Re: Boas noticias sobre a Economia de Portugal
Enviado: 25/4/2014 0:03
in JN
O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vítor Constâncio, considera que "as sociedades esperam demasiado dos bancos centrais", e que estes "não podem fazer tudo". Constâncio fez esta consideração na quinta-feira, durante a sua intervenção numa conferência organizada pela pós-graduação em Banca e Regulação Financeira da Universidade de Navarra, ao responder a uma pergunta sobre se a união bancária poderia ajudar a melhorar a evolução do crédito. Neste sentido, explicou que a união bancária "não é suficiente" e acrescentou que grande parte do que se está a passar com a evolução do crédito deve-se à falta de procura e investimento. Se bem que a política monetária possa contribuir para mudar esta situação, Constâncio assegurou que "hoje em dia as sociedades esperam demasiado dos bancos centrais", mas que estes "não podem fazer tudo". Para o dirigente do BCE, "o que está em jogo é a necessidade de outras políticas gerais", afirmando mesmo que a instituição de que é vice-presidente "não tem uma varinha mágica para resolver os problemas". A este respeito, adiantou que a Europa necessita aumentar a produtividade, o que depende da realização de outras políticas, como na ciência e tecnologia, para incentivar as empresas. Esta evolução, realçou, "não depende da política monetária", continuando: "Não esperem que os bancos centrais possam resolver todos os problemas." Na sua intervenção, Constâncio considerou porém que a União Europeia contribuiu em parte para a recuperação da economia e da confiança, bem como para a melhoria do crédito, apesar de tal melhoria ser insuficiente e não ser imediata. "A união bancária é a reforma mais importante que se realizou na Europa depois do euro", expressou Constâncio, que disse ainda que depois da revisão que o organismo vai fazer à banca europeia vai-se produzir um processo de reestruturação do sector e que mais fusões e aquisições vão ajudar as instituições a ganhar eficiência. Antecipando-se a esta avaliação, os bancos europeus aumentaram o seu capital e as suas provisões e estão a desendividar-se. Em resultado desta evolução, a confiança no euro começou a aumentar, disse Constâncio, que admitiu porém que ainda tem de subir mais. Para tal, avançou, a avaliação que o BCE vai fazer motivará uma acção correctiva que ajudará a resolver as dúvidas que persistam. A reforçar este cenário, acrescentou, a recente união bancária também vai contribuir para a melhoria da economia e a recuperação da confiança. Apesar disso, insistiu que para completar a união bancária há mudanças "urgentes" de regulação que a Comissão europeia tem de completar como a lei de empresas, de falências ou de produtos financeiros. Acentuou também que para a união bancária ser "estável e eficiente", a Europa deve ter uma união política e monetária.
Ler mais em: http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... trais.html
O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vítor Constâncio, considera que "as sociedades esperam demasiado dos bancos centrais", e que estes "não podem fazer tudo". Constâncio fez esta consideração na quinta-feira, durante a sua intervenção numa conferência organizada pela pós-graduação em Banca e Regulação Financeira da Universidade de Navarra, ao responder a uma pergunta sobre se a união bancária poderia ajudar a melhorar a evolução do crédito. Neste sentido, explicou que a união bancária "não é suficiente" e acrescentou que grande parte do que se está a passar com a evolução do crédito deve-se à falta de procura e investimento. Se bem que a política monetária possa contribuir para mudar esta situação, Constâncio assegurou que "hoje em dia as sociedades esperam demasiado dos bancos centrais", mas que estes "não podem fazer tudo". Para o dirigente do BCE, "o que está em jogo é a necessidade de outras políticas gerais", afirmando mesmo que a instituição de que é vice-presidente "não tem uma varinha mágica para resolver os problemas". A este respeito, adiantou que a Europa necessita aumentar a produtividade, o que depende da realização de outras políticas, como na ciência e tecnologia, para incentivar as empresas. Esta evolução, realçou, "não depende da política monetária", continuando: "Não esperem que os bancos centrais possam resolver todos os problemas." Na sua intervenção, Constâncio considerou porém que a União Europeia contribuiu em parte para a recuperação da economia e da confiança, bem como para a melhoria do crédito, apesar de tal melhoria ser insuficiente e não ser imediata. "A união bancária é a reforma mais importante que se realizou na Europa depois do euro", expressou Constâncio, que disse ainda que depois da revisão que o organismo vai fazer à banca europeia vai-se produzir um processo de reestruturação do sector e que mais fusões e aquisições vão ajudar as instituições a ganhar eficiência. Antecipando-se a esta avaliação, os bancos europeus aumentaram o seu capital e as suas provisões e estão a desendividar-se. Em resultado desta evolução, a confiança no euro começou a aumentar, disse Constâncio, que admitiu porém que ainda tem de subir mais. Para tal, avançou, a avaliação que o BCE vai fazer motivará uma acção correctiva que ajudará a resolver as dúvidas que persistam. A reforçar este cenário, acrescentou, a recente união bancária também vai contribuir para a melhoria da economia e a recuperação da confiança. Apesar disso, insistiu que para completar a união bancária há mudanças "urgentes" de regulação que a Comissão europeia tem de completar como a lei de empresas, de falências ou de produtos financeiros. Acentuou também que para a união bancária ser "estável e eficiente", a Europa deve ter uma união política e monetária.
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