Fundos à la carte
Re: Fundos à la carte
Apenas mais uma nota e como os nºs podem enganar os menos atentos.
Infelizmente o momento negro de 2007-2009 está a fugir das estatísticas pois acabou há 5 anos.
Era interessante a MS ter dados a 7 ou 8 anos pois aí apanhava em cheio com a queda do Subprime e com a recuperação.
É bastante comum olhar para os ganhos a 5 anos de fundos de acções e vermos 20-25% anualizados .
É preciso é contextualizar isso pois 5 anos bate certo com o fundo pós crise sub-prime pelo que são nºs irreais.
Infelizmente o momento negro de 2007-2009 está a fugir das estatísticas pois acabou há 5 anos.
Era interessante a MS ter dados a 7 ou 8 anos pois aí apanhava em cheio com a queda do Subprime e com a recuperação.
É bastante comum olhar para os ganhos a 5 anos de fundos de acções e vermos 20-25% anualizados .
É preciso é contextualizar isso pois 5 anos bate certo com o fundo pós crise sub-prime pelo que são nºs irreais.
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
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Re: Fundos à la carte
scapy11 Escreveu:
Boas Chico,
Sim, eu sei, esse iria por uma pequena percentagem da minha carteira entre 5 a 10%, sendo um mercado muito volatil, nao iria alocar muito para tentar dormir descansado
De resto achas que está bem diversificada, alteravas alguma?
Obrigado pela ajuda
scapy
Eu não dava mais de 2.5-5% a esse fundo.
De resto depende um pouco do que queres.
Se o CS Glbl Prestige é para apostar no sector do consumo é melhor o Eurizon Consumer Staples(ou similares) mas obriga a entrar logo com quase 200€ (UP a quase 180€). É mais calmo que o CS pois aposta em mainstreams e o CS aposta apenas nas marcas de luxo logo o Eurizon sofre menos pois Longines ou Louis Vuitton não se compra sempre mas cereais para comer e sabão para tomar banho usa-se sempre.
Olhando para os números neste caso concreto:
DPx3 é algo que pode acontecer em situações catastróficas logo um fundo com DP de 13% poderá perder 40% numa queda grande(pode ser em ano e meio. Em 2008 a queda começou em Nov-Dez/07 e acabou em Fev/09) mas um com DP de 17 já poderá perder 50% do seu valor nesse mesmo espaço.
Nesse período fatídico o CS(LU0254360752) fez um Draw Down onde passou de 12.2€@10-11-2007 a 5.14€@9-03-2009. Uma queda de 57.87% em 16 meses
O draw dawn do Eurizon (LU0155230690) passou de 125.18€@14-12-2007 a 85.8€@11-03-2009. Uma queda de 31.46%
Desde esse fundo o Cs subiu 264.59% e o Eurizon subiu 106.60%.
Se contarmos desde o momento antes do draw down os ganhos do CS perdem toda a espectacularidade pois o Eurizon subiu 41.60 e o CS subiu 53.6. Para um retorno extra de 12% desde fins de 2007 (6 anos e pouco) passaste por momentos de euforia e de angústia muito maiores no CS.
Tu melhor que ninguém sabes o que aguentas e mesmo assim acho que ninguém sabe a não ser quando elas acontecem na realidade. Uma coisa é dizer "Eu aguento 40% de perdas" outra coisa é aguentar o dedo sobre o botão de "Vender" mas não clicar quando estamos a ver quedas diárias de 3-4% e no fundo a ver o dinheiro esfumar-se e sem fim à vista para essas quedas pois só se sabe que parou a meados de fevereiro/2009 passado um tempo, na altura Março foi apenas mais um ressalto ao fim de tantos outros.
De resto a carteira parece equilibrada mas depende muito dos pesos que colocas em cada fracção
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Re: Fundos à la carte
Apesar de ser um fundo sem história, qual a vossa opinião sobre a composição dos seus ativos?
Jupiter JGF Dynamic Bond Fund L Class Euro - LU0459992896
Obrigado
Jupiter JGF Dynamic Bond Fund L Class Euro - LU0459992896
Obrigado
Os meus desenhos ... https://invest-xpto.webnode.pt/
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Re: Fundos à la carte
Chico_laranja Escreveu:scapy11
Tens apenas que ter cuidado com o LU0390137973 Templeton Frontier Markets N Acc € 5
É assente em países com mercados muito especulativos e até manipulados, quer por forças políticas quer por forças económicas. Tens que ter algum sangue frio com ele e não te assustares com quedas de 3 ou 4% num dia mau ou subidas estrondosas na mesma grandeza em dias bons
Boas Chico,
Sim, eu sei, esse iria por uma pequena percentagem da minha carteira entre 5 a 10%, sendo um mercado muito volatil, nao iria alocar muito para tentar dormir descansado
De resto achas que está bem diversificada, alteravas alguma?
Obrigado pela ajuda
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Re: Fundos à la carte
scapy11
Tens apenas que ter cuidado com o LU0390137973 Templeton Frontier Markets N Acc € 5
É assente em países com mercados muito especulativos e até manipulados, quer por forças políticas quer por forças económicas. Tens que ter algum sangue frio com ele e não te assustares com quedas de 3 ou 4% num dia mau ou subidas estrondosas na mesma grandeza em dias bons
Tens apenas que ter cuidado com o LU0390137973 Templeton Frontier Markets N Acc € 5
É assente em países com mercados muito especulativos e até manipulados, quer por forças políticas quer por forças económicas. Tens que ter algum sangue frio com ele e não te assustares com quedas de 3 ou 4% num dia mau ou subidas estrondosas na mesma grandeza em dias bons
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
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Re: Fundos à la carte
Rick Lusitano Escreveu:Quem quer comentar este artigo da Deco Proteste, sobre fundos de investimento?
É um bom teste para o vosso espírito critico. Vocês seguiriam estes conselhos da Deco Proteste?
Deco Proteste/Jornal de Negocios - Suíça: Investir à sombra dos Alpes (03 Março 2014, 10:18)
http://www.jornaldenegocios.pt/especiais/contribuicoes_externas/analises_deco/detalhe/suica_investir_a_sombra_dos_alpes.html
@Rick: Falar em diversificação através do mercado helvético, quando nas carteiras da Deco Proteste o peso das ações das empresas suíças ser de 5% e as obrigações terem também o peso de 5%, não achas que é uma muito pequena diversificação e um pequeno refúgio? Se é um pequeno refúgio, então é uma pequeníssima almofada amortecedora nas situações desfavoráveis do mercado global. Por outro lado, as grandes empresas suíças (Nestlé, UBS, Novartis, Roche, etc) já fazem parte do mercado setorial e global, pelo que, no mercado acionista, não estou a ver a grande vantagem desta diversificação se possuirmos fundos dos setores de consumo, financeiro e de saúde, aonde com certeza aquelas empresas estão incluídas pelo facto de serem grandes e de referência. Ou seja, o mercado acionista helvético iria baixar pouco a correlação da carteira, pelo que não iria funcionar como um adequado contrapeso ou amortecedor das situações desfavoráveis do mercado global.
Quanto à questão das obrigações em francos suíços como moeda refúgio, isto também pode ser discutível, pois para mim o mercado forex é uma espécie de casino em que as regras do jogo são alteradas bastas vezes pela Fed e bancos centrais, manipulando assim o mercado cambial, pelo que em vez de "mercado forex" deveria designar-se por "casino forex".
