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Caldeirão da Bolsa

O que devemos fazer caso Portugal volte ao Escudo.

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Trisquel » 14/2/2012 7:50

Fim do euro, recomendações práticas

I informação – por Pedro Braz Teixeira,

A saída do euro pode ocorrer de forma muito caótica, podendo levar ao colapso temporário do sistema de pagamentos e de distribuição
O risco de saída de Portugal do euro tem associados múltiplos riscos, dos quais gostaria de salientar três: o risco do colapso temporário do sistema de pagamentos, o risco do colapso temporário do sistema de distribuição de produtos e o risco de perda – definitiva – de valor de inúmeros ativos (depósitos à ordem e a prazo, obrigações, ações e imobiliário, entre outros).
Considero que todos os portugueses devem “subscrever” seguros contra estes riscos, tal como fazem um seguro contra o incêndio da sua própria casa. Quando se compra este seguro, o que nos move não é a expectativa de que a nossa casa sofra um incêndio nos meses seguintes, um acontecimento com uma probabilidade muito baixa, mas sim a perda gigantesca que sofreríamos se a nossa habitação ardesse.
Quais são as consequências imediatas de Portugal sair do euro? A nova moeda portuguesa (o luso?) sofreria uma desvalorização face ao euro de, pelo menos, 20%. Todos os depósitos bancários seriam imediatamente transformados em lusos, perdendo, pelo menos, 20% em valor. Todos os depósitos ficariam imediatamente indisponíveis durante algum tempo (dias? semanas?) e não haveria notas e moedas de lusos, porque o nosso governo e o Banco de Portugal não consideram necessário estarmos preparados para essa eventualidade.
O mais provável é que a saída do euro fosse anunciada numa sexta-feira à tarde, havendo apenas o fim de semana para tratar da mudança de moeda. Logo, na sexta-feira os bancos retirariam todas as notas de euros das máquinas de Multibanco e quem não tivesse euros em casa ou na carteira ficaria sem qualquer meio de pagamento.
Durante algumas semanas (ou mais tempo) teríamos um colapso do sistema de pagamentos e, provavelmente, também um corte nos fornecimentos. As mercearias e os supermercados ficariam incapazes de se reabastecer, devido às dificuldades associadas à troca de moeda.
Estes “seguros” de que falo, contra este cenário catastrófico, não podem ser comprados em nenhuma companhia de seguros, mas podem ser construídos por todos os portugueses, estando ao alcance de todos, adaptados à sua realidade pessoal.
O que recomendo é algo muito simples que – todos – podem fazer. Ter em casa dinheiro vivo num montante da ordem de um mês de rendimento e a despensa cheia para um mês. Esta ideia de um mês de prevenção é indicativa e pode ser adaptada à realidade de cada família.
Não recomendo que façam isso de forma abrupta, mas lentamente e também em função das notícias que forem saindo. De cada vez que levantarem dinheiro, levantem um pouco mais que de costume e guardem a diferença. De cada vez que fizerem compras tragam mais alguns produtos para a despensa de reserva. Aconselho que procurem produtos com fim de validade em 2013 ou posterior, mas, nos casos em que isso não seja possível, vão gastando os produtos de reserva e trocando-os por outros com validade mais tardia. Desta forma, sem qualquer rutura, vão construindo calmamente os vossos seguros contra o fim do euro.
Quanto custará este seguro? Pouquíssimo. Em relação ao dinheiro de reserva, o custo é deixarem de receber os juros de depósito à ordem, que ou são nulos ou são baixíssimos. Em relação aos produtos na despensa de reserva, é dinheiro empatado, que também deixa de render juros insignificantes.
Quais são os benefícios deste seguro? Se o euro acabar em 2012, como prevejo, o dinheiro em casa não se desvaloriza, mas o dinheiro no banco perderá, no mínimo, 20% do seu valor. Além disso terá o benefício de poder fazer pagamentos no período de transição, que se prevê extremamente caótico. A despensa também pode prevenir contra qualquer provável rutura de fornecimentos, garantindo a alimentação essencial no período terrível de transição entre moedas. Parece-me que o benefício de não passar fome é significativo.
E se, por um inverosímil acaso, a crise do euro se resolver em 2012 e chegarmos a 2013 com o euro mais seguro do que nunca? Nesse caso – altamente improvável – a resposta não podia ser mais simples: basta depositar no banco o dinheiro que tem em casa e ir gastando os produtos na despensa à medida das suas necessidades.

