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Caldeirão da Bolsa

Fundos à la carte

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Fundos à la carte

por Bucks » 19/5/2015 8:56

Bullrun Escreveu:Depois das fortes quedas nos mercados acionistas da Índia e do Japão, os mesmos podem agora constituir boas oportunidades de entrada.

Há cerca de 1 mês, abandonei os mercados acionistas da Índia e do Japão, sendo que na Índia estive investido apenas 1 mês e acabei por resgatar com perdas de -1%, mas evitei as fortes quedas posteriores, e no Japão resgatei o fundo do JPMorgan com a realização de umas boas mais-valias, depois de ter estado investido durante cerca de 2.5 meses, tendo tomado apenas 1 dia das fortes perdas sequenciais que então ocorreu no Japão, ao qual não foi alheio a desvalorização sequencial do USD face ao JPY (iene) que tornou menos competitivas as empresas japonesas exportadoras, para além de outros factores extra-cambiais.

Agora, decidi hoje subscrever um fundo do Japão e um outro da Índia à custa de ter feito em simultâneo os resgates necessários para reentrar no Japão e na Índia com cerca de 30% e 23% respetivamente do meu capital de investimentos acionistas.
Desde há 2 meses que tenho feito os resgates e as subscrições dos fundos em simultâneo por forma a estar continuamente investido, sem perder um único dia e tentando aproveitar o swing dos mercados, dado que não pago juros pelas subscrições a descoberto, mas mesmo que pagasse iria efetuar as operações em simultâneo dado que esses eventuais juros representam potencialmente uma pequena percentagem das potenciais oportunidades de lucros do investimento contínuo, desde que se tenha em conta o swing potencial diário dos mercados, que sigo diariamente, assim como o swing dos índices de futuros dos mercados bolsistas de interesse para os resgates e subscrições.

A mim não me interessa muito ter um lucro num fundo da ordem dos 50% em que o mesmo tem um peso no portfolio apenas de 1-5%. O máximo de lucro que tive num fundo foi da ordem dos 55% líquidos na biotecnologia com um resgate que fiz em meados de março de 2014, mas então o peso desse fundo resgatado era de 15% no meu portfolio. Portanto, a mim pouco me diz quando alguém diz que está a ter um lucro num fundo superior a 50% mas depois só tem um peso de 1% no seu portfolio. O que interessa é o lucro absoluto em dinheiro e não o lucro relativo.
Eu nunca estive investido num qualquer fundo acionista com um peso apenas de 5%, porque se o fizesse era porque não estava a acreditar muito no seu potencial de valorização, e, para mim, quando não acredito no potencial de uma qualquer coisa, não aposto nela.

Os mercados acionistas têm ciclos e contraciclos com determinados horizontes temporais mais ou menos alargados e os fundos têm swings diários, semanais e mensais, e há que tentar aproveitar essas ondas de swing dos mercados, resgatando nas alturas em que um determinado mercado começa a ter uma valuation sobrevalorizada e ir com esse capital resgatado para um outro mercado com um bom potencial de valorização mas cujos ativos tenham um relativo baixo rácio de P/E.
Para tal, a AT pode-nos ajudar especialmente nos investimentos para o ultra e/ou curto prazo, enquanto que a AF é fundamental para o outlook dos referidos ciclos e contraciclos dos mercados, no curto-médio prazo, e o grande sucesso de um investidor acionista de curto-médio prazo é quando existem, no mesmo ano, mercados mundiais em contraciclo e ciclo e acertar nas entradas e saídas respetivas, de modo a tentar aproveitar as diversas ondas de valorização acionista, sendo que o fundamental é não tomar uma grande drawdown pelo que não devemos estar demasiado tempo num mercado sobreaquecido de ciclo, pois nos mercados de contraciclo não há com certeza grandes drawdowns.


A minha opinião é diferente. Primeiro, porque vem provar que mantendo-me a longo prazo no caso da China e India permite-me obter os lucros de forma sustentada sem entradas e saídas constantes (essas sim que podem ser feitas em sectores mais especulativos), e outra situação é que prefiro os 5% alocação com 50% e esse lucro venha compensar no total da carteira as perdas, por exemplo,do Brasil que mantendo-me no longo prazo já lá estarei posicionado, e a Rússia irá balancear na dose certa.
Nunca entrei em biotecnologia que para mim, tem sido altamente especulativa, mantendo-me à mais de 3 anos em Healthcare que tem se portado como eu esperava.
Obviamente estou em mais sectores. Aliás aprecio muito o investimento por sectores.
Como podem ver, há várias formas de investir. Para mim é diversificar, mas com a dose certa para achar o equilibrio.
Óbvio que há quem ganhe bastante com o entra e sai de cada fundo, constantemente, isso é indiscutível mas tem risco acrescido...
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 19/5/2015 8:31

UROPEAN ASSET ALLOCATION SURVEY 2015
Portugal é um dos países com menor alocação a ações nos planos de pensões
O último “European Asset Allocation Survey 2015” da Mercer revela ainda que a alocação dos planos de pensões na Europa, está mais “adepta” de investimentos alternativos.


Como é que cada país europeu está a executar atualmente sua alocação ao nível dos planos de pensões? Quais os que têm maior percentagem a ações ou obrigações? Estas são algumas das perguntas que a Mercer tenta responder através do estudo “European Asset Allocation Survey 2015”, onde o mercado português também foi incluído.

Maior alocação a alternativos é tendência
Num enquadramento com ideias chave sobre o referido documento são descritos alguns dos pontos que mostram as principais tendências no investimento levado a cabo no tempo já decorrido em 2015. Por um lado escrevem que na Europa, como um todo, a exposição a ações nos planos de pensões se reduziu em dois pontos percentuais de 34% para 32%. Assim, a tão falada ‘great rotation’ de obrigações para ações sentiu-se, mas em pequena escala. Da Mercer indicam que os investidores com menos restrições, como é o caso das Fundações, demonstraram, de facto, uma leve mudança para o investimento em ações, por causa do atual contexto de yields baixas. Mas em termos totais, a grande tendência verificada prende-se com o interesse dos investidores pelos alternativos, denotando-se mesmo um aumento de dois pontos percentuais na alocação média a estes ativos, de 12% para 14%, nos planos de pensões em análise.

