mais_um Escreveu:O teu raciocínio falha em dois aspetos. Primeiro, as escolas não são concorrentes abrangem graus de ensino diferentes (uma vai até ao 3º ciclo e outra abrange o secundário), ou seja não fazem concorrência
Mas mais_um, nesse caso a comparação também não é justa. Eu quando li o exemplo pensei que estávamos a comparar coisas iguais.
mais_um Escreveu:(o mundo não é só grande aglomerados urbanos onde é possível existir interessados em abrir negócios competitivos, e mesmo nessas situações com o tempo acabas por ficar reduzido a 2 ou 3 agentes, vê o caso das telecomunicações, após a liberalização, pareciam cogumelos, agora restam quantos? E dos que existem quantos é que tem capacidade de sobreviver? Na área empresarial de dados tens dois, a PT e a ONI e esta tens grandes dificuldades em sobreviver).
Exacto, mas convenhamos que estamos melhor agora do que apenas com a PT, ou não ? Se a tua resposta for sim, isso indicia que a concorrência trouxe melhoria.
mais_um Escreveu:Segundo, mesmo que fossem concorrentes, o facto de uma falir significava que deixavas de ter concorrência, ou seja terias uma situação de monopólio e neste caso nada te garantia que a qualidade existia, nem que no caso de a qualidade ser má aparecesse concorrência.
Mas tu nunca estás pior se tiveres uma boa e uma má do que se tiveres apenas uma (seja ela boa ou má).
E se a má falir o pior que te pode acontecer é ficares com a boa, que se pode eventualmente tornar-se má.
Ou seja, quando há uma boa e má, tens a opção de escolher a boa. Quando só tens uma, tens de rezar para que seja boa, porque não tens alternativa. Mesmo que seja má é essa que consomes. É isso que sinto nalguns serviços do estado.
mais_um Escreveu:Há um mito com a história da concorrência, o facto de existir vários operadores não te garante qualidade (obviamente varia muito com o negocio e com a conjuntura), quando muito garante um preço com menor margem de lucro.
E só isso já é positivo porque obténs o mesmo, ainda que seja mau, por um preço melhor. Ou seja, não ficas pior.
Convenhamos é que haverá algum incentivo para que um deles possa melhorar o serviço, pelo mesmo preço, se tal representar mais lucro (algo que no estado não se procura).
Já reparaste na quantidade de coisas que a Zon e a Meo estão a oferecer hoje a mais (mais velocidade, mais canais, mais serviços gratuitos) pelo mesmo preço que há 3 ou 4 anos, sem que ninguém lhes tivesse pedido ? Se um deles não tivesse inovado o outro não ia atrás. E porque é que inovam ? Pois, concorrência. Teríamos nós o mesmo se o mercado fosse apenas Zon ou apenas Meo ?
mais_um Escreveu:Hoje em dia as pessoas estão a valorizar mais o preço que a qualidade, não é por acaso que o “low cost” está na moda.
Mais uma vez porque têm opção desse low cost e houve quem percebesse que era isso que as pessoas querem.
mais_um Escreveu:Como já referi a qualidade tem um custo e há cada vez menos pessoas dispostas a pagar esse custo.
Mas é assim mesmo mais_um. O mercado concorrencial tende a oferecer o que as pessoas querem. No público e/ou nos monopólios (e até em oligopólios) isso nem sempre acontece. A pessoa consome o que lhe é dado.
mais_um Escreveu:Nota: é preferível haver alternativas, mas economicamente nem sempre é viável.
Claro, mas mesmo quando isso acontece é possível oferecer mais com o mesmo custo. Mas é preciso haver atitude, como referes, ou algum tipo de incentivo.