Investigador do NECEP da Universidade Católica
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por Trisquel » 14/2/2012 7:40

(...)
Editado pela última vez por Trisquel em 14/2/2012 7:51, num total de 1 vez.
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por Elpikas » 9/2/2012 21:30

Hoje disseram-me que a Alemanha está a imprimir notas "Marcos" com bastante força para a eventualidade de uma saída do euro ou quem sabe uma saida provocada. Nao gosto muito deste tipo de comentários "ele dissse-me...", no entanto considero a minha fonte com credibilidade. Alguém ouviu falar deste rumor ?
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por Zorroslb » 30/1/2012 17:37

Zorroslb Escreveu:Boas a todos -

Algumas duvidas :

Se voltar mos ao escudo , a conversão não será a mesma que foi feita em 2001 ? ou seja 1 € igual a 200 escudos ?

Haverá problemas com as importações ( importamos quase tudo ..) 1 tv que custe 500 euros com a saida do euro podera custa de 1 dia para outro 800 € ( 160 contos ? )

Investir na compra de uma casa ( usada claro ..lol ) será boa ideia ? ou com a volta ao escudo as casas ficaram mais baratas ?

Obrigado


Minguem sabe ou ninguém quer saber ? lol
 
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Jim Rogers: Ninguém vai sair da Zona Euro este ano

por bonsinvestimentos » 30/1/2012 15:18

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por A330-300 » 29/1/2012 3:33

...
 
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por jlmf » 29/1/2012 0:48

A-330 Escreveu:No UBS:

Sobre as mais valias paga-se imposto ao estado suíço de 35% , ....
Tem vários fundos e plataforma de negociação de ações , forex,etc. Não perguntei por preços de corretagem.
.....

Edição: Acabo de receber um sopro na orelha que me disse que os 35% de imposto pagam os que querem ter uma conta anónima. Se a quiserem declarar pagam os impostos em Portugal.


Mais valias, penso que referidos os juros de depósitos.
Mais valias bolsistas imposto =0 invariávelmente em todos os horizontes temporais; Dividendos 30%.

Plataformas de negociação a mais barata e conhecida de muitos em PT, a saxobanq directa, mesmos custos que em PT, por ex. para cfds acções euronext, minimo de abertura 10.000CHF, 12€ para ordens inferiores a 10.000€, superiores 0.10.

Contas anóminas, atenção aos recentes acordos fiscais.

Cumpts.
 
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por Pickbull » 26/1/2012 2:30

Zorroslb Escreveu:Boas a todos -

Algumas duvidas :

Se voltar mos ao escudo , a conversão não será a mesma que foi feita em 2001 ? ou seja 1 € igual a 199.99 escudos ?

Haverá problemas com as importaçoes ( importamos quase tudo ..) 1 tv que custe 500 euros com a saida do euro podera custa de 1 dia para outro 800 € ( 600 contos ? )

Investir na compra de uma casa ( usada claro ..lol ) será boa ideia ? ou com a volta ao escudo as casas ficaram mais baratas ?

Obrigado


Vai para aí uma confusão de câmbios!!! :shock:

1€=200,482 escudos

e 800€ são "só" 160 contos. :wink:
Mais vale perder um lucro do que ganhar um prejuízo.

É melhor um burro vivo do que um cavalo morto.

Mais vale uma alegria na vida do que um tostão no bolso.
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por Zorroslb » 26/1/2012 0:55

Boas a todos -

Algumas duvidas :

Se voltar mos ao escudo , a conversão não será a mesma que foi feita em 2001 ? ou seja 1 € igual a 199.99 escudos ?

Haverá problemas com as importaçoes ( importamos quase tudo ..) 1 tv que custe 500 euros com a saida do euro podera custa de 1 dia para outro 800 € ( 600 contos ? )

Investir na compra de uma casa ( usada claro ..lol ) será boa ideia ? ou com a volta ao escudo as casas ficaram mais baratas ?