Abr,
BedRock
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Re: Fundos à la carte
Boa noite a todos,
Antes de tudo, sou daquelas users, que sigo este tópico e do VG, mas nunca comento como o Ricky disse a threads atrás
Aproveitei visto terem lançado o desafio dos 3 Mosqueteiros, para criar uma carteira de fundos. Embora o tempo não seja muito.
Estou a pensar ter uma carteira 50-50, não sei se deveria diversificar em mais algum sector, tipo Commodities ou outro.
A carteira que ponderei, após analisar as que tem no BB, foi a seguinte:
Bonds
Isin Nome Fundo Risco
LU0173776989 Nordea-1 European Covered Bond E EUR 3
LU0170474000 Templeton European Total Return N Acc € 3
LU0355584037 JPM EU Government Bd D (acc)-EUR 3
LU0189846529 AXA WF Euro Credit Plus EC EUR 3
LU0260870745 Templeton Glbl Total Return N Acc € 4
Accoes
Isin Nome Fundo Risco
LU0188151095 Franklin European Sm-Md Cap Gr N Acc € 5
LU0122612764 Franklin European Growth N Acc € 5
LU0260869903 Franklin US Opportunities N Acc € 6
LU0390137973 Templeton Frontier Markets N Acc € 5
LU0352131980 Franklin US Focus N Acc €-H1 6
LU0129338272 CS EF (Lux) Global Value B EUR 5
São fundos, como dizem low-cost, visto não gostar de entrar com muito capital, visto nao ter assim tanto.
O que acham? Que alteravam nesta carteira?
Desculpem se estiver mal formatado.
Cumps
Antes de tudo, sou daquelas users, que sigo este tópico e do VG, mas nunca comento como o Ricky disse a threads atrás
Aproveitei visto terem lançado o desafio dos 3 Mosqueteiros, para criar uma carteira de fundos. Embora o tempo não seja muito.
Estou a pensar ter uma carteira 50-50, não sei se deveria diversificar em mais algum sector, tipo Commodities ou outro.
A carteira que ponderei, após analisar as que tem no BB, foi a seguinte:
Bonds
Isin Nome Fundo Risco
LU0173776989 Nordea-1 European Covered Bond E EUR 3
LU0170474000 Templeton European Total Return N Acc € 3
LU0355584037 JPM EU Government Bd D (acc)-EUR 3
LU0189846529 AXA WF Euro Credit Plus EC EUR 3
LU0260870745 Templeton Glbl Total Return N Acc € 4
Accoes
Isin Nome Fundo Risco
LU0188151095 Franklin European Sm-Md Cap Gr N Acc € 5
LU0122612764 Franklin European Growth N Acc € 5
LU0260869903 Franklin US Opportunities N Acc € 6
LU0390137973 Templeton Frontier Markets N Acc € 5
LU0352131980 Franklin US Focus N Acc €-H1 6
LU0129338272 CS EF (Lux) Global Value B EUR 5
São fundos, como dizem low-cost, visto não gostar de entrar com muito capital, visto nao ter assim tanto.
O que acham? Que alteravam nesta carteira?
Desculpem se estiver mal formatado.
Cumps
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Re: Fundos à la carte
Quem quer comentar este artigo da Deco Proteste, sobre fundos de investimento?
É um bom teste para o vosso espírito critico. Vocês seguiriam estes conselhos da Deco Proteste?
Deco Proteste/Jornal de Negocios - Suíça: Investir à sombra dos Alpes (03 Março 2014, 10:18)
http://www.jornaldenegocios.pt/especiais/contribuicoes_externas/analises_deco/detalhe/suica_investir_a_sombra_dos_alpes.html
É um bom teste para o vosso espírito critico. Vocês seguiriam estes conselhos da Deco Proteste?
Deco Proteste/Jornal de Negocios - Suíça: Investir à sombra dos Alpes (03 Março 2014, 10:18)
http://www.jornaldenegocios.pt/especiais/contribuicoes_externas/analises_deco/detalhe/suica_investir_a_sombra_dos_alpes.html
Fundos à la carte - UCITS (SICAV, OEIC, Unit Trusts, FCP), Investment Trusts & US mutual funds
Fundos de Investimento, Mercados Financeiros, Gestão de Carteiras, Alternative Finance, FinTech
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Re: Fundos à la carte
Boas,
Quando confrontamos o risco entre fundos acionistas não devemos comparar apenas os seus desvios padrão, mas também comparar os vários parâmetros de análise fundamental que revelam o estado de saúde do investimento nas ações das empresas constituintes desses fundos. Nesse sentido, para ajudar à análise de confronto entre os fundos acionistas do presente "torneio de fundos", procedi a uma pequena edição de um texto colocado pelo file 112 no Tópico do VG em meados do passado mês de dezembro, que a seguir transcrevo:
Análise fundamental e os respetivos parâmetros de avaliação usados pela Morningstar.
Quando se consulta o comportamento de um fundo de investimento acionista na Morningstar.pt, no separador “carteira” aparece em castelhano o seguinte: “Valoración de la inversión” (Avaliação do investimento) e por baixo aparecem os seguintes rácios: P/E, P/B, Price/Sales, P/CF e Dividend-Yield Factor. Assim, para quem não sabe, vou explicar os referidos rácios que são parâmetros de análise fundamental, os quais, juntamente com a análise técnica, constituem conhecimentos fundamentais que um investidor deve possuir.
Para vermos o factor de risco de um investimento num qualquer fundo acionista, não basta ir ver o desvio padrão a 3 anos na Morningstar mas também ir ver aqueles rácios acima referidos, os quais indicam o estado de saúde do investimento.
Há duas maneiras de avaliar as ações de uma empresa: a primeira é usar análise fundamental, que analisa informações sobre a saúde financeira das empresas e o seu potencial de sucesso; a segunda é usar análise técnica, que analisa o comportamento passado dos preços das ações nas diferentes condições de mercado e as tentativas de prever o preço futuro das ações com base no mercado atual e no projetado/estimado mercado futuro e o volume de trading. Você com estes 2 tipos de informações técnicas fica mais apto para compreender e prever o comportamento passado e futuro das ações de uma empresa.
Escolher boas empresas, ou fundos com boas empresas, é a chave principal e determinante do sucesso de uma carteira, especialmente, de longo prazo.
Rácio P/E (Price/Earnings):
Este é o indicador mais importante de análise de uma empresa e corresponde ao preço de cotação atual das ações dessa empresa a dividir pelo ganho de cada ação. Este rácio pode ser relativo a um registo passado da empresa e neste caso usamos os ganhos dos últimos 12 meses, e também pode ser relativo a um rácio P/E futuro e aqui usamos os estimados ganhos do próximo ano projetados por um analista.
O rácio das ações P/E varia ao longo do tempo devido às mudanças do preço da sua ação, que varia diariamente, e às consequentes mudanças dos seus ganhos, que acontecem a cada trimestre.
Por exemplo, se uma empresa vendeu as suas ações a um preço de 20€ por ação, tendo ganho 2€ no ano passado e é projetado um ganho de 4€ no próximo ano, tem um rácio P/E do passado igual a 10 e um P/E futuro igual a 5. Assim, uma vez que você sabe o P/E para cada ação, então você pode ver se o lote de ações que está a ser vendido da empresa constitui um bom preço ou não.
Se a empresa em causa tiver um rácio P/E elevado, você deve esperar e não comprar nos próximos tempos ações dessa empresa, porque é mais difícil para um P/E elevado atender às altas expetativas de ganhos dos seus acionistas e dos analistas financeiros, que para o caso de um P/E baixo.
