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Caldeirão da Bolsa

O que devemos fazer caso Portugal volte ao Escudo.

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Pickbull » 10/8/2011 23:36

marianonunes Escreveu:Também já pensei nisso... o Krone é estável, varia com o preço do petróleo, mas também não são variações enormes. Não tem grandes fluxos migratórios. Tem um superavite... a estória dos défices nem se aplica.

Parece uma opção séria.

Um bom ponto de entrada seria ao deixar as bolsas e o preço do petróleo sangrar mais um pouco. O que leva que o Krone desca de valor.

Problema: Se Portugal e Grécia saiem do Euro.O Euro poderá valorizar em relação ao Krone. Mas será sempre uma valorização menos explosiva que a desvalorização do futuro "escudo". Podemos sempre reagir e voltar a comprar Euros.


Opiniões? :?:


Na minha opinião pouco importa se o Euro valoriza face ao Krone. O importante nessa altura será a sua valorização sobre o escudo.
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por marianonunes » 10/8/2011 23:30

Também já pensei nisso... o Krone é estável, varia com o preço do petróleo, mas também não são variações enormes. Não tem grandes fluxos migratórios. Tem um superavite... a estória dos défices nem se aplica.

Parece uma opção séria.

Um bom ponto de entrada seria ao deixar as bolsas e o preço do petróleo sangrar mais um pouco. O que leva que o Krone desca de valor.

Problema: Se Portugal e Grécia saiem do Euro.O Euro poderá valorizar em relação ao Krone. Mas será sempre uma valorização menos explosiva que a desvalorização do futuro "escudo". Podemos sempre reagir e voltar a comprar Euros.


Opiniões? :?:
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por Marco Martins » 10/8/2011 18:30

vset Escreveu:
Marco Martins Escreveu:
vset Escreveu:Pois sim, é mais difícil ter poupança agora do que não ter.

Acho que a crise é exactamente para quem tem, quem não tem nunca teve que pensar em nada...

Aliás, ou é das férias ou a fraca participação neste tópico com poucas pessoas preocupadas denota provavelmente isso.

Paulo em casa não me parece nada bem, penso que o melhor será transferir para um país sólido e com moeda sólida. Qual ... ?


O problema é que parece não haver países sólidos neste momento...

Os states se tiverem problemas, afectará praticamente todo o mundo, incluindo China, Japão, Rússia, Brasil, Inglaterra, França, Alemanha...

Neste momento, só se for a Noruega e eventualmente a Suíça (mas mesmo a Suiça, não sei não!!)


Boas MM,

isso quer dizer que a tua escolha recairia em...?

Abc.


Noruega... se entretanto não aparecerem por lá mais loucos :)
 
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por vset » 10/8/2011 14:49

Marco Martins Escreveu:
vset Escreveu:Pois sim, é mais difícil ter poupança agora do que não ter.

Acho que a crise é exactamente para quem tem, quem não tem nunca teve que pensar em nada...

Aliás, ou é das férias ou a fraca participação neste tópico com poucas pessoas preocupadas denota provavelmente isso.

Paulo em casa não me parece nada bem, penso que o melhor será transferir para um país sólido e com moeda sólida. Qual ... ?


O problema é que parece não haver países sólidos neste momento...

Os states se tiverem problemas, afectará praticamente todo o mundo, incluindo China, Japão, Rússia, Brasil, Inglaterra, França, Alemanha...

Neste momento, só se for a Noruega e eventualmente a Suíça (mas mesmo a Suiça, não sei não!!)


Boas MM,

isso quer dizer que a tua escolha recairia em...?

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por Marco Martins » 10/8/2011 13:14

vset Escreveu:Pois sim, é mais difícil ter poupança agora do que não ter.

Acho que a crise é exactamente para quem tem, quem não tem nunca teve que pensar em nada...

Aliás, ou é das férias ou a fraca participação neste tópico com poucas pessoas preocupadas denota provavelmente isso.

Paulo em casa não me parece nada bem, penso que o melhor será transferir para um país sólido e com moeda sólida. Qual ... ?


O problema é que parece não haver países sólidos neste momento...

Os states se tiverem problemas, afectará praticamente todo o mundo, incluindo China, Japão, Rússia, Brasil, Inglaterra, França, Alemanha...

Neste momento, só se for a Noruega e eventualmente a Suíça (mas mesmo a Suiça, não sei não!!)
 
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por vset » 10/8/2011 11:00

Pois sim, é mais difícil ter poupança agora do que não ter.