Outra das ilações que a Mercer retira tem a ver com o investimento passivo. Ao que parece a gestão passiva também está a deixar as suas marcas nos planos de pensões, já que o seu uso “nos portfólios tradicionais de ações e obrigações tem vindo a aumentar”. “Isto sugere que cada vez mais os investidores preferem procurar os retornos através das skills do gestor no universo dos mandatos alternativos (alpha), ao mesmo tempo que colhe o “beta” mais barato nas carteiras de obrigações e ações”, concluem.

Portugal: o segundo país com menor alocação a ações
No inquérito da consultora, e numa análise por país, verifica-se que Portugal representa 2% do total de ativos dos países questionados. Quando na análise se olha para o mercado nacional em termos de alocação de ativos, verifica-se que nos planos de pensões, em termos de exposição a ações, Portugal só fica atrás dos portfólios da Alemanha. Os planos de pensões nacionais têm uma exposição de 24% ao mercado acionista, enquanto que os alemãs investem 15% nesta classe de ativos. Em sentido contrário, a Bélgica e a Suécia, são os países que efetuam um maior investimento nas bolsas.

Uma vez mais o caráter relativamente conservador do mercado português – também nos planos de pensões – salta a vista. Nestes portfólios a alocação que o nosso país efetua em obrigações é de 59%, surgindo apenas um país que invista mais nesta classe de ativos do que Portugal: a Noruega, com 60% de peso das obrigações nas carteiras dos planos de pensões.

Imagem

Fonte: Mercer, European Asset Allocation Survey 2015
Destrinçando apenas a alocação a obrigações, Portugal é novamente um caso em destaque. O mercado nacional junta-se à lista de países cujos planos de pensões mais investem em obrigações governamentais do próprio país (58%), investindo apenas 6% em dívida pública de não doméstica.


Imagem

Fonte: Mercer, European Asset Allocation Survey 2015
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Re: Fundos à la carte

por Bullrun » 18/5/2015 23:54

Depois das fortes quedas nos mercados acionistas da Índia e do Japão, os mesmos podem agora constituir boas oportunidades de entrada.

Há cerca de 1 mês, abandonei os mercados acionistas da Índia e do Japão, sendo que na Índia estive investido apenas 1 mês e acabei por resgatar com perdas de -1%, mas evitei as fortes quedas posteriores, e no Japão resgatei o fundo do JPMorgan com a realização de umas boas mais-valias, depois de ter estado investido durante cerca de 2.5 meses, tendo tomado apenas 1 dia das fortes perdas sequenciais que então ocorreu no Japão, ao qual não foi alheio a desvalorização sequencial do USD face ao JPY (iene) que tornou menos competitivas as empresas japonesas exportadoras, para além de outros factores extra-cambiais.

Agora, decidi hoje subscrever um fundo do Japão e um outro da Índia à custa de ter feito em simultâneo os resgates necessários para reentrar no Japão e na Índia com cerca de 30% e 23% respetivamente do meu capital de investimentos acionistas.
Desde há 2 meses que tenho feito os resgates e as subscrições dos fundos em simultâneo por forma a estar continuamente investido, sem perder um único dia e tentando aproveitar o swing dos mercados, dado que não pago juros pelas subscrições a descoberto, mas mesmo que pagasse iria efetuar as operações em simultâneo dado que esses eventuais juros representam potencialmente uma pequena percentagem das potenciais oportunidades de lucros do investimento contínuo, desde que se tenha em conta o swing potencial diário dos mercados, que sigo diariamente, assim como o swing dos índices de futuros dos mercados bolsistas de interesse para os resgates e subscrições.

A mim não me interessa muito ter um lucro num fundo da ordem dos 50% em que o mesmo tem um peso no portfolio apenas de 1-5%. O máximo de lucro que tive num fundo foi da ordem dos 55% líquidos na biotecnologia com um resgate que fiz em meados de março de 2014, mas então o peso desse fundo resgatado era de 15% no meu portfolio. Portanto, a mim pouco me diz quando alguém diz que está a ter um lucro num fundo superior a 50% mas depois só tem um peso de 1% no seu portfolio. O que interessa é o lucro absoluto em dinheiro e não o lucro relativo.
Eu nunca estive investido num qualquer fundo acionista com um peso apenas de 5%, porque se o fizesse era porque não estava a acreditar muito no seu potencial de valorização, e, para mim, quando não acredito no potencial de uma qualquer coisa, não aposto nela.

Os mercados acionistas têm ciclos e contraciclos com determinados horizontes temporais mais ou menos alargados e os fundos têm swings diários, semanais e mensais, e há que tentar aproveitar essas ondas de swing dos mercados, resgatando nas alturas em que um determinado mercado começa a ter uma valuation sobrevalorizada e ir com esse capital resgatado para um outro mercado com um bom potencial de valorização mas cujos ativos tenham um relativo baixo rácio de P/E.
Para tal, a AT pode-nos ajudar especialmente nos investimentos para o ultra e/ou curto prazo, enquanto que a AF é fundamental para o outlook dos referidos ciclos e contraciclos dos mercados, no curto-médio prazo, e o grande sucesso de um investidor acionista de curto-médio prazo é quando existem, no mesmo ano, mercados mundiais em contraciclo e ciclo e acertar nas entradas e saídas respetivas, de modo a tentar aproveitar as diversas ondas de valorização acionista, sendo que o fundamental é não tomar uma grande drawdown pelo que não devemos estar demasiado tempo num mercado sobreaquecido de ciclo, pois nos mercados de contraciclo não há com certeza grandes drawdowns.
 
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Re: Fundos à la carte

por Bullrun » 18/5/2015 23:47

...... (erro)
Editado pela última vez por Bullrun em 18/5/2015 23:56, num total de 1 vez.
 
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 18/5/2015 21:48

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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 18/5/2015 21:36

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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 18/5/2015 14:52

You’ve probably heard about these newfangled things called exchange-traded funds, or ETFs. They’ve sucked in a trillion dollars over the past decade, most of it over the past five years. You have questions. What exactly is an ETF? How do ETFs work? Are they really as tax-efficient as reputed?
Exchange-traded funds share three qualities: they’re pooled investment vehicles, their shares trade on stock exchanges, and they have a daily share creation and redemption mechanism. An ETF can be thought of as a mutual fund whose shares happen to trade on stock exchanges.
The biggest ETFs are passive investments that merely try to replicate the behavior of a market or market segment. The biggest ETF, SPDR S&P 500 SPY, tracks the S&P 500 Index. In recent years, quasi-active index strategies as well as full-blown active ETFs have gained traction, but they’re still small.
For most investors, the most common and best use of ETFs is to obtain passive exposure to the market. Forget about the supposed benefits of being able to dart in and out of the markets. That’s a surefire way to lose money. Sensible ETF investing is about keeping costs down, tax efficiency, and diversification. Not exciting, but the tried-and-true things rarely are. Morningstar ETFInvestor delivers great investment ideas featuring low-cost, high-quality ETFs.