Rácio P/B (Price/Book):
O rácio Price/Book compara preço de uma ação com o quanto a ação vale a pena agora se alguém liquidasse a empresa. O cálculo do valor do book da empresa é feito através do valor de capital de liquidação, caso a empresa seja vendida, a dividir pelo nº de ações dessa empresa em circulação.
Por exemplo, se uma empresa fosse vendida por 50.000€ e se houvesse 10 ações dessa empresa em circulação, a cada uma caberia o valor de 5.000€. Este valor por ação é o book. Se atualmente se vendesse cada ação dessa empresa a 4.000€, então o rácio P/Book seria igual a 0.80 (4.000€/5.000€). Se este rácio for inferior a 1, significa que você está pagando menos pelas ações que o seu valor de liquidação. É claro que esse é o objetivo, porque se a empresa for à falência, você deve ainda receber o seu dinheiro de volta.
Rácio Price/Sales:
O rácio P/E compara preço com ganhos, o rácio P/Book compara preço com valor de liquidação e este rácio de Price/Sales compara preço com receitas de vendas.
Para calcular o rácio Price/Sales de uma ação basta pegar no valor total de mercado da empresa e dividi-lo pelo valor dos 4 últimos trimestres de receita de vendas. Às vezes vamos saber o preço por ação e as vendas por ação. Neste caso, o rácio Price/Sales também pode ser calculado através da divisão entre o valor do preço por ação e o valor das vendas por ação.
Por exemplo, se existem 10 ações em circulação de uma empresa e o preço atual é de 400€, essa empresa tem um valor total de mercado de 4.000€. Se a empresa tiver um valor de vendas nos últimos 4 trimestres de 10.000€, o seu rácio Price/Sales será de 0.40 (4.000€/10.000€).
Se efetuármos o cálculo através daqueles valores por ação chegamos ao mesmo valor de 0.40: O valor do preço por ação da empresa é de 400€ e o valor das suas vendas por ação é de 1.000€ (10.000€/10), logo o rácio Price/Sales é o mesmo de 0.40 (400€/1.000€).
Por vezes, algumas empresas podem usar contabilidade criativa, que de algum modo mascaram a realidade dos números, para empolar os seus supostos lucros, mas com o valor da receita de vendas não há manipulação possível (faturação objetiva), daí a importância deste rácio Price/Sales.
O ideal é ver na empresa grandes vendas e grandes lucros. Os dois não são mutuamente exclusivos.
Rácio Price/Cash-Flow (P/CF):
Este rácio é uma medida muito eficaz de avaliação de uma empresa. O estável fluxo de dinheiro de caixa que sobrou dos lucros depois de pagar as despesas, é o coração de sucesso do negócio. Este fluxo de caixa é o cash-flow.
Tal como a variável objetiva das vendas, o fluxo de caixa também evita truques contabilísticos que podem ser usados para aumentar os lucros de uma empresa. O parâmetro do cash-flow ainda é mais esclarecedor que a variável vendas, pois revela o que resultou das vendas após elas percorrerem toda a estrutura de despesas de uma empresa.
Projetando a capacidade de uma empresa de gerar dinheiro de caixa no futuro e olhando para quanto você está pagando agora por uma ação desse futuro fluxo de caixa, com o rácio Price/Cash-Flow é uma boa maneira de saber se você está a comprar uma pechincha ou a fazer um bom negócio, ou não.
Se nas operações de fluxo de caixa de uma empresa resultaram 80€ de cash-flow e se o preço atual de uma ação dessa empresa é de 400€, então o rácio P/CF é igual a 5 (400€/80€). Se o preço da ação da empresa sobe para 800€ (dobro) mas o cash-flow permanece constante em 80€, então o rácio P/CF sobe também para o dobro (10). Você está agora a pagar o dobro por este cash-flow em relação ao que pagava antes, indicando assim que o valor da ação agora já não é tanto uma pechincha ou um tão bom negócio como anteriormente.
O cash-flow é por vezes mais refinado e dá lugar ao cash-flow livre. A diferença é que o casf-flow livre corresponde ao dinheiro deixado após as operações de cash-flow pagarem os ativos de capital da empresa, os quais são tais como: terreno, edificações, máquinas, equipamentos, etc que a empresa possui. Bons investidores referem que o rendimento do cash-flow livre é o melhor indicador de previsão do excesso de retornos.
Dividend-Yield Factor:
O factor rentabilidade-dividendo de uma ação é o seu dividendo anual dividido pelo seu preço atual. Se uma empresa paga um dividendo trimestral de 0.15€, você assume que o dividendo anual é de 0.60€ (0.15€ x 4 = 0.60€). Se, por exemplo, o preço atual de uma ação de uma empresa é de 15€, então o factor rentabilidade-dividendo será de 0.04 (0.60€/15€ = 0.04) ou 4%.
O factor rentabilidade-dividendo revela muito sobre o preço das ações. Diz mais sobre o preço de uma ação do que sobre o dividendo de uma ação. Porquê? Porque há apenas dois números envolvidos. Se um número permanece constante, então é o outro número que vai provocar as alterações quaisquer que elas sejam. Na maior parte das empresas, o pagamento de dividendos permanece relativamente constante, o que deixa você com apenas o outro número para influenciar o factor rentabilidade-dividendo : o preço da ação. Este preço muda diariamente e a sua relação com o dividendo é imediatamente refletida neste factor.
Veja o que acontece com o exemplo atrás referido. Se o preço da ação da empresa sobe de 15€ para 30€, mas ela mantém o dividendo anual constante de 0.60€, então o seu factor cai para 2% em vez do anterior valor de 4%. Se o preço, em seguida, sobe para 60€, então o factor cai para 1%.
Se o dividendo permanece constante e o factor rentabilidade-dividendo se altera, você sabe que o preço da ação se está movendo. Neste caso, se este factor diminui, isto quer dizer que o preço da ação está subindo e, porventura, pode estar a ficar sobrevalorizada.
Abr,
BedRock
Quando confrontamos o risco entre fundos acionistas não devemos comparar apenas os seus desvios padrão, mas também comparar os vários parâmetros de análise fundamental que revelam o estado de saúde do investimento nas ações das empresas constituintes desses fundos. Nesse sentido, para ajudar à análise de confronto entre os fundos acionistas do presente "torneio de fundos", procedi a uma pequena edição de um texto colocado pelo file 112 no Tópico do VG em meados do passado mês de dezembro, que a seguir transcrevo:
Análise fundamental e os respetivos parâmetros de avaliação usados pela Morningstar.
Quando se consulta o comportamento de um fundo de investimento acionista na Morningstar.pt, no separador “carteira” aparece em castelhano o seguinte: “Valoración de la inversión” (Avaliação do investimento) e por baixo aparecem os seguintes rácios: P/E, P/B, Price/Sales, P/CF e Dividend-Yield Factor. Assim, para quem não sabe, vou explicar os referidos rácios que são parâmetros de análise fundamental, os quais, juntamente com a análise técnica, constituem conhecimentos fundamentais que um investidor deve possuir.
Para vermos o factor de risco de um investimento num qualquer fundo acionista, não basta ir ver o desvio padrão a 3 anos na Morningstar mas também ir ver aqueles rácios acima referidos, os quais indicam o estado de saúde do investimento.
