Re: BCP - Novo Tópico Geral "uma opinião"
Enviado: 31/8/2020 17:25
Há sempre dois lados.
CumPrim/
ValeAquilino
CumPrim/
ValeAquilino
Fórum dedicado à discussão sobre os Mercados Financeiros - Bolsas de Valores
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?f=3&t=80331
RuiGerente Escreveu:mas chegou abaixo dos 0,1antes do fim de Agosto.
Não se perdeu no caminho
DBRS antecipa maior deterioração da qualidade dos ativos da banca com fim das moratórias
Catarina Melo
9:34
A agência de notação financeira alerta para uma maior deterioração da qualidade dos ativos da banca nacional em 2021 devido ao fim das moratórias no crédito previsto para esse ano.
A DBRS destaca o papel positivo que as moratórias nos créditos e a garantia estatal estão a desempenhar na proteção da qualidade dos ativos da banca, mas está preocupada com o que vem a seguir. Numa análise aos resultados dos bancos nacionais, relativos à primeira metade do ano, a agência de notação financeira antecipa uma deterioração da qualidade dos ativos dos bancos “mais pronunciada” em 2021 e o aumento do malparado, quando ocorrer o alívio destas medidas de apoio.
Na análise divulgada esta segunda-feira, a agência de rating canadiana começa por referir-se à “queda significativa” dos resultados da banca nacional que considerando de forma agregada a CGD, BCP, Novo Banco, Santander Totta, BPI e Banco Montepio passaram de lucros de 600 milhões de euros na primeira metade de 2019, para prejuízos de 66 milhões no primeiro semestre deste ano.
A DBRS recorda que esses resultados foram afetados pela subida do nível de provisões, pela pressão sobre as receitas devido à degradação do ambiente económico provocado pela pandemia de Covid-19, referindo ainda o impacto resultante da reestruturação em alguns casos.
E do ponto de vista positivo, a agência salienta o papel que as moratórias no crédito e as garantias estatais nos empréstimos estão a ter no que respeita à proteção da qualidade dos ativos dos bancos. Mas apesar disso, antecipa que a “deterioração da qualidade dos ativos irá ser mais pronunciada em 2021 em associação com o alívio dessas medidas de suporte”.
De salientar que a moratória pública termina a 31 de março do próximo ano e que a moratória da Associação Portuguesa de Bancos (APB) acaba a 30 de junho para os créditos não hipotecários, sendo que no final do primeiro semestre deste ano, cerca de 22% dos créditos dos bancos estavam protegidos por esses mecanismos.
“Apesar da expectativa de algum alívio devido aos programas de moratória de crédito e empréstimos garantidos, a DBRS espera um aumento nos empréstimos de stage 2 (isto é o risco de crédito aumentou significativamente desde o reconhecimento inicial) bem como fluxos de NPL [créditos não produtivos, ou seja malparado] mais elevados associados ao alívio das medidas de suporte em 2021″, diz assim a agência de notação financeira. E acrescenta ainda que “adicionalmente, o ambiente atual torna mais difícil para os bancos reduzir os NPL pré covid-19”.
forza algarve Escreveu:Não só não se sabem reinventar mas também vai ser cad avez mais obsoleto e sem sentido ter agencias espalhadas por todo o país.
Mas porque não fazem uma fusão com algum banco maior e assim por diante em lugar de competir já por migalhas nos recantos do Alentejo ou na serra trasosmontina
tyui Escreveu:BCP passa a partir de 1 Novembro a cobrar comissões mensais de 5,41€ a clientes com mais de 10 mil Euros na Conta. Quem lá tiver menos de 10 mil já paga atualmente essa comissão.
Será justo um pensionista que receba 330€ por mês, tenha que pagar 64,9€ por ano?
E os pequenos acionistas? não seria justo isentar os pequenos acionistas destas comissões que ano após ano se transformam em milhões para os Srs do costume?
percebe que numa conjuntura de estagnação (ou pior) os bancos s´ó têm uma forma de fabricar receita. Taxas e taxinhas.Re: BCP - Novo Tópico Geral
por danieljpires » 31/7/2020 16:26
peaners Escreveu:BCP vai cobrar comissão para quem tem mais de 10mil€?
Já estou a antever uma migração massiva de contas para os CTT
alvaroB Escreveu:Já há um ano que se fala aqui de uma possível OPA ao BCP.
“Embora o setor tenha feito progressos significativos nos últimos anos, os níveis de oneração de capital acima de 100% deixariam as métricas de solvabilidade dos bancos altamente vulneráveis na desaceleração económica. Nesse contexto, acreditamos que o Banco BPI, CGD e Santander Totta estão numa posição mais forte em comparação com o Banco Montepio, Novo Banco e, em menor grau, o BCP”, diz a Fitch no seu relatório.
Na sua análise, a Fitch destaca que o BCP tem a maior dimensão de ativos problemáticos, em março somavam 3.897 milhões. Mas o peso no capital de melhor qualidade (CET1), ronda os 72%, dada a robustez do capital.
O BCP tinha em março, segundo a Fitch, 1,759 mil milhões em malparado (unreserved NPL – NPL líquido de imparidades), a que acrescem os ativos recebidos em dação por incumprimento de crédito (foreclosed assets) e 972 milhões em fundos de reestruturação.
O balanço que surge em segundo lugar com maior volume de ativos problemáticos é o do Novo Banco. Em março, segundo a Fitch, somavam 3.776 milhões, repartidos entre 1.489 milhões em NPL líquidos de imparidades; 435 milhões de ativos recebidos em dação de cumprimento; 700 milhões de euros em imóveis; e 1.143 milhões em fundos de reestruturação
Os ativos problemáticos líquidos do Novo Banco, em março, pesavam 103% do CET1 do banco. Era o segundo banco com maior peso de ativos problemáticos no capital core. O campeão aqui volta a ser o Montepio.