Morningstar
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 18/5/2015 8:21

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DO PATRIMÓNIO DOS FUNDOS NACIONAIS
Fundos mais defensivos: os únicos com crescimento patrimonial efetivo nos últimos dois anos
Apesar dos ativos sob gestão da indústria nacional terem derrapado nos últimos dois anos, houve exceções. Conheça-as.

TagsProdutosAPFIPPAtivos sob gestãofundos de açõesfundos de obrigaçõesFundos Mobiliários
Jorge Pires | 18 de Maio de 2015 hrs.
Reloj
Autor da imagem: Elbuco, Flickr, Creative Commons

O mercado nacional tem sofrido mudanças nos últimos dois anos. De acordo com os dados publicados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios –APFIPP - no seu primeiro relatório trimestral de 2015, nos últimos dois anos os ativos sob gestão dos fundos de investimento mobiliário (FIM) sofreram uma queda acima de 13%, passando de 13.090 para 12.005 milhões de euros.

Apesar da queda do património total, houve categorias em que a tendência foi contrária, porque a evolução do património acontece por duas vias: a da valorização dos ativos e através das captações. Analisando os últimos dois anos, verificamos que as captações líquidas acumuladas atingem cerca de 1.400 milhões de euros negativos, sendo essa a principal justificação para o 'encolhimento' do mercado nacional.

Segmentando o mercado em Fundos de Ações, de Obrigações, Monetário/Curto Prazo e os restantes fundos, observamos que destas quatro categorias apenas duas conseguem apresentar crescimento por via das captações, sendo elas as mais defensivas e preferidas historicamente pelo investidor português: Obrigações e Monetário/Curto Prazo.

No primeiro caso as captações líquidas acumuladas nos últimos dois anos atingem um saldo positivo muito próximo dos 150 milhões de euros, enquanto nos Monetários/Curto Prazo o valor é de 752 milhões. Para este crescimento nos fundos Monetários/Curto Prazo, em muito contribuiu os montantes subscritos no fundo Caixagest Liquidez. Este produto da Caixagest é o maior do mercado nacional, tendo aumentado o seu património em mais de mil milhões de euros em dois anos.

Ações com "comportamento misto"
Os fundos de ações no últimos dois anos evoluíram 21,25%, passando de um património de 978 para os 1.185 milhões de euros. Este crescimento aconteceu devido às rendibilidades que os fundos de ações registaram no período analisado, já que no último biénio o valor das captações líquidas é negativo, na ordem dos 35 milhões de euros. Categorias como "fundos de ações nacionais", fundos de ações América do Norte" ou "fundos sectoriais" foram as que mais rendibilidade obtiveram no período em análise, com uma valorização média superior a 10%.

A categoria restante foi aquela que assistiu a saídas de capital na ordem dos 2.250 milhões de euros. Nos últimos dois anos a categoria "Outros FIM" viu o seu património decrescer cerca de 31%, passando de 9.800 para 6.700 milhões de euros.

Evolução dos ativos sob gestão
Imagem


Fonte: APFIPP no final de março. Dados trimestrais.
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Re: Fundos à la carte

por Bullrun » 17/5/2015 0:59

O Alquimista Escreveu:
Bullrun Escreveu:
Uma coisa é um juízo de análise, outra coisa é a análise do juízo. Uma coisa são as China H Shares, outra coisa são as China A Shares, pois o diferencial do seu P/E faz toda a diferença, assim como não podemos confundir um jovem estagiário do direito com um sentenciador do direito.
Uma coisa é pegar touros em pontas, outra coisa é pegar touros embolados. Neste contexto, os mansos ou os ativos de baixo risco não têm a nobreza necessária para fazer parte de um portfolio com aspiração a bullish de curto prazo.


No mundo especulativo, gosto de pegar touros em pontas para nele seguir embolado. Quer dizer, negociar nos extremos do preço e cavalgar a onda. Quem se distrair com desculpas e hesitar pode levar uma cornada ou fica para rabejador.


Realmente também não sou adepto de rabejar o mercado ou, por outras palavras, do neutral market. Temos que saber diferenciar a Estrada da Beira com a beira da estrada.

Indo eu a caminho de Viseu ... fui confrontado com a opção entre a castas Touriga Nacional e Encruzado ... não pude optar e tive que captar as duas para o meu portfolio de ativos vínicos, pois estamos a falar provavelmente das melhores castas tinta e branca nacionais, com o seu terroir próprio na região do Dão, mas os meus conterrâneos que me desculpem, mas de vinhos plurivarietais prefiro os do Douro e do Alentejo.

Ou seja, num mercado acionista com um maior risco, por vezes, pode ser aonde podemos encontrar as melhores oportunidades de retornos gourmet ... é claro que neste caso, normalmente, é preciso ter paciência ou a "arte do saber esperar" e deixar desenvolver e maturar essas oportunidades com um baixo rácio de P/E inicial, tal como um bom vinho jovem com um grande potencial de envelhecimento. Mas, cuidado, temos que estar sempre atentos ao seu processo de envelhecimento, pois, por vezes, a garrafeira do mercado tem variações bruscas de temperatura que podem estragar também os bons vinhos.

Ou seja, não podemos assistir passivamente ao processo qualitativo de desenvolvimento e maturação dos ativos, porque senão não se chamavam ativos gourmet mas sim passivos de sabor organoléptico mediano. Não podemos confundir uma garrafeira com um armazém de vinhos.
 
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 16/5/2015 23:54

Bullrun Escreveu:
Uma coisa é um juízo de análise, outra coisa é a análise do juízo. Uma coisa são as China H Shares, outra coisa são as China A Shares, pois o diferencial do seu P/E faz toda a diferença, assim como não podemos confundir um jovem estagiário do direito com um sentenciador do direito.
Uma coisa é pegar touros em pontas, outra coisa é pegar touros embolados. Neste contexto, os mansos ou os ativos de baixo risco não têm a nobreza necessária para fazer parte de um portfolio com aspiração a bullish de curto prazo.


