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Caldeirão da Bolsa

Fundos à la carte

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano (New) » 19/12/2014 2:18

R2, ainda bem que não aumentastes a tua exposição ao Brasil. Juntando as limitações internas da economia Brasileiras, o Brasil, juntamente com a Venezuela, Angola e Rússia, são os países produtores de petróleo, que têm do maior custo de produção, em que precisam do barril do petróleo a rondar 100 USD, para ser rentável. As explorações petrolíferas em offshore (em alto mar) são das mais dispendiosas, e estes países, têm várias destas explorações.
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Re: Inversis Banco - Ficheiro Excel

por Rick Lusitano (New) » 19/12/2014 2:14

R2 Escreveu:
Rick Lusitano (New) Escreveu:
(...)

:arrow: Contém o Rácio de Informação, outra medida complementar ao Rácio de Sharpe. Para quem tem dúvidas sobre o cálculo do Rácio de Sharpe, poderá escolher esta medida.
:arrow: Contém Média a 3 anos.

(...)


Gracias R2. Posso te pedir um disco? :lol:

Se poderes e quiseres, encomendava-te a realização de artigo(s), como nos temos presentado, sobre o "Rácio de Informação" e a "Média". 8-)

Parece que são métricas pouco faladas, não só aqui no tópico que actualmente é a referencia nacional para fundos de investimento. Mas também é pouco falada noutros países. E como sei, que és um curioso/auto-didacta/sedento de conhecimento, principalmente em medidas estatísticas. Penso que é um bom desafio, e um trabalho para ti mesmo, aprendes e falas sobre isso. :wink:
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 19/12/2014 0:26

Boas,

Alguns índices bolsistas no fecho do dia 18 de dezembro:

Capturar 1.JPG
Capturar 1.JPG (59.91 KiB) Visualizado 6671 vezes

\:D/ \:D/ \:D/

Capturar 1A.JPG
Capturar 1A.JPG (51.57 KiB) Visualizado 6671 vezes

\:D/ \:D/

Capturar 2.JPG
Capturar 2.JPG (59.03 KiB) Visualizado 6671 vezes

(Indice 50 da Tailândia)
\:D/ \:D/


Capturar 3.JPG
Capturar 3.JPG (55.3 KiB) Visualizado 6671 vezes

:oh: :oh:

Abraço
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti. - BedRock
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Re: Inversis Banco - Ficheiro Excel

por R2 » 18/12/2014 23:45

Rick Lusitano (New) Escreveu:
chico_laranja Escreveu:
Rick Lusitano (New) Escreveu:Finalmente, encontrei maneira de obter da Morningstar, em ficheiro Excel, grande parte dos fundos de investimento disponibilizados em Espanha. São mais de 4.500 fundos. É uma boa prenda de aniversário. \:D/

Agora, só tenho que customizar a lista. :-k


Conta lá que a malta gosta é de saber como se faz :twisted:

Filtros cada um depois faz os seus :-"



A fonte do ficheiro Excel é o Inversis Banco, um hipermercado de fundos, com 4.539 fundos (nesta hora). Já tinha falado sobre este banco Espanhol, há vários meses atrás.

Quem quiser o URL do banco:
https://www.inversis.com

A seguir, efectua a seguinte selecção:
Inversiones > Fondos > Buscador avanzado



O link directo para a selecção dos fundos e exportação para ficheiro Excel, é:
https://www.inversis.com/inversiones/productos/buscador-avanzado-fondos20&pathMenu=2_2_1



Recomendações no processo de seleção:
:arrow: Escolher Moeda ("Divisa Base") > Euro (ou outra moeda que se pretenda)
:arrow: Escolher Inc ou Acc ("Distribución o Acumulación")
:arrow: Escolher Domicílio dos fundos ("Domicilio") > LUX, IRL, GBR (são os mais usais em Portugal, mas podem escolher outros domicílios. Não escolher ESP, porque são fundos comercializados exclusivamente em Espanha, devido á sua estrutura legal especifica. Tal como os fundos domiciliados em Portugal, a Morningstar apresenta rentabilidades líquidas de impostos.)

Como o ficheiro só apresenta até 500 fundos de cada vez, existem 2 opções:
:arrow: Escolher a(s) categoria(s). Quem quiser saber a categoria dos fundos no Excel, é preferível, escolher apenas 1 categoria de cada vez, porque o ficheiro, não apresenta as categorias dos fundos.
:arrow: Seleccionar manualmente as gestoras dos fundos até atingir o máximo de 500 fundos. Pode-se verificar no canto superior direito, o número de fundos encontrados na selecção, "Resultados: xyz". E repetir o processo até se conseguir todos os fundos e depois juntar todos os ficheiros num só.


Processo de exportação do ficheiro Excel:
:arrow: Escolher a opção no canto superior direito, "Exportar a Excel"
:arrow: Na janela pop-up, escolher "Seleccionar todos" e escolher a opção "Exportar".
:arrow: Na janela pop-up seguinte, dar o OK.
:arrow: Finalização do processo de exportação, com o aparecimento da opção para fazer o download do ficheiro.


