Até concebo que BCP venha a subir estrondosamente de forma apenas mimética (face aos benchmarks sectoriais que definem 2/3 da variação da cotação) e especulativa (capital de curto prazo)
no terminus da 2ª vaga covid19, mas aquilo que infelizmente (parte do que aprendi devo aquela casa), temo é que a fragilidade do balanço BCP (em 2015 só por milagre adiaram a intervenção Estatal à semelhança do BES), deveria obrigar, a médio prazo (final 2021), a uma assumpção pelo Fundo de resolução e indiretamente pelo Estado do Banco.
Após resultados publicados relativos ao 4 trim. 2020 (Março 2021), retratando cenário pós-moratórias sobre juros e amortizações, após retrato vívido sobre aumento de defaults, falências, insolvências e mal-parado global (empresas e crédito imobiliário particulares), mesmo que o Banco mantenha uma artificial reavaliação de ativos/contabilização do mal parado, já não seria o tradicional aumento de capital de mil milhões ou a venda do remanescente da operação polaca que salvaria o Banco. Serão necessárias linhas de
3/5 mil milhões assumidas e garantidas pelo fundo de resolução+Estado+UE/BCE (ou vendendo a zeros a um Banco internacional- com garantias do Fundo de resolução/Min Finanças).
Existem "7 níveis de responsáveis históricos" para o balanço desiquilibrado e mal-parado BCP (gestão de risco e estratégia deficiente no consulado de Jardim Gonçalves, pesada estrutura de custos internos, gestão do crédito imobiliário a particulares, rácio de transformação sempre deficitário, 2 crises financeiras internacionais, em alguns períodos, a repercussão da Dívida da República a impactar ao nível do Líbano no interbancário, sub-capitalização durante toda a História do Banco, mas
a "culpa" maior é da estrutura/qualidade geral de crédito nacional das empresas nacionais.ex. prático do agravamento do risco bancário pós-covid (agudizando-se no Banco nacional que já estava nas piores condições previamente): Dos hotéis, empresas de serviços, start-ups tecnológicas, restaurantes e lojas abertos nos últimos 10 anos que irão fechar a atividade entre Setembro e Fevereiro
e que conheças pessoalmente, verifica se existe algum (basta um), que não deixe dívida bancária+dívida a credores preferenciais de pelo menos o dobro do total de ativos inerentes (em nome da sociedade/ passíveis de constar da futura massa falida).
- BCP Enorme potencial especulativo no pós 2ªvaga covid (RF2 0,12 RF4 0,182) Enorme risco sob os fundamentais do Banco.gif (28.95 KiB) Visualizado 7922 vezes