No mundo especulativo, gosto de pegar touros em pontas para nele seguir embolado. Quer dizer, negociar nos extremos do preço e cavalgar a onda. Quem se distrair com desculpas e hesitar pode levar uma cornada ou fica para rabejador.
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Re: Fundos à la carte

por Bullrun » 16/5/2015 23:16

O Alquimista Escreveu:
Bullrun Escreveu:O que é que se passa com este tópico, pois está a perder gás em relação à sua performance média histórica? :evil: O que vale é o forista bucks que vai pondo diariamente carvão na caldeira para ela não se apagar e continuar a debitar vapor sobrepressurizado por forma a manter a locomotiva a deslizar nos carris. :mrgreen: Onde é que para o Diretor da Linha do Norte da Refer? Será que abandonou a ferrovia e passou-se para as rodovias das Estradas de Portugal? Ou será que já gere a situação do tráfego por controlo remoto no interior do seu gabinete, e daí se tornar menos visível? :evil:

Bem, dado que nesta 6ª feira só o bucks é que pôs carvão na caldeira, vou agora eu também por umas gramas de carvão na mesma, com um baixo teor de enxofre para não poluir o ar ambiente do tópico, se bem que às vezes é melhor respirar o ar um pouco poluído do que haver falta de oxigénio. :twisted:
A seguir, vou apresentar uma tabela Morningstar de fundos acionistas da categoria Europa Cap. Flexível por ordem decrescente da sua performance YTD. Vejam lá quem está em 1º lugar. Será por um acaso estatístico? Sim, mete estatística, mas a sua atual posição não será fruto de um acaso aleatório.

Capturar 1.JPG


"Falar de touros não é a mesma coisa que entrar na arena."



Uma coisa é um juízo de análise, outra coisa é a análise do juízo. Uma coisa são as China H Shares, outra coisa são as China A Shares, pois o diferencial do seu P/E faz toda a diferença, assim como não podemos confundir um jovem estagiário do direito com um sentenciador do direito.
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 16/5/2015 21:36

OS TIMINGS IMPORTAM MENOS DO QUE O RITMO DA SUBIDA DAS TAXAS
O estado do mercado de obrigações: uma análise do que poderá acontecer nos EUA quando a Fed subir as taxas
Uma análise de gestoras internacionais sobre os desafios que acarreta a normalização da política monetária, e as consequências para os mercados financeiros.


Foi há mais de seis anos que a Reserva Federal adaptou a expansão quantitativa (QE) e a política de taxas de juro zero para combater a crise financeira de 2008. Hoje em dia a economia dos EUA está a recuperar e a Fed está num processo de normalização das políticas de forma gradual. O primeiro passo foi moderar o QE, que foi finalizado pela Fed em outubro de 2014. Mais recentemente a autoridade monetária lançou as bases para a subida inicial das taxas de juro dos fundos federais, ao alterar a sua declaração de expectativas na reunião de política monetária de março de 2015, especificando que o futuro dependerá os dados económicos. Isto fez com que os investidores analisassem a fundo os dados, estendendo a subida inicial das taxas até ao final do ano, devido à recente queda no mercado de trabalho, nos gastos do consumo e no investimento empresarial.

Para Keith Wade, economista chefe e de estratégia da Schroders, e para Azad Zangana, economista europeu sénior, “o maior desafio para os mercados virá com a normalização da política monetária da Fed, mas será compensado pela atual provisão de liquidez por parte do BCE e do Banco do Japão”.

Os timings importam menos do que o ritmo de subida das taxas
Embora os investidores pareçam estar obcecados com o momento exato da subida das taxas pela Fed, esse é um ponto menor, na opinião dos especialistas. “Atualmente o banco central espera subir as taxas de juro num ponto percentual de média anual até 2017. Um ritmo tão gradual de subidas de taxas provavelmente não vai desencarrilhar a expansão económica, nem ter um impacto duradouro nos ativos de risco”, assegura David Leduc, diretor de investimentos da BNY Mellon em Standish. Esta é uma opinião da qual partilha Simon Foster, especialista de produto da UBS Global AM. “Não é uma questão do impacto que terá a quantia da subida, mas sim do dia em que essa subida é aplicada”, afirma.

Quais as consequências para os mercados financeiros?
Apesar da Fed esperar aumentar as taxas de juro dos fundos da Fed gradualmente, a política monetária não segue um caminho predeterminado, o que poderá aumentar a volatilidade nos mercados. Para além disso, segundo a presidente da Fed, a trajetória real da política evoluirá ao mesmo tempo que as condições económicas, e o ajuste da política se possam acelerar, abrandar, parar ou inclusive inverter o seu curso, segundo os avanços reais e esperados na atividade real e na inflação. Uma possível razão para injetar esta incerteza é que a Fed é sensível às críticas sobre se ajudou ou não a alimentar a bolha imobiliária quando se comprometeu a aumentar as taxas de juro a um ritmo “moderado” para o início do ciclo de ajuste no período de 2004-2006. Durante esse período a Fed acordou subidas contínuas de 25 pontos base a cada reunião, o que pode ter contribuído não só para manter as taxas de juro de longo prazo baixas, mas também para que os especuladores do mercado imobiliário tomassem riscos indevidos.

Apesar de uma maior incerteza e volatilidade poderem até ser bem-vindas para o funcionamento do mercado financeiro a longo prazo, os especialistas veem como possível que os investidores em ativos de risco sejam dissuadidos quando a Fed começar a subir as taxas de juro. Simon Foster, por exemplo, posiciona-se atualmente com durações negativas no mercado de dívida norte-americana antecipando, precisamente, o golpe que o mercado poderá sofrer perante este evento. “O consenso agora é estar com durações negativas nos EUA, longos em dólares e curtos em euros. Quando as posições se começarem a moderar vai ser a altura em que se começará a gerar volatilidade no mercado”, assegura.

Em todo o caso, as boas notícias prendem-se com a hipótese de existência de um limite sobre quanto poderão subir as taxas de juro das obrigações do Tesouro, neste ciclo. A Fed já reconheceu que a taxa de juro de equilíbrio de fundos da Fed a longo prazo provavelmente será mais baixa do que no passado. Na verdade, segundo as últimas projeções da autoridade monetária, a taxa de juro de equilíbrio dos fundos da Fed poderá baixar até aos 3,5% devido a ventos estruturais que limitam o crescimento, e onde se incluem os factores demográficos que podem mudar, e um menor ritmo do avanço tecnológico.

