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Caldeirão da Bolsa

Fundos à la carte

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Fundos à la carte

por Amiais » 4/9/2014 14:54

Meus caros,
o que podemos esperar como resultado das declarações de hoje do M.Draghi (BCE) para fundos de obrigações e de acções? :?:

Obrigado
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Re: Fundos à la carte

por Krupper » 4/9/2014 14:51

jokerportuga Escreveu:
casdio Escreveu:
w00zy Escreveu:Imagem

O ES Liquidez é o melhor para investimentos de curtíssimo prazo. Eu uso como "dinheiro à ordem" pk fica disponível no dia seguinte

Pergunta de quem só agora se está a iniciar nestas coisas:
Na ficha do fundo diz
Encargos cobrados ao FUNDO ao longo de um ano
Taxa de Encargos Correntes 0,5166%


Não percebo bem isto...

Exemplo: eu meto 1000€ neste fundo e, ao final do ano, ele rendeu 2%. Ora, 1000*1,02=1020€
Com quanto é que o fundo fica?

a) 1000€ * 0,5166%=5,166€
b) 20€ * 0,5166%=0,10332€
c) 1020€ * 0,5166%=5,26932€

Obrigado pela ajuda e peço desculpa se isto já foi respondido (entretanto vou ler tudo desde o post até ao atual) :wink:


fica na hipótese d) 1.020€ (1.000€*1,02=1.020€). :mrgreen:
O juro do ES Liquidez é liquido.
Os encargos estão diluidos no valor da UP.


As comissões são deduzidas automaticamente do valor das UPs, logo se no fim do ano rendeu 2%, esse já será o valor líquido de comissões de gestão.
 
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Re: Fundos à la carte

por bluechips » 4/9/2014 14:49

PeterGonçalves Escreveu:Bluechips,

Quando te referes a investir no Brasil e Índia, é só nos fundos accionistas ou também nos obrigacionistas?
Se investimos em vários fundos dedicados à mesma região, devemos procurar diversificar as categorias, certo?

Que me dizes destes dois fundos?

UBS (Lux) Bond Sicav Brazil (USD) P acc - LU0307095868

BNY Mellon Brazil Equity A EUR - IE00B23S7K36



Ab.
peter


Eu escolheria o BNY, trocava o da UBS pelo Deutche Invest I Brazilian Equities NC e também apostava num quase "puro sangue acionista" do JPMorgan. São 3 fundos acionistas com políticas de investimento diferentes, e não são raros os dias em que uns têm % diárias positivas e outros negativas. O fundo da BNY tem uma relativamente elevada % de produtos derivados, mas o do Deutche tem mais ainda e está a saber utilizar esses instrumentos derivados como ninguém este ano. O fundo do JPMorgan é porque é dos fundos com maior % alocada a ações e tem a Pertobras com o 3º maior peso no portfolio. Ontem o JPMorgan na versão em USD teve a maior valorização diária (2.62%) e a versão em EUR valorizou 2.44% e só depois é que aparece o fundo do Deutche com 2.32%.

Se o Brasil entrasse definitivamente no bull, acho que o fundo do JPMorgan era um dos que safava melhor, pelo facto de ter maior % de ações e por ter 4 pesos pesados nas primeiras posições alocadas em quem eu acredito bastante no seu potencial de valorização em bull: os bancos Itau e Bradesco, a Petrobras e a Ambev (consumo defensivo).

Eu quando me referi ao Brasil e à Índia foi ao mercado acionista e não ao mercado da dívida/obrigações. Eu quando não especifico, refiro-me sempre, por defeito, ao mercado acionista.

Abr,
bluechips
Editado pela última vez por bluechips em 4/9/2014 14:52, num total de 1 vez.
O grande projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", mas, pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
 
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Re: Fundos à la carte

por jokerportuga » 4/9/2014 14:45

casdio Escreveu:
w00zy Escreveu:Imagem

O ES Liquidez é o melhor para investimentos de curtíssimo prazo. Eu uso como "dinheiro à ordem" pk fica disponível no dia seguinte

Pergunta de quem só agora se está a iniciar nestas coisas:
Na ficha do fundo diz
Encargos cobrados ao FUNDO ao longo de um ano
Taxa de Encargos Correntes 0,5166%


Não percebo bem isto...

Exemplo: eu meto 1000€ neste fundo e, ao final do ano, ele rendeu 2%. Ora, 1000*1,02=1020€
Com quanto é que o fundo fica?

a) 1000€ * 0,5166%=5,166€
b) 20€ * 0,5166%=0,10332€
c) 1020€ * 0,5166%=5,26932€

Obrigado pela ajuda e peço desculpa se isto já foi respondido (entretanto vou ler tudo desde o post até ao atual) :wink:


fica na hipótese d) 1.020€ (1.000€*1,02=1.020€). :mrgreen:
O juro do ES Liquidez é liquido.
Os encargos estão diluidos no valor da UP.
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Re: Fundos à la carte

por casdio » 4/9/2014 14:39

w00zy Escreveu:Imagem

O ES Liquidez é o melhor para investimentos de curtíssimo prazo. Eu uso como "dinheiro à ordem" pk fica disponível no dia seguinte

Pergunta de quem só agora se está a iniciar nestas coisas:
Na ficha do fundo diz
Encargos cobrados ao FUNDO ao longo de um ano
Taxa de Encargos Correntes 0,5166%


Não percebo bem isto...

