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Caldeirão da Bolsa

Fundos à la carte

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Fundos à la carte

por casdio » 20/12/2014 19:19

R2 Escreveu:Boas,

A pedido do amigo Rick, aqui vai um post sobre o rácio de informação, o tracking error e outros parâmetros interligados.


Parâmetros relevantes para a análise de uma gestão ativa dos fundos de investimento: coeficiente de determinação R2, tracking error, rácio de informação, alfa e beta.


(não meto o post todo pq é grande)

Obrigado pelas explicações. Já guardei para futuras consultas :wink:
 
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Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 20/12/2014 18:03

R2 Escreveu:Em resposta à parte da citação que coloquei a azul, questiono: Se o mercado acionista seguisse a teoria da "Hipótese do Mercado Eficiente", qual seria a importância de se estudar os retornos passados para se perspetivarem os futuros retornos esperados de um FI?

Com todo o respeito mas não vou gastar 2 páginas do tópico a tentar convencer-te da importância da História. A minha incapacidade de te fazer acreditar em algo é, documentadamente, nula. És livre de acreditar no que quiseres, e achares a história irrelevante. Acho que estás no teu direito independentemente de eu ter outra opinião. Pessoalmente considero a história como das coisas mais importantes, nos mercados financeiros e na vida.

Contudo e se quiseres por alguma razão estudar o tema da importância da história (ou outra pessoa qualquer),e já que falas em Mercados Eficientes (sem eu perceber porque razão seriam mutuamente exclusivos) recomendo como leitura de Natal:

:arrow: A Random Walk Down Wall Street: The Time-Tested Strategy for Successful Investing

:arrow: Rethinking The Equity Risk Premium

R2 Escreveu:Em contraponto às frases do correr/caminhar e ensinar/aprender, pergunto: Alguém ensinou previamente um qualquer macho a ter relações sexuais com as fêmeas da sua espécie, bem como quando o movimento oscilatório do processo deve ser lento ou mais acelerado? Será que o Confucius também tem resposta para esta questão?

Às vezes quando te leio questiono-me se estou num fórum de bolsa ou entrei no Twilight Zone...
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus

"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
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Re: Fundos à la carte

por ATLAS_ » 20/12/2014 16:11

R2 Escreveu:Boas,

A pedido do amigo Rick, aqui vai um post sobre o rácio de informação, o tracking error e outros parâmetros interligados.


Parâmetros relevantes para a análise de uma gestão ativa dos fundos de investimento: coeficiente de determinação R2, tracking error, rácio de informação, alfa e beta.

Os gestores passivos de index funds que têm a obrigação de replicar o respetivo índice de referência ou benchmark, não têm grandes hipóteses de pensar “out of the box”, e, como tal, tem de tentar seguir e reproduzir o pensamento do mercado.

O gestor ativo deve tentar pensar antes e melhor que os outros, devendo ser capaz de se diferenciar dos outros gestores. Se a sua linha de pensamento estiver errada, o resultado da sua gestão pode ser desastroso.

Ao contrário da teoria da Hipótese do Mercado Eficiente, o mercado apresenta várias deficiências ou imperfeições e um bom gestor ativo deve procurar oportunidades em áreas menos exploradas (under research) capazes de gerar um maior alfa de outperformance.

Um gestor ativo que tenha uma capacidade de ter um valor elevado de tracking error (ver definição abaixo no texto) superior aos seus pares, vai, no universo de índices grandes, ter uma capacidade suplementar de acrescentar valor e alfa.

Um bom gestor ativo deve revelar capacidades extras de ser um bom analista financeiro e deve tentar agir por antecipação aos factos relevantes do mercado e não ter apenas um comportamento reativo.

Coeficiente de determinação R2:

Na análise comparativa usada pela Morningstar, o valor do coeficiente de determinação R2 (R ao quadrado) é a medida de correlação entre um fundo e o seu indice de referência ou benchmark, o qual varia entre 0 e 1 (diferente do coeficiente de correlação, r, que varia de -1 a 1).

Quanto maior for o valor de R2, maior será a correlação entre os dois. A Morningstar calcula o valor de R2 para o período dos últimos 36 meses (3 anos).

O valor de R2 = 1 significa que num gráfico “x”,”y” (fundo,benchmark) os dados dos resultados (x,y) caem todos em cima da reta de regressão linear, ou seja, significa que todos os movimentos (para cima ou para baixo) do fundo em causa são completamente explicados pelas variações do benchmark.

O valor de R2 = 0 significa que no tal gráfico “x”,”y” não é possível definir nenhuma reta de ajustamento aos resultados (x,y) obtidos, devido à nuvem de resultados totalmente dispersa, ou seja, significa que nenhum dos movimentos do fundo em causa é explicado pelas variações do benchmark.

Por exemplo, o valor de R2 = 0.05 significa que apenas 5% dos movimentos do fundo em causa podem ser explicados pelas variações do benchmark.