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Re: Fundos à la carte

por visitanteO1 » 16/5/2015 17:29

no seguimento das comparações com o SP500, aqui fica
Anexos
image.jpg
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 16/5/2015 14:36

Bullrun Escreveu:O que é que se passa com este tópico, pois está a perder gás em relação à sua performance média histórica? :evil: O que vale é o forista bucks que vai pondo diariamente carvão na caldeira para ela não se apagar e continuar a debitar vapor sobrepressurizado por forma a manter a locomotiva a deslizar nos carris. :mrgreen: Onde é que para o Diretor da Linha do Norte da Refer? Será que abandonou a ferrovia e passou-se para as rodovias das Estradas de Portugal? Ou será que já gere a situação do tráfego por controlo remoto no interior do seu gabinete, e daí se tornar menos visível? :evil:

Bem, dado que nesta 6ª feira só o bucks é que pôs carvão na caldeira, vou agora eu também por umas gramas de carvão na mesma, com um baixo teor de enxofre para não poluir o ar ambiente do tópico, se bem que às vezes é melhor respirar o ar um pouco poluído do que haver falta de oxigénio. :twisted:
A seguir, vou apresentar uma tabela Morningstar de fundos acionistas da categoria Europa Cap. Flexível por ordem decrescente da sua performance YTD. Vejam lá quem está em 1º lugar. Será por um acaso estatístico? Sim, mete estatística, mas a sua atual posição não será fruto de um acaso aleatório.

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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 16/5/2015 8:39

EURO RESSALTA EM ABRIL

DATA DA PUBLICAÇÃO: 15MAI2015

Após vários meses em queda, a moeda europeia ganhou terreno, penalizando a evolução de várias categorias de fundos em abril.

Tal como programado, o Banco Central Europeu continua a comprar dívida e a injetar dinheiro na zona euro. No entanto, em abril, os investidores não acompanharam as autoridades europeias. Com efeito, apesar da abundância crescente de euros, a moeda única europeia valorizou-se face às principais divisas mundiais. Também nos mercados obrigacionistas se assistiu a uma menor procura de títulos por parte dos investidores, o que levou à queda das cotações e, como consequência, à subida das taxas de juro. Um fenómeno que se tem prolongado em maio e que não se cinge à zona euro, com o nível global das taxas a aumentar.
Esta menor apetência pelas obrigações não tem como contrapartida um impulso nos mercados de ações. O facto é que, acima de tudo, os investidores temem que a subida dos juros, nomeadamente nos Estados Unidos, ponha em causa o crescimento da economia mundial e penalize os lucros das empresas. Neste cenário, abril trouxe perdas a bastantes categorias de fundos de obrigações, mas também de ações.

Mercados soluçam
Os investidores estavam a habituar-se apenas a observar subidas nas bolsas, mas foram recordados que o panorama não pode ser sempre cor-de-rosa. Veja-se o exemplo dos fundos de ações norte-americanas. Considerando o efeito cambial desfavorável em abril, desvalorizaram, em média, 2,6%. No entanto, a realidade é que, se considerarmos o impacte do dólar, se trata do primeiro recuo da bolsa americana desde janeiro de 2014! Por outras palavras, é gratificante regozijar com os longos períodos de ganhos, mas não se pode perder a consciência do risco inerente aos fundos.
Além dos Estados Unidos, também outras categorias apresentaram perdas: as ações nipónicas recuaram 0,5% e as portuguesas perderam, em média, 0,1%. Pela positiva, destaque para os fundos dedicados à bolsa de Londres: +1,2%. Recorde-se que a praça financeira britânica continua a ser uma das nossas preferidas.

Emergentes em efeverscência
Ao invés dos seus congéneres desenvolvidos, houve fortes ganhos nos fundos dedicados aos mercados emergentes e também perdas consideráveis. Os fundos da categoria de ações russas lideraram os ganhos, em média, 9,9%. Seguiram-se as ações da China com 8,1% e do Brasil com 7,9%. No espectro oposto, a categoria da Índia perdeu 9,4% e a Indonésia afundou 12,4%.
Contudo, se observarmos um período mais longo, as histórias são diferentes. Assim, a Rússia e o Brasil recuperam depois de terem registado recentemente fortes quedas, enquanto a Indonésia recuou após nove meses consecutivos em alta. Por sua vez, a China registou o sétimo mês seguido de valorização. Transversalmente o que se confirma é a elevada volatilidade (risco) associado a este tipo de fundos de investimento. Por isso, apesar de alguns países apresentarem um bom potencial de crescimento e as respetivas bolsas estarem presentes nas nossas carteiras, é importante que a exposição ao mundo emergente não seja demasiado elevada. Limitamos o peso destas categorias nas nossas carteiras recomendadas a 5%, com exceção da China que pode representar até 10%.


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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 16/5/2015 8:37

INDONÉSIA: PIB EM QUEDA

DATA DA PUBLICAÇÃO: 15MAI2015

A queda no preço das matérias-primas, que o país exporta em grandes quantidades, associada à desaceleração chinesa pesou sobre a economia da Indonésia.


No último trimestre de 2014, e no primeiro de 2015, registou-se uma queda do produto interno bruto (PIB) em relação ao trimestre anterior. Em termos homólogos, o crescimento é ainda de 4,7%, mas tecnicamente o país está em recessão.
Dado o desempenho dececionante e a perspetiva de taxas mais elevadas nos EUA, os investidores estão receosos. Mas é uma reação injustificada. A curto prazo, a situação é frágil, mas a Indonésia reúne vantagens importantes para ser um caso de sucesso: vontade política de reformar a economia e melhorar as infraestruturas, um perfil demográfico muito favorável e o nível dos salários é competitivo na região.
Além disso, o Governo tem agora muito mais margem de manobra, pois as finanças públicas deixaram de estar reféns dos subsídios ao preço dos combustíveis, e o investimento direto estrangeiro está em alta. Neste contexto, e estando a bolsa de Jacarta está corretamente avaliada, os fundos de ações indonésias continuam a fazer parte das nossas carteiras, embora devido ao alto risco, o seu peso se limite a 5% do total.


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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 16/5/2015 8:35

CARTEIRAS: ABRIL SEM TENDÊNCIA

DATA DA PUBLICAÇÃO: 15MAI2015

Com um maior peso das obrigações, a carteira defensiva registou um recuo de 0,7% no mês passado e a neutra teve uma perda de 0,3%. Por seu turno, a agressiva ganhou 0,2%.