Principais diferenças entre os ficheiros Excel da Morningstar do Banco Best e o Inversis Banco:
:arrow: Contém o Rácio de Sharpe a 3 anos.
:arrow: Não contém Desvio-padrão a 1 ano. Para quem investe a longo prazo, só poderá ter alguma relevância para o timing de entrada nos fundos.
:arrow: Contém o Rácio de Informação, outra medida complementar ao Rácio de Sharpe. Para quem tem dúvidas sobre o cálculo do Rácio de Sharpe, poderá escolher esta medida.
:arrow: Contém Média a 3 anos.
:arrow: Não contém a divisa dos fundos. Daí ser importante escolher a divisa no inicio do processo de busca.
:arrow: Não contém as categorias dos fundos. Daí ser importante escolher as categorias no inicio do processo de busca.
:arrow: Não contém as cotações dos fundos. Quem quiser saber a cotação, pode copiar o ISIN do fundo e colar na Morningstar ES, também pode usar a Morningstar PT, mas pode acontecer não estar oficialmente comercializado em Portugal.
:arrow: Contém o tempo que demora o fundo a ser liquidado na conta do investidor no momento da subscrição (" Días depl. suscr.") e no momento do resgate ("Días depl. reemb.").


Atenção:
:arrow: O investimento mínimo inicial é apenas para quem comprar esses fundos através do Inversis Banco, por isso, deverá se consultar o banco que se usa para negociar os fundos em Portugal.
:arrow: As comissões dos fundos, são as comissões especificas de cada classe, os mesmos fundos podem ter várias classes, por isso, deverá consultar o banco que se usa para negociar os fundos em Portugal e verificar quais as classes que a gestora comercializa nesse mesmo banco. Exemplo: Invesco = Classe E; Franklin Templeton = Classe N, JPMorgan = Classe D.


Nota: Escolher de preferência fazer os downloads dos ficheiros Excel, tanto no Inversis Banco, como no Banco Best, ao fim-de-semana, pois os mercados estão encerrados e inclusivamente a Morningstar, para não existir fundos a serem actualizados e outros por actualizar.


:clap: :clap: (deve-se bater palmas ao Criador porque ele merece e aquece o coração).

Um abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

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Re: Fundos à la carte

por R2 » 18/12/2014 22:40

O Alquimista Escreveu:
R2 Escreveu:Boas,

Entre as datas de referência de 16 e 17 de Dezembro, o meu portfolio valorizou 3.78% num só dia (só tenho FI acionistas), enquanto que o rácio EUR/USD desvalorizou -0.78%, ou seja, o euro desvalorizou 0.71% face ao USD, logo isto fez valorizar o portfolio que está atualmente com 99.29% em moeda USD. Mas mesmo que se tire esta valorização cambial de 0.71% àquela valorização do portfolio, este fica com uma valorização superior a 3% num só dia, constituindo um record diário de valorização do meu portfolio desde 2008.

Isto só foi possível à custa, essencialmente, da valorização do fundo da biotecnologia de 3.91% nesse dia, o qual tem um peso atualmente de 56.97% no portfolio. A valorização deste fundo no último dia foi quase igual à desvalorização dos anteriores 3 dias, e por aqui se vê a força dos fundamentais da biotecnologia.

No entanto, a valorização do portfolio no último dia não compensou a desvalorização do mesmo nos 2 dias anteriores, e isto vem demonstrar a força da biotecnologia que fez a diferença para os outros fundos.

Abraço.


Amigo BedRock, tocas num assunto interessante: dizes que a força dos fundamentais da biotecnologia basearam essa valorização diária. Contudo, esses mesmos fundamentais não impediram que, como dizes, 3 dias antes tivesse havido descida da cotação. Ao que se sabe durante todo esse período de tempo os fundamentais não se alteraram. Esta eventual discrepância suscita-te algum comentário (um dia o mercado acorda, olha para os fundamentais e compra; no outro o mesmo mercado olha para os mesmos fundamentais e vende?).

Abraço


Amigo Alquimista,
Quando se fala de bons fundamentais estamos, normalmente, a falar em termos relativos, e não absolutos, em relação a outros fundamentais de outros fundos.

Todos nós sabemos que por melhor que sejam os fundamentais de um FI, eles nunca são suficientes para impedir quedas pontuais ou discretas, que sempre vai haver, mas o que os bons fundamentais fazem é, numa tendência de subida, assegurarem ou contribuírem para uma subida maior que a média; enquanto que numa tendência de descida, contribuem para o atenuar da descida ou do afundanço.

Quando a maré desce é que se vê quem está nu ou em calção (protecção/fundamentais) e quando a maré sobe todos os barcos sobem, mas há uns que sobem mais do que outros, porque os melhores estão mais leves de ativos tóxicos ou de lixo.

Um abraço.
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 18/12/2014 22:06

Rick Lusitano (New) Escreveu:
(...)
Nota: O Fed falou nesta 4ª feira, que normalmente é pelas 19:00-20:00 Hora de Portugal Continental. A Inflação nos EUA está a descer, actualmente, subiu apenas 1,3% anual, principalmente devido á queda do preço do Petróleo. Ora se o Fed quer ter a inflação na faixa dos 2%. Vai ter de continuar a ter uma postura de inundar os mercados com dinheiro barato.


Amigo Rick,
O termo mais correto não será "inundar", porque em novembro de 2014 a inflação dos EUA está em 1.32% e para passar deste valor para o valor de referência equilibrado à volta dos 2%, não é preciso abrir a "torneira" da Fed para debitar dólares em papel para a economia e em particular para os consumidores, que ao terem crédito mais barato, aumentam o consumo => aumentar os preços pela maior procura => aumentar a taxa de inflação.

