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Caldeirão da Bolsa

BCP - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por epinay » 22/4/2013 11:08

Diacono Escreveu:será de mim?
não vejo grande entusiasmo na subida da cotação depois desta notícia. Estava à espera de algo mais acentuado... Há muita gente a concretizar mais valias


??
Subiu 5,5% na sexta, hoje sobe 3,16%
A mim parece-me que há bastante entusiasmo, mas cada um vê o que quer ver
 
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Re: bcp

por the mind » 22/4/2013 10:52

the mind Escreveu:entrada a 0.082
stop a 0.076
objectivo 0.099


Posição fechada a 0.099.
Ganho de 20.7%
Objectivos da venda: cumprimento rigoroso do tradeplane e realização de mais valias.
Não excluo a hipotese de reentrada apos quebrar em alta os 0.108.
ou reteste aos 0.08
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por Diacono » 22/4/2013 10:42

será de mim?
não vejo grande entusiasmo na subida da cotação depois desta notícia. Estava à espera de algo mais acentuado... Há muita gente a concretizar mais valias
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por Opcard » 22/4/2013 10:22

Grécia roubou quase 2.400 milhões ao BCP desde 2010

22/04/2013

Nos últimos três anos, o Millennium Bank Grécia teve um impacto negativo nas contas do BCP de 2.387,7 milhões de euros, um valor superior aos prejuízos de 2.067,7 milhões de euros registados pelo banco de Nuno Amado no conjunto de 2011 e 2012. Este efeito reflecte a situação da economia helénica, que acumula uma recessão económica de 25% em cinco anos e cuja taxa de desemprego ascende a 27%.

As “perdas” acumuladas pelo grupo na operação grega resultam, sobretudo, da contabilização de imparidades para fazer face a crédito malparado na operação helénica que totalizaram 847,1 milhões de euros entre o início de 2010 e o final do ano passado. A principal fatia deste esforço ocorreu em 2012, exercício em que o incumprimento de crédito no Millennium grego obrigou o BCP a assumir prejuízos de 702,4 milhões.

O perdão de mais de 70% que os investidores privados em dívida pública da Grécia aceitaram em 2011 foi outro dos maiores problemas do BCP na sua exposição ao primeiro país da Zona Euro a necessitar de resgate financeiro, em 2010. Este acordo implicou que o banco então liderado por Carlos Santos Ferreira tivesse que assumir uma perda de 533,5 milhões.

No ano passado, os resultados do BCP sofreram ainda o impacto da contabilização de uma imparidade de 427 milhões de euros, destinada a fazer face às perdas esperadas para a operação grega nos próximos anos. Esta almofada foi criada já a pensar na venda do Millennium Bank Grécia. Como nota o comunicado do banco emitido esta segunda-feira, esta imparidade ajudará no esforço de participação no processo de capitalização do Piraeus Bank.

Também as imparidades para “goodwill”, no valor de 147,1 milhões, realizadas tanto em 2010 como em 2011, foram feitas já para preparar a saída do mercado grego, uma vez que se destinaram a reconhecer a desvalorização da operação grega no balanço consolidado do BCP.

Finalmente, também os prejuízos acumulados pelo banco nos últimos três anos, penalizaram a instituição. Em três anos, o BCP perdeu na Grécia 285,9 milhões. A principal fatia dos prejuízos ocorreu no ano passado, em que os prejuízos totalizaram 266,4 milhões.
 
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por epinay » 22/4/2013 9:57

Marco Martins Escreveu:Agora que a Grécia não é um impecilho para o BCP, qual o rumo que se prevê?


-Hoje as yields a 10 anos já tocaram nos 5,92% :)
-Espera-se para breve uma emissão de dívida a 10 anos
-6 Maio apresentação de resultados do 1º trimestre (numa segunda-feira sem medo de nada...)
-Venda do banco grego concretizada (Banco de Nuno Amado terá direito a reaver os 900 milhões de liquidez)


Parece-me que estão dados os sinais para a tentativa de teste à resistência dos 0,12€

Continua extremamente actual o artigo do ilustre Ulisses:
http://negocios.teste.online.xl.pt/opin ... o_bcp.html
 
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por epinay » 22/4/2013 9:32

É oficial:
http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/FR44624.pdf

"Millennium grego vai ser vendido ao Piraeus Bank por um milhão de euros. BCP investe 400 milhões no comprador, mas venderá esta posição de forma faseada. Banco de Nuno Amado terá direito a reaver os 900 milhões de liquidez que injectou na sua operação na Grécia.