Acho que a crise é exactamente para quem tem, quem não tem nunca teve que pensar em nada...

Aliás, ou é das férias ou a fraca participação neste tópico com poucas pessoas preocupadas denota provavelmente isso.

Paulo em casa não me parece nada bem, penso que o melhor será transferir para um país sólido e com moeda sólida. Qual ... ?
 
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por paulop2009 » 10/8/2011 8:04

vset Escreveu:
Estamos a viver uma grave crise financeira... eu estou um pouco paralisado sem saber o que fazer!?



O problema não é tu sentires-te paralisado. O problema é o Durão, a Merkel e o Sarkosy estarem paralisados... já para não falar no Berlusconi que sofre de paralesia intelectual há muitos anos...

comentários jocosos (porém verdadeiros) à parte, eu sinto-me igual. Equaciono mesmo levantar parte das minhas poupanças para as ter em casa em "cash" por ser a única forma de ter alguma coisa segura no dia em que, de surpresa, o estado resolver nacionalizar para escudos todas as nossas poupanças...

P
 
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por fcaseiro » 10/8/2011 0:13

Pata-Hari Escreveu:nfmarque, eu diria ainda mais "o que portugal precisa é de ser mais produtivo para justificar uma moeda forte". Bolas, serei anormal e a única a achar isto...?


Para ser mais produtivo e' preciso mais capital livre, ou seja menos Estado, mais privados e não passar 2/3 do ano a trabalhar para impostos, temos uma carga fiscal de 75%, irs,irc, IVA, imi, i.p., i.a., imt , só iiiiiis que levam a produtividade, digam a este senhor de massama que isto não de resolve com coisas de Natal e rectificativos mas cortes neste iiiiiiiis e no estado.
 
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por vset » 10/8/2011 0:00

Boas,

de facto todos as semanas estamos a ser informados que a saída do EURO de Portugal possa ser uma realidade brevemente.

Hoje li uma notícia de um antigo do FMI (no Expresso) que prevê a nossa saída do Euro nos próximos meses e um outro colega dele prevê acabar o EURO dentro de um ano!

Estamos a viver uma grave crise financeira... eu estou um pouco paralisado sem saber o que fazer!?

Aguardo comentários.

Obrigado e cumprimentos.
 
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por Marco Martins » 6/8/2011 21:50

Acho que neste momento será mais fácil questionar, conforme um boato que um colega levantou: "e se a Alemanha voltar ao Marco?"
 
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por PMACS » 6/8/2011 12:14

"É inevitável Portugal sair do Euro"


"O euro tem os dias contados" e Portugal devia ser dos primeiros países a terminar com a "tentativa fútil de permanecer na moeda única", afirma Desmond Lachman, antigo director adjunto do Fundo Monetário Internacional (FMI), numa entrevista exclusiva ao Expresso (ler mais amanhã na edição impressa).



Porque é que Portugal deve abandonar o euro?

É inevitável. Portugal não vai conseguir aguentar a políticas do FMI sem grandes cortes da despesa e sem deixar o euro. Esse será o fim. A minha pergunta é: se este será o fim, porquê esperar dois anos, que se avizinham de recessão, quando já sabemos que a saída do euro é fatal? Não sugiro que o default (incumprimento do pagamento da dívida) ou a saída do euro seja uma opção fácil ou que não vai provocar dor, mas apesar de tudo e preferível fazê-lo agora do que perder dois anos. Quando olho para os números de Portugal não percebo como é que o país irá conseguir ao mesmo tempo pagar a divida e aguentar um programa de austeridade imposto pelo FMI, que resultará em recessão profunda e ao mesmo tempo em deflação, o que irá piorar tudo, aumentando o problema da dívida pública.

É mais pessimista em relação a Portugal do que em relação à Grécia?

Sim. São países com problemas diferentes, mas o que me preocupa em relação a Portugal é a sua fraqueza extrema no lado externo. Portugal tem uma dívida externa superior à grega (por percentagem do PIB). Se incluirmos o sector privado, o país deve ao exterior o equivalente a 230% do PIB. É brutal! E ainda temos o problema do défice orçamental, que não anda longe 10%. Portugal tem fraquezas enormes e eu não percebo como e que vai lidar com elas mantendo-se no euro e sem poder desvalorizar a moeda.

Mas aparentemente isso não vai acontecer visto que o novo governo, tal como o anterior, não pensa numa solução dessas.