O banco liderado por Pedro Leitão tinha em março 1.818 milhões de euros de ativos problemáticos em balanço, repartidos por 698 milhões de NPL líquidos de imparidades; 609 milhões de foreclosed assets (ativos recebidos por incumprimento); 138 milhões de imóveis; e 373 milhões em unidade de participação em fundos de reestruturação.
O peso dos ativos problemáticos no common equity tier 1 (CET1) do Banco Montepio é de 143%, segundo o relatório da Fitch, que usa dados de março de 2020.
Os ativos problemáticos do Santander Totta em março somavam 1.161 milhões de euros, repartidos entre 596 milhões de “unreserved NPL”; 167 milhões de ativos recebidos por dação em cumprimento; 253 milhões de euros de imóveis; e uma exposição de 145 milhões a fundos de reestruturação. O peso dos NPA (Net Problem Assets) no capital de melhor qualidade (CET1) do Totta é de 40%.
A CGD surge, na análise da Fitch, com 1.495 milhões de ativos problemáticos, repartidos entre 466 milhões de euros de NPL (malparado líquido de imparidades); 275 milhões de ativos recebidos em dação; 205 milhões de imobiliário; e 549 milhões de euros em unidade de fundos de reestruturação. Os Net Problem Assets da CGD representam 20% do CET1 do banco.
Por fim surge o BPI, com um volume muito baixo de ativos problemáticos. Somam 417 milhões , repartidos entre 345 milhões de NPL não cobertos por imparidades; 28 milhões de ativos recebidos em dação e 44 milhões de euros em fundos de reestruturação. Este volume de ativos pesa 17% do CET1 do BPI.
OCTAMA Escreveu:danieljpires Escreveu:Octama, o meu grande medo é o que vai acontecer apartir de setembro
Estatisticamente é um dos meses com maior aumento de desemprego (tambem devido ao fim do verao e menos necessidade de mao de obra para servir a mesa).
NOs somos muito permeaveis ao turismo e graças a esta pandemia acredito que a recuperação para niveis pre-crise so aconteçam la para 2022 ou 2023 quando as pessoas estejam habituadas a este novo "modus de vida"
NO entanto tenho andado de UBER e claro questiono os motoristas como e que estao a notar o transporte dos turistas e pelo que me dizem no Porto ja se esta a recuperar o numero de turistas (mesmo os ingleses...)
Nao sei como estara em lisboa pois desde o incio da pandemia que nao me desloco a lisboa
O que quero dizer é que como somos um pais de serviços e esta crise esta a afectar os serviços o numero de desempregados vai aumentarv de uma forma brutal e com isso a falta de pagamento dos emprestimos...
por acaso fiquei com uma duvida...se no BPC houve 97.000 familias a pedir a moratoria..quantas familias pediram moratoria a caixa geral de depositos?
Boa Tarde Daniel,
Aproximadamente 36.600 a particulares.
https://www.jornaldenegocios.pt/empresa ... no-credito
Percebo a sazonalidade do emprego em Portugal, mas estou em crer que os Lay-Offs vão continuar evitando falências em barda, ou então tentando ganhar tempo, para que quando as falências ocorrerem em força em 2021, já haja mais "tecido empresarial a mexer" e absorva essa curva ascendente de desemprego. Ironicamente, acho que o Governo está a tentar replicar "o approach" à pandemia ao mercado de trabalho, aplanando o mais possível as falências ao longo do tempo de uma forma gradual.....claro que haverá um pico, mas estou em crer que como as moratórias vão até Março 2021 (para já), "no pasa nada" de grotesco, por enquanto......
Por outro lado, sem querer branquear nada, sei de muita gente que somente aceitou as moratórias, porque o Lay-Off pagava 66% do Vencimento e assim alinhavam "dentro do possível as receitas e despesas da economia doméstica"......mas sem implicar nesse momento a perspetiva de falência do seu posto de trabalho......muitos até já estão a 100%, em rotação casa-trabalho de 15 em 15 dias. Claro que a restauração é diferente, mas a mão de obra da mesma tem, na minha opinião, outras versatilidades de profissões.......vamos ver.
Cps
danieljpires Escreveu:Octama, o meu grande medo é o que vai acontecer apartir de setembro
Estatisticamente é um dos meses com maior aumento de desemprego (tambem devido ao fim do verao e menos necessidade de mao de obra para servir a mesa).
NOs somos muito permeaveis ao turismo e graças a esta pandemia acredito que a recuperação para niveis pre-crise so aconteçam la para 2022 ou 2023 quando as pessoas estejam habituadas a este novo "modus de vida"
NO entanto tenho andado de UBER e claro questiono os motoristas como e que estao a notar o transporte dos turistas e pelo que me dizem no Porto ja se esta a recuperar o numero de turistas (mesmo os ingleses...)
Nao sei como estara em lisboa pois desde o incio da pandemia que nao me desloco a lisboa
O que quero dizer é que como somos um pais de serviços e esta crise esta a afectar os serviços o numero de desempregados vai aumentarv de uma forma brutal e com isso a falta de pagamento dos emprestimos...
por acaso fiquei com uma duvida...se no BPC houve 97.000 familias a pedir a moratoria..quantas familias pediram moratoria a caixa geral de depositos?
Flav Escreveu:Hum... tanto bormelho!!! Se existe atividade que continua a ter "colinho" é o setor bancário. Para isso existe fundamentalmente a "basuca" da UE e os apoios do BCE, penso eu de que. Espero também que as previsões existentes para a possível retoma (em força) da atividade económica, designadamente, a partir de 2021, se venham a efetivar.
BCP já aprovou mais de 120 mil moratórias no valor de 9 mil milhões de euros