Alexandre, os iluminados não opinam por aqui, uma vez que não há opiniões de académicos bem falantes.. 
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a financiar o Banco Caixa Geral (BCG), desde 2010, em valores que ultrapassam os 3.000 milhões de euros, apurou o SOL. Trata-se de um apoio financeiro permanente angariado pela casa-mãe que visa assegurar liquidez essencial ao funcionamento da filial espanhola – instituição que foi liderada por Faria Oliveira até 2008, altura em que o ex-ministro de Cavaco Silva assumiu o lugar de presidente executivo do grupo CGD.
O financiamento de 3.000 milhões, segundo fontes do sector financeiro, está a ser feito a taxas abaixo da Euribor. A ajuda ao banco espanhol tem um custo anual de 50 milhões de euro para a CGD.
As necessidades da filial da CGD, que tem actualmente como chairman Rudolfo Lavrador (igualmente administrador executivo da holding com o pelouro internacional), indiciam problemas de liquidez, decorrentes da conjuntura do mercado.
Entre 2005 e 2007, o_BCG – então liderado por Faria de Oliveira –, fez uma grande aposta no mercado do crédito à habitação e na área do project finance. Os activos liquidos da instituição espanhola quase que duplicaram de 2006 para 2007, atingindo os 7,6 mil milhões de euros.
O sector bancário em Espanha, à semelhança da Irlanda, continua a sofrer as consequências da ‘bolha imobiliária’ que rebentou em 2008. O_Banco Central de Espanha considera, por exemplo, que metade dos 323 mil milhões de euros de colaterais para o pagamento de empréstimos de habitação sejam activos problemáticos e estima que a desvalorização dos mesmos varie entre os 35% e os 80%.
*com David Dinis