Exemplo: eu meto 1000€ neste fundo e, ao final do ano, ele rendeu 2%. Ora, 1000*1,02=1020€
Com quanto é que o fundo fica?

a) 1000€ * 0,5166%=5,166€
b) 20€ * 0,5166%=0,10332€
c) 1020€ * 0,5166%=5,26932€

Obrigado pela ajuda e peço desculpa se isto já foi respondido (entretanto vou ler tudo desde o post até ao atual) :wink:
 
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Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 4/9/2014 14:36

bluechips Escreveu:Chico, o pessoal do Buy&Hold são dos investidores mais preguiçosos,


E se eu te dizer que são pragmáticos? Está estabelecido que 95% das pessoas não sabe fazer Market Timming, porque é que essas pessoas vão tentar fazer Market Timming? Há uma aceitação que não somos especiais. Uma aceitação que temos a capacidade (ou falta dela) da maioria das pessoas. Não sei onde é que isso me faz perguiçoso. No limite sou uma pessoa com consciência dos meus limites. Algo que tive de estabelecer antes de realmente começar a ganhar dinheiro nos mercados.

bluechips Escreveu: pois estabelecem a sua alocação de investimento e deixam-na correr por conta da Hipótese do Mercado Eficiente (não real) do mercado acionista


E se eu te disser que muita gente que pratica investimento passivo não acredita na EMH?

bluechips Escreveu: e pela proteção dada pela probabilidade estatistica de longo prazo, pelo que nem trimestralmente deveriam ver os mercados,


Isto está mais próximo da realidade

bluechips Escreveu: mas há quem os veja semanalmente ou quase diáriamente (incoerência temporal);


Concordo a 100% e é provavelmente o maior inimigo dos investidores passivos.

bluechips Escreveu: Agora pergunto: sabem quais desses três são os mais conhecedores e mais competentes da matéria? Resposta: são os menos preguiçosos, mas também mais stressante, os que praticam o intraday trading.


Não vejo qualquer tipo de correlação positiva entre conhecimento financeiro e excesso de actividade. Tens algum estudo sobre isso? Pessoalmente tenho mais conhecimentos numa altura em que a minha actividade é baixíssima face à que tinha há 10/12 anos atrás. O Sniper é outro que diz isso recorrentemente.
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
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Re: Fundos à la carte

por daniel__ » 4/9/2014 14:32

bluechips Escreveu:
avataris Escreveu:
bluechips Escreveu:

Chico, o pessoal do Buy&Hold são dos investidores mais preguiçosos, pois estabelecem a sua alocação de investimento e deixam-na correr por conta da Hipótese do Mercado Eficiente (não real) do mercado acionista e pela proteção dada pela probabilidade estatistica de longo prazo, pelo que nem trimestralmente deveriam ver os mercados, mas há quem os veja semanalmente ou quase diáriamente (incoerência temporal); o pessoal da gestão ativa dos FI são menos preguiçosos, mas também são preguiçosos em relação ao pessoal do trading diário. Agora pergunto: sabem quais desses três são os mais conhecedores e mais competentes da matéria? Resposta: são os menos preguiçosos, mas também mais stressante, os que praticam o intraday trading. É que neste caso é preciso ter big balls, ter pelo menos 1 milhão USD (para não stressar muito) para jogar e ter um nível altíssimo de conhecimentos e de plataformas electrónicas ao seu dispor.

Nós o pessoal dos FI achamos que sabemos bater umas bolas, mas ao pé de um intraday nem uma simples finta sabemos fazer. Portanto, a nossa sapiência é relativa e à medida que sabemos mais, deveríamos também saber aproveitar melhor as oportunidades de negócio, senão para que andamos a aprofundar os nossos conhecimentos, senão para interagir com os sinais do mercado e termos flexibilidade mental para percebermos melhor as mudanças do mercado.
A nossa contínua aprendizagem serve também para questionar em contínuo qualquer política ou estratégia de mais do mesmo.

Abr,
bluechips


Bluechips, acho que devias ler este post.

Estás a ir pelo mesmo caminho que este autor já foi. Já sei que nao vais concordar a quente. Mas talvez te dê que pensar.

http://bit.ly/WcDtBQ


avataris,
O exemplo do autor é uma construção romântica de quem cometeu erros primários da gestão ativa, a saber: um investidor ativo com uma competência média, por ex., num crash acionista com perdas de 50% é expectável que tome perdas da ordem dos 20%, e desse modo evitou perdas de 30% se continuasse no mercado permanentemente. Agora, ele tem de procurar a oportunidade de reentrada no mercado após esse crash ou uma forte correção, e admitindo que ele deixa de ganhar (por ainda não ter reentrado) no arranque do bull da ordem dos 15% (a velocidade da subida do bull é inferior à descida no bear, daí estimar 15% em relação às perdas de 20% no bear), isto quer dizer que o balanço lhe foi muito positivo em relação a um investidor que permanecesse totalmente no mercado. Vamos agora fazer essas contas:

Imaginemos que os investidores passivo e ativo têm 100 € de início investidos, depois do crash com 5o% de perdas, o passivo ficou com 50 € e o ativo com 80 € (perdas de 20% no meu exemplo atrás). Agora com esses capitais remanescentes, imaginem que no ano seguinte houve uma subida acionista de 60%, então o passivo ficou no final do 2º ano com 80 €, e o ativo ao perder 15% de ganhos no arranque do bull só teve uma taxa de subida de 45%, pelo que no final do 2º ano ficou com 116 €. Agora comparem estes 116 € do ativo com os 80 € do passivo (o ativo tem mais 45% que o passivo). Percebem agora o quão importante é a gestão ativa em mitigar as fortes perdas de um crash ou de uma forte correção. Este factor é o trunfo nº 1 e fundamental da gestão ativa. Lembrem-se dos conceitos do capital remanescente (após as perdas) e do break even necessário para recuperar essas perdas, pois as contas não são como à 1ª vista se possa pensar e tudo vai depender desse capital remanescente.