A Fed acabou no passado mês de outubro o QE3 e está convencida, e todos nós também, que com o aumento da empregabilidade (está a diminuir a taxa de desempregados) nos EUA, pela via do crescimento do PIB, que faz com que haja mais pessoas assalariadas => maior consumo => aumento dos preços pela maior procura => aumento da taxa de inflação.

Está provado em estudos que o valor da taxa de inflação mais correto e equilibrado é à volta dos 2%, equilibrado entre o financiamento de dinheiro às empresas (ações), e à economia em geral, e o custo do dinheiro no mercado da dívida (obrigações), pois os perigos dos extremos da inflação (longe dos 2%) são, essencialmente, os seguintes:

a) Inflação negativa ou deflação. Esta situação é o pior inimigo para a economia, uma vez que os preços ao estarem continuamente a baixar, faz com que os consumidores adiem o seu consumo na esperança de comprarem os produtos mais baratos => as empresas reduzem ou param a produção porque não conseguem escoar os excedentes para o mercado interno => diminuição do PIB => diminuição da riqueza nacional => falta de dinheiro no bolso dos consumidores para comprarem produtos. Ou seja, é um processo de "pescadinha de rabo na boca" auto destrutivo;

b) Inflação muito alta. Esta situação implica altas taxas de juros e a diminuição acentuada do valor real do dinheiro em relação ao seu valor nominal (com o mesmo dinheiro compramos muito menos produtos ou bens => desvalorização do valor real do dinheiro) => preço do dinheiro muito caro para o investimento empresarial => diminuição da produção industrial por falta de investimento => diminuição do PIB => diminuição da riqueza nacional = a maioria das pessoas mais pobres, independentemente de terem os bolsos mais cheios de dinheiro, com o extremo de à falta de acendalhas para acender a lareira ... queimam-se umas notas que valem pouco e têm um bom poder calorífico ...

Abraço.
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 18/12/2014 22:04

R2 Escreveu:Boas,

Entre as datas de referência de 16 e 17 de Dezembro, o meu portfolio valorizou 3.78% num só dia (só tenho FI acionistas), enquanto que o rácio EUR/USD desvalorizou -0.78%, ou seja, o euro desvalorizou 0.71% face ao USD, logo isto fez valorizar o portfolio que está atualmente com 99.29% em moeda USD. Mas mesmo que se tire esta valorização cambial de 0.71% àquela valorização do portfolio, este fica com uma valorização superior a 3% num só dia, constituindo um record diário de valorização do meu portfolio desde 2008.

Isto só foi possível à custa, essencialmente, da valorização do fundo da biotecnologia de 3.91% nesse dia, o qual tem um peso atualmente de 56.97% no portfolio. A valorização deste fundo no último dia foi quase igual à desvalorização dos anteriores 3 dias, e por aqui se vê a força dos fundamentais da biotecnologia.

No entanto, a valorização do portfolio no último dia não compensou a desvalorização do mesmo nos 2 dias anteriores, e isto vem demonstrar a força da biotecnologia que fez a diferença para os outros fundos.

Abraço.


Amigo BedRock, tocas num assunto interessante: dizes que a força dos fundamentais da biotecnologia basearam essa valorização diária. Contudo, esses mesmos fundamentais não impediram que, como dizes, 3 dias antes tivesse havido descida da cotação. Ao que se sabe durante todo esse período de tempo os fundamentais não se alteraram. Esta eventual discrepância suscita-te algum comentário (um dia o mercado acorda, olha para os fundamentais e compra; no outro o mesmo mercado olha para os mesmos fundamentais e vende?).

Abraço
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 18/12/2014 20:57

casdio Escreveu:Pelo que tenho lido, o mercado Russo já teve quedas parecidas com estas em 1992. Está correto isto?
Se sim, podem mostrar fundos que invistam na Russia que existam desde essa altura? Ou então gráficos de fundos dessa altura, mesmo que já tenham acabado (os fundos).


casdio,
Tu achas que há alguma ligação entre a economia da Rússia atual e a Rússia de 1992, um ano a seguir ao desmembramento da URSS? É claro que não.

Preocupem-se mais com o Outlook do que com o track record "pré-histórico". Lisboa e o Vale do Tejo são atravessados por uma grande falha geológica, ou seja, é uma zona territorial com uma relativa elevada probabilidade sísmica, então só porque em 1755 houve um grande terramoto em Lisboa, tu achas que esse track record sísmico é suficiente para nós deixarmos de viver nesta região? É claro que não.

Abraço.
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 18/12/2014 20:38

Boas,

Entre as datas de referência de 16 e 17 de Dezembro, o meu portfolio valorizou 3.78% num só dia (só tenho FI acionistas), enquanto que o rácio EUR/USD desvalorizou -0.78%, ou seja, o euro desvalorizou 0.71% face ao USD, logo isto fez valorizar o portfolio que está atualmente com 99.29% em moeda USD. Mas mesmo que se tire esta valorização cambial de 0.71% àquela valorização do portfolio, este fica com uma valorização superior a 3% num só dia, constituindo um record diário de valorização do meu portfolio desde 2008.

Isto só foi possível à custa, essencialmente, da valorização do fundo da biotecnologia de 3.91% nesse dia, o qual tem um peso atualmente de 56.97% no portfolio. A valorização deste fundo no último dia foi quase igual à desvalorização dos anteriores 3 dias, e por aqui se vê a força dos fundamentais da biotecnologia.

No entanto, a valorização do portfolio no último dia não compensou a desvalorização do mesmo nos 2 dias anteriores, e isto vem demonstrar a força da biotecnologia que fez a diferença para os outros fundos.