Um fundo com um valor de R2 = 0.97, quer dizer que 97% dos movimentos do fundo são explicados pelas variações do seu benchmark ou índice de referência, e, consequentemente, o mesmo é dizer que apenas 3% dos movimentos do fundo é que não seguem o benchmark, e é precisamente apenas estes 3% que constituem a muito pequena margem do gestor em poder gerar um alfa positivo ou outperformance em relação ao índice de referência.
Sendo assim, para mim, é questionável chamar fundos de gestão ativa a fundos com um R2 > 0.95, visto que na prática é mais um index fund (índice de referência ou benchmark), pelo que andam para aí muitos fundos “ativos”por excesso que só vão falsear os resultados da gestão ativa. O caricato é estar-se a pagar uma elevada comissão de gestão a estes tipos de fundos, quando na realidade eles quase que replicam integralmente o índice de referência, e, como tal, deveriam ter umas taxas de fees muito mais baixas.

Rácio de Informação:

O rácio de informação mede a performance dos retornos ajustados ao risco do fundo relativamente à performance dos retornos e risco do seu benchmark ou índice de referência.
O rácio de informação é calculado através da seguinte expressão:

RI = (Rp – Rb) / TE

Em que:

RI- Rácio de Informação;
Rp- Retornos do fundo;
Rb- Retornos do benchmark ou índice de referência do fundo;
TE- Tracking Error (desvio padrão da diferença entre os retornos do fundo e os retornos do índice de referência).

O rácio de informação (RI) mede capacidade do gestor do fundo para gerar retornos em excesso em relação aos retornos do benchmark do fundo, mas também verifica a consistência do gestor em bater o benchmark por um gande nº de meses, alguns meses ou apenas um pouco de cada mês.

Quanto maior é o RI, mais consistente é o gestor e a consistência é uma característica ideal para bater o benchmark numa perspetiva de médio-longo prazo.

Quanto maior é o alfa (outperformance de retornos em relação ao seu benchmark) de um gestor, maior será o seu RI.

Quando o benchmark é o ativo sem risco (risk free), então o Rácio de Informação é equivalente ao rácio de Sharpe (RS). No entanto, nos restantes casos, o ranking dos fundos obtido a partir do Rácio de Informação pode diferir do obtido pelo RS, como é lógico, pois as fórmulas de cáculo são diferentes.

Tal como acontece com o RS também o RI tem as mesmas limitações matemáticas de difícil interpretação quando a rentabilidade em excesso é negativa, uma vez que o rácio será menos negativo no fundo com maior volatilidade, indicando assim, erradamente, um fundo mais eficiente, quando na realidade é ao contrário. Outra limitação matemática, tal como no RS, é quando o denominador do quociente é zero (no caso de não haver diferença entre os retornos do fundo e os retornos do indice de referência, ou seja, com desvio padrão nulo) ou próximo de zero, e então o RI dará matematicamente um valor infinito ou extremamente elevado, longe então da realidade.

Tracking Error:

O Tracking Error (TE) é a divergência entre o comportamento dos preços de uma posição ou de um fundo e o comportamento dos preços de referência.

O TE reporta o desvio padrão da diferença entre os retornos do fundo e os retornos do índice de referência.

O TE pode ser interpretado como o risco residual (não correlacionado com o benchmark), ou seja, como os desvios da rentabilidade do fundo em relação à rentabilidade do benchmark. Assim, o TE corresponde à parte ativa da componente do fundo em contraponto com a restante parte passiva de replicação do respetivo index fund, pelo que a competência de um verdadeiro gestor ativo mede-se pelo seu maior valor de TE associado à geração de maior alfa ou outperformance em relação ao desempenho do respetivo benchmark.
Se TE = 0, isto quer dizer que o fundo tem um comportamento igual ao seu benchmark.

Alfa:

Em finanças assume-se, geralmente, que as taxas de rentabilidade de um determinado ativo têm uma relação linear com as rentabilidades de outro(s) ativo(s) ou com os respetivos benchmarks.

Assim, num gráfico em que no eixo do “Y” (vertical) representamos as rentabilidades de um fundo e no eixo do “X” (horizontal) as rentabilidades do respetivo benchmark, na equação de uma reta de regressão linear simples, o alfa corresponde ao valor da interseção dessa reta com o eixo do “Y” (valor da ordenada na origem) e o declive dessa reta corresponde ao valor do beta (risco/volatilidade), que abaixo vou referir.

Assim, o alfa mede o valor adicional (outperformance) dos retornos obtidos pela gestão ativa do fundo relativamente ao seu benchmark (gestão passiva), sob a mesma quantidade de risco (beta), pelo que o alfa mede o grau de competência dos gestores dos fundos. Em termos relativos, se, por definição, o beta do benchmark é igual a 1, então o alfa deve ser superior a (1- beta). Se o alfa é um valor negativo, isso quer dizer que o risco assumido não compensou o retorno. Se o alfa é positivo, significa que o retorno obtido foi além do risco assumido. Se o alfa é zero, quer dizer que o desempenho do gestor do fundo é igual ao do benchmark.

Beta:

O beta determina o risco ou volatilidade de um investimento e como se relaciona com o valor de referência do benchmark. De repente pode ser parecido com o alfa, mas não, lembre-se que o beta está associado com o risco e o alfa com o retorno com base no risco específico.

Se o beta de um fundo é 1, isso quer dizer que o fundo tem a mesma volatilidade que o respetivo benchmark. Se o beta de um fundo é maior ou menor que 1, significa que a volatilidade é, respetivamente, maior ou menor que o benchmark.