Estás enganado quando dizes que eu estou a seguir o exemplo do autor (mau exemplo de um mau ativo), pois, por ex., em março deste ano eu saí da biotecnologia quando desceu num mês da ordem dos 13%, arrecadando cerca de 51% de lucro liquido (já com a dedução das mais-valias) e assim evitando a tomada continuada de perdas durante bastante tempo do período restante da correção. Depois passados cerca de 5 meses reentrei na biotecnologia e numa semana exata estou a ganhar 3.7%.
Achas então que eu deveria ter continuado na biotecnologia a derreter em cerca de 3-4 meses grande parte daquele meu lucro líquido de 51%?

avataris, vou-te contar uma história real: há cerca de 1.5 anos eu era um completo leigo, e quando vi que nem os experts que dão apoio ao premier do meu banco me satisfaziam nas suas diretrizes, eu comecei a estudar que nem um desalmado, tendo na altura lido as cerca das 200 páginas do tópico do VG e hoje o meu portátil está cheio de ícones de atalhos para dezenas de livros técnicos da especialidade e para artigos ou papers.
Hoje já questiono e contrario algumas das ideias dos ditos experts do premier, tendo também já introduzido alguns fundos por minha solicitação.

avataris, há muito tempo que eu me habituei a pensar pela minha cabeça e não pela cabeça dos fanáticos do B&H ou da gestão ativa, e estar atento aos sinais que o mercado dá e não aos sinais de encomendas de papers dos EUA. É um muito mau princípio quando nós contra argumentamos com maus exemplos de ideias de terceiros, sem apresentarmos as nossas próprias ideias.

avataris, tu quando conduzes um carro também ligas o piloto automático, como o pessoal do B&H, independentemente do estado de conservação do piso das estradas que percorres e das curvas mais ou menos apertadas que as mesmas possam apresentar, ou pelo contrário vais ajustando manualmente a tua condução ao estado das estradas e aos seus raios de curvatura (condução ativa)?

Por último vou só acrescentar que o pessoal que não entrar no Brasil, antes das eleições, vai-se arrepender. Eu, neste caso, estou a dar o peito às balas e não estou a fazer uma construção romântica no day after.

Abr,
bluechips


bluechips, eu percebo o que dizes, e concordo com muita coisa que leio do que escreves. Mas da forma que falas estás parece que estás a cair no erro de querer dominar todos os factores, de ter acesso a toda a informação, de ler tudo sobre tudo, para tomar decisões melhores que os outros. Mas a que custo?

Eu acho que ter acesso á informação é bom, ter conhecimento é bom, mas não caias no erro de estar completamente vidrado e sedento de leres a internet toda, os livros todos, ler tudo sobre tudo do assunto. Excesso de informação nunca foi bom sinal, e o stress associado, tal como a pressão de transformar informação em dinheiro, tal como ja disse o chico, vai deixar-te mossa na saude.

Eu da experiencia que tenho, nomeadamente noutro tipo de activos e mercados, isto é uma luta perdida. Ha variaveis que te vão escapar sempre, SEMPRE. E no fim só sobra a frustração no longo prazo, e questionamentos sobre se valeu a pena esta luta para ter uma rendibilidade um bocadito superior a quem se deixou em modo prrguiçoso. isto se chegar alguma vez a ser superior...no longo prazo.


Abraço
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Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 4/9/2014 14:23

dejumentoeuvou... Escreveu: Contudo, a afirmação não deixa de ter um fundo de verdade, mas cada um come como quer a palha que vem nos jornais (online ou outros). Ou outra palha, tipo palha do BES ou da Pescanova. Até ser possível a verificação independente da notícia, bem pode ser um discurso encomendado (e logo nos EUA).


Só faço duas questões:

1º Achas que é possível sair num jornal tipo bloomberg que o gestor X teve 30% de rentabilidade sem uma de duas coisas acontecer caso fosse mentira. Provavelmente ou os clientes se revoltavam e entravam em força em fóruns como o elite trader a dizer que era mentira ou o gestor Y vir dizer que era mentira? Há disformação verdade mas há coisas, como este tipo de factos que cada vez é mais fácil de comprovar se for mentira, ainda por cima com internet etc nos dias de hoje (pelos vistos nem fotos estão a salvo na "nuvem" LOL). Se achas que mesmo assim é possível, passemos ao ponto 2

2º Sabes que quem tem dinheiro com estes gestores o tem voluntariamente certo? Não os vejo a ter Biliões em AUMs se não dessem lucro, ainda por cima com os custos inerentes a investir num Hedge Fund que são altíssimos (2% anuais + 20% dos lucros)

dejumentoeuvou... Escreveu:É muito bonito ver os mais variados gestores profissionais portugueses que frequentam ou apenas consultam este fórum citar a performance dos gestores estrangeiros. Mas quando chega a hora de tentar imitar tal performance, lá aparecem as desculpas do costume, as referências à gestão passiva e à gestão activa.


Temos visões diferentes. Eu acho normalíssimo. Por várias razões, primeiro porque se os gestores nacionais conseguissem essas performances tinham Hedge Funds deles. Ou deixas de falar do Ronaldo e do Messi pk não sabes jogar tão bem futebol como eles? Cuidado em falares de filmes e livros a mesmos que sejas um realizador ou escritor bem sucedido. Ou vens com desculpas que não sabes escrever tão bem como o Hemingway para justificares ainda não teres um prémio Nobel?

dejumentoeuvou... Escreveu: Hoje em dia, com a informação à distância de um click, seria tão fácil segui-los e imitá-los, pelo menos em parte.


Qual é o teu Hedge Fund? Gostaria de investir nele se possível. "Só" precisas de me dar 15% de rentabilidade com risco de mercado.

P.S. Sabes que os milhões que estes tipos ganham vem da performance deles certo? Não confundas o "Buy Side" com o "Sell Side".

P.S. 2 - Deve ter sido um rival do Paulson que encomendou as notícias a dizer que ele perdeu 50% em 2011 (Não percebo é pk não "comprou" notícias tb em 2013 :twisted: )
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Re: Fundos à la carte

por PeterGonçalves » 4/9/2014 13:19

Bluechips,

Quando te referes a investir no Brasil e Índia, é só nos fundos accionistas ou também nos obrigacionistas?
Se investimos em vários fundos dedicados à mesma região, devemos procurar diversificar as categorias, certo?

Que me dizes destes dois fundos?

