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Caldeirão da Bolsa

BCP - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: BCP - Novo Tópico Geral

por pedroferre » 16/1/2017 11:33

jr.alves83 Escreveu:
Goya777 Escreveu:O que leva alguém que já perdeu muitissimo com uma acçao a tentar recuperar essa perda com a mesmíssima acçao? Questão teórica interessante... tanta acçao para investir...


Eu desisti de tentar investir na acção. Tou dentro, vou vender direitos e depois assumir a diluição. SE a cotada vier a ficar Bull, poderei voltar a investir nela, com stops apertados, e com prazos curtos. Acreditar que o BCP é uma alternativa (claro que com risco) aos miseraveis juros dos Depositos a Prazo, eu, esse erro não volto a cometer.

Assumo a perda, mas saio com a ideia que dei ao BCP (e a sua administração) o beneficio do tempo, de esperar que invertesse da carrada de asneiras que fez. Analisando a brutalidade de AC, um dos anteriros de 2.2MM€ foi também para pagar CoCos. Quem pagou os CoCos e os respectivos juros altissimos por esse emprestimos foram os accionistas do BCP. Ora para financiar impostos, já chegam bem os que são comuns a todos.

Há cotadas muito mais inteessantes, em outros sectores. Há demasiados senãos para continuar a arriscar, e arriscar cada vez mais capital. O negocio bancario em Portugal, continua, uma incognita.


Bons negócios a todos.

E tal como eu que tinha ações, ajudou a finaciar o jatinho particular do Jardim Gonçalves, os salários dos administradores, é motivo para ficarmos contentes porque ajudamos milionários corruptos a ficarem mais milionários. :)
 
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por jr.alves83 » 16/1/2017 11:18

Goya777 Escreveu:O que leva alguém que já perdeu muitissimo com uma acçao a tentar recuperar essa perda com a mesmíssima acçao? Questão teórica interessante... tanta acçao para investir...


Eu desisti de tentar investir na acção. Tou dentro, vou vender direitos e depois assumir a diluição. SE a cotada vier a ficar Bull, poderei voltar a investir nela, com stops apertados, e com prazos curtos. Acreditar que o BCP é uma alternativa (claro que com risco) aos miseraveis juros dos Depositos a Prazo, eu, esse erro não volto a cometer.

Assumo a perda, mas saio com a ideia que dei ao BCP (e a sua administração) o beneficio do tempo, de esperar que invertesse da carrada de asneiras que fez. Analisando a brutalidade de AC, um dos anteriros de 2.2MM€ foi também para pagar CoCos. Quem pagou os CoCos e os respectivos juros altissimos por esse emprestimos foram os accionistas do BCP. Ora para financiar impostos, já chegam bem os que são comuns a todos.

Há cotadas muito mais inteessantes, em outros sectores. Há demasiados senãos para continuar a arriscar, e arriscar cada vez mais capital. O negocio bancario em Portugal, continua, uma incognita.


Bons negócios a todos.
 
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por Goya777 » 16/1/2017 11:13

O que leva alguém que já perdeu muitissimo com uma acçao a tentar recuperar essa perda com a mesmíssima acçao? Questão teórica interessante... tanta acçao para investir...
 
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por sikens » 16/1/2017 10:04

Esta foi a minha estrategia " Já venho a levar no pelo do BCP desde os 0,4cts. Mas agora joguei uma ultima cartada que pode ser que resulte. Com uma posição dentro de 30.000 com uma perda considerável e sem necessidade de compaixão. É a vida! Após o anuncio do AC e sem liquidez para o acompanhar. Vendi na Terça feira a minha posição a 0,95. Voltei a entrar com sorte a0,797 com 15000. O restante será para acompanhar o AC. Feitas as contas e fazendo fé para que a Sonangol vá ao aumento de capita. Terei de comprar 225000x0,094=21,159. Comprei estas 15000 a 0,797=11.985euros. como vendi as 30.000x0,95=28,500euros. A diferença do custo para acompanhar são de 4,644euros. Após a conclusão do AC e da expectativa que nem sempre tudo vai correr mal. As novas acções poderão ser cotadas 0,145. Terei 240.000x0,145=34,800.(que já dará saldo positivo). Mesmo que corra mal se iniciarem a cotarem o valor do AC 240.000x0,094=22,560. EStarei com uma desvalorização apõs AC DE 31,3%. Acho que valerá a pena!"
 
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por marijon2 » 16/1/2017 8:54

[quote="linhas"]Boas,

Estou dentro do BCP desde 2014 no aumento de capital, tenho cerca de 4000 ações (depois do reverse stock split).
Neste momento e desde 2015 só tenho mesmo BCP e com uma grande menos valia.