Obrigado
 
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por Garfield » 25/1/2012 22:09

Boas,

Têm poupanças e querem salvaguarda-las?
Aprendam com os chineses. Gastem-nas!
Invistam! Consumam!
Reduzam as vossas dividas. Paguem as casas.
Comprem mantimentos. Comprem electrodomésticos.
Vistam-se. Calçem-se.
Livrem-se do dinheiro papel e transformem-no em coisas reais e úteis.

Quando, e se, o caos se instalar de pouco vos valerá o dinheiro. Mas os mantimentos, o alojamento livre de despejo, roupas e objectos de conforto vão vos ajudar a sobreviver.

E até pode ser que salvem a economia sem querer. :)

BN
Garfield
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por TIO PATINHAS » 25/1/2012 21:53

Fim do Euro?
Saídas do Euro de países,como Grécia e Portugal?
Tantas dúvidas e incertezas para as quais ninguém tem respostas.
Eu, como muitos Portugueses, não sabemos o que fazer para nos prevenir e salvaguardar as economias de uma vida.
Pergunto: Partindo do princípio que nos Bancos não ficam lá os meus Euros, o que será melhor solução neste momento. Trocar os € por uma moeda (física) estrangeira, e qual? Ou, ficando com os € na mão, se tiver que os converter um dia, hipoteticamente,por escudos,a desvalorização é igual àquela que acontecerá aos depositantes que tenham os euros nos bancos portugueses?
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por artista1939 » 25/1/2012 17:09

Portugal deixou de ter um papel central na economia mundial há 500 anos...! Querem enganar/assustar quem?
disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.

"When it comes to money, the level of integrity is the least." - Parag Parikh

* Fight club sem nódoas negras: http://artista1939.mybrute.com
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Estamos assim tão mal??? :cry:

por BearManBull » 25/1/2012 17:05

"Esqueçam a Grécia. É Portugal que vai destruir o euro"



Um "default" é acidente. Dois já é uma crise sistémica. Quem o diz é Matthew Lynn, colunista da Bloomberg News, sublinhando que Portugal voltará a ter um importante papel no palco mundial. Mas pela negativa.
Matthew Lynn (na foto), colunista da Bloomberg News e responsável pela “newsletter” da área financeira desta agência, traça um cenário sombrio para a Zona Euro. E diz que Portugal será o responsável pela queda do euro.

No seu mais recente artigo de opinião, Lynn começa por relembrar a importância do País para a história mundial, com a assinatura do Tratado de Tordesilhas, que dividiu o mundo não europeu entre Espanha e Portugal em 1494. E salienta que 2012 pode ser o ano em que Portugal volta ao centro do palco mundial. Como? “Fazendo o euro ir ao ar”, responde.

“A Grécia já estoirou – e o seu incumprimento está já descontado pelo mercado. Mas Portugal está precisamente na mesma posição (…). Está também a resvalar para um inevitável ‘default’ das suas dívidas – e quando isso acontecer, vai ter um efeito devastador para a moeda única e infligir danos ao sistema bancário europeu, que poderão revelar-se catastróficos”, escreve o comentador da Bloomberg.

O analista compara a situação de Atenas e de Lisboa, destacando que “Portugal - um dos países mais pobres da União Europeia, com um PIB per capita de apenas 21.000 dólares, significativamente abaixo dos 26.000 dólares da Grécia – fixou metas de redução do seu défice de 4,5% em 2012 e de 3% em 2013”.

“Então e como está a sair-se?”, questiona-se. E responde: “Quase tão bem como a Grécia – ou seja, nada bem. Prevê-se que a economia grega registe uma contracção de 6% este ano e Portugal não fica muito atrás – o Citigroup estima que a economia ‘encolha’ 5,7% em 2012 e mais 3% em 2013”.