Abraço.
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 18/12/2014 20:23

pcm1979 Escreveu:
chico_laranja Escreveu:
Aguenta firme e hirto pois apenas tiveste o que já todos tivemos e eu sou especialista: maus momentos de entrada :twisted:


Hoje dei ordem de entrada no UBS (LUX) BS BRAZIL (USD) P-ACC , precisamente por achar que é um bom ponto de entrada :-k
Aproveitar um repique e sair logo que possa. :pray:


pcm1979,
Tu és brasileiro?
Eu reconheço que ao apostar em como a quadrada (quadrada no corpo e uma roda quadrada no desenvolvimento da economia quando comparada com uma roda redonda) da Dilma ia perder as eleições e desse modo fiz uma reentrada num fundo do Brasil entre a 1ª e a 2ª volta das eleições, tal acto constituiu a única asneira de curto prazo que fiz em 2014, porque segui a especulação pura e dura do Aécio ganhar as eleições e fazer disparar as ações, designadamente, da Petrobras, Bradesco, ..., e tinha que ter olhado mais para os "fundamentais" da corrupção crónica brasileira (se o Papa fosse brasileiro, se calhar também era corrupto ... mas "amigo" dos pobrezinhos, assim como o PT do Lula e da Dilma são "amigos" dos trabalhadores, mas a grande amizade é com o bolso deles próprios).

Tu foste para o Brasil para aproveitar o possivel ressalto positivo a seguir ao afundanço, e aquilo que eu tenho para te dizer é que se o Brasil tiver um ressalto de Y então eu acho que há países, zonas geográficas e setores específicos que devem ter um ressalto de 3-5Y.
Eu esperava mais tempo para ver melhor a politica e alguns dos seus resultados do novo ministro das finanças que veio do Bradesco, para depois se decidir o investimento ou não.

Abraço.
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Inversis Banco - Ficheiro Excel

por Rick Lusitano (New) » 18/12/2014 16:23

chico_laranja Escreveu:
Rick Lusitano (New) Escreveu:Finalmente, encontrei maneira de obter da Morningstar, em ficheiro Excel, grande parte dos fundos de investimento disponibilizados em Espanha. São mais de 4.500 fundos. É uma boa prenda de aniversário. \:D/

Agora, só tenho que customizar a lista. :-k


Conta lá que a malta gosta é de saber como se faz :twisted:

Filtros cada um depois faz os seus :-"



A fonte do ficheiro Excel é o Inversis Banco, um hipermercado de fundos, com 4.539 fundos (nesta hora). Já tinha falado sobre este banco Espanhol, há vários meses atrás.

Quem quiser o URL do banco:
https://www.inversis.com

A seguir, efectua a seguinte selecção:
Inversiones > Fondos > Buscador avanzado



O link directo para a selecção dos fundos e exportação para ficheiro Excel, é:
https://www.inversis.com/inversiones/productos/buscador-avanzado-fondos20&pathMenu=2_2_1



Recomendações no processo de seleção:
:arrow: Escolher Moeda ("Divisa Base") > Euro (ou outra moeda que se pretenda)
:arrow: Escolher Inc ou Acc ("Distribución o Acumulación")
:arrow: Escolher Domicílio dos fundos ("Domicilio") > LUX, IRL, GBR (são os mais usais em Portugal, mas podem escolher outros domicílios. Não escolher ESP, porque são fundos comercializados exclusivamente em Espanha, devido á sua estrutura legal especifica. Tal como os fundos domiciliados em Portugal, a Morningstar apresenta rentabilidades líquidas de impostos.)

Como o ficheiro só apresenta até 500 fundos de cada vez, existem 2 opções:
:arrow: Escolher a(s) categoria(s). Quem quiser saber a categoria dos fundos no Excel, é preferível, escolher apenas 1 categoria de cada vez, porque o ficheiro, não apresenta as categorias dos fundos.
:arrow: Seleccionar manualmente as gestoras dos fundos até atingir o máximo de 500 fundos. Pode-se verificar no canto superior direito, o número de fundos encontrados na selecção, "Resultados: xyz". E repetir o processo até se conseguir todos os fundos e depois juntar todos os ficheiros num só.


Processo de exportação do ficheiro Excel:
:arrow: Escolher a opção no canto superior direito, "Exportar a Excel"
:arrow: Na janela pop-up, escolher "Seleccionar todos" e escolher a opção "Exportar".
:arrow: Na janela pop-up seguinte, dar o OK.
:arrow: Finalização do processo de exportação, com o aparecimento da opção para fazer o download do ficheiro.


Principais diferenças entre os ficheiros Excel da Morningstar do Banco Best e o Inversis Banco:
:arrow: Contém o Rácio de Sharpe a 3 anos.
:arrow: Não contém Desvio-padrão a 1 ano. Para quem investe a longo prazo, só poderá ter alguma relevância para o timing de entrada nos fundos.
:arrow: Contém o Rácio de Informação, outra medida complementar ao Rácio de Sharpe. Para quem tem dúvidas sobre o cálculo do Rácio de Sharpe, poderá escolher esta medida.
:arrow: Contém Média a 3 anos.
:arrow: Não contém a divisa dos fundos. Daí ser importante escolher a divisa no inicio do processo de busca.
:arrow: Não contém as categorias dos fundos. Daí ser importante escolher as categorias no inicio do processo de busca.
:arrow: Não contém as cotações dos fundos. Quem quiser saber a cotação, pode copiar o ISIN do fundo e colar na Morningstar ES, também pode usar a Morningstar PT, mas pode acontecer não estar oficialmente comercializado em Portugal.
:arrow: Contém o tempo que demora o fundo a ser liquidado na conta do investidor no momento da subscrição (" Días depl. suscr.") e no momento do resgate ("Días depl. reemb.").