Ao longo dos últimos meses, as nossas carteiras lucraram bastante com a aposta nos investimentos fora da zona euro, os quais continuam a ter uma presença predominante. Desse modo, em abril, o desempenho das nossas estratégias foi prejudicado pela subida do euro. Porém, devido à boa diversificação as perdas foram reduzidas e a carteira agressiva conseguiu mesmo acumular mais ganhos.
No mês passado, as categorias que contribuíram mais pela positiva foram as ações chinesas, britânicas e brasileiras (presente apenas na agressiva) e as obrigações em coroas norueguesas (NOK) e em reais brasileiros (BRL). Do lado negativo, estiveram as obrigações em dólares dos EUA e as ações da Indonésia.

Diversificar, diversificar!
Mesmo apesar do clima menos favorável de abril, no último ano, as rentabilidades das três carteiras andam acima dos 20%. No prazo de 10 anos, o ganho médio ronda 7% ao ano (ver em baixo). De facto, as nossas estratégias têm produzido bons ganhos, mas não estão isentas de riscos e rentabilidades passadas não garantem resultados futuros.
Invista apenas se estiver preparado para manter o dinheiro aplicado por vários anos (mínimo 5 anos) e aceitar passar por momentos menos favoráveis dos mercados. As categorias de fundos selecionadas já fornecem uma boa diversificação, mas a postura de longo prazo continua a ser imprescindível.
Rentabilidade anualizada das carteiras a 10 anos

1 ano
3 anos
5 anos
10 anos
Carteira defensiva 19.9 11.4 8.8 6.7
Carteira neutra 22.2 12.9 9.4 6.9
Carteira agressiva 21.8 13.3 8.9 7.2
Estratégias inalteradas
Quanto ao futuro próximo, de momento, consideramos que ainda não é chegado o momento de apostar mais no euro. É certo que muitas divisas já não estão baratas face ao euro, mas as perspetivas para a moeda europeia continuam a ser pouco favoráveis. É indiscutível que a política do Banco Central Europeu continuará a pesar sobre o valor do euro e tende a ser, cada vez mais, divergente da levada a cabo pela Reserva Federal. Nos Estados Unidos, a subida da taxa de juro diretora deverá ocorrer já em 2015. Um cenário desfavorável à nossa moeda e que não deverá ter alterações a médio prazo. Além do fator cambial, os ativos (ações e obrigações) da zona euro também não estão a níveis particularmente atrativos. Consulte as nossas repartições recomendadas para aplicar a 5, 10 e 20 anos.


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Re: Fundos à la carte

por Bullrun » 16/5/2015 4:16

O que é que se passa com este tópico, pois está a perder gás em relação à sua performance média histórica? :evil: O que vale é o forista bucks que vai pondo diariamente carvão na caldeira para ela não se apagar e continuar a debitar vapor sobrepressurizado por forma a manter a locomotiva a deslizar nos carris. :mrgreen: Onde é que para o Diretor da Linha do Norte da Refer? Será que abandonou a ferrovia e passou-se para as rodovias das Estradas de Portugal? Ou será que já gere a situação do tráfego por controlo remoto no interior do seu gabinete, e daí se tornar menos visível? :evil:

Bem, dado que nesta 6ª feira só o bucks é que pôs carvão na caldeira, vou agora eu também por umas gramas de carvão na mesma, com um baixo teor de enxofre para não poluir o ar ambiente do tópico, se bem que às vezes é melhor respirar o ar um pouco poluído do que haver falta de oxigénio. :twisted:
A seguir, vou apresentar uma tabela Morningstar de fundos acionistas da categoria Europa Cap. Flexível por ordem decrescente da sua performance YTD. Vejam lá quem está em 1º lugar. Será por um acaso estatístico? Sim, mete estatística, mas a sua atual posição não será fruto de um acaso aleatório.

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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 15/5/2015 8:32

PRUSICC:LX
Equity Russia Opportunities

+55.85%


Com o crude a subir, mas essencialmente está centrado no gás... :P
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 15/5/2015 8:25

Economia europeia supera desempenho da norte-americana :!:
Jorge Ramalho | 14 Maio del 2015 - 19:33 hrs.

O Dólar Americano continua sob pressão face às outras divisas dos países do G10, com a dívida soberana a continuar o recente movimento e a alimentar a subida do Euro. A moeda única Europeia beneficia de uma série de indicadores económicos da Zona Euro e de vários membros, que, de uma forma geral estão a ser encarados de uma forma positiva.

O PIB do agregado Europeu registou um ganho de 0.4% no quarto trimestre de 2014 e embora tenha ficado um pouco aquém das expectativas (os analistas apontavam para 0.5%) superou o desempenho da economia Americana, o que não acontecia desde o primeiro trimestre de 2011.

Nos Estados Unidos, as vendas a retalho decepcionaram e as previsões sobre a recuperação da maior economia do mundo começam a ser revistas em baixa e a possibilidade de uma subida de taxas parece mais longe do que inicialmente se podia prever.

No entanto, o mercado de trabalho Americano mostra-se forte, com os pedidos de subsídio de desemprego a descer para níveis próximos da bolha tecnológica de 2000, ajudando à ideia de que o recente movimento do Dólar - perdendo terreno todos os dias para o Euro - parece estar prestes a esgotar-se, com os 1.15 a servir de limite superior. Rumores cada vez mais fortes sobre a saída da Grécia do Euro ajudam a compor um cenário previsível de correção da cotação do Euro face ao Dólar.

O mercado bolsista Europeu segue a recuperar algum terreno, depois de sessões de descidas, com os investidores a monitorizar a crise da Grécia, a saúde da economia Americana e a fortaleza do Euro.

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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 14/5/2015 19:45

LIÇÕES DO BES: APRENDER COM OS ERROS

DATA DA PUBLICAÇÃO: 14MAI2015

O que podemos aprender com os testemunhos dos investidores do BES?


Mesmo os investidores menos experientes já terão ouvido a maioria dos conselhos tradicionais de investimento: não colocar os ovos todos no mesmo cesto, comprar ativos quando estão baratos e vender quando estão caros, investir a longo prazo, etc.
Mas, como se apercebem todos os que começam a investir, manter-se fiél a estes princípios pode revelar-se um grande desafio, desde logo porque o nosso instinto pode ser contrariar os princípios que pretendemos respeitar.
O escândalo do Banco Espírito Santo teve contornos que ultrapassam o normal risco de um investimento em ações, ao ponto de a DECO avançar com ações judiciais em defesa dos acionistas lesados. Mas, ao analisar os muitos testemunhos que recebemos por parte dos investidores prejudicados, tornou-se claro que a dificuldade em respeitar as regras de ouro do investimento contribuiu para agravar as perdas sofridas. Que lições podemos então aprender com a queda do BES?