Matthew Lynn recorda o estudo da Universidade do Porto, divulgado na semana passada, que diz que a economia paralela aumentou 2,5% no ano passado e que representa agora cerca de 25% da actividade económica em Portugal. “E não há qualquer expectativa de que isso vá mudar em breve. As empresas portuguesas simplesmente não conseguem sobreviver a pagar as taxas de imposto que lhes foram impostas”, refere o especialista.

“O resultado qual será?”, pergunta. E volta a responder: “Os objectivos de redução do défice não vão ser cumpridos. No início deste mês, o governo reviu em alta a previsão do défice, de 4,5% para 5,9% do PIB este ano. Se a experiência grega for válida, esta meta continuará a ser revista em alta. A economia encolhe, cada vez mais pessoas transitarão para a economia subterrânea para sobreviverem e o défice continuará a crescer”.

“Em resposta, a União Europeia exige mais e mais austeridade – o que significa, muito simplesmente, que a economia continuará a contrair-se ainda mais. É um círculo vicioso. Se alguém souber como sair dele, então está a guardar o segredo para si próprio”, comenta Lynn.


Juros da dívida a escalarem


O comentador da Bloomberg recorda o corte do “rating” da dívida soberana de longo prazo de Portugal, para nível de “lixo”, por parte da Standard & Poor’s. Das três principais agências, só faltava a S&P para a dívida pública de Portugal ser colocada na categoria “especulativa” – ou seja, não é considerada “digna” de investimento, atendendo aos riscos que os investidores correm de não serem reembolsados.

Segundo Matthew Lynn, haverá mais “downgrades”. “Os juros da dívida estão a disparar. Na semana passada, as ‘yields’ das obrigações a 10 anos superaram os 14%. E deverão subir ainda mais”, prognostica. O analista relembra que a maturidade a 10 anos da dívida soberana grega já está com juros de 33% e diz que “não há qualquer razão para as ‘yields’ da República Portuguesa não atingirem os mesmos níveis”.

“E isso é importante”, sublinha. Isto porque, adianta, a crise grega poderia até ser vista como um caso especial. “Mas não a de Portugal. Não houve ‘manipulação’ nos números [Portugal] não registou défices excessivos – com efeito, quando caminhávamos para a crise de 2008, o País apresentava défices de menos de 3% do PIB, bem dentro das regras impostas pela Zona Euro. Não era irresponsável. O problema, muito simplesmente, é que Portugal não conseguiu competir no seio de uma moeda única com economias muito mais fortes. Agora, o País está a mergulhar numa depressão em toda a escala – tão má como o que se testemunhou nos anos 30 [Grande Depressão] – devido à união monetária”.

“Vai ser tão grave como na Grécia. E talvez até pior”, vaticina.

Lynn refere igualmente que os bancos europeus estão mais expostos a Portugal do que à Grécia. “No total, os bancos têm uma exposição de 244 mil milhões de dólares a Portugal, contra 204 mil milhões de dívida grega”, segundo os dados do Banco de Pagamentos Internacionais citados pelo analista da Bloomberg.

“O grosso da dívida portuguesa é detido pela Alemanha e pela França. Mas estes são os dados oficiais. É bem provável que grande parte da dívida privada, que é mais substancial do que a dívida pública, seja detida por bancos espanhóis. E estes já estão frágeis. Conseguirão assumir as perdas? Talvez, mas não apostaria a minha última garrafa de vinho do Porto nisso”, comenta Matthew Lynn.

Em seguida, diz o colunista da Bloomberg, esta situação também irá repercutir-se na moeda única. “Se um país entrar em incumprimento, dentro de uma união monetária, isso pode ser visto como um acidente infeliz. Todas as famílias têm uma ovelha negra. Mas quando um segundo país cai, o caso fica muito mais sério. A ideia de que isto é culpa de alguns governos irresponsáveis vai deixar de ser sustentável. A explicação alternativa – a de que o euro é uma moeda disfuncional – vai ganhar mais peso”.

Segundo Lynn, “um incumprimento da dívida soberana por parte de Portugal desencadeará uma retirada da Zona Euro – e neste momento, parece que esse poderá ser o motor que desencadeará o colapso do sistema”. “Foram cinco séculos de espera. Mas agora Portugal poderá estar prestes a desempenhar de novo um papel central na economia global”, conclui o especialista da área financeira.