Atenção:
:arrow: O investimento mínimo inicial é apenas para quem comprar esses fundos através do Inversis Banco, por isso, deverá se consultar o banco que se usa para negociar os fundos em Portugal.
:arrow: As comissões dos fundos, são as comissões especificas de cada classe, os mesmos fundos podem ter várias classes, por isso, deverá consultar o banco que se usa para negociar os fundos em Portugal e verificar quais as classes que a gestora comercializa nesse mesmo banco. Exemplo: Invesco = Classe E; Franklin Templeton = Classe N, JPMorgan = Classe D.


Nota: Escolher de preferência fazer os downloads dos ficheiros Excel, tanto no Inversis Banco, como no Banco Best, ao fim-de-semana, pois os mercados estão encerrados e inclusivamente a Morningstar, para não existir fundos a serem actualizados e outros por actualizar.
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Re: Fundos à la carte

por casdio » 18/12/2014 15:54

Obrigado pelos links :wink:
 
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Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 18/12/2014 15:43

casdio Escreveu:Pelo que tenho lido, o mercado Russo já teve quedas parecidas com estas em 1992. Está correto isto?
Se sim, podem mostrar fundos que invistam na Russia que existam desde essa altura? Ou então gráficos de fundos dessa altura, mesmo que já tenham acabado (os fundos).


1998

http://www.jornaldenegocios.pt/mercados ... turns.html

http://en.wikipedia.org/wiki/1998_Russi ... ial_crisis

http://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_russa_de_1998

O indíce russo (MICEX) caiu 80%+. Os 20% que o Micex caiu desde o pico deste ano até parece pouco!!

http://www.tradingeconomics.com/russia/stock-market

Por outro lado o RSI está a cair 45% a 1 ano face aos 90%+ que caiu em 1998

http://finance.yahoo.com/echarts?s=RTS.RS+Interactive#{%22range%22%3A%221y%22%2C%22scale%22%3A%22linear%22}

No periodo máximo da crise o S&P caiu 18 a 20% em menos de dois meses (17 de Julho a 4 de Setembro). A crise foi diria bastante pior. A Rússia entrou em default. Ou seja, esta crise ainda tem muito por onde piorar se for esse o caso.

A queda do S&P deu um dos melhores pontos de entrada das últimas decadas pois foi uma queda abrupta mesmo antes da bolha das .com tendo o S&P subido 50% nos 18 meses seguintes!!
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
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Re: Fundos à la carte

por pcm1979 » 18/12/2014 14:41

chico_laranja Escreveu:
Aguenta firme e hirto pois apenas tiveste o que já todos tivemos e eu sou especialista: maus momentos de entrada :twisted:


Hoje dei ordem de entrada no UBS (LUX) BS BRAZIL (USD) P-ACC , precisamente por achar que é um bom ponto de entrada :-k
Aproveitar um repique e sair logo que possa. :pray:
 
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Re: Fundos à la carte

por Rambaldi » 18/12/2014 14:03

Aguenta firme e hirto pois apenas tiveste o que já todos tivemos e eu sou especialista: maus momentos de entrada :twisted:


Por acaso ando a aguardar para me posicionar neste fundo: UBS (Lux) Eq S - Europn Opport Unconstr (EUR) P-a (LU0723564463) :-k
Mas estou à espera do momento oportuno de entrada. O momento de entrada num fundo com esta ordem de grandeza de volatilidade pode ser mais importante que a escolha do próprio fundo.

A ideia é ficar com o UBS e com o Invesco Funds - Invesco Pan European Structured Equity Fund E para a europa pois este fundo tem aguentado bem as porradas, e pode funcionar bem em complemento com UBS.
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 18/12/2014 13:55

R2

Boa informação. Vanha mais

Rick

Venha de lá essa informação sobre os mercados asiáticos :lol:

--
Ando um pouco mais ausente pois o tempo tem sido escasso para tudo o que preciso fazer nas 24h do dia

O Alquimista

Infelizmente o estudo da matéria dos garfos acaba por ficar também prejudicado :oh:
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
 
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 18/12/2014 13:43

zeef

Os meus fundos de açoes, levaram alguma porrada, nomeadamente o UBS (Lux) Eq S - Europn Opport Unconstr (EUR) P-a (LU0723564463), que está com -6.
Sendo o desvio padrão do fundo 10.64 %, tenho um stop loss mental de -10.


Apenas uma nota.

Se um fundo tem um desvio padrão de 10% é aceitável ele ter essas quebras em cenários maus como o que se está a passar.

Há uma regra quanto ao que podes esperar da queda de um fundo
1 DP - Nada a assinalar. faz parte do movimento normal do fundo
2 DP - É uma queda aceitável em bears fortes
3 DP - Acontece esporadicamente e de longe em longe. São momentos marcantes e que ficam nos anuários da história como a grande depressão, choque 1992, bolha das .COM, Crise de 2007, etc.

Se estás com uma DD nestes dias de 10% é normal para um fundo com DP de 10.7%. Eu diria que seria aceitável até aos 12-15% pois esse DP foi suavizado nestes últimos anos por um bull +- constante nas acções (principalmente em índices americanos, que não é o caso)

Aguenta firme e hirto pois apenas tiveste o que já todos tivemos e eu sou especialista: maus momentos de entrada :twisted:
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
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Re: Fundos à la carte

por Rambaldi » 18/12/2014 13:21

R2,
Bons artigos. Bom trabalho.