UBS (Lux) Bond Sicav Brazil (USD) P acc - LU0307095868

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Re: Fundos à la carte

por bluechips » 4/9/2014 11:24

avataris Escreveu:
bluechips Escreveu:

Chico, o pessoal do Buy&Hold são dos investidores mais preguiçosos, pois estabelecem a sua alocação de investimento e deixam-na correr por conta da Hipótese do Mercado Eficiente (não real) do mercado acionista e pela proteção dada pela probabilidade estatistica de longo prazo, pelo que nem trimestralmente deveriam ver os mercados, mas há quem os veja semanalmente ou quase diáriamente (incoerência temporal); o pessoal da gestão ativa dos FI são menos preguiçosos, mas também são preguiçosos em relação ao pessoal do trading diário. Agora pergunto: sabem quais desses três são os mais conhecedores e mais competentes da matéria? Resposta: são os menos preguiçosos, mas também mais stressante, os que praticam o intraday trading. É que neste caso é preciso ter big balls, ter pelo menos 1 milhão USD (para não stressar muito) para jogar e ter um nível altíssimo de conhecimentos e de plataformas electrónicas ao seu dispor.

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A nossa contínua aprendizagem serve também para questionar em contínuo qualquer política ou estratégia de mais do mesmo.

Abr,
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Bluechips, acho que devias ler este post.

Estás a ir pelo mesmo caminho que este autor já foi. Já sei que nao vais concordar a quente. Mas talvez te dê que pensar.

http://bit.ly/WcDtBQ


avataris,
O exemplo do autor é uma construção romântica de quem cometeu erros primários da gestão ativa, a saber: um investidor ativo com uma competência média, por ex., num crash acionista com perdas de 50% é expectável que tome perdas da ordem dos 20%, e desse modo evitou perdas de 30% se continuasse no mercado permanentemente. Agora, ele tem de procurar a oportunidade de reentrada no mercado após esse crash ou uma forte correção, e admitindo que ele deixa de ganhar (por ainda não ter reentrado) no arranque do bull da ordem dos 15% (a velocidade da subida do bull é inferior à descida no bear, daí estimar 15% em relação às perdas de 20% no bear), isto quer dizer que o balanço lhe foi muito positivo em relação a um investidor que permanecesse totalmente no mercado. Vamos agora fazer essas contas:

Imaginemos que os investidores passivo e ativo têm 100 € de início investidos, depois do crash com 5o% de perdas, o passivo ficou com 50 € e o ativo com 80 € (perdas de 20% no meu exemplo atrás). Agora com esses capitais remanescentes, imaginem que no ano seguinte houve uma subida acionista de 60%, então o passivo ficou no final do 2º ano com 80 €, e o ativo ao perder 15% de ganhos no arranque do bull só teve uma taxa de subida de 45%, pelo que no final do 2º ano ficou com 116 €. Agora comparem estes 116 € do ativo com os 80 € do passivo (o ativo tem mais 45% que o passivo). Percebem agora o quão importante é a gestão ativa em mitigar as fortes perdas de um crash ou de uma forte correção. Este factor é o trunfo nº 1 e fundamental da gestão ativa. Lembrem-se dos conceitos do capital remanescente (após as perdas) e do break even necessário para recuperar essas perdas, pois as contas não são como à 1ª vista se possa pensar e tudo vai depender desse capital remanescente.

Estás enganado quando dizes que eu estou a seguir o exemplo do autor (mau exemplo de um mau ativo), pois, por ex., em março deste ano eu saí da biotecnologia quando desceu num mês da ordem dos 13%, arrecadando cerca de 51% de lucro liquido (já com a dedução das mais-valias) e assim evitando a tomada continuada de perdas durante bastante tempo do período restante da correção. Depois passados cerca de 5 meses reentrei na biotecnologia e numa semana exata estou a ganhar 3.7%.
Achas então que eu deveria ter continuado na biotecnologia a derreter em cerca de 3-4 meses grande parte daquele meu lucro líquido de 51%?

avataris, vou-te contar uma história real: há cerca de 1.5 anos eu era um completo leigo, e quando vi que nem os experts que dão apoio ao premier do meu banco me satisfaziam nas suas diretrizes, eu comecei a estudar que nem um desalmado, tendo na altura lido as cerca das 200 páginas do tópico do VG e hoje o meu portátil está cheio de ícones de atalhos para dezenas de livros técnicos da especialidade e para artigos ou papers.
Hoje já questiono e contrario algumas das ideias dos ditos experts do premier, tendo também já introduzido alguns fundos por minha solicitação.

avataris, há muito tempo que eu me habituei a pensar pela minha cabeça e não pela cabeça dos fanáticos do B&H ou da gestão ativa, e estar atento aos sinais que o mercado dá e não aos sinais de encomendas de papers dos EUA. É um muito mau princípio quando nós contra argumentamos com maus exemplos de ideias de terceiros, sem apresentarmos as nossas próprias ideias.

avataris, tu quando conduzes um carro também ligas o piloto automático, como o pessoal do B&H, independentemente do estado de conservação do piso das estradas que percorres e das curvas mais ou menos apertadas que as mesmas possam apresentar, ou pelo contrário vais ajustando manualmente a tua condução ao estado das estradas e aos seus raios de curvatura (condução ativa)?

Por último vou só acrescentar que o pessoal que não entrar no Brasil, antes das eleições, vai-se arrepender. Eu, neste caso, estou a dar o peito às balas e não estou a fazer uma construção romântica no day after.

