Quico Escreveu:Claro que subscrevo o que diz o Atomez.
Mares Escreveu:Ela destaca a importância do investimento nos transportes públicos, no investimento do Estado na energia, nas politicas sociais dos governos, que é um erro a liberalização do mercado de trabalho (em situação de crise actual), na melhor distribuição da riqueza pela população, na importância de lideranças fortes no desenvolvimento das nações (onde ela destaca o papel do Lula), no potencial do Brasil no mercado agrícola (que podería ser seguído por Portugal), etc, etc.
"Investimento" do Estado na energia?! Quê? Ao estilo da "aposta" (que bem que fica esta expressão!) que por se fez cá se nas "renováveis"? (
ver o outro tópico sobre o aumento do custo da electricidade).
"Investimento" do Estado nos transportes públicos?! Tipo fazer autoestradas, SCUTs, Metros do Porto, TGVs? E depois se não for sustentável "que se lixe!"?
Meu caro: "Investimento do Estado" é tirar a todos para dar a alguns. Ainda continuam a achar que o planeamento centralizado da economia é a solução?! Então o século XX não serviu para nada?!
Quanto ao Lula e ao "milagre" brasileiro: é sem dúvida um líder forte, inteligente e carismático, que teve o enorme mérito de "meter o socialismo na gaveta", não desfazendo e prosseguindo o caminho iniciado pelo seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.
O relativo sucesso actual da economia brasileira tem muito pouco a ver com o marxismo original do Lula ou com as suas "políticas sociais" (como a esquerda gosta tanto de propagandear por esses media).
Já agora: se Portugal se visse, numa década, transformado num dos 10 maiores produtores mundiais de petróleo também se podia dar ao luxo de ser o campeão das políticas sociais e do "investimento" nas fantasias que lhe apetecesse! (...aliás, para a nossa dimensão, bastava o top 50 ou 100!

).
Caro Quico,
quem lê os seus posts fica com a ideia de que nunca usou Scuts ou que nunca andou de transporte público.
Será que continua usando as EN e utilizando o carro para dirigír-se ao centro das cidades? Irá têr motorista partícular quando deixar de poder conduzír? Não acha que certas regiões do país estão hoje melhor preparadas para participarem do progresso do país?
Também critíca as renováveis, quando dirigentes mundiais elogiam os avanços feitos por Portugal. Acha que deverá apostar-se na queima do carvão?
Se defende o investimento privado, em obras de peso, deverá aqui mostrá-las e não apenas condenar aquelas em que o Estado têve de investir. As suas critícas as faz apenas por apego ideológico? Discursos ideológicos e não fundamentada com a realidade do país, é típico de regimes totalitaristas (sejam eles de direita ou de esquerda).
Quanto às críticas às políticas sociais, feitas pela classe média "tradicional" brasileira, ela diz que "a preocupação desta classe é somente em arranjar emprego para os seus filhos". Estas classes não defendem o progresso, mas tão somente a preservação da sua capacidade de explorar o Estado e o resto da sociedade. Esse exemplo não é só típico do Brasil, pois o vêmos em Portugal. Observamos que essas classes cresceram à sombra do Estado (directa ou indirectamente) e são hoje os primeiros a recusar o progresso, visto que defendem que todos os recursos deverão estar destinados à manutenção desse "Estado Social".
Qualquer outra comparação entre o Brasil e Portugal é mera ilusão. O Brasil progredíu imenso na última década, seja por políticas sociais bem sucedídas, seja pelo investimento na educação ou por medidas de incentivo à produção nacional.
Portugal apenas preserva a sua "política social". Neste caso, utiliza todos os recursos na defesa de um "Estado Social", onde o Estado é o princípio e o fim de tudo.
Então a mentalidade portuguêsa não é diferentes da dos gregos. A doença deles está já na fase terminal e nós para la caminhamos.