Quanto à Russia é claramente uma oportunidade. Agora o problema é o timing de entrada e de saida. Será que já estamos perto da reversão do sentido desdencente?

Em 2008 os fundos tiveram quedas dna ordem dos 80% e depois em 2009 alguns tiveram recuperações brutais, acima dos 100%!!

Ontem os fundos de ações russas corrigiram e o crude está a subir.

Temos que estudar também o que se passou em 1992, como o Casdio referiu e comparar com o cenário atual para tentar especular se estamos perto da inversão ou se ainda vai afundar ainda mais. Em breve alguém colocará um gráfico para comparação, ou aguardamos pelo contributo do R2 ao final do dia.

Para investir a muito curto prazo com esta volatilidade parece-me muito arriscado por causa do desfasamento de um dia na cotação dos fundos e do desfasamento de subscrição e resgate que anda sempre na ordem dos D+3 ou D+4.

Rick,
Excelente ideia em colocares as tuas sugestões de fundos para o mercado asiático na primeira página. Vai ficar bem mais composto o Menu.
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Re: Fundos à la carte

por casdio » 18/12/2014 12:29

Pelo que tenho lido, o mercado Russo já teve quedas parecidas com estas em 1992. Está correto isto?
Se sim, podem mostrar fundos que invistam na Russia que existam desde essa altura? Ou então gráficos de fundos dessa altura, mesmo que já tenham acabado (os fundos).
 
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Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano (New) » 18/12/2014 5:19

R2, bons artigos. :clap:

Ainda te convidam para escrever um livro sobre fundos de investimento. :wink:
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Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano (New) » 18/12/2014 4:54

zeef Escreveu:
R2 Escreveu:Boas,

A queda brutal dos FI da Rússia no dia 16 de dezembro e a brutal desvalorização YTD.

Boas dicas as noçoes de “Fund Size (Mil)” e “Share Class Size (Mil)”. Já tinha uma noçao, mas assim ficou mais clarificado.

Parece que chegaram os saldos à Russia.

Os meus fundos de açoes, levaram alguma porrada, nomeadamente o UBS (Lux) Eq S - Europn Opport Unconstr (EUR) P-a (LU0723564463), que está com -6.
Sendo o desvio padrão do fundo 10.64 %, tenho um stop loss mental de -10.

Acham que é uma boa estratégia?

É nestas alturas que nao sei se deva reforçar.. ou deixar andar, nunca se sabe se desce mais ou se já começou arrancar pra cima..

Tinha 500 euritos em liquidez agora para reforçar ou entrar em alguma oportunidade.. =)

Quais achas que seriam os fundos com boas oportunidades para 2015 R2?

zeef



Amigo Zeef, todos nós estamos a levar um porradão. Uns já estão habituados, outros estão noutras fases de experiência e resistência mental.

Penso que existe um padrão "pre~Fed", nas 2 semanas que antecedem as declarações do Fed, os mercados caem, tanto acções como obrigações. É os longos medrosos, que fazem mais-valias, ou tentam reduzir as menos-valias, porque não sabem o que vai sair das declarações do Fed. É os shorts (não confundir com roupa masculina) a aparecer em força a espera de determinada reação nos mercados. Mas após as declarações, os shorts ou continuam a shortar ou compram os activos que estavam a shortar, para capturem os lucros e reduzir os pontenciais prejuizos, no caso de existir declarações favoráveis aos mercados. O que provoca por si, um ressalto para Norte, que juntamente com as boas noticias do Fed, provocam um rally nos mercados.


Nota: O Fed falou nesta 4ª feira, que normalmente é pelas 19:00-20:00 Hora de Portugal Continental. A Inflação nos EUA está a descer, actualmente, subiu apenas 1,3% anual, principalmente devido á queda do preço do Petróleo. Ora se o Fed quer ter a inflação na faixa dos 2%. Vai ter de continuar a ter uma postura de inundar os mercados com dinheiro barato.

Bloomberg - Biggest Price Drop Since 2008 Lifts U.S. Consumers: Economy (Dec 17, 2014 7:51 PM GMT)
http://www.bloomberg.com/news/2014-12-17/consumer-prices-in-u-s-decrease-by-most-in-six-years-on-fuel.html

Jornal de Negócios - Fed reduz estimativas para a inflação e informa que será "paciente" na subida dos juros (17 Dezembro 2014, 19:27)
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/fed_reduz_previsoes_para_a_inflacao_e_aforma_que_sera_paciente_na_subida_dos_juros.html

Jornal de Negócios - Yellen: Ser paciente quer dizer que os juros não sobem nas próximas reuniões da Fed (17 Dezembro 2014, 21:07)
http://www.negocios.pt/economia/detalhe/yellen_patience_means_no_rate_moves_next_few_meetings.html


Zeef, eu esperaria sempre por uma inversão de tendência, mas que seja de mais de 3-4 dias, porque podem existir um ressalto de pouco duração e os mercados continuar a cair.


