www.publications.parliament.uk/pa/cm200203/cmhansrd/vo030430/halltext/30430h05.htm#30430h05_spnew0

Yorkshire Evening Post. We're leading the way in finance world - http://www.yorkshireeveningpost.co.uk/news/latest-news/top-stories/we-re-leading-the-way-in-finance-world-1-2085393

Jornal de Negócios. Fundos para arrendamento habitacional mantêm benefícios até 2016. 15 Outubro 2013 - http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/fundos_para_arrendamento_habitacional_mantem_beneficios_ate_2016.html

Jornal de Negócios. Imposto nos fundos de investimento nacionais pode chegar aos 28%. 16 Outubro 2013 - http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/imposto_nos_fundos_de_investimento_nacionais_pode_chegar_aos_28.html

Jornal de Negócios. Indústria aplaude novo regime fiscal dos fundos. 17 Outubro 2013 - http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/industria_aplaude_novo_regime_fiscal_dos_fundos.html

Lowtax: Global Tax & Business. Luxembourg Offshore Business Sectors - http://www.lowtax.net/lowtax/html/jlxobs.html

Gentili, M. P.; Jannoni, S. & Mastrangelo, M. The SICAVs - Luxembourg UCITS and non-UCITS investment companies. Bancaria Editrice, Roma, 2011.

Parlamento Europeu e Conselho. Directiva 2001/107/CE do Parlamento Europeu e do Conselho. 21 de Janeiro de 2002 - http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=CELEX:32001L0107:PT:HTML

Parlamento Europeu e Conselho. Directiva 2001/108/CE do Parlamento Europeu e do Conselho. 21 de Janeiro de 2002 - http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=CELEX:32001L0108:PT:HTML

Threadneedle Investments - http://www.threadneedle.com
Editado pela última vez por Visitante em 18/10/2013 2:17, num total de 1 vez.
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Re: Projecto X

por Amiais » 17/10/2013 20:20

Duas perguntas num post:

E a diferença entre os Templeton Glb Total Return, um ser Hedge e o outro não, sendo que no final ambos são em Euros mas os seus activos estão distribuídos globalmente.

Pq apostar em fundos mistos? Sempre tive a ideia de ñ serem nem carne nem peixe. O que ganhas tendo já na carteira FI Obrigacionistas e Acionistas? Baixa correlação com os outros FI?
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