Por exemplo, se um fundo tem um beta de 1.5, isto significa que o mesmo é esperado aumentar 1.5 vezes mais do que a volatilidade do índice de referência. Neste caso, se o benchmark aumentar a volatilidade em 10%, então o fundo iria aumentar a volatilidade em 15%. Ao contrário, se o índice diminuir a volatilidade em 10%, então o fundo iria diminuir a volatilidade em 15%.

Abraço.


Um elogio público ao R2 por esta explicação. Muito obrigado. E continuação de bom trabalho!
 
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 20/12/2014 4:10

VirtuaGod Escreveu:
casdio Escreveu:De facto tens razão. Uma pessoa olha para o passado a penar que o futuro vai ser igual quando raramente é :?


“History doesn't repeat itself, but it does rhyme.” Mark Twain

"If one wants to run, they must learn how to walk. If one wants to teach, they must learn. If one wants to define the future, they must study the past." Confucius


Em resposta à parte da citação que coloquei a azul, questiono: Se o mercado acionista seguisse a teoria da "Hipótese do Mercado Eficiente", qual seria a importância de se estudar os retornos passados para se perspetivarem os futuros retornos esperados de um FI?

Em contraponto às frases do correr/caminhar e ensinar/aprender, pergunto: Alguém ensinou previamente um qualquer macho a ter relações sexuais com as fêmeas da sua espécie, bem como quando o movimento oscilatório do processo deve ser lento ou mais acelerado? Será que o Confucius também tem resposta para esta questão?
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti. - BedRock
Big vacuum ideas in a big head gives a low brain density that float on stupid polluted water.
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 20/12/2014 3:01

Rick Lusitano (New) Escreveu:
R2 Escreveu:Boas,

Isto foi possível à custa, em grande parte, da valorização do fundo da biotecnologia de 3.51% (real, em USD, sem valorização cambial) nesse dia (no dia anterior foi de 3.91%), o qual tem um peso atualmente de 57.13% no portfolio (no dia anterior era de 56.97%).



Já não tinhas postado essa info? :-k

Não interessa, se repetistes, fiquei foi surpreendido com fundos supostamente mais calmos, com valorizações superiores a 4%, num só dia.

Nas quedas pré-Fed deste mês, 4 "irmãos" AXA de obrigações, até se portaram de forma porreira. Sei que em 2 meses e pouco, tenho o AXA Euro 10LT com +7,4%. Bem melhor do que muitos fundos de acções. \:D/


São duas informações diferentes sobre o meu portfolio com um dia de diferença. Se comparares os dois textos vês que há valores diferentes e comparativos com a informação anterior.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

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Re: Fundos à la carte

por R2 » 20/12/2014 2:54

Boas,

A pedido do amigo Rick, aqui vai um post sobre o rácio de informação, o tracking error e outros parâmetros interligados.


Parâmetros relevantes para a análise de uma gestão ativa dos fundos de investimento: coeficiente de determinação R2, tracking error, rácio de informação, alfa e beta.

Os gestores passivos de index funds que têm a obrigação de replicar o respetivo índice de referência ou benchmark, não têm grandes hipóteses de pensar “out of the box”, e, como tal, tem de tentar seguir e reproduzir o pensamento do mercado.

O gestor ativo deve tentar pensar antes e melhor que os outros, devendo ser capaz de se diferenciar dos outros gestores. Se a sua linha de pensamento estiver errada, o resultado da sua gestão pode ser desastroso.

Ao contrário da teoria da Hipótese do Mercado Eficiente, o mercado apresenta várias deficiências ou imperfeições e um bom gestor ativo deve procurar oportunidades em áreas menos exploradas (under research) capazes de gerar um maior alfa de outperformance.

Um gestor ativo que tenha uma capacidade de ter um valor elevado de tracking error (ver definição abaixo no texto) superior aos seus pares, vai, no universo de índices grandes, ter uma capacidade suplementar de acrescentar valor e alfa.

Um bom gestor ativo deve revelar capacidades extras de ser um bom analista financeiro e deve tentar agir por antecipação aos factos relevantes do mercado e não ter apenas um comportamento reativo.

Coeficiente de determinação R2:

Na análise comparativa usada pela Morningstar, o valor do coeficiente de determinação R2 (R ao quadrado) é a medida de correlação entre um fundo e o seu indice de referência ou benchmark, o qual varia entre 0 e 1 (diferente do coeficiente de correlação, r, que varia de -1 a 1).

Quanto maior for o valor de R2, maior será a correlação entre os dois. A Morningstar calcula o valor de R2 para o período dos últimos 36 meses (3 anos).

O valor de R2 = 1 significa que num gráfico “x”,”y” (fundo,benchmark) os dados dos resultados (x,y) caem todos em cima da reta de regressão linear, ou seja, significa que todos os movimentos (para cima ou para baixo) do fundo em causa são completamente explicados pelas variações do benchmark.

O valor de R2 = 0 significa que no tal gráfico “x”,”y” não é possível definir nenhuma reta de ajustamento aos resultados (x,y) obtidos, devido à nuvem de resultados totalmente dispersa, ou seja, significa que nenhum dos movimentos do fundo em causa é explicado pelas variações do benchmark.

