Portaria das taxas de regulação da Anacom é inconstitucional

[K.]

Gostava de acrescentar uma linha de debate sobre o quente tema das dívidas publicas.


Uma das razões da actual crise é um preconceito moral sobre países que vivem ou viveram do crédito. Sobre quem vive ou viveu do crédito.

Porém, a definição de "país do primeiro mundo" bem que poderia ser de "país que se pode dar ao luxo de viver do crédito".

Quais são afinal os países que vivem do crédito? Bem, no topo da lista de grandes países com dívida pública elevada estão:

Japão, Estados Unidos, França, Itália, Alemanha, Inglaterra

Ou seja, do G7 só falta o Canadá. Convem referir que a dívida da Alemanha era superior à Portuguesa no início desta crise, e cerca do triplo da espanhola.

Portanto, quanto a mim, toda a discussão sobre a dívida resume-se a uma simples pergunta: será Portugal capaz de manter a sua presença como país de primeiro mundo?

Ainda terá poder político, importância histórica, económica, geográfica e nível de civilização para justificar o apoio incondicional dos Estados Unidos e da Europa?

Ou pelo contrário, estando este apoio em causa, será necessário alterar o funcionamento do país, acabar com a protecção social e transferir o motor da Economia dos serviços e construção para a indústria exportadora?

Ou será possível negociar novos mecenas (pois o Barings faliu e a Troika é esquisita com esta coisa dos empréstimos)?


Será que a China e Angola vão mesmo meter aqui dinheiro ou será que estão a tentar comprar o país a saldos? Será que existe possibilidade de exigir a estes países maior apoio em termos de financiamento em troca de uma presença mais alargada na Europa e Países que falam a nossa língua?


E por último, a mais anacrónica de todas as perguntas: será possível recuperar as finanças do país retomando certas obras públicas (como o TGV) onde o elevado financiamento Europeu e o impacto directo na Sefurança Social e na recita de vários impostos parece traduzir-se num saldo positivo?