(Notícia actualizada às 8h37)


O BCP “assinou acordos definitivos com o Piraeus Bank” para a venda da totalidade do Millennium Bank Grécia e à participação do grupo português no aumento de capital do segundo maior banco grego, informou a instituição liderada por Nuno Amado.



A transacção será feita pelo valor simbólico de um milhão de euros, mediante o compromisso do BCP de injectar 400 milhões de euros no processo de recapitalização do Piraeus. Esta injecção tornará o grupo português accionista do segundo maior banco grego, comprometendo-se este a “apoiar o BCP na alienação faseada da participação detida no seu capital”, logo que terminado o período mínimo de seis meses em que estas acções não poderão ser vendidas.



A participação do BCP no aumento de capital do Piraeus será concretizada através “da

conversão de aproximadamente 261 milhões de euros do financiamento do BCP ao Millennium Bank Grécia (MBG), para além dos 139 milhões já efectuados pelo BCP ao MBG em Dezembro de 2012”, esclarece o comunicado, sublinhando que o BCP já provisionou 427 milhões de euros para perdas potenciais na operação grega.



No âmbito dos acordos agora assinados, o Piraeus compromete-se ainda a reembolsar o BCP “do financiamento remanescente prestado por este ao MBG”, no valor total de 900 milhões e a realizar em duas fases. “A primeira tranche, no valor de aproximadamente 650 milhões, será paga na data de fecho da operação de venda, e a segunda tranche, de

aproximadamente 250 milhões no prazo de seis meses a contar dessa data”.



Para já, o banco liderado por Nuno Amado não quantifica o impacto que estes acordos terão nas contas e na solvabilidade do BCP que, segundo os analistas poderá ser positivo. Em comunicado, o grupo limita-se a informar que a operação libertará 4.000 milhões de euros de activos ponderados pelo risco.



“A venda do MBG permitirá ao BCP desconsolidar cerca de 4.000 milhões de euros activos ponderados pelo risco (risk weighted assets), sendo o financiamento intragrupo liquidado 6 meses após a formalização da transacção. Assim, após essa data, os activos ponderados pelo risco associados a esta transacção serão determinados exclusivamente pelo investimento no capital do Piraeus”, adianta o banco.



O impacto final da operação, em que o BCP teve como consultor o Citigroup, no capital do banco “dependerá da evolução do valor da participação no Piraeus Bank”."

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... recia.html
 
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por Marco Martins » 22/4/2013 9:07

Agora que a Grécia não é um impecilho para o BCP, qual o rumo que se prevê?
 
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por PC05 » 22/4/2013 8:23

As yields com vontade para cair, 5.95 a 10Y.
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por epinay » 22/4/2013 8:21

:)
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por altrio » 22/4/2013 7:40

MarcoAntonio Escreveu:Quando um Banco estoura tens basicamente três conjuntos de hipóteses:

- O risco reflecte-se apenas nos depositantes dessa instituição: por exemplo, garante-se o que é possível com o sistema e/ou estiver previamente estabelecido (por exemplo 100K) e o resto, para os depositantes DESSE BANCO vai ao ar.

- O risco distribui-se por todos os clientes do mesmo tipo de produto: por exemplo, taxam-se os depósitos a a partir de um dado valor e/ou de forma progressiva. Pagam todos os depositantes e pode-se entender que os depositantes estão assim a pagar um seguro (amanhã pode ser o banco e depósito deles, mas assim sabem que grande parte estará sempre preservado);

- O risco reflecte-se por toda a gente, pelo cidadão em geral (pelo contribuinte e pelos não contribuintes dele dependentes): neste caso, para proteger ilimitada e indiscriminadamente os depósitos bancários de uns, pagam todos (no limite, para alguns vai significar ir para o desemprego).



Estou totalmente contra a terceira. Não só é injusta como é contraproducente: penaliza a economia ao mesmo tempo que transmite a mensagem (e funciona efectivamente dessa forma) que os disparates ou erros de gestão de entidades privadas como os Bancos são, em última instância, para serem pagos pelos contribuintes.