Pretendia não ir ao aumento de capital, mas ficar com a posição.
A ideia seria como já dito, vender parte dos direitos e comprar o equivalente com esse dinheiro as novas ações.

Mas depois de ler outro tópico fiquei com uma dúvida.

Por normal não faço englobamento do IRS, vou ter de pagar os tais 28% do valor dos direitos, mesmo se voltar a comprar ações com o dinheiro de parte dos direitos?

Obrigado[/quot

Mesmo nāo fazendo englobamento, se agires do modo que dizes, nāo terás que pagar nada: a menos valia da Venda das ações anula a mais valia da Venda dos direitos.
Maria João
 
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por linhas » 16/1/2017 2:41

Boas,

Estou dentro do BCP desde 2014 no aumento de capital, tenho cerca de 4000 ações (depois do reverse stock split).
Neste momento e desde 2015 só tenho mesmo BCP e com uma grande menos valia.

Pretendia não ir ao aumento de capital, mas ficar com a posição.
A ideia seria como já dito, vender parte dos direitos e comprar o equivalente com esse dinheiro as novas ações.

Mas depois de ler outro tópico fiquei com uma dúvida.

Por normal não faço englobamento do IRS, vou ter de pagar os tais 28% do valor dos direitos, mesmo se voltar a comprar ações com o dinheiro de parte dos direitos?

Obrigado
 
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por Artista Romeno » 15/1/2017 23:47

rollingsnowball Escreveu:
Serra Lapa Escreveu:Razões para ir ao aumento de Capital:

1) O banco ficará com uma situação incomparavelmente melhor

2) Não é o melhor dos mundos, mas a este preço, mesmo os mais pessimistas estão ansiosos por entrar (quem tinha que mandar a toalha ao chão, já saiu)

3) O Bcp reforçado e com o mercado como está, tem uma margem de crescimento enorme.

4) Pagando os Cocos aumenta significativamente a rentabilidade

5) O aumento de capital já está garantido pelo sindicato bancário

6) A Fosun terá que quase duplicar a sua posição (vejam quantos milhões não têm que comprar)

7) Os curtos poderão a ajudar a uma substancial subida da cotação

Não tenho bola de cristal, mas estou francamente optimista para os próximos tempos, neste titulo

Disclaimer: não tenho posição no BCP nem longa em curta nem estou a pensar seriamente nisso. No fim desta argumentação fiquei a acreditar mais no BCP do que acreditava antes

Ainda assim, acho que devo tentar contra argumentar:

1) Sem dúvida. Mais exactamente em 1300M

2) É certo. Tal como era certo nos anteriores aumentos de capital

3) Estamos a falar de Portugal, Moçambique, Polónia ou Angola? Em Portugal não há muito por onde crescer é um mercado maduro e em que não se adivinha consolidação do mercado

4) "Rentabilidade indica o percentual de remuneração do capital investido na empresa". Assim, a rentabilidade só aumenta se o custo dos Cocos for superior à rentabilidade da empresa. O custo dos Cocos é de cerca de 7,2% líquidos de impostos (9% brutos). Portanto a rentabilidade só aumenta se a rentabilidade das acções for inferior aos 7,2% líquidos. Assim um aumento da rentabilidade à custa do pagamento dos Cocos com dinheiro dos accionistas não é necessariamente boa notícia.

5) Sim, assim poupa-se a incerteza que poderia haver de o banco ficar com menos capital do que necessita. O que implica que o banco necessita desse capital (apesar de o aumento ser superior em 600M aos Cocos que há para pagar).

6) Aqui não percebo em que é que isto influencia a cotação. A FOSUN tem 16,67% das acções. Recebe direitos suficientes para comprar estes 16,67%. Com estes direitos tenta subir a sua participação para 30%, implicando que tenciona comprar cerca do dobro das acções para que recebe direitos. Isto significa que esperam que não hajam interessados em comprar as acções todas disponíveis, podendo eles chegar aos 30% apenas ao custo do aumento do capital (posso estar enganado mas a minha interpretação é que a FOSUN não deverá andar a comprar direitos tentando aproveitar-se dos restantes accionistas subcapitalizados... era o que eu faria)

7) Sem opinião.