Isto tudo não tem a ver com o que eles querem, mas com a realidade que irá acabar por se impor. Nesta altura, parece-me evidente que a Grécia não vai ficar conseguir cumprir com o pagamento da dívida e consequente saída do Euro. E se a Grécia falha não há forma de Portugal sobreviver às pressões dos mercados

O Nobel da economia Milton Friedman disse em 1999 que o euro não resistiria à primeira recessão. Acha que ele estava certo?

Nem alguém tão pessimista como Friedman acharia um dia que os desequilíbrios orçamentais chegassem a este ponto, muito além do que se esperava. Para os corrigir só saindo do euro, caso contrário podem ficar mas aí terão um futuro estilo Letónia onde os programas de austeridade sucessivos levaram a quedas de produtividade de 26% e a um aumento do desemprego até aos 26%. Se é isso que querem....

De quem é a culpa da actual situação?

Temos de perceber uma coisa, há uma grande diferença entre o que é do interesse da Alemanha e da França e o que é do interesse de Portugal, Espanha ou Grécia. Os primeiros querem este tipo de políticas, porque querem evitar o default dos parceiros do sul, visto que o seu interesse é a protecção do seu sistema bancário. Eles sabem que se estes países falharem eles terão uma crise do sistema bancário. Eles querem por isso que Portugal, Grécia ou Espanha fiquem no sistema, algo que penso não ser do interesse desses países. Quantos às culpas, há muitas para distribuir. Na verdade, o que quero dizer é que isto é uma desgraça! Primeiro os governos dos países que conduziram políticas irresponsáveis durante tanto tempo, segundo a Comissão Europeia por não ter percebido o problema e pela sua fraca capacidade de análise, pensando que se os países periféricos arrastassem défices durante anos a fio nada aconteceria, isso foi um erro enorme. E claro o mercado. O que é que os bancos estavam a pensar quando emprestaram dinheiro a estes países a taxas de juro baixíssimas quando se percebia que eles estavam a arrastara-se para ums situação de insolvência? O que devia ter acontecido é que deviam ter subido as taxas de juro muito mais cedo e assim estes países não tinham ficado nesta situação. Por fim, o FMI, que nem sequer cheirou a crise a chegar.

Se Portugal e Grécia saírem do Euro e o futuro da moeda única ficar em risco, quais as consequências disso para a economia mundial?

Enormes! E não estamos muito longe desse momento. O que se passa é que Portugal, Irlanda e Grécia são economias relativamente pequenas e a União pode aguentar o seu colapso, mas o mesmo não se pode dizer de Itália ou Espanha. O Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) tem 440 mil milhões e 250 foram gastos com Grécia e Portugal. Por isso, já não há dinheiro para socorrer Espanha ou Itália. A não ser que a Alemanha queira aumentar esse fundo para 1,5 ou 2 biliões.

Com a crise em marcha em vários países (Portugal, Irlanda, Grécia), e adivinhando-se mais problemas em Itália e Espanha, o que é que devia ser feito?

Só há uma alternativa: se a Alemanha e a França querem salvar o projecto europeu terão de injectar muito dinheiro. Eles têm de estar preparados para gastar muito dinheiro durante muitos anos. O Banco Central Europeu alertou que se a Grécia entrar em default (incumprimento) teremos uma enorme crise do sistema bancário na Europa, isto porque sabem que se a Grécia falhar, Portugal e Irlanda irão a seguir e depois a pressão sobre a Espanha e Itália será enorme. Estamos a falar de uma crise muito pior do que aquela que se seguiu à falência da Lehman em 2008/2009.

Mas o euro ainda tem os seus adeptos.

Seria muito agradável continuar a haver euro, mas não é possível. A partir do momento em que se criaram enormes desequilíbrios orçamentais todos sabem que eles não podem ser corrigidos dentro do euro.

http://clix.expresso.pt/e-inevitavel-po ... ro=f666554



“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
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por Elpikas » 27/7/2011 14:07

Roubini situa em 30% a probabilidade de que a Grécia ou Portugal abandonem a Zona Euro.

In negocios.pt

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=498225
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por Pata-Hari » 22/7/2011 20:38

nfmarque, eu diria ainda mais "o que portugal precisa é de ser mais produtivo para justificar uma moeda forte". Bolas, serei anormal e a única a achar isto...?
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por vset » 22/7/2011 20:18

nfmarque Escreveu:
Elpikas Escreveu:Portugal precisa de uma moeda fraca, mas o BCE não lha pode dar.