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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 4/9/2014 9:26

http://www.slbenfica.pt/Portals/0/Docum ... 132014.pdf

Página 29 :shock:

O Benfica rumo à falência e uma imagem vale mais do que mil palavras


35+50+5+2.2=92.2M€ a pagar/renovar até Fevereiro de 2015 :oh: :wall:

É muita massa para renovar agora que o BES fechou a torneira
Anexos
slb.PNG
Do relatório de contas da Benfica SAD
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
 
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Re: Fundos à la carte

por daniel__ » 4/9/2014 1:53

PeterGonçalves Escreveu:
avataris Escreveu:
PeterGonçalves Escreveu:Boa tarde

Sabem dizer-me se existem fundos que invistam exclusivamente no mercado cambial?
Se sim, quais são e se faz sentido este tipo de investimento. Pelo que sei, investir em Forex é muito arriscado e requer muito conhecimento (que não é o meu caso... :( ) e tem também muitos custos associados daí eu estar a perguntar se existem fundos destinados a este tipo de investimentos.
Os FI em moeda estrangeira também podem ser uma solução, o problema é prever se vão ou não dar lucro (além do investimento específico do fundo) dependendo da valorização ou desvalorização da moeda em causa.
Podem elucidar-me sobre este tipo de investimentos?? :D

Obrigado
Ab

Julgo que o fundo que coloquei na pagina anterior anda perto disso que pretendes.



Obrigado pela tua resposta Avataris! :D
Mas não achas este fundo com rendibilidades e rácios muito fraquinhos??


Acho! Mas nao deixa de ser potencialmente interessante para descorrelacionar a carteira. É pena nao haver nada melhor do genero.

Este aqui ha no best

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Re: Fundos à la carte

por daniel__ » 3/9/2014 23:07

bluechips Escreveu:

Chico, o pessoal do Buy&Hold são dos investidores mais preguiçosos, pois estabelecem a sua alocação de investimento e deixam-na correr por conta da Hipótese do Mercado Eficiente (não real) do mercado acionista e pela proteção dada pela probabilidade estatistica de longo prazo, pelo que nem trimestralmente deveriam ver os mercados, mas há quem os veja semanalmente ou quase diáriamente (incoerência temporal); o pessoal da gestão ativa dos FI são menos preguiçosos, mas também são preguiçosos em relação ao pessoal do trading diário. Agora pergunto: sabem quais desses três são os mais conhecedores e mais competentes da matéria? Resposta: são os menos preguiçosos, mas também mais stressante, os que praticam o intraday trading. É que neste caso é preciso ter big balls, ter pelo menos 1 milhão USD (para não stressar muito) para jogar e ter um nível altíssimo de conhecimentos e de plataformas electrónicas ao seu dispor.

Nós o pessoal dos FI achamos que sabemos bater umas bolas, mas ao pé de um intraday nem uma simples finta sabemos fazer. Portanto, a nossa sapiência é relativa e à medida que sabemos mais, deveríamos também saber aproveitar melhor as oportunidades de negócio, senão para que andamos a aprofundar os nossos conhecimentos, senão para interagir com os sinais do mercado e termos flexibilidade mental para percebermos melhor as mudanças do mercado.
A nossa contínua aprendizagem serve também para questionar em contínuo qualquer política ou estratégia de mais do mesmo.

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Bluechips, acho que devias ler este post.

Estás a ir pelo mesmo caminho que este autor já foi. Já sei que nao vais concordar a quente. Mas talvez te dê que pensar.

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Re: Fundos à la carte

por Mouro_Emprestado » 3/9/2014 22:45

Gostei da analogia do B&H = Vinho/Cerveja.

É que um copo de vinho (tinto) ou um fino à refeição até faz bem à saúde (desde que não seja vinho a martelo ou cerveja quente :lol: :lol: :lol: ).
 
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Re: Fundos à la carte

por bluechips » 3/9/2014 20:14

O grande problema do Benfica não é a dívida de curto prazo e a sua brutal dívida geral (assim como a do SCP), mas sim o seu Presidente e os seus negócios colaterais com Jorge Mendes, Jorge Jesus, fundos com ligações indoor ("hedge funds" futebolísticos),... O indoor vai defender o interesse dos sócios outdoor e não os próprios interesses do Benfica. Isto não é caso único no futebol, pois até está a virar moda, e não é só no Sul. Eu sou benfiquista não praticante, pois nem um tostão lá meto com este tipo de gestão do empurrar os problemas com a barriga, ao estilo "à la Sócrates". Só que isto é como falar em gestão passiva vs ativa neste tópico.
O grande projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", mas, pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
 
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Re: Fundos à la carte

por maj.lraep » 3/9/2014 18:57

85M? cruzes... :shock:

Onde é que viste isso? Meu deus que estoiro.. (eu tb sou do benfica..)
pode ser que consigam fazer rollover noutro banco..nem que seja de parte.
 
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 3/9/2014 17:54

Sim as coisas para os italianos não está grande coisa mas por cá pelo menos o meu SLB não está muito melhor, principalmente olhando para a dívida que têm a vencer até ao fim do ano(85M€ :shock: ) e que já não será fácil de fazer rollover pois já lá não está o DDT :wink:
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
 
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Re: Fundos à la carte

por Artista Romeno » 3/9/2014 17:47

chico_laranja Escreveu:Eu digo apenas que é uma discussão oca e bacoca porque é o mesmo que comparar o Porto e o Benfica ao Milan ou ao Inter.

Ambos são bons nos seus campeonatos e encontra-se na LC. Umas vezes ganha um, outra ganha outro mas no undo são de ligas diferentes de realidades diferentes.

Fora isso, quem tem oportunidade, tomates e conhecimento para tal que avance com a negociação intraday mas isso já foge um pouco daqui pois é um mundo novo o das negociações em real-time.

As maquinarias de topo são usadas para flashtrading mas aí é o lado negro :twisted: ......

chico,

percebo o que queres dizer, mas olha que o milan e o inter so vejo como hipotese pintarem os emblemas nas laterais da capela da edit: ULTIMA CEIA E NÃO SAGRADA FAMILIA *:P :P , esses clubes estão tão, mas tão queimados que jasus que ja nao servem para mais nada ( e eu sou adepto do inter mas nao sou estupido.....) :mrgreen:
* já nao é a 1ª a x que troco os nomes e ainda recentemente estive lá
Editado pela última vez por Artista Romeno em 3/9/2014 17:56, num total de 1 vez.
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 3/9/2014 17:30

Eu digo apenas que é uma discussão oca e bacoca porque é o mesmo que comparar o Porto e o Benfica ao Milan ou ao Inter.