E agora uns pontos negativos novos
a) Têm uma posição no Millenium bank Polaco que vale cerca de 800M a preços de mercado. Com uma venda a institucionais provavelmente conseguiam um valor superior/bastante superior. Tiveram já no passado a oportunidade de tentar vender os bancos em Angola/Moçambique antes da crise do petróleo (altura em que também fizeram aumentos de capital. Aliás, nessa altura tinham uma percentagem maior do banco polaco, sendo que uma percentagem mais alta possivelmente conseguiria um prémio mais alto na venda (em vez disso andaram a vender aos bocados), conseguindo um preço justo ou mais que isso na venda.
Em vez de venderem unidades a gestão do BCP tem feito aumentos de capital atrás de aumentos de capital, levando a perdas superiores a 90%para accionistas atrás de accionistas e sugando capital atrás de capital. Fazem agora mais um aumento de capital, exigindo mais uma vez capital de accionistas que já tiveram que injectar no passado muito mais do que aquele que vale agora. Que gestão é esta que prefere manter um banco internacional , grande (e que portanto pode pagar salários mais altos a administradores) mas levando a perdas enormes para os accionistas, em vez de manter um banco exclusivamente nacional, exigindo menos capital dos accionistas e obrigando-os a perdas muito menores? Será que é boa ideia estar num banco em que a gestão se comporta desta forma com aqueles que são os seus accionistas em cada momento?

b) Os riscos são múltiplos e vários deles estão descritos no prospecto. A questão que interessa é:
market cap actual+1300M=2121 M
tangible book value pós aumento de capital: 5364M (segundo prospecto)
diferença: 3243M
Quanto destes 3243M será absorvido por estes riscos? se for insuficiente este aumento de capital é mais uma vez enterrar dinheiro. Se for menos poderá valer a pena.
Já agora uma boa parte destes activos são créditos em impostos. Parece-me incorrecto valorizá-los a 100%

E uma nota positiva:
i) A carteira de imobiliário desde 2015 tem sido consistentemente vendida acima do valor contabilístico (17% acima). Se estes valores forem reprodutíveis em vez de imparidade sobre o book value deveríamos fazer reavaliação em alta do book value e as imparidades para ativos recebidos em dação poderão estar sobreavaliadas (ver contra argumento à frente)
ii) Há uma cobertura dos NPEs que se aproxima de 100% (entre imparidades e colaterais). Ao todo são 9300M que estarão cobertos. Simultaneamente o valor de NPEs tem caído todos os anos. Isto significaria que por aqui também não haveria perdas adicionais a declarar.
iii) Cost to income ratio (ou efficiency ratio) muito abaixo do resto do sector.


Contra argumentação:
i) Isto pode significar apenas que andam a fazer apenas vendas escolhidas a dedo para poderem declarar mais valias (e estarem a acumular os imóveis que estão sobrevalorizados nas contas). Segundo a apresentação estão de facto a acumular imóveis (1003M; 1212M; 1475M, em 2014,2015 e Set 2016), pelo que é difícil de valorizar.
ii) Para além dos imóveis em carteira ainda há aqueles associados aos empréstimos em risco. É possível que também aqui se possa estar a tentar esticar no tempo/escolher a dedo para poder adiar perdas extra.


Rolling discordo,
1- se não me engano esse nível de capitais tangiveis é imediatamente a seguir ao AC e antes de pagar os cocos
2-isso dos imoveis é fogo de artificio vendem os bons, e os maus ficam lá o stock cada vez cresce mais o ritmo de venda é cada vez menor!, por isso a meu ver as provisões são insuficientes nessa rubrica, nesta fase do campeonato era para teres menos imoveis e não mais
3- cuidado com essa conversa de que com as garantias cobre a 100%, qual é a cash coverage? é que isso é que importa eles dizem que estão sempre cobertos a 100%, mas resta saber se as garantias valem o que é dito, muitas vezes não vale...todos dizem que estão cobertos a 100%, o pior é o resto, eu acho que o bcp sinceramente pode ser fantastico daqui para a frente, mas a prudencia aconselha a não entrar
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por EAGLETRADER20 » 15/1/2017 23:19

Laribau Escreveu:
EAGLETRADER20 Escreveu:
.....
A surgirem estas novas exigências, o BCP admite que fica em risco de cair numa situação ainda mais sensível do que a atual.

...



Estive a dar uma olhadela no prospeto do AC e não vi lá tal afirmação. Posso ter visto mal, mas apesar de todos os riscos elencados, não vi em lado nenhum que o BCP poderia ficar numa posição mais sensível que a atual... :?



Penso que o artigo deve estar a assumir uma situação potencialmente mais complicada a partir deste risco evidenciado no prospeto, se os riscos se viessem a concretizar.

"O Banco está atualmente a preparar um plano detalhado, para apresentar ao BCE em janeiro de
2017, relativo à estratégia e objetivos do Banco para reduzir os NPE. A partir das conversações
subsequentes, poderão surgir requisitos adicionais do BCE de aceleração das reduções de crédito
em incumprimento, o que poderá afetar significativa e negativamente o negócio, a situação
financeira, incluindo a posição de capital, os resultados operacionais e as perspetivas futuras do
Banco."

