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Como já vimos aqui e como demonstro no meu novo livro, uma das principais características da economia nacional nos últimos anos tem sido o crescente nível de endividamento. Porém, e contrariamente ao que às vezes julgamos, é importante perceber que a espiral do endividamento não se restringiu ao Estado e às famílias. As empresas também se endividaram a ritmos elevados. Assim, e como podemos ver no gráfico abaixo, entre 1996 e 2009, as dívidas das empresas aumentaram de 90% do PIB para cerca 151% do PIB. Ou seja, o endividamento empresarial ocorreu a um ritmo inferior ao crescimento das dívidas das famílias e do Estado, embora, mesmo assim, tenha sido muito substancial.
A grande questão é saber quais são os motivos que levaram as nossas empresas a endividarem-se tanto. Ora, há quatro razões principais que explicam a subida do endividamento das empresas. Em primeiro lugar, as empresas efectuaram investimentos em várias áreas, que foram financiados e até fomentados pela descida das taxas de juros e as maiores facilidades de crédito possibilitadas pela nossa entrada no euro. Por outras palavras, a nossa adesão à moeda única aumentou a oferta de crédito ao dispor das empresas, as quais endividaram-se a ritmos sem precedentes na nossa história recente. Em segundo lugar, as empresas (e os bancos) endividaram-se para poderem participar na obsessão fontista dos nossos governantes. Assim, as empresas e os bancos endividaram-se para poderem entrar nos lucrativos contratos associados às parcerias público-privadas e concessões (SCUTs). As dívidas associadas a estes projectos ascendem a mais de 30% do PIB nacional. Neste sentido, a politica fontista do Estado foi um dos principais motivos que explica o rápido endividamento das empresas nacionais. Em terceiro lugar, e como já aqui vimos, as empresas públicas continuaram a endividar-se a ritmos pouco salutares, o que contribuiu para o aumento do nível de endividamento da economia. Actualmente, as empresas públicas têm-se endividado entre 3 mil e 3,5 mil milhões de euros todos os anos.
Finalmente, as empresas endividaram-se para poderem participar nos processos das privatizações, que permitiram um encaixe financeiro para o Estado na ordem dos 25 mil milhões de euros.
No total, e como podemos ver no gráfico abaixo, o endividamento empresarial aumentou cerca de 60 pontos percentuais do PIB nacional entre 1996 e 2009. O crescimento do endividamento em percentagem do PIB ocorreu principalmente entre 1996 e 2001, e acelerou decisivamente a partir de 2005. Não é por acaso que foi nestes períodos que a maioria das PPPs foi adjudicada. O final da década de 1990 foi igualmente caracterizado pelas privatizações das maiores empresas do Estado.
kpt Escreveu:
8º Não obstante, os estados podem ter défices sucessivos desde que o crescimento seja suficiente para que o rácio divida/pib se mantenha estável e aceitável. Ou seja, o défice e a consequente/inerente dívida até podem subir em termos absolutos desde que o PIB cresça em proporções semelhantes à da dívida.
9º Vamos ter que forçosamente chegar ao superavit no futuro de forma a que possamos diminuir a nossa dívida e que com isso possamos posteriormente reduzir os juros pagos e consequentemente possamos, aí assim, aliviar novamente a carga fiscal.
nfmarque Escreveu:Boa tarde, independentemente do juro, o plano da troika não é para reduzir o defice para 3%? Como se pode pagar uma divida com um orçamento deficitário?
Obrigado.
Mares Escreveu:Manu Escreveu:Juro do empréstimo europeu a Portugal será "acima de 5,5%"
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=483769
Quer isto dizer que vamos ter que pagar em 10 anos, mais de 120 mil milhões de euros.
Ou seja, uns meros 8% do PIB em média, por ano.
Isto não vai dar certo...
Partido finlandês quer impor condições para aprovar ajuda a Portugal (act.)
10 Maio 2011 | 17:27
Ana Luísa Marques - anamarques@negocios.pt
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O segundo maior partido mais votado nas últimas eleições exige uma maior participação dos investidores privados nos planos de resgate a países endividados e que fique previsto uma reestruturação da dívida, caso esta se torne insustentável.
Esta é uma das condições impostas pelo Partido Social-Democrata da Finlândia para aprovar a ajuda a Portugal. Mas não é a única.
Para os sociais-democratas finlandeses, a Finlândia só deverá aprovar a ajuda se ficar definido, por exemplo, a criação de uma taxa bancária e que o empréstimo de ajuda concedido ao país em dificuldades é o primeiro a ser pago em caso de reestruturação de dívida.
Num comunicado emitido esta tarde, os sociais-democratas exigem ainda que nos países em que existam dúvidas sobre a sustentabilidade da dívida, seja possível forçar uma reestruturação.
O plano de resgate a Portugal vai ser votado amanhã pelo parlamento finlandês e o apoio dos sociais-democratas é fundamental para que este seja aprovado. Este foi o segundo partido mais votado nas eleições, à frente dos Verdadeiros Finlandeses, que já anunciaram que vão votar contra.
O novo primeiro-ministro finlandês, Jyrki Katainen (na foto), tem estado reunido com os partidos políticos para debater, precisamente, a ajuda a Portugal e tentar reunir o maior consenso possível em torno desta questão.
A agência Reuters sublinha que a aprovação do parlamento finlandês à ajuda portuguesa é importante, porque ao contrário de outros países da Zona Euro, a Finlândia tem direito de voto nos pedidos de resgate por parte dos Estados-membros.
O documento que amanhã vai ser debatido e votado pelo parlamento finlandês deverá incluir uma referência à participação dos investidores privados nos planos de resgate, anunciou Kimmo Sasi, membro do partido de Coligação Nacional (vencedor das últimas eleições) e director das negociações sobre a ajuda a Portugal.
No entanto, Sasi não esclareceu de que forma é que esta referência poderá fazer parte do plano de ajuda a Portugal.
Pata-Hari Escreveu:De notar que isto se aplica aos dois terços da ajuda que deve vir da UE, e não ao terço que vem do FMI.
Manu Escreveu:Juro do empréstimo europeu a Portugal será "acima de 5,5%"
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Quer isto dizer que vamos ter que pagar em 10 anos, mais de 120 mil milhões de euros.
Ou seja, uns meros 8% do PIB em média, por ano.
mnfv Escreveu:O que é uma vergonha é os nossos pares do Euro cobrarem mais taxa de juro (5,5%) do que o próprio FMI (3,5%).
Com amigos destes...
pocoyo Escreveu:nfmarque Escreveu:Boa tarde, independentemente do juro, o plano da troika não é para reduzir o defice para 3%? Como se pode pagar uma divida com um orçamento deficitário?
Obrigado.
Crescendo mais de 3% do PIB.
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nfmarque Escreveu:Boa tarde, independentemente do juro, o plano da troika não é para reduzir o defice para 3%? Como se pode pagar uma divida com um orçamento deficitário?
Obrigado.
Manu Escreveu:Juro do empréstimo europeu a Portugal será "acima de 5,5%"
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=483769
Quer isto dizer que vamos ter que pagar em 10 anos, mais de 120 mil milhões de euros.
Ou seja, uns meros 8% do PIB em média, por ano.