Não se deixe controlar pela aversão às perdas
“Tinha ações compradas em 2010 cujo valor médio era de 3,45 euros. Quando surge o aumento de capital do BES, não perdi esta oportunidade de fazer baixar o valor de modo a conseguir vender minimizando o prejuízo. Depois de ouvir várias vozes oficiais a assegurar que o banco estava bem, volto a comprar mais ações, com valores muito baixos para baixar a tal média.”
Numerosos acionistas que nos contactaram mencionaram que tentaram “baixar o preço médio” das ações que detinham, ou seja, à medida que a cotação caía, foram adquirindo mais e mais ações do BES, a preços mais baixos, para tentar compensar as perdas, caso a cotação recuperasse. É um comportamento natural: vários estudos demonstraram já que a maioria das pessoas têm uma forte aversão às perdas, o que leva investidores menos experientes (e, por vezes, até os mais experientes) a agarrarem-se a ações sem futuro (para não materializar a perda) e a vender cedo demais ações onde estão a ganhar.
Reforçar um investimento, ficando com um custo médio de aquisição mais baixo, pode não ser uma má ideia, no contexto certo e desde que não desequilibre a nossa carteira. Os problemas surgem quando esta decisão é motivada apenas pela aversão às perdas e a tentativa de “salvar” aquele investimento que está a correr mal. Como na prática se trata de fazer um novo investimento a questão que deve colocar é: “Eu investiria nesta ação, hoje, caso não tivesse já feito o investimento anterior?”. Se ao preço atual não faria o investimento, muito menos deverá fazê-lo só porque já está com uma posição perdedora. Em vez de se focar naquele título específico, olhe para a sua carteira de investimentos como um todo. Fará algum sentido que se concentre ainda mais em ações onde o desempenho é pior, em detrimento das que lhe estão a trazer ganhos?
Conselho: é necessário aceitar que nem todos os negócios vão correr bem. Respeite a diversificação e resista à tentação de reforçar excessivamente apostas perdedoras.

Não assuma que uma ação em queda está barata
“Quando verifiquei que as ações do BES se encontravam num valor baixo em relação ao que vinham a ser cotadas nos últimos meses, e suportado pelas garantias dadas pelas autoridades de que tudo estava bem, em meados de julho comprei ações. Pensei que podiam recuperar pelo menos até 1 euro.”
É um raciocínio comum entre os investidores olhar para o histórico da cotação de uma ação e tomar um valor máximo mais ou menos recente como referência para o potencial de ganho de um investimento. Esta perspetiva não leva em conta alterações na atividade da empresa que podem afetá-la de forma estrutural. Por exemplo, uma firma que é forçada a alienar ativos ou a abandonar um mercado ou segmento de negócio forçosamente terá um potencial de lucro e de crescimento diferente do que tinha anteriormente. Ou o setor em que a empresa opera pode estar a atravessar mudanças estruturais. O investidor tem de reconhecer a nova realidade ao avaliar o mérito do investimento.
A análise fundamental que fazemos na PROTESTE INVESTE permite contextualizar o preço de uma empresa em relação aos seus resultados atuais e ao seu potencial futuro. No caso concreto, desde outubro de 2013 que mantínhamos o conselho de venda para o BES: devido à degradação dos resultados. O banco não estava atrativo, ao contrário do que poderia pensar um investidor que visse apenas a queda da cotação.
Conselho: consulte a PROTESTE INVESTE ou outras fontes, para perceber o contexto da empresa e concluir se uma ação em queda corresponde efetivamente a uma oportunidade de compra.

Não invista capital que não pode arriscar
“Comprei ações no aumento de capital, a seguir acreditei no governador do Banco de Portugal e reforcei a posição para baixar o preço médio. Cheguei a vender, mas arrependi-me e voltei a comprar. Investi em ações que agora nada valem e fiquei sem dinheiro para as adversidades.”
No caso do BES, as repetidas afirmações por parte de várias figuras de autoridade que o banco estava com uma posição financeira sólida terão contribuído erradamente para que muitos investidores subestimassem o risco de investir nas ações do banco.
Mas os investidores devem fazer uma prudente gestão do risco. Mesmo que as perspetivas sejam boas, no que toca a ativos de risco elevado apenas deve investir uma quantia em que possa arriscar a possibilidade de sofrer perdas, e que deve estar disposto a manter a longo prazo (no contexto de uma carteira diversificada). Não só pelo risco de perda de capital propriamente dito, mas também porque a pressão psicológica adicional de sofrer perdas que não pode suportar torna mais difícil ao investidor “manter a cabeça fria” e respeitar os bons princípios de investimento.
Conselho: respeite o seu perfil de risco. Todos os investidores devem ter uma reserva de segurança, e os investimentos de risco devem ser ponderados em função da finalidade a dar ao capital, do prazo (mínimo cinco anos) em que prevê necessitar do mesmo, e das características pessoais do investidor (idade, património, experiência, etc.).

Não invista em produtos que não conhece
“Tenho investido no BES em vários produtos durante todos estes anos. A minha profissão no setor da saúde não me permite conhecimentos profundos sobre economia, e nunca pensei que estava a ser envolvida em produtos tóxicos.”
Os mercados financeiros, pela complexidade dos produtos e pelo jargão técnico utilizado, podem parecer algo impenetráveis para quem não tem formação ou experiência na área. É pelos piores motivos que muitos portugueses têm hoje uma noção do que é o papel comercial, ou da diferença entre obrigações subordinadas (que ficaram no banco “mau”) e não subordinadas (que passaram para o banco “bom”).
Mas existem alternativas entre confiar cegamente no banco, ou colocar o seu dinheiro “debaixo do colchão”. Tal como não se baseiam apenas na publicidade das companhias farmacêuticas para escolher produtos de saúde, ou recorrem a um advogado para elaborar um contrato, enquanto investidores é necessário que os portugueses tenham quem os auxilie a tomar opções financeiras. Ao subscrever a PROTESTE INVESTE, tem acesso a uma boa fonte de informação financeira que é das poucas verdadeiramente independente em Portugal. Faça-se valer disso. Se lhe propõem um produto que ainda não foi analisado nas nossas páginas, use o nosso serviço de Avaliação a Pedido – terá a nossa análise em alguns dias. Se pretende tirar uma dúvida sobre algum aspeto específico do produto (tem risco? Posso movimentar o capital?) o nosso serviço de Informação Financeira está ao seu dispor – um telefonema é rápido, e mais vale prevenir do que remediar, quando são as suas poupanças que estão em jogo.
Conselho: se uma proposta de investimento não lhe é familiar, peça uma avaliação independente à PROTESTE INVESTE. Na dúvida, não invista.