Zeef, é bom estas quedas, mais vale cair uns 5% de cada vez e recuperar, do que cair 10% ou mais de uma só vez. E depois é bom para quem começa, para sentir que os mercados não têm só um sentido, o ascendente, também existe o descendente e a lateralização. Para além do que principalmente, é muito bom, para ganharem "calo", é só nas quedas, é que sentimos verdadeiramente na pele, ou aguentamos e ficamos mais fortes psicologicamente e experientes, ou não aguentamos a pressão psicologica e escolhemos produtos financeiros com menos volatilidade.

Hoje, já viste um "cheirinho" das bolsas a subir. Estou a ver, que vamos não só recuperar estas quedas, como vamos fechar o mês com mais guito, que tínhamos antes das quedas. :pray:

Jornal de Negócios - S&P 500 regista maior subida desde Outubro de 2013 com energia e Fed a impulsionarem (17 Dezembro 2014, 21:30)
http://www.negocios.pt/mercados/detalhe/sp_500_regista_maior_subida_desde_outubro_de_2013_com_energia_e_fed_a_impulsionarem.html



Estou com umas ideias de incluir uns fundos mais arriscados na 1ª página. Sendo um dos temas que vou investir com pouca %, para longo prazo, na Grande China, assim denominada porque inclui Hong-Kong (que era o único mercado, que os estrangeiros podiam investir, era considerado um mercado indirecto para as empresas Chinesas e eram denominados os fundos como Acções ou Obrigações China), Shanghai (China Continental, mercado directo e de maior oferta) e Taiwan. A ideia que tenho por detrás desta "aposta", a China é a 2ª economia mundial, o país com maior população, a crescer no mínimo 7% anualizados. E se o maior fundo soberano, o "Government Pension Fund of Norway", investe na China para longo prazo, quem sou eu para questionar esta escolha. :wink:

Segundo o tenho lido, espera-se que a ligação entre as bolsas de Hong-Kong e Shanghai, no dia 17/Novembro deste ano, que trouxe um rally na bolsa de Shanghai, em que os investidores começaram a deixar de investir na bolsa de Hong-Kong e passar a investir directamente em Shanghai, provoque a continuação do rally nos próximos 2 anos. E para além que a bolsa de Hong-Kong, começa a ficar mais "barata", devido á fuga dos investidores para a bolsa da China Continental. Mas isto, sou a pensar e vale o que vale. :wink:
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Re: Fundos à la carte

por zeef » 18/12/2014 2:33

[quote="R2"]Boas,

A queda brutal dos FI da Rússia no dia 16 de dezembro e a brutal desvalorização YTD.

Boas dicas as noçoes de “Fund Size (Mil)” e “Share Class Size (Mil)”. Já tinha uma noçao, mas assim ficou mais clarificado.

Parece que chegaram os saldos à Russia.

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Acham que é uma boa estratégia?

É nestas alturas que nao sei se deva reforçar.. ou deixar andar, nunca se sabe se desce mais ou se já começou arrancar pra cima..

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Re: Fundos à la carte

por R2 » 18/12/2014 0:23

Boas,

A queda brutal dos FI da Rússia no dia 16 de dezembro e a brutal desvalorização YTD.

Na sequência do post que fiz ontem sobre a brutal desvalorização do RUB (rublo) face ao USD e a consequente desvalorização dos fundos da Rússia em EUR ou USD, sendo que agora vou apresentar os fundos com maiores perdas ontem (acho que nem no crash de 2008 houve quedas diárias como estas):

Capturar 3.JPG
Capturar 3.JPG (85.66 KiB) Visualizado 6327 vezes


A seguir apresento os FI da Rússia com maiores desvalorizações YTD:

Capturar 4A.JPG
Capturar 4A.JPG (82.92 KiB) Visualizado 6306 vezes


Tal como disse no meu post de ontem, os FI accionistas da Rússia podem constituir uma das melhores oportunidades para 2015, isto porque o preço do petróleo há-de subir e a cotação do RUB (rublo) face ao USD também há-de subir do buraco do afundanço, uma vez que numa 1ª medida o Banco Central da Rússia já subiu brutalmente a taxa de juros de referência e numa 2ª medida, para controlar a queda do rublo, vão vender parte das reservas da moeda em USD, pois o RUB devalorizou brutalmente face ao USD porque alguém desatou a vender massivamente rublos e assim, pela lei da oferta e da procura, o excesso de rublos no mercado forex fez baixar a sua cotação, agora para contrariar isso é os russos venderem também massivamente dólares para inundar o mercado e assim provocar a queda de cotação do USD, só que os russos estão limitados na reserva interna em moeda USD.

Os países só são, em termos monetários, verdadeiramente independentes se tiverem grandes reservas em moedas estrangeiras fortes (hard currencies), de modo a que cubram um grande nº de meses das suas importações.

Abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

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Re: Fundos à la carte

por R2 » 17/12/2014 23:32

Boas,

O significado dos termos “Fund Size (Mil)” e “Share Class Size (Mil)” que aparecem no separador “Geral” na Morningstar dos FI. O hedge ou proteção cambial.

Há uns largos meses houve neste tópico uma discussão sobre o significado dos termos “Fund Size” e “Share Class Size” que aparecem no 1º separador (Geral) da Morningstar quando se abre um FI, e na altura fiquei com algumas dúvidas (não participei nessa discussão) sobre as explicações dadas. Agora depois de estudar e testar com contas o assunto, vou a seguir explicar o mesmo com exemplos, bem como a questão do hedge ou protecção cambial.

1. “Fund Size (Mil)” e “Share Class Size (Mil)”

Fundo Y: “Fund Size (Mil)”: EUR 330.00
Isto quer dizer que o tamanho ou os ativos sob gestão (AUM) do fundo Y, no total de todas as classes, são de 330 milhões de euros.