Para os mais entendidos acham mesmo que Portugal vai entrar numa contracção de 5,7% este ano?

A mim parece-me que este senhor está mal informado ao dizer que somos diferentes da Grécia e que tínhamos um défice de apenas 3% em 2008. Principalmente quando diz que o País não era irresponsável :evil: . Já a distribuição de dívida não me parece ser real...

De qualquer forma espero eu que esteja enganado em tudo o que diz...

ps: parece que isto já estava noutro tópico só vi depois!
Editado pela última vez por Visitante em 25/1/2012 17:10, num total de 1 vez.
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por paulop2009 » 25/1/2012 16:59

Eu tenho certificados do tesouro que terminam o primeiro ano em Fev, Mar e Abr.
Vou esperar por esse primeiro ano pois recebo o juro (que é pequeno mas é qq coisa). depois disso vou sacar a massa.

Sempre soube que CT tinha o seu risco, mas neste momento não oiço nenhum economista (excepto o passos coelho, o gaspar e o álvaro... mas esses não contam) que não coloque a necessidade de renegociar pagamentos ou prazos.

É pena, pois o juto no 5º ano era interessante. mas olha, vendo pela positiva, assim compro mais acções da apple! :)
 
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por marianonunes » 25/1/2012 16:53

Podem sempre comprar dívida estrangeira... obrigações por exemplo.

Mesmo que o € se desfaça, um marco ou uma coroa haverá sempre de valer mais que um escudo.



Quanto aos empréstimos, estes terão de ser convertidos em escudos tal como os teus activos. Senão a maioria dos portugueses ficaria logo falido.
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por _x_ » 25/1/2012 16:43

Fala-se muito no plano dos activos, e o que acontece aos empréstimos?

Se eu tiver um empréstimo em euros num banco, este é convertido para a nova moeda imediatamente ou manten-se em euros?

Perdoem-me mas não consegui ler se já responderam a esta situação.
_X_

John Maynard Keynes ‏
The capitalist economy is not real, it is simply a delusion that keeps the masses enchained to their social bondage.

É sempre muito falível projetar cenários não acontecidos.
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por A330-300 » 24/1/2012 4:52

MrMatas ,

Foi-me informado que seria uma transferência internacional normal.

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por brilhoso » 24/1/2012 2:17

MarcoAntonio Escreveu:A forma realmente segura de ficar imune à potencial desvalorização de uma desagregação do euro é ter moeda física "na mão" (eventualmente pode ser guardada num cofre bancário para maior segurança).

Depósitos, é incerto. Poderá ser menos arriscado que um depósito em euros sendo o titular português mas estará ainda assim dependente de uma decisão política nacional ou mesmo internacional...


Concordo USD guardados num cofre pareçe-me já ser bem mais seguro do que ter em DP esses mesmos USD ou €

Agora li aqui a tempos e n encontro esse artigo que em caso de default ou saída do euro ou coisa assim deste tipo, esses cofres só poderiam ser abertos com autorização do estado/seria inspeccionado o que neles estaria depositados...

N faz nenhum sentido isto pois não... e também n me parece verdadeiro

K dizes?...

Boa
Noite
 
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por dancar1981 » 23/1/2012 23:13

O escudo ou o euro a circular internamente não sei se faria diferença? Continuaríamos a exportar em euro ou dolar e a importar nas mesmas moedas. Iríamos regredir muito nas importações e tudo o que era estrangeiro seria caríssimo. Do meu ponto de vista só os juros voltarem à libor me assusta de resto é igual. O papel de circulação interna não tem relevância. Isto tudo partindo do principio que as dividas internas passavam a escudos, uma vez que anteriormente tb passaram a euros (do escudo p/ o euro).
 