Há duas maneiras de avaliar as ações de uma empresa: a primeira é usar análise fundamental, que analisa informações sobre a saúde financeira das empresas e o seu potencial de sucesso; a segunda é usar análise técnica, que analisa o comportamento passado dos preços das ações nas diferentes condições de mercado e as tentativas de prever o preço futuro das ações com base no mercado atual e no projetado/estimado mercado futuro e o volume de trading. Você com estes 2 tipos de informações técnicas fica mais apto para compreender e prever o comportamento passado e futuro das ações de uma empresa.
Escolher boas empresas, ou fundos com boas empresas, é a chave principal e determinante do sucesso de uma carteira, especialmente, de longo prazo.
Rácio P/E (Price/Earnings):
Este é o indicador mais importante de análise de uma empresa e corresponde ao preço de cotação atual das ações dessa empresa a dividir pelo ganho de cada ação. Este rácio pode ser relativo a um registo passado da empresa e neste caso usamos os ganhos dos últimos 12 meses, e também pode ser relativo a um rácio P/E futuro e aqui usamos os estimados ganhos do próximo ano projetados por um analista.
O rácio das ações P/E varia ao longo do tempo devido às mudanças do preço da sua ação, que varia diariamente, e às consequentes mudanças dos seus ganhos, que acontecem a cada trimestre.
Por exemplo, se uma empresa vendeu as suas ações a um preço de 20€ por ação, tendo ganho 2€ no ano passado e é projetado um ganho de 4€ no próximo ano, tem um rácio P/E do passado igual a 10 e um P/E futuro igual a 5. Assim, uma vez que você sabe o P/E para cada ação, então você pode ver se o lote de ações que está a ser vendido da empresa constitui um bom preço ou não.
Se a empresa em causa tiver um rácio P/E elevado, você deve esperar e não comprar nos próximos tempos ações dessa empresa, porque é mais difícil para um P/E elevado atender às altas expetativas de ganhos dos seus acionistas e dos analistas financeiros, que para o caso de um P/E baixo.
Rácio P/B (Price/Book):
O rácio Price/Book compara preço de uma ação com o quanto a ação vale a pena agora se alguém liquidasse a empresa. O cálculo do valor do book da empresa é feito através do valor de capital de liquidação, caso a empresa seja vendida, a dividir pelo nº de ações dessa empresa em circulação.
Por exemplo, se uma empresa fosse vendida por 50.000€ e se houvesse 10 ações dessa empresa em circulação, a cada uma caberia o valor de 5.000€. Este valor por ação é o book. Se atualmente se vendesse cada ação dessa empresa a 4.000€, então o rácio P/Book seria igual a 0.80 (4.000€/5.000€). Se este rácio for inferior a 1, significa que você está pagando menos pelas ações que o seu valor de liquidação. É claro que esse é o objetivo, porque se a empresa for à falência, você deve ainda receber o seu dinheiro de volta.
Rácio Price/Sales:
O rácio P/E compara preço com ganhos, o rácio P/Book compara preço com valor de liquidação e este rácio de Price/Sales compara preço com receitas de vendas.
Para calcular o rácio Price/Sales de uma ação basta pegar no valor total de mercado da empresa e dividi-lo pelo valor dos 4 últimos trimestres de receita de vendas. Às vezes vamos saber o preço por ação e as vendas por ação. Neste caso, o rácio Price/Sales também pode ser calculado através da divisão entre o valor do preço por ação e o valor das vendas por ação.
Por exemplo, se existem 10 ações em circulação de uma empresa e o preço atual é de 400€, essa empresa tem um valor total de mercado de 4.000€. Se a empresa tiver um valor de vendas nos últimos 4 trimestres de 10.000€, o seu rácio Price/Sales será de 0.40 (4.000€/10.000€).
Se efetuármos o cálculo através daqueles valores por ação chegamos ao mesmo valor de 0.40: O valor do preço por ação da empresa é de 400€ e o valor das suas vendas por ação é de 1.000€ (10.000€/10), logo o rácio Price/Sales é o mesmo de 0.40 (400€/1.000€).
Por vezes, algumas empresas podem usar contabilidade criativa, que de algum modo mascaram a realidade dos números, para empolar os seus supostos lucros, mas com o valor da receita de vendas não há manipulação possível (faturação objetiva), daí a importância deste rácio Price/Sales.
O ideal é ver na empresa grandes vendas e grandes lucros. Os dois não são mutuamente exclusivos.
Rácio Price/Cash-Flow (P/CF):
Este rácio é uma medida muito eficaz de avaliação de uma empresa. O estável fluxo de dinheiro de caixa que sobrou dos lucros depois de pagar as despesas, é o coração de sucesso do negócio. Este fluxo de caixa é o cash-flow.
Tal como a variável objetiva das vendas, o fluxo de caixa também evita truques contabilísticos que podem ser usados para aumentar os lucros de uma empresa. O parâmetro do cash-flow ainda é mais esclarecedor que a variável vendas, pois revela o que resultou das vendas após elas percorrerem toda a estrutura de despesas de uma empresa.
Projetando a capacidade de uma empresa de gerar dinheiro de caixa no futuro e olhando para quanto você está pagando agora por uma ação desse futuro fluxo de caixa, com o rácio Price/Cash-Flow é uma boa maneira de saber se você está a comprar uma pechincha ou a fazer um bom negócio, ou não.
Se nas operações de fluxo de caixa de uma empresa resultaram 80€ de cash-flow e se o preço atual de uma ação dessa empresa é de 400€, então o rácio P/CF é igual a 5 (400€/80€). Se o preço da ação da empresa sobe para 800€ (dobro) mas o cash-flow permanece constante em 80€, então o rácio P/CF sobe também para o dobro (10). Você está agora a pagar o dobro por este cash-flow em relação ao que pagava antes, indicando assim que o valor da ação agora já não é tanto uma pechincha ou um tão bom negócio como anteriormente.
O cash-flow é por vezes mais refinado e dá lugar ao cash-flow livre. A diferença é que o casf-flow livre corresponde ao dinheiro deixado após as operações de cash-flow pagarem os ativos de capital da empresa, os quais são tais como: terreno, edificações, máquinas, equipamentos, etc que a empresa possui. Bons investidores referem que o rendimento do cash-flow livre é o melhor indicador de previsão do excesso de retornos.
Dividend-Yield Factor:
O factor rentabilidade-dividendo de uma ação é o seu dividendo anual dividido pelo seu preço atual. Se uma empresa paga um dividendo trimestral de 0.15€, você assume que o dividendo anual é de 0.60€ (0.15€ x 4 = 0.60€). Se, por exemplo, o preço atual de uma ação de uma empresa é de 15€, então o factor rentabilidade-dividendo será de 0.04 (0.60€/15€ = 0.04) ou 4%.
O factor rentabilidade-dividendo revela muito sobre o preço das ações. Diz mais sobre o preço de uma ação do que sobre o dividendo de uma ação. Porquê? Porque há apenas dois números envolvidos. Se um número permanece constante, então é o outro número que vai provocar as alterações quaisquer que elas sejam. Na maior parte das empresas, o pagamento de dividendos permanece relativamente constante, o que deixa você com apenas o outro número para influenciar o factor rentabilidade-dividendo : o preço da ação. Este preço muda diariamente e a sua relação com o dividendo é imediatamente refletida neste factor.
Veja o que acontece com o exemplo atrás referido. Se o preço da ação da empresa sobe de 15€ para 30€, mas ela mantém o dividendo anual constante de 0.60€, então o seu factor cai para 2% em vez do anterior valor de 4%. Se o preço, em seguida, sobe para 60€, então o factor cai para 1%.