Cavaco pediu e os economistas concordam: um euro mais fraco seria bom para Portugal, facilitando as exportações e tornando mais fácil o ajustamento externo. Uma opção "blindada" pelos rigorosos estatutos do BCE.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=496595


Boa Tarde,
não percebo tal afirmação, o que portugal precisa é de ajustar o vencimento á produtividade nada mais, a desvalorização da moeda é uma falsa questão e apenas serve para enganar, pois uma desvalorização do escudo a 30% representa um corte no salario de 30%.
É essa a solução cortar nos rendimentos e poupanças de todos? O que está agora a impedir as empresas e governos de cortar 30% nos salarios sem tocar na poupança.
Peço desculpa mas não estou interessado em ser pago em escudos.
Finalmente confiando na competencia dos governantes portugueses o banco de portugal acabava por monetizar a divida e nesse caso será revelada a hiperinflação e o verdadeiro sentido da palavra (sal)ario.


E se passarmos a escudos então as dividas ainda ficam mais complicadas de pagar, correcto?

Se calhar tens razão. Não percebi a questão da poupança?


Cps
 
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por nfmarque » 19/7/2011 12:55

Elpikas Escreveu:Portugal precisa de uma moeda fraca, mas o BCE não lha pode dar.

Cavaco pediu e os economistas concordam: um euro mais fraco seria bom para Portugal, facilitando as exportações e tornando mais fácil o ajustamento externo. Uma opção "blindada" pelos rigorosos estatutos do BCE.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=496595


Boa Tarde,
não percebo tal afirmação, o que portugal precisa é de ajustar o vencimento á produtividade nada mais, a desvalorização da moeda é uma falsa questão e apenas serve para enganar, pois uma desvalorização do escudo a 30% representa um corte no salario de 30%.
É essa a solução cortar nos rendimentos e poupanças de todos? O que está agora a impedir as empresas e governos de cortar 30% nos salarios sem tocar na poupança.
Peço desculpa mas não estou interessado em ser pago em escudos.
Finalmente confiando na competencia dos governantes portugueses o banco de portugal acabava por monetizar a divida e nesse caso será revelada a hiperinflação e o verdadeiro sentido da palavra (sal)ario.
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por SMALL1969 » 19/7/2011 12:41

Uma questão simples:

Não bastará comprar títulos de uma acção qualquer de uma empresa (daquelas que mexem pouco) baseada na alemanha ou frança, para estar protegido numa eventualidade (remota) de Portugal sair do Euro?

1 acção da BMW, por exemplo, valerá sempre o valor a que cota na Alemanha, mesmo que pertenca a uma carteira de títulos de um banco português e mesmo quanda a vender, me deêm escudos.
 
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por Elpikas » 19/7/2011 11:02

Portugal precisa de uma moeda fraca, mas o BCE não lha pode dar.

Cavaco pediu e os economistas concordam: um euro mais fraco seria bom para Portugal, facilitando as exportações e tornando mais fácil o ajustamento externo. Uma opção "blindada" pelos rigorosos estatutos do BCE.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=496595
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por vset » 17/7/2011 19:32

fjp1977 Escreveu:
Pastel Escreveu:
mfsr1980 Escreveu:
Elias Escreveu:
mfsr1980 Escreveu:Basta pôr o dinheiro no Barclays ou no Deutsche Bank que são sucursais de bancos europeus para não se ter esse problema...


tens a certeza?


Em relação ao Barclays...Tenho!
O Deutsche já anunciou que o ia fazer...não sei se isso é rápido ou não!



Estive a reler o tópico e não posso deixar de chamar a atenção que:

Um cliente que abra conta em Euros no Barclays (ou no DB quando este já for sucursal) e se Portugal eventualmente sair do Euro, as contas são convertidas em Escudos!!!

Assim, acho que ninguém pode dizer que foi levado ao engano :mrgreen:

A principal diferença de ser sucursal é a questão do Fundo de Garantia aplicável.


Ou as pessoa do DB mentem com quantos dentes têm, ou está enganado

As contas ficam em euros em caso de conversão a escudos... Foi o que me garantiram lá...

Cumptos



Sempre confirmam esta informação? 100% seguros?

Obrigado.
 
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por Elias » 11/7/2011 19:51

Este artigo saiu hoje no Económico.


Como proteger as poupanças do corte do ‘rating’
Marta Marques Silva
11/07/11 07:50




A nova condição de “lixo” da dívida portuguesa afecta a moral nacional mas não necessariamente as suas poupanças.