Por exemplo, o valor de R2 = 0.05 significa que apenas 5% dos movimentos do fundo em causa podem ser explicados pelas variações do benchmark.

Um fundo com um valor de R2 = 0.97, quer dizer que 97% dos movimentos do fundo são explicados pelas variações do seu benchmark ou índice de referência, e, consequentemente, o mesmo é dizer que apenas 3% dos movimentos do fundo é que não seguem o benchmark, e é precisamente apenas estes 3% que constituem a muito pequena margem do gestor em poder gerar um alfa positivo ou outperformance em relação ao índice de referência.
Sendo assim, para mim, é questionável chamar fundos de gestão ativa a fundos com um R2 > 0.95, visto que na prática é mais um index fund (índice de referência ou benchmark), pelo que andam para aí muitos fundos “ativos”por excesso que só vão falsear os resultados da gestão ativa. O caricato é estar-se a pagar uma elevada comissão de gestão a estes tipos de fundos, quando na realidade eles quase que replicam integralmente o índice de referência, e, como tal, deveriam ter umas taxas de fees muito mais baixas.

Rácio de Informação:

O rácio de informação mede a performance dos retornos ajustados ao risco do fundo relativamente à performance dos retornos e risco do seu benchmark ou índice de referência.
O rácio de informação é calculado através da seguinte expressão:

RI = (Rp – Rb) / TE

Em que:

RI- Rácio de Informação;
Rp- Retornos do fundo;
Rb- Retornos do benchmark ou índice de referência do fundo;
TE- Tracking Error (desvio padrão da diferença entre os retornos do fundo e os retornos do índice de referência).

O rácio de informação (RI) mede capacidade do gestor do fundo para gerar retornos em excesso em relação aos retornos do benchmark do fundo, mas também verifica a consistência do gestor em bater o benchmark por um gande nº de meses, alguns meses ou apenas um pouco de cada mês.

Quanto maior é o RI, mais consistente é o gestor e a consistência é uma característica ideal para bater o benchmark numa perspetiva de médio-longo prazo.

Quanto maior é o alfa (outperformance de retornos em relação ao seu benchmark) de um gestor, maior será o seu RI.

Quando o benchmark é o ativo sem risco (risk free), então o Rácio de Informação é equivalente ao rácio de Sharpe (RS). No entanto, nos restantes casos, o ranking dos fundos obtido a partir do Rácio de Informação pode diferir do obtido pelo RS, como é lógico, pois as fórmulas de cáculo são diferentes.

Tal como acontece com o RS também o RI tem as mesmas limitações matemáticas de difícil interpretação quando a rentabilidade em excesso é negativa, uma vez que o rácio será menos negativo no fundo com maior volatilidade, indicando assim, erradamente, um fundo mais eficiente, quando na realidade é ao contrário. Outra limitação matemática, tal como no RS, é quando o denominador do quociente é zero (no caso de não haver diferença entre os retornos do fundo e os retornos do indice de referência, ou seja, com desvio padrão nulo) ou próximo de zero, e então o RI dará matematicamente um valor infinito ou extremamente elevado, longe então da realidade.

Tracking Error:

O Tracking Error (TE) é a divergência entre o comportamento dos preços de uma posição ou de um fundo e o comportamento dos preços de referência.

O TE reporta o desvio padrão da diferença entre os retornos do fundo e os retornos do índice de referência.

O TE pode ser interpretado como o risco residual (não correlacionado com o benchmark), ou seja, como os desvios da rentabilidade do fundo em relação à rentabilidade do benchmark. Assim, o TE corresponde à parte ativa da componente do fundo em contraponto com a restante parte passiva de replicação do respetivo index fund, pelo que a competência de um verdadeiro gestor ativo mede-se pelo seu maior valor de TE associado à geração de maior alfa ou outperformance em relação ao desempenho do respetivo benchmark.
Se TE = 0, isto quer dizer que o fundo tem um comportamento igual ao seu benchmark.

Alfa:

Em finanças assume-se, geralmente, que as taxas de rentabilidade de um determinado ativo têm uma relação linear com as rentabilidades de outro(s) ativo(s) ou com os respetivos benchmarks.

Assim, num gráfico em que no eixo do “Y” (vertical) representamos as rentabilidades de um fundo e no eixo do “X” (horizontal) as rentabilidades do respetivo benchmark, na equação de uma reta de regressão linear simples, o alfa corresponde ao valor da interseção dessa reta com o eixo do “Y” (valor da ordenada na origem) e o declive dessa reta corresponde ao valor do beta (risco/volatilidade), que abaixo vou referir.

Assim, o alfa mede o valor adicional (outperformance) dos retornos obtidos pela gestão ativa do fundo relativamente ao seu benchmark (gestão passiva), sob a mesma quantidade de risco (beta), pelo que o alfa mede o grau de competência dos gestores dos fundos. Em termos relativos, se, por definição, o beta do benchmark é igual a 1, então o alfa deve ser superior a (1- beta). Se o alfa é um valor negativo, isso quer dizer que o risco assumido não compensou o retorno. Se o alfa é positivo, significa que o retorno obtido foi além do risco assumido. Se o alfa é zero, quer dizer que o desempenho do gestor do fundo é igual ao do benchmark.