Sou favorável à segunda e conseguiria aceitar a primeira (contudo acho preferível manter um significativo nível de segurança nos depósitos, que é o que o segundo método permite). Mas não fico chocado se alguém disser sei lá: eu tenho depósitos no BPI ou não sei onde e não tenho nada que pagar pelos erros de quem depositou no BPN.


A segunda hipótese, que é no fundo um seguro, só faria sentido se houvesse uma avaliação do risco que fizesse com que o prémio a pagar nuns bancos fosse mais alto do que noutros. Caso contrário, todos os depositantes poderiam ir colocar o seu dinheiro no banco que pagasse mais juros, sem se preocupar se aquilo era sustentável ou não. Isto iria seguramente despoletar um disparar das taxas de juro para além da capacidade de reembolso dos bancos.

Penso que é mais sensato não se mexer nisto e a eventual activação do fundo de garantia num banco não afectar os restantes.
It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman

If you're going through hell, keep going. - Winston Churchill
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por Bar38 » 22/4/2013 1:21

MarcoAntonio Escreveu:
bar38 Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:
bar38 Escreveu:Estas a brincar! E as contas correntes de receita e pagamento ?


Porque estaria a brincar? E qual é o teu ponto ao certo? Aliás, esclarece em exacto qual é a tua posição: os depósitos são para cobrir até onde e de que forma?


Um coisa DP outra coisa e' DO tem que haver diferenciação .


Pessoalmente, sou muito bem capaz de concordar com uma diferenciação entre DP e DO.

Mas é só essa a tua questão? Que deve existir uma diferenciação entre DP e DO?


Sim claro.
No caso do Chipre ao que parece marchou tudo DP e DO.
Qualquer pequena e media empresa tem muito facilmente nas suas contas correntes bem mais de 100M€ e agora vão fazer o que? Comprar um cofre.
 
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por MarcoAntonio » 22/4/2013 0:46

bar38 Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:
bar38 Escreveu:Estas a brincar! E as contas correntes de receita e pagamento ?


Porque estaria a brincar? E qual é o teu ponto ao certo? Aliás, esclarece em exacto qual é a tua posição: os depósitos são para cobrir até onde e de que forma?


Um coisa DP outra coisa e' DO tem que haver diferenciação .


Pessoalmente, sou muito bem capaz de concordar com uma diferenciação entre DP e DO.

Mas é só essa a tua questão? Que deve existir uma diferenciação entre DP e DO?
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por AmigosdaBolsa » 22/4/2013 0:46

MarcoAntonio Escreveu:
bar38 Escreveu:Estas a brincar! E as contas correntes de receita e pagamento ?


Porque estaria a brincar? E qual é o teu ponto ao certo? Aliás, esclarece em exacto qual é a tua posição: os depósitos são para cobrir até onde e de que forma?


Marco,

Tenho de te dar uns Parabéns pelo esforço que estás a fazer. Eu não teria tanta paciência.

O problema é de discutir por escrito. Pode ser muito complicado dar a entender os nossos argumentos.

Pelo que me parece as pessoas interpretam os depósitos como um cofre em vez de um "empréstimo" aos Bancos. Que no fundo é isso que é.

Esquecem-se que nem todos os bancos são iguais e como tal têm de colocar nas instituições que consideram seguras.

Se uma empresa (e o bancos é uma empresa também) for à falência acontece o normal. São chamados a intervir os accionistas e os obrigacionistas. Neste caso dos depósitos têm a sorte de estar salvaguardados até 100k.

Relativamente às opções que elegeste considero a mais justa aquela em que apenas pagam os depositantes da instituição que entra em falência. Como já disseste aqui "que culpa tenho eu de teres colocado num banco que oferecia 10%, mas sem garantias?"

Obrigado pelo teu contributo.

:clap:
 
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por Bar38 » 22/4/2013 0:40

MarcoAntonio Escreveu:
bar38 Escreveu:Estas a brincar! E as contas correntes de receita e pagamento ?


Porque estaria a brincar? E qual é o teu ponto ao certo? Aliás, esclarece em exacto qual é a tua posição: os depósitos são para cobrir até onde e de que forma?


Um coisa DP outra coisa e' DO tem que haver diferenciação .
 
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por MarcoAntonio » 22/4/2013 0:29

bar38 Escreveu:Estas a brincar! E as contas correntes de receita e pagamento ?