Fundo Y da classe N: “Share Class Size (Mil)”: EUR 205.00
Isto quer dizer que a classe N do mesmo fundo Y tem um AUM de 205 milhões de euros. As classes N e A da gestora Franklin Templeton, por ex., são classes do retalho, enquanto a classe I é dos institucionais (as letras das classes aparecem no nome do fundo). Às diferentes classes correspondem diferentes fees (taxas) e a menor taxa de comissão de gestão corresponde à classe I, devido ao maior valor mínimo de subscrição do FI.

Neste exemplo, a diferença entre os 330.00 (fund size) e os 205 milhões de euros (share class size), que dá 125.00 Mil €, estão distribuídos pelas restantes classes (A e I).

No caso do “fund size” e do “share class size” de um FI terem um valor igual, e na mesma moeda, isso quer dizer que o fundo não tem classes, ou por outras palavras é de classe única.

A seguir vou apresentar um quadro de um mesmo fundo da Templeton com as diversas classes e as diversas moedas e depois podem verificar que todas essas subespécies do fundo têm todas o mesmo valor de “fund size”, pois pertencem todas ao mesmo fundo, e se somarem todos os valores do “share class size”, depois da conversão cambial das diferentes moedas para a moeda do “fund size”, então esse somatório vai ser igual ao valor do “fund size”:

Capturar 1.JPG


A seguir vou apresentar um fundo de classe única em que o “fund size” é igual ao “share class size”:

Capturar 2.JPG


2. Hedge ou proteção cambial.

Quando um FI tem hedge, a letra “H” aparece no nome do fundo. A percentagem da protecção cambial vê-se no prospecto completo do fundo em causa no site da casa gestora.

Por exemplo, se um fundo japonês não tem no seu nome a letra H de hedge, ou seja não tem protecção cambial, e apresenta um “fund size Mil” = JPY (iene) 2452.35 e um “share class size” = EUR 50.15, isto não quer dizer que lá pelo facto da share class estar em EUR, o fundo não esteja sujeito à flutuação cambial entre o JPY e o EUR, pelo contrário, porque está, e só não estaria sujeito a essa oscilação cambial se o fundo tivesse um hedge a 100% mas para isso deve ter a letra H no seu nome.

Independentemente do “share classe size” estar em EUR, USD ou noutra moeda qualquer diferente do JPY, e como a negociação no mercado bolsista Japonês é feita em JPY (a bolsa de um qualquer país negoceia na sua própria moeda), ou seja, os ativos são comprados ou vendidos em JPY, então se o iene desvalorizar em relação ao EUR ou ao USD, isto, por si só, vai provocar uma perda no fundo em EUR ou USD correspondente à desvalorização do par JPY vs outra moeda, pelo que o estar EUR ou USD no “share class size” isso por si só não dá protecção cambial nenhuma.

A protecção cambial tem custos, os quais podem ser bastante castradores para a performance do fundo, nos casos de uma percentagem de hedge bastante elevada, pelo que só tem interesse escolher um fundo com hedge se o período de detenção desse FI, grosso modo, for inferior a 3-5 anos, pois para o longo prazo há a tendência da reversão para a média do valor cambial, e neste caso estaríamos a gastar dinheiro desnecessariamente, uma vez que o hedge, no longo prazo, não traz mais-valias de protecção cambial, pelo contrário, traz menos-valias (custos do hedge).

Um abraço.
Editado pela última vez por R2 em 18/12/2014 19:52, num total de 1 vez.
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 16/12/2014 23:35

Boas,

A grande volatilidade intraday do índice NASDAQ Biotechnology, no dia 16 de dezembro.

Capturar 3.JPG
Capturar 3.JPG (56.32 KiB) Visualizado 6481 vezes


Entre a cotação de fecho de ontem do índice e o pico de cotação máxima de hoje, houve uma valorização máxima intraday do índice de 1.47%, quando o mesmo fechou hoje a perder 1.25%.

Por outro lado, entre o pico de cotação máxima do índice e o valor mínimo (cotação de fecho), houve uma queda máxima intraday do índice de 2.8%.

Ou seja, no intraday, houve um ganho máximo de 1.47% e em contrapartida houve uma perda máxima de 2.8%, havendo assim uma grande amplitude de volatilidade intraday.

Hoje não dá para perceber porque é que os índices bolsistas da Europa começam a perder durante cerca de meio dia, depois fecham com valorizações superiores a 2%; enquanto que os índices dos EUA começam a ganhar e aguantam-se durante um certo tempo e depois desatam a cair em contraciclo com a forte valorização da Europa.

Ou seja, estamos de há uma semana para cá a atravessar uma grande incerteza dos mercados bolsistas mundiais, não havendo nenhum mercado acionista que nos dê o mínimo de tranquilidade previsível. A Rússia com as quedas brutais no mercado acionista já verificadas e em curso, pode constituir a maior oportunidade em 2015, isto porque o rublo há-de subir face ao USD e o petróleo há-de também subir, senão o Putin instala um arsenal atómico na Crimeia e manda mais uns aviões sobrevoar a Europa como aviso aos europeus e aos americanos. Ele hoje respondeu com a brutal subida da taxa de juros para tentar estancar a queda brutal do rublo face ao USD, mas para a próxima ele vai responder com avisos militares e convém que os americanos não se armem em heróis e não abusem da paciência do Putin, senão estamos todos feitos.

Abraço.
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