De todo o modo qualquer entrada que eu possa fazer após inicio da negociação dos direitos será sempre numa perspetiva especulativa de curto prazo.
Nas 447 paginas do prospecto os riscos identificados e enumerados são de facto imensos e é impossivel alguem conseguir calcular uma probabilidade minimamente fiável da probabilidade de acontecerem, e por isso nunca eu pessoalmente encararia isto como investimento de medio ou longo prazo.

Para mim são demasiados riscos e incertezas para encaixarem na minha estratégia de ganhos .

Prefiro outras empresas cotadas com faturação, lucros e perspetivas de crescimento mais facilmente quantificaveis e com menos surpresas.
 
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por Laribau » 15/1/2017 23:02

EAGLETRADER20 Escreveu:
.....
A surgirem estas novas exigências, o BCP admite que fica em risco de cair numa situação ainda mais sensível do que a atual.

...



Estive a dar uma olhadela no prospeto do AC e não vi lá tal afirmação. Posso ter visto mal, mas apesar de todos os riscos elencados, não vi em lado nenhum que o BCP poderia ficar numa posição mais sensível que a atual... :?
The sense of responsibility in the financial community for the community as a whole is not small. It is nearly nil. ..... So the wise in Wall Street are nearly always silent. The foolish thus have the field to themselves.

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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por EAGLETRADER20 » 15/1/2017 15:47

Agora percebo o alerta de alguns analistas que dizem que mesmo após AC de 1.300 Milhões que somente devolve cócos e reforça rácios para 11%, poderão potencialmente surgir novas imparidades.

Realmente nesta cotada , é necessário quem estiver dentro, ter muita atenção e acompanhando desenvolvimentos e potenciais surpresas posteriores.

Nunca se está seguro de quando poderá terminar a " NEVER ENDING STORY"

Pelo artigo abaixo descrito, fica-se com a ideia dos potenciais riscos futuros ainda não quantificados e potenciais efeitos negativos, muito bom para análise . :mrgreen: :mrgreen:

Isto mesmo depois do AC, ainda tem potencial para grandes surpresas negativas segundo o que é descrito neste artigo de ontem.

Prometem possibilidade de dividendos em 2018, mas devem estar a assumir que corre tudo mesmo MUITO BEM



" "BCP ultima plano de redução de créditos tóxicos para BCE validar"

Banco reconhece que avaliação do BCE pode levar a novas exigências que afectam posição de capital. Mais de 70% dos NPE do BCP são relativos a empresas
O Millennium bcp está a ultimar os detalhes do plano com o qual vai tentar reduzir em 20% a sua exposição a créditos tóxicos (non performing exposures, ou NPE) até ao final do corrente ano.
O plano terá de ser avaliado pelo Banco Central Europeu (BCE) e, apesar de o BCP ter estimado entregar o documento ao supervisor ainda em janeiro, tal só deverá acontecer em fevereiro.

O balanço do banco liderado por Nuno Amado acumulava, em setembro do ano passado, 9,3 mil milhões em ativos rotulados de NPE só na operação portuguesa, tendo como objetivo reduzir este valor até aos 7,5 mil milhões de euros até ao final do ano. :mrgreen: :mrgreen:

Segundo informação do próprio banco, divulgada no prospeto relativo ao aumento de capital em 1,33 mil milhões esta semana anunciado, o plano que será implementado vai assentar na venda destes créditos “com esperado baixo impacto nos capitais próprios” e pela redução “das 200 maiores exposições” do banco, além da “monitorização regular” da estratégia e da “revisão das políticas de dação de colaterais, com enfoque em soluções extrajudiciais para acelerar a resolução de créditos hipotecários” e, por fim, o reforço da prevenção, ou seja, evitar que “os créditos evoluam para NPE”.

Apesar de cumprir as recomendações do supervisor, a verdade é que a “luz verde” do BCE ao plano que o BCP entregará até fevereiro pode chegar com a imposição de novas exigências por parte do supervisor europeu, conforme o próprio banco reconhece.

A surgirem estas novas exigências, o BCP admite que fica em risco de cair numa situação ainda mais sensível do que a atual. Caso o BCE imponha novos objetivos, estes poderão “afetar significativa e negativamente o negócio, a situação financeira, incluindo a posição de capital, os resultados operacionais e as perspetivas futuras do banco”, reconhece o próprio banco no prospeto. Entre estas novas exigências podem estar, por exemplo, pedir ao BCP que reduza a exposição às NPE de forma mais acelerada.