Porque estaria a brincar? E qual é o teu ponto ao certo? Aliás, esclarece em exacto qual é a tua posição: os depósitos são para cobrir até onde e de que forma?
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por Bar38 » 22/4/2013 0:25

MarcoAntonio Escreveu:
bar38 Escreveu:E as empresas???


As empresas são parte dos depositantes, qual é a questão?


Estas a brincar! E as contas correntes de receita e pagamento ?
 
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por MarcoAntonio » 22/4/2013 0:20

bar38 Escreveu:E as empresas???


As empresas são parte dos depositantes, qual é a questão?
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por Bar38 » 22/4/2013 0:19

MarcoAntonio Escreveu:
bar38 Escreveu:Então mas não será esse o trabalho dos reguladores não permitir que isso aconteça.


O trabalho dos reguladores é prevenir que isso aconteça, não impede que aconteça, ora essa!

Sim, podemos falar de que se pode reforçar a componente da prevenção e acho que se não todos, quase todos concordamos nessa parte. O que de resto já foi coberto no debate...


E as empresas???
 
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por MarcoAntonio » 22/4/2013 0:15

bar38 Escreveu:Então mas não será esse o trabalho dos reguladores não permitir que isso aconteça.


O trabalho dos reguladores é prevenir que isso aconteça, não impede que aconteça, ora essa!

Sim, podemos falar de que se pode reforçar a componente da prevenção e acho que se não todos, quase todos concordamos nessa parte. O que de resto já foi coberto no debate...
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por Investbem » 22/4/2013 0:11

Drecksack Escreveu:
Ivo Duarte Escreveu:, mas sim no património dos mais ricos. Não considero que quem tenha 100k num banco se possa considerar rico, se tiveres em conta que essas podem ser as poupanças, de toda uma vida, de uma família da classe média que perspectiva, por exemplo, a compra de uma casa que custa bem mais do isso…


E porquê é que quem tenha mais de 100k deve ser prejudicado, face a quem tenha 100k ?

Eu tenho bastante mais de 100k e não estou a ver a razão pela qual eu terei que ser prejudicado face a outros.

:shock:


Com a informação existente nos dias de hoje, quem tem valores mais elevados que 100K e receio que o pior possa acontecer, é uma questão de de dividir por várias conta com o maximo de 100K em cada. O que alias está a ser aconselhado por muitos gestores de conta!
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por Bar38 » 22/4/2013 0:08

MarcoAntonio Escreveu:Está boa essa, sublinhas uma parte e retiras o bold da secção que se sobrepõe a essa e que é a verdadeiramente relevante para o que se esteve a discutir: o que se faz na situação limite em que a instituição não tem capacidade para satisfazer os depósitos:


No que respeita a risco de crédito, que está relacionado com uma eventual possibilidade de a instituição não ter capacidade para cumprir as suas obrigações de reembolso do capital aplicado e respectivo juro corrido, há que ter em atenção que os montantes aplicados em depósitos bancários estão protegidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos, até ao montante máximo fixado por lei (ver Garantia de Depósitos).



Então mas não será esse o trabalho dos reguladores não permitir que isso aconteça .
E atenção que não se esta apenas a falar de DP e DO dos particulares ,e as empresas? Como e' que ficam no meio de isto tudo.
 
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por MarcoAntonio » 21/4/2013 23:58

WaBu Escreveu:
Marco, não tenho dúvidas que o banco, nesse caso, deve falir. O risco tem de ficar circunscrito ao universo de credores/investidores, accionistas, obrigacionistas... mas jamais pode chegar aos depositantes.



Se não chega aos depositantes, então estás também tu a dizer que a cobertura dos depósitos deve passar dos actuais 100K para uma cobertura total.

:shock:

Já pensaste bem nas várias consequências disso? Desde a quem tu vais fazer pagar (para cobrir indiscriminadamente as contas bancárias) até ao facto de estares a promover de forma ilimitada a irresponsabilidade do lado do depositante (que não precisa então de se preocupar onde mete o dinheiro)?
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Elias » 21/4/2013 23:51

WaBu Escreveu:
Marco, não tenho dúvidas que o banco, nesse caso, deve falir. O risco tem de ficar circunscrito ao universo de credores/investidores, accionistas, obrigacionistas... mas jamais pode chegar aos depositantes. Isso equivale em termos práticos ao mesmo que toda a outra via da tributação sobre rendimentos e consumos, fazendo injustamente o justo pagar pelo pecador. Falamos de instituições privadas com lucros privados e, como tal, o risco também só pode circular dentro da esfera de quem beneficia desse negócio. Por isso, depósitos à ordem jamais poderiam ser submetidos ao tiro feroz desse imposto.