Beta:

O beta determina o risco ou volatilidade de um investimento e como se relaciona com o valor de referência do benchmark. De repente pode ser parecido com o alfa, mas não, lembre-se que o beta está associado com o risco e o alfa com o retorno com base no risco específico.

Se o beta de um fundo é 1, isso quer dizer que o fundo tem a mesma volatilidade que o respetivo benchmark. Se o beta de um fundo é maior ou menor que 1, significa que a volatilidade é, respetivamente, maior ou menor que o benchmark.

Por exemplo, se um fundo tem um beta de 1.5, isto significa que o mesmo é esperado aumentar 1.5 vezes mais do que a volatilidade do índice de referência. Neste caso, se o benchmark aumentar a volatilidade em 10%, então o fundo iria aumentar a volatilidade em 15%. Ao contrário, se o índice diminuir a volatilidade em 10%, então o fundo iria diminuir a volatilidade em 15%.

Abraço.
Editado pela última vez por R2 em 20/12/2014 7:00, num total de 4 vezes.
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Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano (New) » 20/12/2014 2:27

Ora Bolas. :mrgreen:

Lusa/Jornal de Negócios - FIFA proíbe fundos de investimento a partir de 1 de Maio de 2015 (19 Dezembro 2014, 18:04)
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/fifa_proibe_fundos_de_investimento_a_partir_de_1_de_maio_de_2015.html
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Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano (New) » 20/12/2014 2:20

R2 Escreveu:Boas,

Isto foi possível à custa, em grande parte, da valorização do fundo da biotecnologia de 3.51% (real, em USD, sem valorização cambial) nesse dia (no dia anterior foi de 3.91%), o qual tem um peso atualmente de 57.13% no portfolio (no dia anterior era de 56.97%).



Já não tinhas postado essa info? :-k

Não interessa, se repetistes, fiquei foi surpreendido com fundos supostamente mais calmos, com valorizações superiores a 4%, num só dia.

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Re: Fundos à la carte

por R2 » 20/12/2014 2:05

(engano)
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 20/12/2014 2:01

Boas,

Entre as datas de referência de 17 e 18 de Dezembro, o meu portfolio valorizou 4.60% (no dia anterior subiu 3.78%), enquanto que o rácio EUR/USD desvalorizou -1.31% (no dia anterior caiu -0.78%), ou seja, o euro desvalorizou 1.31% face ao USD, logo isto fez valorizar o portfolio que está atualmente com 99.29% em moeda USD. Mas mesmo que se tire esta valorização cambial de 1.31% àquela valorização do portfolio, este fica com uma valorização superior a 3.2% (no dia anterior foi de 3.0%) num só dia, constituindo um novo record diário de valorização do meu portfolio desde 2008, batendo o anterior record do dia anterior.

Isto foi possível à custa, em grande parte, da valorização do fundo da biotecnologia de 3.51% (real, em USD, sem valorização cambial) nesse dia (no dia anterior foi de 3.91%), o qual tem um peso atualmente de 57.13% no portfolio (no dia anterior era de 56.97%).

O meu portfolio voltou a ter o valor que tinha no passado dia 24 de Novembro, pelo que é como se não estivesse a capitalizar durante os 24 dias que medeiam entre o 24 de Novembro e o dia 18 de Dezembro, o que não está mau depois de ter passado pela forte correção recente. Isto vem relevar a ideia de que pode ser contraproducente resgatar FI numa correção, porque ele rapidamente pode recuperar e nós podemos deixar mais de ganhar do que aquilo que deixamos de perder, só que o problema é que nós nunca sabemos qual é a amplitude de afundanço e a extensão temporal de uma correção, e por isso é que, por vezes, no mercado acionista é preciso ter “big balls” ou um “big clitoris”.

A força da biotecnologia está aí em números. Consegue ter subidas diárias da ordem dos 4% reais (sem valorização cambial) e não me lembra de ter tido desvalorizações diárias superiores em várias décimas a 3%, portanto muito aquém de desvalorizações diárias nos emergentes, fora do cenário das grandes quedas motivadas pelo afundanço do petróleo, em que me lembram quedas diárias da ordem de 8% na Turquia em 2013 (várias vezes) e de quedas de 5-9% este ano no Brasil.

Ou seja, no que toca a acelerar, a biotecnologia acelera como o porche dos emergentes; mas quando toca a travar, a biotecnologia continua a saber travar como um porche, enquanto que os emergentes já travam como um grande camião com uma carga de 40 toneladas numa grande descida e sem recorrer às redutoras da caixa de velocidades … fujam da frente que os discos dos travões vão ficar em brasa e aí só se safa se a seguir encontrar uma escapatória para uma extensa caixa de areia numa rampa ascendente. Ora acontece que, ao contrário do que acontece nos perfis das auto-estradas com grandes pendentes, no mercado acionista dos emergentes não há essas rampas escapatórias de segurança, a menos que tenham uma relativa elevada percentagem de ativos derivados, opções, futuros, shorts, …

Abraço
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 19/12/2014 19:16

chico_laranja Escreveu:Alquimista

Quem entrou a semana passada já está fora pois queimou tudo o que eram stops pois até 4ª feira foi sempre a derreter para o lado dos longos 8-)


Chico, pensei usar o verbo "comprar" precedido de um outro verbo, no caso "saber". Teria ficado "saber comprar". Não o fiz porque entendi estar implícito na minha afirmação.