Do total de 9,3 mil milhões de NPE, a grande maioria deve-se ao crédito malparado, ou non performing loans a mais de 90 dias, que apresentam um peso de 59% no total de NPEs, ou seja, perto de 5,5 mil milhões de euros."

https://www.dinheirovivo.pt/banca/bcp-u ... 1484358727
Editado pela última vez por EAGLETRADER20 em 16/1/2017 12:46, num total de 1 vez.
 
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por MarcoAntonio » 15/1/2017 15:35

2017rp Escreveu:Boa tarde.

Se possível gostava que me esclarecessem da seguinte situação:

- Tenho 10000 ações BCP
- O que me irá permitir subscrever mais 150000 ações no AC pelo valor de 0,094€. Desta forma ficaria no final do AC com 160000 ações.

Tendo em conta o acima descrito, é possível:
- Vender as 10000 ações que tenho agora ? ( em que período? e posso vender pelo valor antes do ajustamento, ou seja o atual, cerca de 0,86€?); e vendendo-as por exemplo pelo valor atual a 0,86€ posso à mesma exercer os meus direitos e comprar as 150000 a 0,094€?

Esta situação era a ideal para mim porque faria já algum encaixe e não via a minha participação diluída.

Muito obrigado e bons negócios a todos.


Se vender antes do ajustamento, não existirão direitos. A única forma de ter direitos nesse caso era indo comprá-los quando estivessem a negociação.

Está tudo explicado aqui:

FAQ do Aumento de Capital do BCP (Fev/2017)
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por 2017rp » 15/1/2017 14:57

Boa tarde.

Se possível gostava que me esclarecessem da seguinte situação:

- Tenho 10000 ações BCP
- O que me irá permitir subscrever mais 150000 ações no AC pelo valor de 0,094€. Desta forma ficaria no final do AC com 160000 ações.

Tendo em conta o acima descrito, é possível:
- Vender as 10000 ações que tenho agora ? ( em que período? e posso vender pelo valor antes do ajustamento, ou seja o atual, cerca de 0,86€?); e vendendo-as por exemplo pelo valor atual a 0,86€ posso à mesma exercer os meus direitos e comprar as 150000 a 0,094€?

Esta situação era a ideal para mim porque faria já algum encaixe e não via a minha participação diluída.

Muito obrigado e bons negócios a todos.
 
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por Xacal » 15/1/2017 13:33

frosasantos Escreveu:Marco e xacal, obrigado.

Não precisas de responder ja! Temos pelo menos até 2a a noite para decidir!!

Ja agora xacal, no meu caso como procederias (não vou tomar como um conselho de investimento). Sabendo apenas que não quero "jogar" no curto prazo (nem direitos nem accoes). Apenas não quero hipoteticamente sacrificar mais capital nem perder valor com os direitos e/ou mais valias.
Obrigado



Frosasantos, acho que no teu caso a maneira mais simples e eficaz é amanhã (antes do destacamento) venderes uma parte das tuas ações e com o dinheiro obtido subscrever as ações correspondentes aos direitos que ficares. Só tens de calcular o número de ações a vender para bater certo com o valor das ações a subscrever.

Desta maneira saberás imediatamente assim que fizeres a venda com quantas ações ficas no fim do aumento de capital. Só fazes uma transação na bolsa e não tens de "jogar", prever o que vai acontecer de um dia para o outro. Não tens de te preocupar se os valores teóricos estão a ser respeitados ou não. Também nao tens de te preocupar com impostos de mais valias uma vez que não vendes direitos.

Claro que poderá haver outras formas de fazer as trocas que até podem ser mais favoráveis. Mas isso implica por exemplo aproveitar discrepâncias entre a cotação das ações e dos direitos ou "adivinhar" a evolução da cotação dos direitos no período em que são transaccionáveis.

Espero poder ter ajudado.
 
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por EAGLETRADER20 » 15/1/2017 9:27

Todos aqueles que ao longo dos anos receberam créditos de milhões ou dezenas de milhões ( penso que agora se chamam imparidades ) deviam dizer aos pequenos accionistas do BCP que lá colocaram centenas de milhões ao longo dos sucessivos aumentos de capital, O NOSSO MUITO OBRIGADO.

Acho que era o minimo que podiam fazer.
Editado pela última vez por EAGLETRADER20 em 16/1/2017 12:44, num total de 1 vez.
 
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por acintra » 15/1/2017 8:50

DIGO-VOS UMA COISA: Não tenho bcp e não quero ter mas....


....TODOS DEVIAM AGRADECER AO MARCO PELO EXCELENTE TRABALHO E INSTRUÇÃO....se hoje ou ontem houve mais um dia que todos ficaram na duvida ande cisão é vossa...
Um abraço e bons negócios.