Pois é, mas se o dinheiro dos credores / accionistas / obrigacionistas não for suficiente, onde vais buscar o resto: aos depositantes ou aos contribuintes?
 
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por Elias » 21/4/2013 23:50

WaBu Escreveu:Será que existe hoje ainda quem guarde os rendimentos no colchão?!


Há e não são assim tão poucos. Na passada sexta deu uma interessante reportagem (salvo erro na RTP) sobre os idosos que são burlados. Trata-se sobretudo de pessoas de idade que vivem isoladas, muitas vezes sozinhas, que guardam o dinheiro todo em casa, e aparecem lá uns indivíduos que, a pretexto de trocar pelas novas notas de 5 euros, lhes ficam com o dinheiro todo (em certos casos muitos milhares). A GNR tem andado a fazer acções de sensibilização.

Convém lembrar que este país ainda tem muitos analfabetos. E então iletrados financeiros nem se fala. Devido ao seu desconhecimento, preferem guardar o dinheiro em casa, pois sentem que está mais seguro.
 
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por General Patton » 21/4/2013 23:49

MarcoAntonio Escreveu:
Ivo Duarte Escreveu:Acho que está implícito nas palavras que usei no post anterior que não concordo nem com o “confisco” pelos impostos, nem pela imposição de perdas aos depositantes!


Então o que é que tu defendes?

(não respondas, lê até ao fim)


Ivo Duarte Escreveu:Conforme já defendi num post anterior acho que, e passo a citar-me, “acho que grande parte dos problemas se resolvem prevenindo-os, (...)


Os problemas não se resolvem, prevenindo-os. Os problemas reduzem-se em número se os prevenires de foram eficiente. Quando eventualmente ocorrem, tens de os resolver.

Quando a prevenção falha (e falhará sempre algumas vezes) ou quando ela não existia previamente tens de resolver o problema do ponto de vista prático.

Portanto, o que tu dizes não é suficiente.

Naturalmente, eu concordo com essa parte (sou todo a favor da prevenção, afinal quem não é?). O que eu quero saber é como tu resolves o resto...


Ivo Duarte Escreveu:
Responsabilizar credores! Sim, Responsabilizar investidores! Sim, Responsabilizar accionistas! Sim, Responsabilizar depositantes! Definitivamente Não…



Quando os accionistas não chegam, quem paga o resto?

O que é que tu propões então afinal?

Ou os depositantes ou o contribuinte em geral (do mais rico ao mais pobre) alguém tem de pagar o resto. Não podes proteger integralmente todos ao mesmo tempo quando os que citaste não chegam para resolver o problema!


Marco, não tenho dúvidas que o banco, nesse caso, deve falir. O risco tem de ficar circunscrito ao universo de credores/investidores, accionistas, obrigacionistas... mas jamais pode chegar aos depositantes. Isso equivale em termos práticos ao mesmo que toda a outra via da tributação sobre rendimentos e consumos, fazendo injustamente o justo pagar pelo pecador. Falamos de instituições privadas com lucros privados e, como tal, o risco também só pode circular dentro da esfera de quem beneficia desse negócio. Por isso, depósitos à ordem jamais poderiam ser submetidos ao tiro feroz desse imposto.
Four-Star General Officer
Général 4 Étoiles

J’espère pouvoir l'élever à la 5ème étoile, ce qui n'est rien si on y rappelle tout son héroïsme...

''I don't look to jump over 7-foot bars: I look around for 1-foot bars that I can step over.''
WARREN BUFFETT

À ironia e ao surrealismo que a serve; à condição humana ... e à felicidade escondida nesta vida ...
Arthur H & Lhasa de Sela - On rit encore:
https://www.youtube.com/watch?v=7LIjMJgFJxg
Brascht - Dans le ciel de ma rue:
https://www.youtube.com/watch?v=bgGb--i0ypE
Do valor do marmeleiro...
https://www.youtube.com/watch?v=ZIURJ7YN4cg
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