A palavra "lixo" entrou no léxico mediático nacional nos últimos três dias. Da conversa de café à elite dos comentários, com maior ou menor propriedade, todos dizem que o país é agora "lixo". Perante uma imagem de cheiro pouco agradável teme-se como nunca o pior. Os meus depósitos estão seguros? Os bancos vão falir? Devo retirar o meu dinheiro do país? Portugal vai entrar em bancarrota? Ser "lixo" não é sinónimo de um fado argentino.

Devo investir em fundos de obrigações?
Quase todos os fundos de obrigações têm limites à exposição a títulos classificados como ‘junk bonds', como é agora o caso da dívida soberana nacional e por acréscimo, de algumas empresas. De forma a cumprir os limites estabelecidos na política de investimento dos fundos, muitos gestores terão de fechar posições em dívida portuguesa, assumindo as perdas. Este não é o melhor momento para estar investido em fundos de obrigações, principalmente portugueses.

Posso perder o dinheiro investido em Certificados do Tesouro ou de Aforro?
Esta é uma questão que se coloca no caso de Portugal ter de vir a reestruturar a sua dívida tal como, tudo indica, acontecerá com a Grécia. Uma reestruturação da dívida significa que o Estado não paga a totalidade da dívida emitida, com perdas para os credores. Ora, quem investe em Certificados do Tesouro ou de Aforro é, na prática, credor do Estado português. Mas entre os especialistas as opiniões dividem-se: há quem considere que em caso de ‘default' todos os credores seriam de igual forma afectados, inclusive os particulares, e há quem discorde. Por diversas vezes questionado sobre esta matéria, o Ministério das Finanças é contundente: "A poupança dos portugueses em dívida pública está integralmente protegida quer no que respeita ao capital quer aos juros".

Devo retirar o meu dinheiro dos bancos portugueses?
Se o valor dos seus depósitos não ultrapassa os 100.000 euros não precisa de se preocupar. O Fundo de Garantia de Depósitos garante o seu capital. Caso tenha aplicados mais de 100.000 euros em depósitos a prazo pode sempre diluí-los por vários bancos, até ao montante máximo de 100.000 em cada um, já que o Fundo garante aplicações até este montante por titular e por conta. Da mesma forma, se tiver 200.000 euros numa conta basta que esta tenha dois titulares para que o total da aplicação esteja protegido. Estas são explicações preventivas e não significam que seja expectável a falência de um banco nacional. De lembrar que as instituições financeiras portuguesas têm uma almofada de capitalização de 12 mil milhões de euros promovida pela ‘troika'.

Devo investir em acções portuguesas?
A praça lisboeta tem sido fortemente afectada não só devido aos efeitos que os sucessivos cortes de ‘rating' têm também nas empresas, uma vez que encarece o seu financiamento no mercado, mas também devido à conjuntura económica do país.

Assim, para investir no mercado nacional há que ser selectivo: empresas pouco endividadas ou com necessidades de financiamento garantidas para os próximos anos; e com elevada diversificação geográfica, de preferência com mais de 50% das receitas a virem do exterior. Numa perspectiva de curto-prazo os analistas têm vindo a recomendar a exposição a mercados europeus não periféricos. Dada a forte desvalorização que sofreram nos últimos dois meses, os analistas consideram que existem boas oportunidades de compra na Europa. Numa perspectiva de longo-prazo a preferência continua a recair por mercados emergentes ou empresas norte-americanas não financeiras.

Os juros dos depósitos a prazo vão subir?
Tudo indica que sim. Nos últimos 12 meses a taxa média dos depósitos subiu de 1,36% para 3,33% devido à necessidade dos bancos em captar recursos de clientes de forma a diversificar as fontes de financiamento. O novo corte de ‘rating' vem reforçar a necessidade dos bancos em captar depósitos de clientes, subindo a taxa de juro.

A minha casa vai desvalorizar?
Portugal não sofreu os efeitos de uma bolha imobiliária, mas o valor das casas tem vindo a cair devido à escassez de crédito bancário. Ou seja, a lei da oferta e da procura no seu estado mais puro. Tendo em conta que os bancos deverão manter os cordões do crédito fechados, a procura continuará a ser menor do que a oferta, logo o preço das casas deverá continuar a cair. Uma boa oportunidade para comprar, uma má altura para vender.