Ambos são bons nos seus campeonatos e encontra-se na LC. Umas vezes ganha um, outra ganha outro mas no undo são de ligas diferentes de realidades diferentes.

Fora isso, quem tem oportunidade, tomates e conhecimento para tal que avance com a negociação intraday mas isso já foge um pouco daqui pois é um mundo novo o das negociações em real-time.

As maquinarias de topo são usadas para flashtrading mas aí é o lado negro :twisted: ......
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
 
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Re: Fundos à la carte

por dejumentoeuvou... » 3/9/2014 17:14

VirtuaGod Escreveu:
dejumentoeuvou... Escreveu:
Rick Lusitano (New) Escreveu: Conheço um tipo, chamado John Paulson, que está perder milhões com o Ouro, desde o ano passado. E o Ackman apesar de campanhas para mandar abaixo a Herbalife, não está a ser bem sucedido, com os milhões investidos a shortar a Herbalife.


Os clientes deles é que estão a perder. Eles continuam na boa. Lá como cá. Acho que não será preciso apontar o dedo.

De jumento eu vou...


John Paulson’s Funds Clock Strong Returns in 2013

http://blogs.wsj.com/moneybeat/2013/11/ ... s-in-2013/

Ackman Gains 30% [YTD in 2014] With Burger King, Herbalife Wagers

http://www.bloomberg.com/news/2014-08-2 ... agers.html

É tão fácil falar do que não se sabe....


Mais fácil ainda é pensar que se sabe e ser pago. Contudo, a afirmação não deixa de ter um fundo de verdade, mas cada um come como quer a palha que vem nos jornais (online ou outros). Ou outra palha, tipo palha do BES ou da Pescanova. Até ser possível a verificação independente da notícia, bem pode ser um discurso encomendado (e logo nos EUA).

É muito bonito ver os mais variados gestores profissionais portugueses que frequentam ou apenas consultam este fórum citar a performance dos gestores estrangeiros. Mas quando chega a hora de tentar imitar tal performance, lá aparecem as desculpas do costume, as referências à gestão passiva e à gestão activa. Hoje em dia, com a informação à distância de um click, seria tão fácil segui-los e imitá-los, pelo menos em parte.

De jumento eu vou...
 
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Re: Fundos à la carte

por bluechips » 3/9/2014 17:09

chico_laranja Escreveu:
bluechips Escreveu:
Nós temos que saber ensinar a travar um carro e alertar para os perigosos da alta velocidade, mas quando estamos numa auto-estrada quase deserta e em linha reta, temos que saber ensinar a acelerar até certos limites de conforto do condutor e de segurança do automóvel que temos na mão


O problema BR é que quem é novo nestas andanças não tem noção de qual é o limite em que entra em velocidade excessiva não para o carro mas para o "kit de unhas"

Só depois de se partir todo contra um rail é que passa a conhecer esses limites e muitas vezes é tarde pois quando se despistou morreu =;

Não temos todos que seguir o teu modo de estar nos mercados pois nem todos têm disponibilidade para tal e tens que aceitar isso mesmo que não gostes.

Para muitos a média é mais que boa pois bate de longe os DPs e não exige grandes esforços/dedicação do investidor.

Há uma escala para investimentos
risco 0 - Não há/utopia
risco 1 - DP
risco 2 - Certificados de Aforro e quejandos
risco 3 -
risco 4 -
risco 5 - Uma estratégia Buy & Hold com meia dúzia de activos
risco 6 -
risco 7 -
risco 8 - Market Timing longo
risco 9 -
risco 10 - Market Timing agressivo

Os espaços são propositados pois os saltos não são todos iguais e convém figurar isso

O retorno a longo prazo é maior conforme se progride na escala de risco acima definida. O potencial de perdas catastróficas também.

Eu sigo uma estratégia de B&H com nuances de MT e num plano médio (55%obrigs/45%Acções e parte das acções está em sectores defensivos como bens de consumo e infraestruturas) pois não tenho disponibilidade para estar todos os dias em cima da situação. A minha maior nuance em relação ao B&H puro é que não tenho a relação fixa pois há momentos mais propícios a acções e outros a obrigações.

A estratégia de B&H é excelente para quem antes só olhava para os DPs de ano a ano ou de 6 em 6 meses quando vencia. Basicamente no B&H fazem o mesmo: No momento em que venceria o DP=reforço da carteira fazem o reforço/rebalanceamento conforme a sua estratégia e esquecem que o têm durante 6meses/1 ano.

Na tua estratégia pura e simplesmente tal não é viável pois estás a fazer análises e investimentos com bases temporais de dias/semanas. É altamente stressante e com uma majoração nos retornos que talvez não compense o tempo/stress dispendidos.

Não quero entrar nessa guerra de B&H Vs Gestão activa pois é uma guerra oca e bacoca pois o público alvo é diferente.

Podemos até fazer uma relação com a tabela de risco, o produto(ter noção do risco do produto), o público alvo e um pequeno aparte.
Risco 1 - DP - Leite - Bebé que nada sabe
Risco 3 - Certificados de aforro - Sumo - Crianças que já têm gosto mas não têm noção do mundo real
Risco 6 - B&H - Cerveja/vinho - A adolescência e o período ideal para experimentação. Alguns neste período de experimentação abusam ignorando avisos da malta sénior e acabam por morrer estupidamente na flor da idade. Mas não se deve proibir essa experimentação desde que seja moderada
Risco 10 - Market Timing Agressivo - bebidas branca - Para séniores - quem sabe o que faz. Mesmo assim não se deve abusar senão a cirrose moi com uma força grotesca o fígado e os ataques cardíacos e AVCs são mato para quem não tem cuidado e não vai bebendo bebidas/ensinamentos dos outros grupos

Infelizmente a malta é toda compelida, quando chega a adolescência a tentar alcançar a maioridade e por isso metem-se nos shots e nos drink spikings e em vez de curtirem à brava a pensar que os seniores é que curtem a vida acabam em coma alcoólico numa valeta e abandonados pelos amigos que os incentivaram a beber mais um shot.