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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por MarcoAntonio » 15/1/2017 0:21

frosasantos, só para referir que a resposta já está no outro tópico.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por MarcoAntonio » 15/1/2017 0:14

fulio julia Escreveu:Caro Marco.
Se as acoes fecharem na 2° feira ao valor actual, quer dizer que na 3° abrem a 0,14?


Sim, mais coisa menos coisa. O ajuste é feito pelo mercado. E da mesma forma que uma acção pode abrir acima ou abaixo do valor do fecho anterior, o mesmo ocorre numa sessão ex-direitos. Portanto tanto pode abrir acima como abaixo, que fique claro...


fulio julia Escreveu:No dia em que comecarem a ser negociadas as novas acoes haverá novo ajuste tecnico?


Não há mais ajustes que digam respeito a passos da operação, o resto do tempo a cotação vai variar pelos mais variados motivos. Mas ajustes deste tipo, é só este e mesmo este está limitado/sujeito à "precisão" do mercado em fazer o ajuste. Mas o ajuste vai ocorrer concerteza, a cotação não vai abrir a 0.7 euros porque esse valor deixa de fazer sentido, se é que me faço entender.
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por fulio julia » 14/1/2017 23:35

Caro Marco.
Se as acoes fecharem na 2° feira ao valor actual, quer dizer que na 3° abrem a 0,14?
Ja agora outra duvida.
No dia em que comecarem a ser negociadas as novas acoes haverá novo ajuste tecnico?
Obrigado e desculpe o incomodo.
 
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por MarcoAntonio » 14/1/2017 23:26

ativo Escreveu:O Marco António acrescentou que além das posições curtas assim contruídas no mercado "à vista", por empréstimo de ações, a CMVM inclui, também, as posições "curtas" abertas no mercado de derivados cobertas no mercado "à vista".


O que eu disse foi que se/quando fizessem cobertura de posições nos derivados, surgiriam de forma natural nesse conjunto (e eram indistinguíveis). Estás como que a expandir a partir do que eu disse. Inclusivamente referi que não sabia o que as corretoras fazem nem as controlo. E posso elaborar um pouco mais: há diversas formas de fazer cobertura e esta não tem de ser integral (por exemplo, o intermediário pode fazer o "encontro" interno das posições dos clientes e só precisa de cobrir a diferença, o que é de resto a forma mais eficiente de a fazer... e ainda se pode elaborar mais sobre o assunto, como cobertura via outros derivados e via alavancagem, o que gera um processo recursivo). Não vejo muito interesse em fazê-lo, neste ponto é pura especulação, estou a escrever isto para mostrar que não é simples nem linear, muito menos quando se comenta de fora, não estando do lado de dentro dos intermediários. Agora, se algum intermediário fizer cobertura no mercado à vista, essas aparecem tal como as outras, está no número que estás a ver e é indistiguível o que é o quê. Foi apenas isso.

ativo Escreveu:Assim percebe-se porque é que a CMVM, além das posições "curtas" abertas no mercado "à vista", por venda de ações emprestadas, inclui, de acordo com o Marco António, também, as posições "curtas" abertas no mercado de derivados, que tenham sido cobertas no mercado "à vista" pela corretora, para eliminar o risco que ela assumiu ao proporcionar ao seu cliente a abertura de uma posição "curta" no mercado de derivados: em ambos os casos à abertura de uma posição "curta" correspondeu a venda no mercado "à vista" de ações que a pessoa que abriu a posição "curta" não detinha.


Mas, para que fique claro, eu não posso garantir se e quantas acções são shortadas no mercado à vista e se se devem a cobertura de posições nos derivados. A situação é complexa q.b., é por isso mesmo que eu fui sempre muito cauteloso no que disse (qualquer outra coisa que dissesse era especular sobre o que não tenho nem posso ter segurança).
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por Ativo » 14/1/2017 23:13

Marco António agradeço-te a mensagem privada que me enviaste.

Há efetivamente uma grande confusão relacionada com as posições "curtas".

Entendo que não se deve deixar dúvidas a pairar sobre a forma como são constituídas as posições "curtas", divulgadas pela CMVM, tantas vezes aqui referidas no Fórum. Por essa razão, vou procurar fazer uma síntese entre o que eu disse e o que o Marco António afirmou.

Só me vou referir às posições "curtas" divulgadas pela CMVM.

Há a ideia, errada, de que essas posições "curtas", todas ou em parte, surgem do "nada". Não é assim. Elas correspondem sempre a venda de ações no mercado "à vista", como se irá perceber.

Tinha dito que as posições "curtas" divulgadas pela CMVM eram posições "curtas" resultantes de venda de ações emprestadas, como expliquei, o que é verdade.