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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 14/5/2015 8:39

RELATÓRIO DO BLACROCK INVESTMENT INSTITUTUE
Três gráficos para entender como podem reagir os mercados à primeira subida das taxas pela Fed
Continuamos a analisar o impacto da subida das taxas de juro. Através de um relatório, esta é a vez do BlackRock Institute tentar dar algumas luzes sobre as dinâmicas e as consequências desta importante mudança


Os bons dados referentes ao emprego do mês de abril colocam a Fed norte-americana num passo mais próximo da tão esperada primeira subida das taxas de juro, cuja data mais evidente começa a ser setembro. Alguns especialistas como Rick Rieder, diretor de investimentos de obrigações fundamentais na BlackRock, estão crentes nessa data, porque “agora a Fed tem uma janela de oportunidade, já que os mercados são estáveis, o emprego cresce com força, e outros bancos centrais, como o BCE e o Banco do Japão, ganharam protagonismo nas políticas acomodatícias”. Na verdade, como assinala Rider, “a última vez que o emprego cresceu com tanta resiliência num período de doze meses, no início dos anos 2000, a taxa de juro rondava os 6%”.

No entanto, existem muitas dúvidas sobre como vão reagir os mercados a este fim de política ultra-acomodatícia dos últimos anos. Um relatório elaborado pelo BlackRock Investment Institute tenta trazer alguma luz sobre as dinâmicas e as consequências desta importante mudança. Tendo em conta que as medidas de política monetária aplicadas desde o arranque da crise não têm semelhança na história – fazendo com que esta situação seja única – pode ser útil ver como é que reagiram os mercados nos últimos três ciclos de subidas das taxas de juro norte-americanas.

Imagem

Como se pode observar, as taxas de juro das obrigações do Tesouro norte-americano a dez anos aumentaram nos meses posteriores à primeira subida da Fed, e fizeram-no com especial intensidade em 1994, quando a instituição decidiu subir as taxas de uma forma muito mais brusca do que o esperado. As ações mundiais, por seu lado, registaram lucros nos meses prévios à primeira subida e mantiveram os avanços nos meses posteriores, excepto em 1994, o que leva os especialistas da BlackRock a concluir que “as ações se comportaram bem antes e depois das subidas das taxas, quando as subidas foram graduais e/previsíveis”, como em 1999 e 2004.

Ainda assim, avisam que as bolsas costumam reagir mal nos dois meses posteriores à primeira subida por causa da incerteza gerada pela retirada do excesso de liquidez. Neste sentido, os dados demonstram que a estabilidade das taxas de juro reais contribui para um melhor comportamento das ações neste período.

Mais volatilidade
Os especialistas da BlackRock antecipam um aumento da volatilidade dos mercados financeiros, que também já se sentiu no mercado de divisas durante este ano.

Imagem

No entanto, “o que importa não é tanto o grau de volatilidade, mas sim o mero aumento de volatilidade”, referem, dado que “num mundo com as taxas de juro praticamente em 0%, muitos investidores assumiram mais risco”. Assinalam que “os mercados onde os ganhos foram impulsionados pela rápida expansão de múltiplos, em vez de serem impulsionados pelo crescimento dos lucros, são os mais vulneráveis perante as correções”.

As empresas de serviços públicos (utilities) são particularmente sensíveis às subidas das taxas. “A sua correlação com a variação diária da taxa das treasury a 10 anos, é mais alta do que qualquer outra registada por um sector na história recente, pelo que estes valores costumam comportar-se muito pior do que o resto das ações mundiais quando as taxas de juro sobem”. Embora esta correlação já tenha acontecido antes da crise (ponto roxo no gráfico anterior) tem aumentado nos últimos anos.

... e aumento das correlações
No entanto, a verdadeira mudança que os especialistas da BlackRock destacam é que agora todos os sectores das ações são mais sensíveis às variações das taxas. “Todos os sectores, excepto as utilities, mostravam uma correlação com as taxas de juro próxima de zero no período 2005-2007. No entanto, as correlações têm aumentado ultimamente, o que denota que a política da Fed teve influência no comportamento das ações”.

Imagem

Esta situação provocará resultados díspares: enquanto sectores como o consumo básico e as telecomunicações - cujas ações se têm vindo a comportar como obrigações – serão especialmente afetados pelas subidas das taxas, outros, como os seguros, empresas financeiras, bancos e energia sairão especialmente beneficiados.



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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 14/5/2015 8:26

APFIPP/UNIVERSIDADE CATÓLICA
Indicador de poupança volta a cair
A ferramenta realizada em conjunto entre a APFIPP e a Universidade Católica cai há três meses consecutivos. Conheça algumas das razões apresentadas.


O indicador conjunto da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património – APFIPP - e da Universidade Católica mostra que a poupança cai há três meses consecutivos.

Assim, o indicador no final de abril estava nos 77 pontos, menos 2,2 pontos do que no final de março. De acordo com o relatório publicado em conjunto pelas duas entidades, o mês de março “registou uma queda acentuada motivada por uma forte diminuição da poupança corrente no 4ºT 2014 e uma revisão em alta do PIB nominal do 1ºT de 2015”.

As duas entidades referem, ainda, que a “atualização dos dados da Poupança Financeira do 4ºT 2014 afectou determinantemente a trajetória desta série. A tendência da poupança das famílias, medida pela variação trimestral da série alisada, está agora já em território negativo, embora muito próxima de zero. Isto exprime que em média, a tendência da poupança das famílias praticamente não tem variado, em % do PIB, desde o final de 2013”.


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Re: Fundos à la carte

por mpcsousa » 13/5/2015 22:03

Bom.....pelos vistos....e pela info disponível........acho que se deve fugir dos biotechs, ou é impressão minha?

Outra coisa (de um total newbie na coisa :twisted: )...algum site onde possa procurar um fundo que tenha no seu portfolio determinadas cotadas de determinados sectores ou sub-sectores?

Por exemplo,.....as empresas americanas (e não só) de "automobile parts" parecem ser um mercado interessante, de momento.

Abraços
 
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 13/5/2015 20:56

É impressão minha ou as obrigações soberanas nas diversas moedas incluindo CHF e AUD estão a ir para 0... :shock:
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