Se o dividendo permanece constante e o factor rentabilidade-dividendo se altera, você sabe que o preço da ação se está movendo. Neste caso, se este factor diminui, isto quer dizer que o preço da ação está subindo e, porventura, pode estar a ficar sobrevalorizada.
Abr,
BedRock
Editado pela última vez por BedRocK em 4/3/2014 0:18, num total de 2 vezes.
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Re: Fundos à la carte
Chico_laranja Escreveu:Por mim o prazo era apenas uma dead-line para que não ficasse por fazer ad eternum....
Dá para ter noção que há fundos comuns às diversas carteiras o que quer dizer que todos damos importância relevante a alguns aspectos .
Joker
Podes dar a tua participação quando quiseres.
Também a "limitação" dos 100 EUR, elimina a maioria dos fundos, daí, advém a grande "correlação" de escolhas.
Mas para o "Desafio", basta 1 fundo "low cost", ou seja, até 100 EUR, em cada nível de risco.
Não é preciso, criar diversificação de gestoras, domicilio dos fundos, ou de categorias e classes de activos. Isso virá depois.
Agora, o "Desafio" serve para dar a conhecer os níveis de risco, e as categorias que normalmente se encontram lá inseridas. E principalmente dar a conhecer, a cada um de nós, o nosso perfil de risco. É preferível, conhecer-nos, antes de começar-mos a investir, a fim de evitar, ter-mos sustos nas carteiras, depois.
Depois, lança-se, outros desafios, mais específicos, como a diversificação, correlações, ou seja os passos para a construção de uma carteira de longo prazo ("asset allocation").
(Já parece um curso de investimento em fundos de investimentos. )
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Re: Fundos à la carte
Por mim o prazo era apenas uma dead-line para que não ficasse por fazer ad eternum....
Dá para ter noção que há fundos comuns às diversas carteiras o que quer dizer que todos damos importância relevante a alguns aspectos .
Joker
Podes dar a tua participação quando quiseres.
Dá para ter noção que há fundos comuns às diversas carteiras o que quer dizer que todos damos importância relevante a alguns aspectos .
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Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
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Re: Fundos à la carte
O ficheiro Excel original que usei, é de ontem, e que apesar de não estar correctamente formatado, (o costume), deixo ficar para quem quiser consultar os dados dos fundos, já apresentados por todos e se alguém quiser ainda participar.
Nota: O "ClosePrice" do ficheiro, acrescentou dois zeros, no final do preço de cada UP. Portanto, 100,00 EUR, no ficheiro, está como 1.000.000.
Nota: O "ClosePrice" do ficheiro, acrescentou dois zeros, no final do preço de cada UP. Portanto, 100,00 EUR, no ficheiro, está como 1.000.000.
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Re: Fundos à la carte
Em relação ao "Desafio", de momento, estou em modo "apertado" de tempo, mas mais logo, vou comentar.
O Joker, realmente, falou comigo, ontem. Mas mostra o que tens feito. Se outros participantes quiserem te dar um tempinho para completares, para mim, não há stresses. O mesmo para outros participantes que queiram participar.
Eu escolhi os fundos, ontem depois do jantar, em 2-3 horas.
Isto é um exercício/jogo, não há vencedores e nem classificações. É uma troca de ideias, uma forma de aprendizagem.
O facto de existir, muitos leitores que não participam, demonstram que o tópico, tem valor, e que alguma coisa, ele tem de bom.
E que, quem participa, tem uma mais valia de conhecimentos.
Vê-se isso, pelas mais 30 mil visualizações que o tópico tem, em pouco mais de 4 meses de existência.
O que posso dizer com toda a certeza, é que todos os que participam no tópico, demonstram que têm valor.
Porque é preciso "coragem", para se expor, as suas ideias, dúvidas, receios, conhecimentos, etc.
Não há que ter medo, em participar neste tópico ou em outro. Ninguém é sábio, ninguém é perfeito, todos temos de aprender alguma coisa.
O Joker, realmente, falou comigo, ontem. Mas mostra o que tens feito. Se outros participantes quiserem te dar um tempinho para completares, para mim, não há stresses. O mesmo para outros participantes que queiram participar.
Eu escolhi os fundos, ontem depois do jantar, em 2-3 horas.
Isto é um exercício/jogo, não há vencedores e nem classificações. É uma troca de ideias, uma forma de aprendizagem.
O facto de existir, muitos leitores que não participam, demonstram que o tópico, tem valor, e que alguma coisa, ele tem de bom.
E que, quem participa, tem uma mais valia de conhecimentos.
Vê-se isso, pelas mais 30 mil visualizações que o tópico tem, em pouco mais de 4 meses de existência.
O que posso dizer com toda a certeza, é que todos os que participam no tópico, demonstram que têm valor.
Porque é preciso "coragem", para se expor, as suas ideias, dúvidas, receios, conhecimentos, etc.
Não há que ter medo, em participar neste tópico ou em outro. Ninguém é sábio, ninguém é perfeito, todos temos de aprender alguma coisa.
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Re: Fundos à la carte
Amiais Escreveu:Rick, novidades do(s) hipermercado(s) de fundos?
Parece que sim...
Esperando para ver, o que vêm lá.
Se será bom ou mau, só o tempo vai desvendar...
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Re: Fundos à la carte
Chico_laranja Escreveu:Rick
Para dar um pouco de segurança em momentos de tempestade não te faltam por aí Obrigações Governamentais?
Tens uma carteira bem agressiva
Esperava era mais participações neste "torneio"
Eu cheguei muito tarde ao "torneio" e não tive tempo para aquecer os "músculos" e então não podia entrar a frio, senão ainda podia arranjar alguma "lesão", mas prometo que irei analisar comparativamente as vossas carteiras.
Uma das conclusões que se pode tirar da participação no "torneio" é a de que há muitos "jogadores de bancada", de qualquer maneira a análise das vossa carteiras ainda vai dar "pano para muitas mangas", o que será bom para aprendermos uns com os outros.
Um abraço, especialmente aos que apresentaram as carteiras.
BedRock
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Re: Fundos à la carte
Boa tarde
Já me desculpei ontem por PM ao Rick, mas por falta de tempo foi-me de todo impossível respeitar a data/hora final para envio das carteiras.
Ao final da tarde de ontem ainda só tinha definidos os fundos para as categorias Risco Baixo e Risco Médio-Baixo.
Continuarei sempre por aqui, tal como tem acontecido, a participar na medida dos meus conhecimentos e possibilidades.
Ainda tenho muito a aprender com todos vós.
jokerportuga
Já me desculpei ontem por PM ao Rick, mas por falta de tempo foi-me de todo impossível respeitar a data/hora final para envio das carteiras.
Ao final da tarde de ontem ainda só tinha definidos os fundos para as categorias Risco Baixo e Risco Médio-Baixo.
Continuarei sempre por aqui, tal como tem acontecido, a participar na medida dos meus conhecimentos e possibilidades.
Ainda tenho muito a aprender com todos vós.
jokerportuga
Re: Fundos à la carte
Rick
Para dar um pouco de segurança em momentos de tempestade não te faltam por aí Obrigações Governamentais?
Tens uma carteira bem agressiva
Esperava era mais participações neste "torneio"
Para dar um pouco de segurança em momentos de tempestade não te faltam por aí Obrigações Governamentais?
Tens uma carteira bem agressiva
Esperava era mais participações neste "torneio"
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Re: Fundos à la carte
wokie Escreveu:Eis as minhas escolhas, de novato.