Isto vai longo e só espero que haja respeito pelas opções tomadas por cada um tal como tento ao máximo respeitar as outras opiniões.

Peço desde já à Moderação que venha com a cavalgaria pois estou novamente a abrir a caixa de pandora e a desenterrar o machado de guerra da luta B&H Vs Gestão activa pelo que, e olhando para o histórico, segundo a AT estou a quebrar uma barreira que impedia um bull nesta guerra.

Mas como disse e volto a dizer é uma guerra oca e bacoca pois destinam-se a públicos alvo diferentes.

Nestes últimos tempos tenho estado a fazer um flashback aqui no caldeirão e é bastante pedagógico ler o tópico do BES a partir de Maio deste ano. Sabemos o desfecho mas é ver que por vezes as ilusões pagam-se caro e há gente a ludibriar-se facilmente com o que se diz aqui e ali e temo que possa haver gente a ludibriar-se com a estratégia do BR pois não estão preparados para tal, ao contrário dele.

O meu aviso é apenas nesse sentido pois não estou a atacar ninguém. Cuidado que nem todos estão preparados para essa estratégia e até parece engraçado/aliciante 5, 7, 8% em 1 ou 2 meses mas numa semana isto pode esfumar-se e enquanto que o BR, que está atento e todos os dias em cima do acontecimento carregou no botão de vender o incauto só o verá ao fim de uns dias e o que era um lucro jeitoso passou a um lucro miserável ou até passou a ser um prejuízo.


Chico,
Eu ao apresentar uma outra roupagem da questão, também não estou a atacar ninguém, pretendo, isso sim, abrir o leque da gradação de risco vs retornos, pois aqui não faltam vozes a falar sobre o baixo risco, e para isto ser mais equilibrado é preciso também mostrar a outra face da moeda.

Na tua escala de risco também podias acrescentar que até um certo nível de gestão de fortunas, normalmente, os investidores arriscam mais à medida que têm mais capital disponível não hipotecado a nada, isto porque cash free dá mais liberdade, serenidade e racionalidade nas aplicações financeiras ou investimentos, e racionalidade não tem só a ver com risco ou retornos, mas sim com a otimização do binómio risco-retornos num determinado espaço temporal, seja ele de ultracurto, curto, médio , longo ou muito longo prazo.

Uma percentagem de cash, no mínimo de 5%, no portfolio dos FI é muito importante para nos dar resposta às oportunidades de market timing que possam surgir, constituindo assim uma espécie de alavancagem interna do portfolio, de modo a acelerar os retornos de um upside; para além de que nas situações de downside dá algum pequeno lucro e nessa proporção não se tomam as correspondentes perdas do downside.

Não chames discussão oca e bacoca ao confronto analítico da gestão passiva vs ativa, porque nenhuma discussão deve ser tabu e se estiveste atento a toda a discussão, com certeza que aprendeste qualquer coisa, assim como eu, e quando se aprende, a discussão não pode ser oca e bacoca.

Chico, o pessoal do Buy&Hold são dos investidores mais preguiçosos, pois estabelecem a sua alocação de investimento e deixam-na correr por conta da Hipótese do Mercado Eficiente (não real) do mercado acionista e pela proteção dada pela probabilidade estatistica de longo prazo, pelo que nem trimestralmente deveriam ver os mercados, mas há quem os veja semanalmente ou quase diáriamente (incoerência temporal); o pessoal da gestão ativa dos FI são menos preguiçosos, mas também são preguiçosos em relação ao pessoal do trading diário. Agora pergunto: sabem quais desses três são os mais conhecedores e mais competentes da matéria? Resposta: são os menos preguiçosos, mas também mais stressante, os que praticam o intraday trading. É que neste caso é preciso ter big balls, ter pelo menos 1 milhão USD (para não stressar muito) para jogar e ter um nível altíssimo de conhecimentos e de plataformas electrónicas ao seu dispor.

Nós o pessoal dos FI achamos que sabemos bater umas bolas, mas ao pé de um intraday nem uma simples finta sabemos fazer. Portanto, a nossa sapiência é relativa e à medida que sabemos mais, deveríamos também saber aproveitar melhor as oportunidades de negócio, senão para que andamos a aprofundar os nossos conhecimentos, senão para interagir com os sinais do mercado e termos flexibilidade mental para percebermos melhor as mudanças do mercado.
A nossa contínua aprendizagem serve também para questionar em contínuo qualquer política ou estratégia de mais do mesmo.

Abr,
bluechips
Editado pela última vez por bluechips em 3/9/2014 19:52, num total de 1 vez.
O grande projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", mas, pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
 
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Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 3/9/2014 16:36

dejumentoeuvou... Escreveu:
Rick Lusitano (New) Escreveu: Conheço um tipo, chamado John Paulson, que está perder milhões com o Ouro, desde o ano passado. E o Ackman apesar de campanhas para mandar abaixo a Herbalife, não está a ser bem sucedido, com os milhões investidos a shortar a Herbalife.


Os clientes deles é que estão a perder. Eles continuam na boa. Lá como cá. Acho que não será preciso apontar o dedo.

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Re: Fundos à la carte

por dejumentoeuvou... » 3/9/2014 15:28

Rick Lusitano (New) Escreveu: Conheço um tipo, chamado John Paulson, que está perder milhões com o Ouro, desde o ano passado. E o Ackman apesar de campanhas para mandar abaixo a Herbalife, não está a ser bem sucedido, com os milhões investidos a shortar a Herbalife.


Os clientes deles é que estão a perder. Eles continuam na boa. Lá como cá. Acho que não será preciso apontar o dedo.