Diz o Buffett: The dumbest reason in the world to buy a stock is because it´s going up. Por alguma razão procuro comprar quando os outros, que estão do lado da maioria, se sentem desconfortáveis. Uns compram, os outros sabem comprar. Mais do que palavras, são precisos actos e exemplos. Eu já dei um.
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 19/12/2014 17:56

Alquimista

Quem entrou a semana passada já está fora pois queimou tudo o que eram stops pois até 4ª feira foi sempre a derreter para o lado dos longos 8-)
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 19/12/2014 17:02

VirtuaGod Escreveu:
chico_laranja Escreveu:E o que nos diz a história destes dias da bruxas em quadratura nos últimos 3-5 anos.

Históricamente esta semana é The… Most… Wonderful… Weeeeek… Of…The… Yeeeaaaarrrr!!! :D :D :D


A ideia é comprar na semana anterior (por ex.) para poder ver a carteira crescer nesta semana. Quem gosta de executar trading/investing baseado naquele tipo de informação, e também na sazonalidade, é Larry Williams. Contudo, como já várias vezes "queimou as mãos" (tradução literal) quando usou a sazonalidade, aconselha o uso de stops. O segredo disto tudo é mesmo só um: comprar.
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Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 19/12/2014 16:37

chico_laranja Escreveu:E o que nos diz a história destes dias da bruxas em quadratura nos últimos 3-5 anos.

Históricamente esta semana é The… Most… Wonderful… Weeeeek… Of…The… Yeeeaaaarrrr!!! :D :D :D
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 19/12/2014 16:05

E o que nos diz a história destes dias da bruxas em quadratura nos últimos 3-5 anos?

Com sorte são dias normais apenas com volume anormal e acaba por ser uma quadratura do circulo em que qualquer ângulo serve :roll:

Este volume anómalo pode desestabilizar as AT baseadas em volume caso alguém se esqueça do fenómeno ;)
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
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O Dia da Hora das 4 Bruxas

por Rick Lusitano (New) » 19/12/2014 15:59

Cultura financeira:

Jornal de Negócios Escreveu:A negociação em bolsa pode ser bastante volátil na sessão desta sexta-feira, devido a ser dia da chamada "bruxaria quádrupla" (quadruple witching), altura em que se dá o vencimento simultâneo de quatro contratos: futuros e opções sobre índices e acções, tanto nos EUA como na Europa. O nome do dia faz referência aos quatro vencimentos e às bruxas.

E porquê a referência às bruxas? Os mercados têm o termo ‘witching hour’, que é a última hora de negociação da sessão bolsista. Diz a lenda que a hora da bruxa é um curto período em que quem pratica bruxaria fica especialmente mais activo e poderoso. Uma vez que o vencimento destes quatro tipos de contratos exerce grande influência no desempenho do mercado, o termo é tido como adequado para a situação. O ‘quadruple witching’ ocorre quatro vezes por ano, nas terceiras sextas-feiras dos meses de Março, Junho, Setembro e Dezembro.


Fonte: Jornal de Negócios - Wall Street sem direcção definida em dia de "bruxaria quádrupla" (19 Dezembro 2014, 14:49)
http://www.negocios.pt/mercados/detalhe/wall_street_sem_direccao_definida_em_dia_de_bruxaria_quadrupla.html
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Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano (New) » 19/12/2014 15:45

apandres/Unience - A menos de dos semanas para el 2015, ¿Qué categorías han sido las estrellas (y las estrelladas) de 2014? (10:12 on December 19 2014)
https://www.unience.com/blogs-economia-finanzas/asset-allocation/a_menos_de_dos_semanas_para_el_2015_que_categorias_han_sido_las_estrellas_y_las_estrelladas_de_2014
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Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano (New) » 19/12/2014 15:32

VirtuaGod Escreveu:
casdio Escreveu:De facto tens razão. Uma pessoa olha para o passado a penar que o futuro vai ser igual quando raramente é :?


“History doesn't repeat itself, but it does rhyme.” Mark Twain

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VG, estás muito Zen. Imagem :wink:
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Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 19/12/2014 13:36

casdio Escreveu:De facto tens razão. Uma pessoa olha para o passado a penar que o futuro vai ser igual quando raramente é :?


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Re: Fundos à la carte

por casdio » 19/12/2014 13:08

R2 Escreveu:
casdio Escreveu:Pelo que tenho lido, o mercado Russo já teve quedas parecidas com estas em 1992. Está correto isto?
Se sim, podem mostrar fundos que invistam na Russia que existam desde essa altura? Ou então gráficos de fundos dessa altura, mesmo que já tenham acabado (os fundos).


casdio,
Tu achas que há alguma ligação entre a economia da Rússia atual e a Rússia de 1992, um ano a seguir ao desmembramento da URSS? É claro que não.

Preocupem-se mais com o Outlook do que com o track record "pré-histórico". Lisboa e o Vale do Tejo são atravessados por uma grande falha geológica, ou seja, é uma zona territorial com uma relativa elevada probabilidade sísmica, então só porque em 1755 houve um grande terramoto em Lisboa, tu achas que esse track record sísmico é suficiente para nós deixarmos de viver nesta região? É claro que não.