As minhas escolhas foram com o objetivo de entrar no desafio. Objetivo esse de conhecer as várias categorias existentes nos fundos, esmiuçar os vários itens que possam conter, e descobrir esse mundo dos fundos com a vossa ajuda. Obrigado
Lista “Wokie D`Artagnan”
Risco Baixo DP 12 e DP 36 ( < 5% )
AXA World Funds Euro Credit Plus E Capitalisation EUR - LU0189846529
Espírito Santo Plano Prudente - Fundo de Investimento Aberto Flexível - PTYEVELM0008
Nordea-1 European Covered Bond Fund E EUR - LU0173776989
Risco Médio Baixo DP 12 e DP 36 ( 5% < 8% )
JPMorgan Funds – EU Government Bond D (acc) – EUR - LU0355584037
Templeton Global Balanced N Acc € - LU0140420323
UBS (Lux) Strategy Fund - Growth (EUR) N-acc - LU0167296127
Risco Médio DP 12 e DP 36 ( 8% < 10% )
Eurizon EasyFund Equity Pharma LTE R - LU0114064081
JPMorgan Funds – Europe High Yield Bond D (acc) – EUR - LU0117897578
JPMorgan Investment Funds – Global Capital Appreciation D (acc) – EUR - LU0115098948
Risco Médio DP 12 e DP 36 ( 10% < 15% )
Threadneedle Investment Funds - Threadneedle European Smaller Companies Retail Net EUR Acc - GB0002771383
Threadneedle Investment Funds - Threadneedle American Retail Net EUR Acc - GB00B0WGW982
JPMorgan Funds – Europe Equity Plus D (acc) – EUR - LU0289214628
Risco Alto > 15%
Nordea-1 Nordic Equity Small Cap Fund E EUR - LU0278528822
JPMorgan Funds – Europe Focus D (acc) – EUR - LU0169525671
JPMorgan Funds - JPMorgan Japan Equity D (acc) – EUR - LU0217390813
Cumprimentos
Wokie
Para quem se dizia "rokie" não está nada mau
Reparos extra números:
Tens 4 fundos "mistos" o que quer dizer que em quase 1/3 da tua escolha não sabes bem o que actualmente tens.
Nos fundos mistos basicamente a gestão do fundo decide alterar o rácio Obrigações, Acções, outros conforme ache melhor e dentro das regras do fundo e só o sabes à posteriori.
Por um lado é bom se a gestão tiver operações certeiras por outro lado aumenta a indefinição.
Nos fundos de acções tens: 1 fundo sectorial, 1 fundo Japão, 1 fundo US, 1 fundo escandinávia+Dinamarca e 3 fundos europeus que incluem a zona do anterior. Basicamente focas a tua aplicação de acções na Europa. Algum motivo específico? Muito crêem que a Europa vá subir mais que os US. Também acreditas ou nem por isso.
Tipicamente o mundo das acções é geograficamente distribuído por: 50% US, 20% Europa, 10% Japão e o resto(20%) é resto do mundo.
Como podes ver tens uma grande exposição ao mercado europeu. Pode ser bom ou mau. Tens é que ter essa consciência
Mais e melhor análise exige estudar os nºs, correlações, sobreposições, etc....
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Re: Fundos à la carte
Rick, novidades do(s) hipermercado(s) de fundos?
Re: Fundos à la carte
Não tive tempo para participar, mas agradeço a todos os contributos :-) Uma boa iniciativa Rick e muitos brownie points para todos os que participaram.
Para discutir e comparar seria interessante ter os desvios padrões (12m/36m?) e as valorizações (12/36m?) dos diversos fundos.
Para discutir e comparar seria interessante ter os desvios padrões (12m/36m?) e as valorizações (12/36m?) dos diversos fundos.
Re: Fundos à la carte
Sobre a questão, julgo que do CoimbraPT, sobre como escolher dentro da gama de cada categoria eu tentei espalhar um pouco de forma a maximizar a diversificação.
Se dentro da gama dos até 5% de DP escolher tudo com DP de 4.5% em meio ano/1ano há a probabilidade real de todos os fundos que comprei como de risco baixo passarem para a categoria seguinte até porque muitos deles são correlacionados pois apostam nos mesmos cavalos de corrida
No meu caso tenho DP de 2.12%, 3.68% e 4.41%, Um de obrigações soberanas, um de obrigações diversificadas e um misto, que tem algumas acções para dar algum "sal" mas que sabe-se que em caso de queda das Obrigações também serve de protecção
Acabei por preferir o JPM ao Axa do Rick pois o Axa embora seja também um excelente fundo(também pensei nele) concentraria o DP@3A todo ele de volta dos 4% (o do Rick à data em que fiz o print dos dados do Best tem DP de 4.41.
Se dentro da gama dos até 5% de DP escolher tudo com DP de 4.5% em meio ano/1ano há a probabilidade real de todos os fundos que comprei como de risco baixo passarem para a categoria seguinte até porque muitos deles são correlacionados pois apostam nos mesmos cavalos de corrida
No meu caso tenho DP de 2.12%, 3.68% e 4.41%, Um de obrigações soberanas, um de obrigações diversificadas e um misto, que tem algumas acções para dar algum "sal" mas que sabe-se que em caso de queda das Obrigações também serve de protecção
Acabei por preferir o JPM ao Axa do Rick pois o Axa embora seja também um excelente fundo(também pensei nele) concentraria o DP@3A todo ele de volta dos 4% (o do Rick à data em que fiz o print dos dados do Best tem DP de 4.41.
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
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Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
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Desafio dos 3 Mosqueteiros
Desafio dos 3 Mosqueteiros
Não vou esperar pelas 23:59, para colocar a minha proposta.
Perante o vosso desafio de criar uma carteira de fundos toda de "low cost", "obrigaram-me" a quebrar as escolhas nos meus preferidos.
Mas ainda bem, porque acabei por aprender e olhar para alguns fundos, com outros olhos.
E perante o desafio do Sr. Chico, fiz uma carteira mais barata do que a carteira dele, menos 3,27 EUR, e adicionei mais 1 fundo a carteira. Acabei por fazer uma carteira de fundos diversificada por zonas geográficas.
Não vou esperar pelas 23:59, para colocar a minha proposta.
Perante o vosso desafio de criar uma carteira de fundos toda de "low cost", "obrigaram-me" a quebrar as escolhas nos meus preferidos.
Mas ainda bem, porque acabei por aprender e olhar para alguns fundos, com outros olhos.
E perante o desafio do Sr. Chico, fiz uma carteira mais barata do que a carteira dele, menos 3,27 EUR, e adicionei mais 1 fundo a carteira. Acabei por fazer uma carteira de fundos diversificada por zonas geográficas.
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Re: Fundos à la carte
Boas,
Regras fundamentais para enfrentar o difícil mercado acionista não normalizado.
A maior parte dos melhores resultados das aplicações em fundos de investimento é obtida quando agimos de maneira oposta ao que é mais intuitivo, de mais senso comum, mais natural ou mais normalizado.
O sucesso dos negócios empresariais, ditos normalizados, dependem essencialmente do conhecimento do core do negócio, de um cuidadoso planeamento do seu desenvolvimento, assumir riscos controlados e ser perseverante face às adversidades. No mundo dos negócios isto funciona porque o sucesso vem do trabalho duro e da persistência.
No entanto, essas pessoas bem sucedidas nos negócios, muitas vezes não têm êxito nos investimentos no mercado (ações, obrigações, …). Isto é devido, essencialmente, ao facto de persistirem com situações perdedoras e não se desembaraçarem delas atempadamente.