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por MrMatas » 23/1/2012 21:01

Dando continuidade a alguns dos pontos focados ao longo deste tópico, não sei se alguém me pode esclarecer o seguinte:
Se não me falha a memória, ouvi, no final no ano passado, uma notícia que iria no sentido de taxar as contas de Portugueses na Suiça.
Sabem dizer-me em que moldes se processaria esta taxação?
Obrigada.
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por Pastel » 16/1/2012 11:37

(suprimido, informação imprecisa)
 
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por MrMatas » 16/1/2012 11:27

A-330 Escreveu:No UBS:
Um não residente precisa de estar presente para a abertura da conta , passaporte,ter sempre o equivalente a 50000 CFH para não pagar uma manutenção mensal de 40 francos , prova de que pagou IRS , comprovante de residência e um extrato bancário dos bancos que tem conta em Portugal.
Não me pediram no banco que fui , mas podem pedir em outro e por isso levei uma cópia do contrato de trabalho.

Quando se abre a conta dão-nos um número.E nessa conta vc pode abrir "sub contas" de outras divisas. Euro e CFH sã gratuitas.Outras divisas pagam 3 francos por mês.

Juros dos DP
Euro - 1,2%
CFH - 0,375%

Conta à ordem -0,5%

Tem gestão discricionária acima de um determinado valor.Não me lembro quanto é.

Sobre as mais valias paga-se imposto ao estado suíço de 35% , mas ao final do ano pode se recuperar esse dinheiro fazendo-se prova que residimos no estrangeiro.Devolvem quase tudo
Para isso tem que ir ao site www.admin.ch (Não sei se se pode pedir a devolução pela net , mas julgo que sim)

Acima de 250000 francos enviam-nos direto para o Private.

Tem vários fundos e plataforma de negociação de ações , forex,etc. Não perguntei por preços de corretagem.

Credit Suisse:
Tem um escritório de representação em Portugal na Rua Castilho,14.
Estive lá uma vez , disseram que me ligariam..até hoje.
Estive pessoalmente em Zurich e disseram que não me queriam abrir uma conta por trabalhar na China ??!! Não entendi.

Em ambos os casos recomenda-se agendar com uma certa antecedência.2 a 3 dias.

Há muitos outros bancos , mas muito são private e só aceitam cientes com mais de 500 mil francos.

Impressão Geral. Atendimento muito melhor no UBS sob todos os aspectos.
Ambos tem pessoas que falam várias línguas , inclusive português.

De qualquer forma não abri conta ,porque vou ver no Luxemburgo como é que são as coisas.

Tenho um amigo que abriu conta recentemente em Jersey pela net. Parece que é mais fácil.

A330

Edição: Acabo de receber um sopro na orelha que me disse que os 35% de imposto pagam os que querem ter uma conta anónima. Se a quiserem declarar pagam os impostos em Portugal.

A330,
A abrir conta na Suiça, como colocaria lá o dinheiro? Através de uma transferência bancária "normal"? É fácil? Ou teria de transferir "fisicamente"?
Em relação ao Luxemburgo, tem mais alguma informação?
Obrigada.
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por bogos » 13/1/2012 14:33

VirtuaGod Escreveu:
ppbogos Escreveu:O preço médio está a 1,39.


Não querias antes dizer 0,719??


longo em dolares, short em euros, ehehehe

A comparação vai sempre no sentido do nosso cambio.
Assim sendo, paridade a ele....

Cumprimentos
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por VirtuaGod » 13/1/2012 14:32

ppbogos Escreveu:O preço médio está a 1,39.


Não querias antes dizer 0,719??
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por bogos » 13/1/2012 14:28

Amigo Escreveu:Eu resolvi abrir uma conta em moeda estrangeira (usd) para proteger o meu dinheiro.

Não pago despesas de manutenção de conta caso decida usar o cash e a conta fique a zeros.

Claro que corro o risco cambial, mas menor do que uma desvalorização brutal no caso de me trocarem os euros por outra moeda (escudo por ex.).


Boa escolha. Será considerado também por mim como a alternativa melhor neste momento. Deter outra moeda que não euros faz todo o sentido, e neste momento até nem corro o risco de desvalorização, mas sim o da valorização...
Estou comprador de dolares desde o inicio de 2011. O preço médio está a 1,39.
Condiredo o dolar no futuro próximo uma moeda de refugio, por muita impressão que os states tenham feito com QE's, o mundo continua a ser dolares....

Cumprimentos
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