Abraço.

De facto tens razão. Uma pessoa olha para o passado a penar que o futuro vai ser igual quando raramente é :?
 
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Re: Fundos à la carte

por pcm1979 » 19/12/2014 11:48

R2 Escreveu:
pcm1979 Escreveu:Hoje dei ordem de entrada no UBS (LUX) BS BRAZIL (USD) P-ACC , precisamente por achar que é um bom ponto de entrada :-k
Aproveitar um repique e sair logo que possa. :pray:


pcm1979,
Tu foste para o Brasil para aproveitar o possivel ressalto positivo a seguir ao afundanço, e aquilo que eu tenho para te dizer é que se o Brasil tiver um ressalto de Y então eu acho que há países, zonas geográficas e setores específicos que devem ter um ressalto de 3-5Y.
Eu esperava mais tempo para ver melhor a politica e alguns dos seus resultados do novo ministro das finanças que veio do Bradesco, para depois se decidir o investimento ou não.

Abraço.


R2, o fundo em que entrei é de obrigações, melhor dizendo, de dívida soberana brasileira. Custa-me entender como funciona um fundo de obrigações, podes dar-me uma pequena explicação? A cotação desce e sobe em que situações? Só vejo explicação para quedas o câmbio BRL/USD e a cotação da dívida estar cada vez mais acima do par, é isso?
 
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Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano (New) » 19/12/2014 4:45

zeef Escreveu:O best nao comercializa fundos da Polar? ou só por papel?

Apesar de pouco historico, olhem para a performance do mesmo:

http://www.morningstar.co.uk/uk/funds/s ... F00000QNS3

zeef



Não uses a Morningstar UK, ela converte tudo para GBP, distorcendo a performance dos fundos. Usa sempre as Morningstar de países da Zona Euro, por exemplo, a Morningstar ES; IT; FR, DE.

Esse fundo só pede de investimento inicial, 10.000.000 USD. Se tiveres, posso ser teu conselheiro pessoal. :lol:

A versão de retalho possivelmente será esta, e em EUR, IE00B3VXGD32, pois é a classe com maiores comissões.

Pelo que analisei, a estrutura legal desse fundo, um OEIC domiciliado na Irlanda, permite ser comercializado em vários países, já o é por exemplo em Espanha. Se tens interesse nele, ou em outros que oficialmente o Best não tem, é só enviares 1 email ao teu PFA. Se tiveres sorte de apanhares 1 PFA proactivo, as tuas hipóteses aumentam. O meu PFA, já me conhece, e procura sempre realizar os meus pedidos de fundos que nem sequer o Best, conhece. Só depende da Direcção de Investimento ser receptiva ou não. :wink:


Pelo o que sei, oficialmente, o Best não comercializa fundos da Polar Capital LLP.


Os fundos que vocês analisarem no Inversis Banco ou no seu ficheiro Excel, se o Best não comercializar oficialmente, só têm uma opção, é tentar obter, se não tentarem, não saberão. E a conseguirem os fundos, é natural o preenchimento de impresso para o subscreverem.
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Re: Fundos à la carte

por zeef » 19/12/2014 3:19

O best nao comercializa fundos da Polar? ou só por papel?

Apesar de pouco historico, olhem para a performance do mesmo:

http://www.morningstar.co.uk/uk/funds/s ... F00000QNS3

zeef
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Re: Fundos à la carte

por zeef » 19/12/2014 3:13

chico_laranja Escreveu:zeef

Os meus fundos de açoes, levaram alguma porrada, nomeadamente o UBS (Lux) Eq S - Europn Opport Unconstr (EUR) P-a (LU0723564463), que está com -6.
Sendo o desvio padrão do fundo 10.64 %, tenho um stop loss mental de -10.


Apenas uma nota.

Aguenta firme e hirto pois apenas tiveste o que já todos tivemos e eu sou especialista: maus momentos de entrada :twisted:


Obrigado pelas dicas chico,

Aguentando =)
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Re: Fundos à la carte

por zeef » 19/12/2014 3:01

Rick Lusitano (New) Escreveu:
zeef Escreveu:
R2 Escreveu:Boas,

A queda brutal dos FI da Rússia no dia 16 de dezembro e a brutal desvalorização YTD.

Boas dicas as noçoes de “Fund Size (Mil)” e “Share Class Size (Mil)”. Já tinha uma noçao, mas assim ficou mais clarificado.

Parece que chegaram os saldos à Russia.

Os meus fundos de açoes, levaram alguma porrada, nomeadamente o UBS (Lux) Eq S - Europn Opport Unconstr (EUR) P-a (LU0723564463), que está com -6.
Sendo o desvio padrão do fundo 10.64 %, tenho um stop loss mental de -10.

Acham que é uma boa estratégia?

É nestas alturas que nao sei se deva reforçar.. ou deixar andar, nunca se sabe se desce mais ou se já começou arrancar pra cima..

Tinha 500 euritos em liquidez agora para reforçar ou entrar em alguma oportunidade.. =)

Quais achas que seriam os fundos com boas oportunidades para 2015 R2?

zeef



Amigo Zeef, todos nós estamos a levar um porradão. Uns já estão habituados, outros estão noutras fases de experiência e resistência mental.