Nos negócios, não persistir com uma ideia que inicialmente não funciona é visto como uma fraqueza, no entanto, no mercado de ações, o rápido corte das perdas sobre um risco assumido que não está a resultar é um dos requisitos mais importantes para investir com sucesso no mercado.
Quando confrontados com a perda, muitas pessoas vão manter o seu investimento na esperança de que melhores dias virão. No entanto, quando presenteadas com um ganho, essas mesmas pessoas vão agarrá-lo rapidamente, através da venda extemporânea, e assim não deixar correr o ganho na sua plenitude. No mercado acionista, o que realmente funciona é o oposto, ou seja, cortar as perdas rapidamente e deixar correr os ganhos.
Este método baseia-se numa lógica simples: ao longo de um grande número de investimentos, a maioria deles vai resultar em pequenos ganhos ou pequenas perdas, sendo que os mesmos se tendem a anular mutuamente. No entanto, haverá um pequeno número de grandes perdas e um pequeno número semelhante de grandes ganhos. Por outras palavras, os ganhos e as perdas irão seguir, grosso modo, uma distribuição mais ou menos normalizada de Gauss. Os ganhos esperados versus risco do mercado não seguem verdadeiramente a curva de Gauss da média-variância, ou seja, os valores não se distribuem essencialmente à volta da média, como acontece na curva de Gauss em forma de sino de uma distribuição normal, sendo que a sua forma é mais ou menos achatada e com caudas/margens mais ou menos gordas.
Se adotármos uma estratégia de nunca deixar as perdas tornarem-se muito grandes, nós podemos cortar a cauda de grandes perdas na referida curva tipo sino. Desde que se deixem correr os ganhos, quando o mercado está a nosso favor, também teremos a cauda gorda dos grandes ganhos, para além das normais pequenas perdas e pequenos ganhos. Isto é a estratégia ideal, mas consegui-la é de mestre com muita sorte.
Normalmente, o resultado é que, no longo prazo, cerca de 80% dos ganhos dos investimentos provêm de cerca de 20% desses investimentos. Este é um princípio descoberto há cerca de um século por Vilfredo Pareto, sociólogo e economista italiano que faleceu em 1923, sendo que é conhecido pela lei de Pareto ou princípio 80/20, o qual refere que, para muitos fenómenos, 80% das consequências advêm de 20% das suas causas. Esta lei de Pareto é de muito ampla aplicação nas relações humanas, especialmente nos negócios.
Assim, um princípio fundamental do investimento é reduzir as perdas enquanto elas são pequenas e deixar correr os ganhos quando o mercado é favorável. Contudo, esta estratégia não é natural para a mente humana e para a alcançar requer uma grande disciplina. Compreender a forma como os prejuízos destroiem a nossa chance de sucesso é fundamental para o desenvolvimento dessa disciplina. Nós não podemos ganhar se perdermos muito.
Os vencedores sabem que, antes de tudo, devem permanecer no jogo, e se abrirem falência saem fora do jogo. O capital é investido no mercado para garantir um fluxo de dividendos e mais-valias e assim aumentar esse mesmo capital. A perda de capital vai impedir o investidor de obter ganhos no seu todo. A preservação de capital é o objetivo primordial de qualquer estratégia de investimento eficaz.
Por exemplo, se a nossa percentagem de perda de capital for de 10%, 30%, 50%, 70% e 90%; a percentagem de ganhos, no capital remanescente, para anular aquelas perdas, será de 11%, 43%, 100%, 233% e 900% respetivamente. As contas são fáceis de fazer: por exemplo, se nós investirmos inicialmente um capital de 100€ e se tivermos uma perda de 50% ficamos com 50€, pelo que, com este novo capital residual, para recuperar mos o capital inicial de 100€ precisamos agora de ter um ganho de outro tanto o capital residual, ou seja um lucro de 100%. Quem tem uma perda enorme de 90%, para recuperar o seu dinheiro, tem depois de obter um ganho de 900% sobre o capital remanescente. A matemática não engana: um capital remanescente de 0 ou quase 0 vezes um lucro infinito, terá o resultado de 0 ou quase 0, ou seja, foi morto financeiramente pelo jogo do mercado ou está um moribundo condenado à morte, por não ter sabido controlar as grandes perdas.
É claro que quanto maior for o capital perdido mais remota será a chance de que vamos recuperar até ao ponto de partida (break even), não bastando deixar apenas correr os ganhos.
Os investidores devem perceber que vão obter perdas nos investimentos e isso não vai acontecer só numa pequena parte dos investimentos, mas sim em muitos deles. Portanto, a primeira coisa a aprender é a disciplina para controlar as perdas. A maioria das pessoas pensa que a resposta está em desenvolver uma melhor análise, de modo a que menos más decisões sejam tomadas, contudo esta é normalmente inútil porque não há nenhum sistema de análise capaz de produzir a fiabilidade necessária em todas as condições do mercado. O único controlo eficaz é controlar as perdas e tomá-las enquanto são pequenas. Esta é que é a grande estratégia dos vencedores.
Há que seguir à letra um velho provérbio financeiro: cuida das perdas que os ganhos irão cuidar delas. Já sabemos que pequenas perdas e pequenos ganhos vão acontecer na maior parte do tempo, ao passo que as grandes perdas e os grandes ganhos só acontecem em períodos curtos de tempo, por isso é que o market timing é tão difícil ter sucesso.
Se à primeira vista esta estratégia seria tão simples de ser seguida, porque é que não é então seguida? A resposta está na psicologia humana perante o investimento: o medo, a ganância, o não arrependimento dos erros cometidos e o ego.
Os investidores tentam negar as perdas e encontrar sempre razões para a esperança do mercado virar. Da mesma forma, estamos com medo de deixar correr os ganhos por causa do medo de eles poderem evaporar. No mercado, o ditado que diz que nós não podemos ir à falência tomando um ganho, é falso.
Todo o nosso esforço deve ser dirigido para equilibrar todas as pequenas perdas e os pequenos ganhos, eliminar ou mitigar as grandes perdas e deixar que os ganhos se acumulem. Se pegarmos todos os nossos ganhos quando eles são pequenos, o melhor resultado que podemos esperar serão retornos medíocres. É muito provável que a maioria deixe arrastar uma ou duas grandes perdas e estas irão danificar gravemente a sua conta.
Não nos devemos seduzir pelos topos nem pelos fundos das cotações dos preços das ações, ou seja, aquela máxima de vender em alta e comprar em baixa é muito difícil de alcançar. Uma das principais atitudes que diferencia os vencedores no mercado dos investidores inexperientes é a sua atitude em não ir à procura da perfeição, pois há muito tempo que os vencedores sabem que o investimento no mercado não segue só algoritmos matemáticos ou uma qualquer fórmula de uma ciência exata. Ao contrário dos inexperientes, os vencedores não estão preocupados em vender na alta e comprar na baixa do mercado, mas sim em procuraram apenas pegar a maior parte da tendência de subida e pegar a menor parte de tendência de descida.
Abr,
BedRock
Regras fundamentais para enfrentar o difícil mercado acionista não normalizado.
A maior parte dos melhores resultados das aplicações em fundos de investimento é obtida quando agimos de maneira oposta ao que é mais intuitivo, de mais senso comum, mais natural ou mais normalizado.
O sucesso dos negócios empresariais, ditos normalizados, dependem essencialmente do conhecimento do core do negócio, de um cuidadoso planeamento do seu desenvolvimento, assumir riscos controlados e ser perseverante face às adversidades. No mundo dos negócios isto funciona porque o sucesso vem do trabalho duro e da persistência.