As ações que são vendidas no mercado existem, pois foram emitidas por uma empresa. Ao comprá-las adquire-se direitos: direito a um dividendo, direito a votar deliberações que envolvam a empresa que as emitiu, direito a eleger os administradores da empresa. Não se podem, portanto, vender ações que "não existem", isto é, que não foram emitidas por uma empresa. O contrário seria uma burla, pois permitiria que pudesse haver em circulação mais ações do que as que, por exemplo, teriam direito a dividendo.

Os "curtos" venderam ações que não possuiam, outras pessoas venderam ações que possuiam. Uns e outros venderam ações. Nem uns nem outros têm que pagar direitos de subscrição do aumento de capital. Não faz qualquer sentido a ideia de quem vendeu ações ter depois que pagar direitos de subscrição de aumento de capital.

A única diferença entre os dois tipos de vendedor, o vendedor que vendeu ações que possuia e o vendedor que vendeu ações que não possuia, é só uma: o primeiro não tem que comprar novamente ações (pode nunca mais na vida comprar ações), o segundo terá um dia, não determinado, que comprar ações em número igual ao que vendeu. Só isso e mais nada!

O comprador de ações não sabe, ao comprar as ações, se quem vendeu tinha ou não tinha essas ações, nem isso para ele é importante.

Uma coisa é certa: se o vendedor não tinha ações para vender e vendeu ações, então é porque as ações que vendeu lhe foram emprestadas por alguém. Assim, um dia terá que comprar o mesmo número de ações que pediu emprestadas, e que vendeu, para entregar a quem lhe havia emprestado as ações.

Facilmente se compreende que haverá um contrato entre quem emprestou ações para vender e quem recebeu ações emprestadas para vender. Este último, certamente, prometeu ao primeiro, devolver-lhe as ações emprestadas, juntamente com uma remuneração pelo empréstimo feito, até uma determinada data, combinada entre os dois, que pode ser prorrogada, com acordo de ambos.

Quem recebeu as ações emprestadas entendeu que com o ativo emprestado seria capaz de ganhar dinheiro, vendendo as ações a um preço e comprando-as depois a um preço inferior. A diferença entre os dois preços seria o lucro da sua venda, mas este não seria, certamente, todo para ele. Além de devolver as ações emprestadas, ao seu dono, do lucro da venda teria que entregar, certamente, uma parte, a quem lhe emprestou as ações, como remuneração pelo empréstimo das ações, ficando o resto do lucro da venda das ações para si.

Isto se houver lucro da venda das ações. Se houver prejuízo pela venda das ações esse ficará certamente com quem pediu emprestadas as ações vendidas, recebendo o emprestador das ações de volta as ações emprestadas e também, eventualmente, neste caso, uma remuneração pelo empréstimo das ações (isto dependerá dos termos do contrato celebrado entre quem emprestou e recebeu emprestadas ações, para vender).

O Marco António acrescentou que além das posições curtas assim construídas no mercado "à vista", por empréstimo de ações, a CMVM inclui, também, as posições "curtas" abertas no mercado de derivados cobertas no mercado "à vista".

Quando, por exemplo, um cliente de uma corretora abre uma posição "curta" de BCP no mercado de derivados, a corretora fica automaticamente com uma posição "longa" no BCP (é, digamos, a outra face da operação).

De forma a anular o risco que assumiu na operação com o cliente, a corretora pode cobrir no mercado "à vista" a sua posição "longa" no BCP, vendendo no mercado "à vista" o número de ações correspondentes à sua posição "longa" no BCP (e, por conseguinte, correspondente também à posição "curta" do cliente). Se a cotação do BCP subir, o que a corretora ganha na posição "longa", com que ficou no mercado de derivados, é o que "perde" por ter vendido aquele número de ações a um preço inferior. Se a cotação do BCP descer, sucede o inverso, o que a corretora perde na posição "longa", com que ficou no mercado de derivados, é o que "ganha" por ter vendido aquele número de ações a um preço superior.

Tudo se passa como se o cliente da corretora, ao abrir uma posição "curta" (no mercado de derivados), tivesse vendido ações que não detinha (eram da corretora) no mercado "à vista".

Tal como no caso da abertura de uma posição "curta" no mercado "à vista", por venda de ações emprestadas, também no último caso referido, à abertura de uma posição "curta" no mercado de derivados corresponde a venda, no mercado "à vista", de ações não detidas por quem abriu a posição "curta" (eram da corretora).