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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 3/9/2014 13:09

bluechips Escreveu:
Nós temos que saber ensinar a travar um carro e alertar para os perigosos da alta velocidade, mas quando estamos numa auto-estrada quase deserta e em linha reta, temos que saber ensinar a acelerar até certos limites de conforto do condutor e de segurança do automóvel que temos na mão


O problema BR é que quem é novo nestas andanças não tem noção de qual é o limite em que entra em velocidade excessiva não para o carro mas para o "kit de unhas"

Só depois de se partir todo contra um rail é que passa a conhecer esses limites e muitas vezes é tarde pois quando se despistou morreu =;

Não temos todos que seguir o teu modo de estar nos mercados pois nem todos têm disponibilidade para tal e tens que aceitar isso mesmo que não gostes.

Para muitos a média é mais que boa pois bate de longe os DPs e não exige grandes esforços/dedicação do investidor.

Há uma escala para investimentos
risco 0 - Não há/utopia
risco 1 - DP
risco 2 - Certificados de Aforro e quejandos
risco 3 -
risco 4 -
risco 5 - Uma estratégia Buy & Hold com meia dúzia de activos
risco 6 -
risco 7 -
risco 8 - Market Timing longo
risco 9 -
risco 10 - Market Timing agressivo

Os espaços são propositados pois os saltos não são todos iguais e convém figurar isso

O retorno a longo prazo é maior conforme se progride na escala de risco acima definida. O potencial de perdas catastróficas também.

Eu sigo uma estratégia de B&H com nuances de MT e num plano médio (55%obrigs/45%Acções e parte das acções está em sectores defensivos como bens de consumo e infraestruturas) pois não tenho disponibilidade para estar todos os dias em cima da situação. A minha maior nuance em relação ao B&H puro é que não tenho a relação fixa pois há momentos mais propícios a acções e outros a obrigações.

A estratégia de B&H é excelente para quem antes só olhava para os DPs de ano a ano ou de 6 em 6 meses quando vencia. Basicamente no B&H fazem o mesmo: No momento em que venceria o DP=reforço da carteira fazem o reforço/rebalanceamento conforme a sua estratégia e esquecem que o têm durante 6meses/1 ano.

Na tua estratégia pura e simplesmente tal não é viável pois estás a fazer análises e investimentos com bases temporais de dias/semanas. É altamente stressante e com uma majoração nos retornos que talvez não compense o tempo/stress dispendidos.

Não quero entrar nessa guerra de B&H Vs Gestão activa pois é uma guerra oca e bacoca pois o público alvo é diferente.

Podemos até fazer uma relação com a tabela de risco, o produto(ter noção do risco do produto), o público alvo e um pequeno aparte.
Risco 1 - DP - Leite - Bebé que nada sabe
Risco 3 - Certificados de aforro - Sumo - Crianças que já têm gosto mas não têm noção do mundo real
Risco 6 - B&H - Cerveja/vinho - A adolescência e o período ideal para experimentação. Alguns neste período de experimentação abusam ignorando avisos da malta sénior e acabam por morrer estupidamente na flor da idade. Mas não se deve proibir essa experimentação desde que seja moderada
Risco 10 - Market Timing Agressivo - bebidas branca - Para séniores - quem sabe o que faz. Mesmo assim não se deve abusar senão a cirrose moi com uma força grotesca o fígado e os ataques cardíacos e AVCs são mato para quem não tem cuidado e não vai bebendo bebidas/ensinamentos dos outros grupos

Infelizmente a malta é toda compelida, quando chega a adolescência a tentar alcançar a maioridade e por isso metem-se nos shots e nos drink spikings e em vez de curtirem à brava a pensar que os seniores é que curtem a vida acabam em coma alcoólico numa valeta e abandonados pelos amigos que os incentivaram a beber mais um shot.

Isto vai longo e só espero que haja respeito pelas opções tomadas por cada um tal como tento ao máximo respeitar as outras opiniões.

Peço desde já à Moderação que venha com a cavalgaria pois estou novamente a abrir a caixa de pandora e a desenterrar o machado de guerra da luta B&H Vs Gestão activa pelo que, e olhando para o histórico, segundo a AT estou a quebrar uma barreira que impedia um bull nesta guerra.

Mas como disse e volto a dizer é uma guerra oca e bacoca pois destinam-se a públicos alvo diferentes.

Nestes últimos tempos tenho estado a fazer um flashback aqui no caldeirão e é bastante pedagógico ler o tópico do BES a partir de Maio deste ano. Sabemos o desfecho mas é ver que por vezes as ilusões pagam-se caro e há gente a ludibriar-se facilmente com o que se diz aqui e ali e temo que possa haver gente a ludibriar-se com a estratégia do BR pois não estão preparados para tal, ao contrário dele.

O meu aviso é apenas nesse sentido pois não estou a atacar ninguém. Cuidado que nem todos estão preparados para essa estratégia e até parece engraçado/aliciante 5, 7, 8% em 1 ou 2 meses mas numa semana isto pode esfumar-se e enquanto que o BR, que está atento e todos os dias em cima do acontecimento carregou no botão de vender o incauto só o verá ao fim de uns dias e o que era um lucro jeitoso passou a um lucro miserável ou até passou a ser um prejuízo.
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
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Re: Fundos à la carte

por bluechips » 3/9/2014 12:17

Rick Lusitano (New) Escreveu:
Mesmo os maiores experts, também perdem dinheiro. Conheço um tipo, chamado John Paulson, que está perder milhões com o Ouro, desde o ano passado. E o Ackman apesar de campanhas para mandar abaixo a Herbalife, não está a ser bem sucedido, com os milhões investidos a shortar a Herbalife.


Se mesmo o grande projetista, sábio e divino, do corpo humano feminino comete erros básicos na conceção de um projeto (ver a minha assinatura em rodapé), porque carga de água o Paulson não teria direito também a cometer erros? Temos é que também perguntar quanto é que ele ganhou, para vermos se o balanço é negativo ou positivo.
O grande projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", mas, pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
 
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