Penso que existe um padrão "pre~Fed", nas 2 semanas que antecedem as declarações do Fed, os mercados caem, tanto acções como obrigações. É os longos medrosos, que fazem mais-valias, ou tentam reduzir as menos-valias, porque não sabem o que vai sair das declarações do Fed. É os shorts (não confundir com roupa masculina) a aparecer em força a espera de determinada reação nos mercados. Mas após as declarações, os shorts ou continuam a shortar ou compram os activos que estavam a shortar, para capturem os lucros e reduzir os pontenciais prejuizos, no caso de existir declarações favoráveis aos mercados. O que provoca por si, um ressalto para Norte, que juntamente com as boas noticias do Fed, provocam um rally nos mercados.


Nota: O Fed falou nesta 4ª feira, que normalmente é pelas 19:00-20:00 Hora de Portugal Continental. A Inflação nos EUA está a descer, actualmente, subiu apenas 1,3% anual, principalmente devido á queda do preço do Petróleo. Ora se o Fed quer ter a inflação na faixa dos 2%. Vai ter de continuar a ter uma postura de inundar os mercados com dinheiro barato.

Bloomberg - Biggest Price Drop Since 2008 Lifts U.S. Consumers: Economy (Dec 17, 2014 7:51 PM GMT)
http://www.bloomberg.com/news/2014-12-17/consumer-prices-in-u-s-decrease-by-most-in-six-years-on-fuel.html

Jornal de Negócios - Fed reduz estimativas para a inflação e informa que será "paciente" na subida dos juros (17 Dezembro 2014, 19:27)
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/fed_reduz_previsoes_para_a_inflacao_e_aforma_que_sera_paciente_na_subida_dos_juros.html

Jornal de Negócios - Yellen: Ser paciente quer dizer que os juros não sobem nas próximas reuniões da Fed (17 Dezembro 2014, 21:07)
http://www.negocios.pt/economia/detalhe/yellen_patience_means_no_rate_moves_next_few_meetings.html


Zeef, eu esperaria sempre por uma inversão de tendência, mas que seja de mais de 3-4 dias, porque podem existir um ressalto de pouco duração e os mercados continuar a cair.


Zeef, é bom estas quedas, mais vale cair uns 5% de cada vez e recuperar, do que cair 10% ou mais de uma só vez. E depois é bom para quem começa, para sentir que os mercados não têm só um sentido, o ascendente, também existe o descendente e a lateralização. Para além do que principalmente, é muito bom, para ganharem "calo", é só nas quedas, é que sentimos verdadeiramente na pele, ou aguentamos e ficamos mais fortes psicologicamente e experientes, ou não aguentamos a pressão psicologica e escolhemos produtos financeiros com menos volatilidade.

Hoje, já viste um "cheirinho" das bolsas a subir. Estou a ver, que vamos não só recuperar estas quedas, como vamos fechar o mês com mais guito, que tínhamos antes das quedas. :pray:

Jornal de Negócios - S&P 500 regista maior subida desde Outubro de 2013 com energia e Fed a impulsionarem (17 Dezembro 2014, 21:30)
http://www.negocios.pt/mercados/detalhe/sp_500_regista_maior_subida_desde_outubro_de_2013_com_energia_e_fed_a_impulsionarem.html



Estou com umas ideias de incluir uns fundos mais arriscados na 1ª página. Sendo um dos temas que vou investir com pouca %, para longo prazo, na Grande China, assim denominada porque inclui Hong-Kong (que era o único mercado, que os estrangeiros podiam investir, era considerado um mercado indirecto para as empresas Chinesas e eram denominados os fundos como Acções ou Obrigações China), Shanghai (China Continental, mercado directo e de maior oferta) e Taiwan. A ideia que tenho por detrás desta "aposta", a China é a 2ª economia mundial, o país com maior população, a crescer no mínimo 7% anualizados. E se o maior fundo soberano, o "Government Pension Fund of Norway", investe na China para longo prazo, quem sou eu para questionar esta escolha. :wink:

Segundo o tenho lido, espera-se que a ligação entre as bolsas de Hong-Kong e Shanghai, no dia 17/Novembro deste ano, que trouxe um rally na bolsa de Shanghai, em que os investidores começaram a deixar de investir na bolsa de Hong-Kong e passar a investir directamente em Shanghai, provoque a continuação do rally nos próximos 2 anos. E para além que a bolsa de Hong-Kong, começa a ficar mais "barata", devido á fuga dos investidores para a bolsa da China Continental. Mas isto, sou a pensar e vale o que vale. :wink:



Obrigado pelas dicas.

Hoje todas as bolsas positivas hihi e o meu fundinho BGF World Healthscience E2 EUR (LU0171309270), subiu 4.39 % , ficando já verdinho =)

Só tenho pena de nao ter já a conta em dólares..queria entrar no de Biotecnolodia (apesar de mt sobreaquecido), mas o meu PFA demora muito a responder =)

Boa Ideia essa de criar uma página com os fundos mais arriscados.

Rick e bedrock, já pensaram tambem em fazer uns videos para ajudar o pessoal? Do genero a falar das ferramentes que usam, como navegam pelos site etc.. =)

E criar também uma zona para oportunidades de entrada em fundos.

zeef
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