Assim percebe-se porque é que a CMVM, além das posições "curtas" abertas no mercado "à vista", por venda de ações emprestadas, inclui, de acordo com o Marco António, também, as posições "curtas" abertas no mercado de derivados, que tenham sido cobertas no mercado "à vista" pela corretora, para eliminar o risco que ela assumiu ao proporcionar ao seu cliente a abertura de uma posição "curta" no mercado de derivados: em ambos os casos à abertura de uma posição "curta" correspondeu a venda no mercado "à vista" de ações que a pessoa que abriu a posição "curta" não detinha.

Portanto, interessa desmistificar a ideia de que as posições "curtas" divulgadas pela CMVM, e tantas vezes referidas no Fòrum, surgem do "nada". Essas posições "curtas" correspondem sempre, como disse acima, à venda de ações no mercado "à vista", que não eram da pessoa que abriu a posição "curta" (num caso era do emprestador de ações e no outro eram da corretora).
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por Fred_Invest » 14/1/2017 23:11

Marco e xacal, obrigado.

Não precisas de responder ja! Temos pelo menos até 2a a noite para decidir!!

Ja agora xacal, no meu caso como procederias (não vou tomar como um conselho de investimento). Sabendo apenas que não quero "jogar" no curto prazo (nem direitos nem accoes). Apenas não quero hipoteticamente sacrificar mais capital nem perder valor com os direitos e/ou mais valias.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por MarcoAntonio » 14/1/2017 22:51

Xacal Escreveu:Marco António estás a falar teoricamente de um aumento de capital normal. Este é diferente, é isso que não estás a compreender. Aqui a arbitragem é impossível de fazer se houver uma pressão muito grande nos direitos.


Bom, os ACs são todos diferentes e o próprio BCP já efectuou ACs onde o preço de subscrição era muito baixo em relação ao preço antigo (nomeadamente o célebre AC a 4 centimos). O que dizes é possível? Sim, é possível e pressupõe um insucesso substancial do AC, mas sim, é possível. Não o torna expectável ou provável, meramente possível. A linguagem que utilizei é a correcta, uma vez que eu descrevo a expectativa (a regra) e não disse em vez alguma que era garantido nem disse que o descreves é impossível de ocorrer. Não é impossível.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por Xacal » 14/1/2017 22:39

MarcoAntonio Escreveu:
Xacal Escreveu:Há muita gente aqui a tomar isto como certo. Na teoria devia ser, mas é preciso compreender que são dois ativos diferentes.
Já vi em muitos aumentos de capital diferenças de 10%, 20% ou mais em relação aos valores teóricos.


É possível mas raro e improvável (especialmente em activos líquidos) e quando ocorre, tende a ser temporário. A razão é muito simples (e particularmente válida em activos líquidos): se os dois activos se desviarem e quanto mais se desviarem, surgem óbvias oportunidades de arbitragem, que geram pressão em direcção ao reequílibrio (pressão que cresce quanto mais os valores se afastam).

Muito embora possa de facto ocorrer (e ocorre, pontualmente) a maior parte do tempo/vezes as diferenças são marginais (quando medido em relação ao valor total da acção, tipicamente ~2% ou menos). Mas não, não é garantido e não tem de ocorrer o tempo todo.



Frosasantos, responde-te daqui a pouco (depois de jantar) e no outro tópico, ok?


Marco António estás a falar teoricamente de um aumento de capital normal. Este é diferente, é isso que não estás a compreender. Aqui a arbitragem é impossível de fazer se houver uma pressão muito grande nos direitos.
 
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por MarcoAntonio » 14/1/2017 22:33

Xacal Escreveu:Não podes afirmar que em termos de custo é expetavelmente marginal.


Expectavelmente é marginal. Garantido, não é.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral

por MarcoAntonio » 14/1/2017 22:32

Xacal Escreveu:Há muita gente aqui a tomar isto como certo. Na teoria devia ser, mas é preciso compreender que são dois ativos diferentes.
Já vi em muitos aumentos de capital diferenças de 10%, 20% ou mais em relação aos valores teóricos.


É possível mas raro e improvável (especialmente em activos líquidos) e quando ocorre, tende a ser temporário. A razão é muito simples (e particularmente válida em activos líquidos): se os dois activos se desviarem e quanto mais se desviarem, surgem óbvias oportunidades de arbitragem, que geram pressão em direcção ao reequílibrio (pressão que cresce quanto mais os valores se afastam).

Muito embora possa de facto ocorrer (e ocorre, pontualmente) a maior parte do tempo/vezes as diferenças são marginais (quando medido em relação ao valor total da acção, tipicamente ~2% ou menos). Mas não, não é garantido e não tem de ocorrer o tempo todo.



Frosasantos, responde-te daqui a pouco (depois de jantar) e no outro tópico, ok?
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