luislobs Escreveu:Devem ter pensado que a raia miuda a entregar mais os curtos pudessem fazer estragos, a diferenca era de 5%
O problema é a diferença. A medida potencialmente prolonga/mantém/aumenta a diferença...
O mercado neste o momento fala por duas vias:
- acções (uma minoria do capital)
e
- direitos (a maior do capital e associado ao mar de acções que vai entrar no mercado a 9 de Fevereiro)
Proteger a cotação via mecanismos artificiais tende a dar mau resultado e não é de resto o papel do regulador tão pouco quando no momento não há nenhum problema com a cotação, como era o caso: as acções além de na altura estarem demasiado caras em relação aos direitos, estavam também acima da véspera de ex-direitos.
Mais, ambos são formas de avaliar o Banco e por sinal, por um par de razões neste caso específico, a avaliação mais importante é a dada pelos direitos. Representam a maior parte da capitalização bolsista do BCP e estão associados aos 15 mil milhões de acções que vão entrar em Bolsa a 9 de Fevereiro. Ora, as acções antigas representam neste momento 150 milhões de capitalização bolsista. Isto não é nada: o mais importante é os direitos (830 milhões) e a receita da subscrição (1.410 milhões).
Estes dois juntos formarão os 15 mil milhões de novas acções que representarão a esmagadora maioria do capital do BCP em bolsa a 9 de Fevereiro.
Por outras palavras: proteger um é enganar quinze.De resto, como já disse várias vezes, as acções estavam (bem) acima da avaliação dada pelos direitos e se havia alguma problema, era este. O mercado é suposto ajustar os dois valores dado que as acções vão-se fundir e valerão todas a mesma coisa. Quantos mais mecanismos para fazer o ajuste melhor.
Conseguiria entender o argumento se as acções estivessem anormalmente abaixo dos direitos. Acontece que estavam anormalmente acima.