No entanto, essas pessoas bem sucedidas nos negócios, muitas vezes não têm êxito nos investimentos no mercado (ações, obrigações, …). Isto é devido, essencialmente, ao facto de persistirem com situações perdedoras e não se desembaraçarem delas atempadamente.
Nos negócios, não persistir com uma ideia que inicialmente não funciona é visto como uma fraqueza, no entanto, no mercado de ações, o rápido corte das perdas sobre um risco assumido que não está a resultar é um dos requisitos mais importantes para investir com sucesso no mercado.
Quando confrontados com a perda, muitas pessoas vão manter o seu investimento na esperança de que melhores dias virão. No entanto, quando presenteadas com um ganho, essas mesmas pessoas vão agarrá-lo rapidamente, através da venda extemporânea, e assim não deixar correr o ganho na sua plenitude. No mercado acionista, o que realmente funciona é o oposto, ou seja, cortar as perdas rapidamente e deixar correr os ganhos.
Este método baseia-se numa lógica simples: ao longo de um grande número de investimentos, a maioria deles vai resultar em pequenos ganhos ou pequenas perdas, sendo que os mesmos se tendem a anular mutuamente. No entanto, haverá um pequeno número de grandes perdas e um pequeno número semelhante de grandes ganhos. Por outras palavras, os ganhos e as perdas irão seguir, grosso modo, uma distribuição mais ou menos normalizada de Gauss. Os ganhos esperados versus risco do mercado não seguem verdadeiramente a curva de Gauss da média-variância, ou seja, os valores não se distribuem essencialmente à volta da média, como acontece na curva de Gauss em forma de sino de uma distribuição normal, sendo que a sua forma é mais ou menos achatada e com caudas/margens mais ou menos gordas.
Se adotármos uma estratégia de nunca deixar as perdas tornarem-se muito grandes, nós podemos cortar a cauda de grandes perdas na referida curva tipo sino. Desde que se deixem correr os ganhos, quando o mercado está a nosso favor, também teremos a cauda gorda dos grandes ganhos, para além das normais pequenas perdas e pequenos ganhos. Isto é a estratégia ideal, mas consegui-la é de mestre com muita sorte.
Normalmente, o resultado é que, no longo prazo, cerca de 80% dos ganhos dos investimentos provêm de cerca de 20% desses investimentos. Este é um princípio descoberto há cerca de um século por Vilfredo Pareto, sociólogo e economista italiano que faleceu em 1923, sendo que é conhecido pela lei de Pareto ou princípio 80/20, o qual refere que, para muitos fenómenos, 80% das consequências advêm de 20% das suas causas. Esta lei de Pareto é de muito ampla aplicação nas relações humanas, especialmente nos negócios.
Assim, um princípio fundamental do investimento é reduzir as perdas enquanto elas são pequenas e deixar correr os ganhos quando o mercado é favorável. Contudo, esta estratégia não é natural para a mente humana e para a alcançar requer uma grande disciplina. Compreender a forma como os prejuízos destroiem a nossa chance de sucesso é fundamental para o desenvolvimento dessa disciplina. Nós não podemos ganhar se perdermos muito.
Os vencedores sabem que, antes de tudo, devem permanecer no jogo, e se abrirem falência saem fora do jogo. O capital é investido no mercado para garantir um fluxo de dividendos e mais-valias e assim aumentar esse mesmo capital. A perda de capital vai impedir o investidor de obter ganhos no seu todo. A preservação de capital é o objetivo primordial de qualquer estratégia de investimento eficaz.
Por exemplo, se a nossa percentagem de perda de capital for de 10%, 30%, 50%, 70% e 90%; a percentagem de ganhos, no capital remanescente, para anular aquelas perdas, será de 11%, 43%, 100%, 233% e 900% respetivamente. As contas são fáceis de fazer: por exemplo, se nós investirmos inicialmente um capital de 100€ e se tivermos uma perda de 50% ficamos com 50€, pelo que, com este novo capital residual, para recuperar mos o capital inicial de 100€ precisamos agora de ter um ganho de outro tanto o capital residual, ou seja um lucro de 100%. Quem tem uma perda enorme de 90%, para recuperar o seu dinheiro, tem depois de obter um ganho de 900% sobre o capital remanescente. A matemática não engana: um capital remanescente de 0 ou quase 0 vezes um lucro infinito, terá o resultado de 0 ou quase 0, ou seja, foi morto financeiramente pelo jogo do mercado ou está um moribundo condenado à morte, por não ter sabido controlar as grandes perdas.
É claro que quanto maior for o capital perdido mais remota será a chance de que vamos recuperar até ao ponto de partida (break even), não bastando deixar apenas correr os ganhos.
Os investidores devem perceber que vão obter perdas nos investimentos e isso não vai acontecer só numa pequena parte dos investimentos, mas sim em muitos deles. Portanto, a primeira coisa a aprender é a disciplina para controlar as perdas. A maioria das pessoas pensa que a resposta está em desenvolver uma melhor análise, de modo a que menos más decisões sejam tomadas, contudo esta é normalmente inútil porque não há nenhum sistema de análise capaz de produzir a fiabilidade necessária em todas as condições do mercado. O único controlo eficaz é controlar as perdas e tomá-las enquanto são pequenas. Esta é que é a grande estratégia dos vencedores.
Há que seguir à letra um velho provérbio financeiro: cuida das perdas que os ganhos irão cuidar delas. Já sabemos que pequenas perdas e pequenos ganhos vão acontecer na maior parte do tempo, ao passo que as grandes perdas e os grandes ganhos só acontecem em períodos curtos de tempo, por isso é que o market timing é tão difícil ter sucesso.
Se à primeira vista esta estratégia seria tão simples de ser seguida, porque é que não é então seguida? A resposta está na psicologia humana perante o investimento: o medo, a ganância, o não arrependimento dos erros cometidos e o ego.
Os investidores tentam negar as perdas e encontrar sempre razões para a esperança do mercado virar. Da mesma forma, estamos com medo de deixar correr os ganhos por causa do medo de eles poderem evaporar. No mercado, o ditado que diz que nós não podemos ir à falência tomando um ganho, é falso.
Todo o nosso esforço deve ser dirigido para equilibrar todas as pequenas perdas e os pequenos ganhos, eliminar ou mitigar as grandes perdas e deixar que os ganhos se acumulem. Se pegarmos todos os nossos ganhos quando eles são pequenos, o melhor resultado que podemos esperar serão retornos medíocres. É muito provável que a maioria deixe arrastar uma ou duas grandes perdas e estas irão danificar gravemente a sua conta.
Não nos devemos seduzir pelos topos nem pelos fundos das cotações dos preços das ações, ou seja, aquela máxima de vender em alta e comprar em baixa é muito difícil de alcançar. Uma das principais atitudes que diferencia os vencedores no mercado dos investidores inexperientes é a sua atitude em não ir à procura da perfeição, pois há muito tempo que os vencedores sabem que o investimento no mercado não segue só algoritmos matemáticos ou uma qualquer fórmula de uma ciência exata. Ao contrário dos inexperientes, os vencedores não estão preocupados em vender na alta e comprar na baixa do mercado, mas sim em procuraram apenas pegar a maior parte da tendência de subida e pegar a menor parte de tendência de descida.
Abr,
BedRock
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Re: Fundos à la carte
@wokie e a todos que postaram, as suas carteiras.
Segunda-feira, depois de terminar o "Desafio". Vamos todos comentar.
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