Os meus créditos vão ficar mais caros?
Os novos créditos vão continuar a ficar mais caros. Objectivamente, o principal efeito directo do corte de ‘rating' é tornar o financiamento dos bancos portugueses mais difícil e mais caro, já que o Estado não necessita de ir ao mercado nos próximos três anos. Tal como tem acontecido até aqui, os bancos irão repercutir os maiores custos de financiamento nos ‘spreads' cobrados aos clientes, além de continuarem a restringir o acesso ao crédito também por outras vias.

O ouro é um bom refúgio?
O ouro é o activo refúgio por excelência, quer em períodos de maior incerteza nos mercados, como o actual, quer em momentos de pressão inflaccionista. No entanto investir actualmente em ouro acarreta uma certa dose de risco devido à subida recorde do seu preço. O ouro valoriza há dez anos consecutivos, nos últimos 12 meses e bateu máximos históricos.
 
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por urukai » 11/7/2011 10:03

Bem,

tenho aqui outro cenário (que se calhar até merecia um tópico próprio). O que acontecerá se o Euro cair de uma forma global?

Ou seja, para nós portugueses, o que é mais vantajoso? Cair o Euro? Ou Cair/sair o Euro Português?
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por vset » 11/7/2011 9:58

Thunder,

de facto as taxas cá estão muito apetecíveis mas com risco.
Não sei até que ponto justifica o risco, imaginemos 3 anos a ganhar %6,5 médio, dá 20,7% total.

Uma passagem a escudo terá tombo maior.

Abc.

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por Thunder » 10/7/2011 17:51

Em relação ao tópico per si:

Teria em atenção a sugestão de abrir uma conta em USD ou CHF num banco "nacional". Nada impede que um decreto-lei qualquer não obrigue a conversão dessas mesmas contas em "escudos". Logo ter uma conta em USD ou em CHF (ou outra moeda) não parece que seja uma medida que traga uma segurança elevada.

Eu tenho posto esta questão a mim mesmo e sinceramente não tenho ainda uma resposta "definitiva", e se calhar nunca vou ter.....

Acho que dependerá muito do montante que cada um de nós tenha de lado.
Mas acho que sem dúvidas, o melhor será espalhar os recursos por vários tipos de activos, e em várias instituições.

Para pequenos capitais, uma ideia seria ter algo suficiente para as despesas correntes em conta num banco português, ter uns euros e uns USD (parte num cofre em casa, parte num cofre de um banco). Se calhar como último refúgio e como uma "apólice de seguro" ter algum ouro físico.
Acho também de extrema importância que se amortize tudo o que for possível em termos de empréstimos, pois quanto maior o empréstimo, maior será o lastro depois da conversão.

Quando os capitais vão sendo de maiores dimensões, colocam-se outras opções como abrir uma conta em países como a Alemanha, Suíça, Canadá (ou asiáticos como já foi sugerido)
O imobiliário, para uma parcela do capital seria uma opção bastante segura, embora a sua liquidez nos anos seguintes a conversão deva ser baixa.

Um abraço a todos 8-)
"A grandeza de um homem não está em nunca cair, mas sim em levantar-se sempre após todas as quedas." --- Confucius

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por Thunder » 10/7/2011 17:27

vset Escreveu:Boa tarde,

se sairmos do EURO com uma desvalorização imaginemos de 40%, seguir-se-á uma inflação muito elevada e assim taxas de juro também muito elevadas. Assim, para os aforradores não se alcançará rapidamente o montante inicial?

Obrigado.


Mesmo que as taxas de juros dos bancos sobre os DP acompanhassem de forma exacta a inflação (ou até fossem superiores) não irias conseguir recuperar a perda que irias ter no momento da conversão.
E duvido muito que as taxas dos DP sigam de forma exacta a inflação. Logo o mais certo era a erosão do valor do DP no momento da conversão e pela acção da inflação alta que no cenário proposto iria instalar-se.

Um abraço 8-)
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por Elias » 10/7/2011 15:49

vset Escreveu:Boa tarde,

se sairmos do EURO com uma desvalorização imaginemos de 40%, seguir-se-á uma inflação muito elevada e assim taxas de juro também muito elevadas. Assim, para os aforradores não se alcançará rapidamente o montante inicial?

Obrigado.


Creio que não porque após o choque inicial a desvalorização tenderá a continuar...
 
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por vset » 10/7/2011 15:43

Boa tarde,

se sairmos do EURO com uma desvalorização imaginemos de 40%, seguir-se-á uma inflação muito elevada e assim taxas de juro também muito elevadas. Assim, para os aforradores não se alcançará rapidamente o montante inicial?

Obrigado.
 
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